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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, agosto 31, 2011

"Israel deve decidir se quer ser uma democracia ou Estado de apartheid"

Via PCB
imagemCrédito: www.deia.com
Entrevista com Ilan Pappé – Historiador israelense

Filho de dois judeus alemães que fugiram da perseguição nazista nos anos 30, Ilan Pappé trabalha na Universidade britânica de Exeter desde que os insultos, as ameaças e sua adesão ao boicote acadêmico à Israel o levaram a deixar sua Haifa natal em 2007.
Desde a publicação de antigos documentos oficiais israelenses e britânicos, no início dos anos 80, o historiador Ilan Pappé se dedica a reescrever a história de Israel. Uma nova e incômoda versão em que os supostos heróis, cujas estátuas adornam as ruas do país, resultam ser criminosos. Por trás de livros tão polêmicos, como Historia de la Palestina moderna o La limpieza étnica de Palestina [História da Palestina moderna ou A limpeza étnica da Palestina], Pappé foca agora sua atenção nos cidadãos palestinos com nacionalidade israelense, que, segundo reza o título de seu novo livro, são Los palestinos olvidados [Os palestinos esquecidos].
Sua atenção está centrada nos palestinos dos territórios ocupados. Quem são esses ‘palestinos israelenses’ e o que é necessário saber sobre eles para entender o conflito?
São os palestinos que foram autorizados a permanecerem em Israel, aqueles que não foram expulsos depois da catástrofe de 1948. Então, eram 150.000. Agora são mais de um milhão. São importantes por muitas razões, sobretudo por serem palestinos que vivem em 80% da Antiga Palestina e conhecem os israelenses muito bem, posto que vivem com eles há mais de 60 anos e estão familiarizados com as duas comunidades. O processo de paz e as conversações sobre o futuro tendem a excluí-los, porém enquanto não se tem em conta seu destino, não existe solução. A maneira com que estes palestinos são tratados é o teste mais importante para a democracia israelense e, lamentavelmente, este exame está suspenso.
Estes ‘palestinos israelenses’ viveram uma história melhor do que aqueles que vivem nos territórios ocupados?
Até 1966, os palestinos israelenses viveram sob um regime militar brutal, logo que foi transferido à Cisjordânia e Gaza, em 1967. A partir de então, os palestinos israelenses tem se saído melhor, porém são duramente discriminados em comparação com os cidadãos judeus de Israel.
Em seus livros anteriores foram utilizadas antigas evidências: documentos do Exército britânico, o diário do primeiro presidente de Israel, David Ben Gurión... Em quais documentos o senhor se apóia desta vez?
Usei dois tipos de documentação. Por um lado, os arquivos oficiais israelenses para o período entre 1948 e 1967, e as publicações oficiais e da imprensa israelense para a história posterior a 1967. Por outro lado, entrevistas e material privado que alguns dos mais importantes ativistas da comunidade colecionaram ao longo dos anos.
Em seu discurso junto ao Congresso norte-americano, o primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que Israel é o único país do Oriente Médio onde os árabes podem desfrutar da democracia. É assim?
Como muitas outras coisas em seus discursos, este ponto foi uma magna mentira. O tratamento dos palestinos em Israel e, em particular, as políticas contra eles, desde que Netanyahu chegou ao poder, questionam seriamente a afirmação israelense de que o país é uma democracia. A sociedade judia em seu conjunto é racista em sua atitude com relação aos cidadãos palestinos, os quais observam que grandes aspectos de suas vidas são segregados em uma sociedade de apartheid.
Netanyahu exige que o presidente palestino, Mahmud Abbas, reconheça Israel como um estado judeu para voltar às negociações. Qual seria o papel dos palestinos nesta suposta ‘democracia judia’?
Num estado judeu como o entendido por Netanyahu, os palestinos permaneceriam como cidadãos de segunda, discriminados em todos os aspectos de sua vida e sob o risco constante de limpeza étnica.
Israel reconhece sua própria história?
Israel nega sua história e chama historiadores, como eu, de mentirosos. Sem nenhuma prova, é claro.
Que consequências têm essa postura?
A consequência é que Israel continuará acreditando que o mundo está contra ela, devido ao anti-semitismo. Na verdade, é um reflexo às próprias políticas adotadas. Essa é a razão de seu crescente isolamento na comunidade internacional.
O senhor aprova o boicote à Israel. O que pensou quando viu que era aprovada a Lei Anti-boicote na Knesset?
Creio que a Lei Anti-boicote demonstrou o sucesso da campanha Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS). Também fez com que muita gente da esquerda israelense passasse a defender o boicote. É uma prova da validade e utilidade desta campanha, mas ainda é necessário convencermos os políticos ocidentais para unirem-se a nós.
Em qual capítulo da história israelense nos encontramos?
Num capítulo muito crucial, em que Israel deve tomar uma decisão final sobre se quer ser uma democracia ou um estado de apartheid. Não existem mais opções.
A esquerda israelense vem perdendo grande poder e influência desde o estabelecimento do estado. Por que isto está ocorrendo?
Porque a esquerda israelense sempre foi sionista, e o principal problema em Israel e neste conflito é o sionismo. Se esta questão permanece como marco mental dessa esquerda, ela passa a ter muito pouco a oferecer que seja diferente das ideias do centro ou da direita.
O senhor apóia a solução de um só estado e o direito de retorno dos refugiados palestinos. Quão realista e viável é pensar que palestinos e israelenses possam viver juntos num estado depois do obscuro e triste passado que descobrimos em seus livros?
Já estamos vivendo num só estado. Será muito difícil mudar o regime atual e criar uma democracia em que todos sejamos iguais. Custará muito tempo, porém acredito que é o único caminho adiante. A história nos serve como professora. Olhe o mundo árabe. Às vezes, os eventos menos esperados aceleram o processo pelo qual uma situação injusta se converte em justa.
O senhor vê, no espectro político israelense atual, alguém que possa mudar a situação e fazer história?
Não. Porém não acredito que serão os políticos que vão resgatar, mas a sociedade civil. Sem líderes, porém unida. Os políticos serão os que organizam nossas vidas depois de uma revolução, mas nunca farão com que isso aconteça.
Tradução: Maria Fernanda M. Scelza
Veja vídeo-entrevista:
Illan Pappe: historiador israelense fala sobre o Holocausto Palestino

Líbia: POR FIM "LIVRES"

Cartoon de Vicman.
 
NÃO HÁ ALEGRIA E SIM TERROR
NÃO HÁ LIBERDADE E SIM OCUPAÇÃO ESTRANGEIRA
A agressão imperialista contra a Líbia consumou-se com a tomada de Tripoli.
Os bandos de "rebeldes" do Conselho Nacional de Transição, arvorando a bandeira da defunta monarquia líbia, serviram apenas como encobrimento da intervenção activa da NATO. Os seus bombardeamentos selvagens contra alvos civis e os seus helicópteros artilhados é que decidiram esta guerra não declarada.
Milhares de líbios morreram sob a agressão da NATO, mandatada pela ONU para "salvar vidas". Registe-se a bravura e coragem do governo Kadafi, que aguentou durante seis meses uma guerra impiedosa promovida pelas maiores potências do planeta. A ficção de que se tratava de uma guerra "civil" foi completamente desmentida pelos factos. Foram precisos 8000 raids de caças-bombardeiros da NATO para decidir esta guerra neocolonial.
O futuro próximo da Líbia é negro. As suas reservas monetárias e financeiras – depositadas em bancos ocidentais – foram roubadas pelas potências imperiais (tal como aconteceu com as do Iraque). E os abutres vão agora à caça dos despojos, à repartição do botim, aos contratos polpudos. Os bandos do CNT, uma vez findo o enquadramento de mercenários, podem começar digladiar-se entre si.
A desinformação sobre a Líbia foi e é gritante em todos os media ditos "de referência". Eles foram coniventes activos da agressão imperialista contra o povo líbio. Hoje, a generalidade dos media já não serve para o esclarecimento e sim para o encobrimento e a mistificação.

terça-feira, agosto 30, 2011

Trombadinhas da Veja se recusam a falar com a mídia Record News José Dirceu é acusado pela revista Veja de manter um gabinete em um hotel em Brasília. No local ele despacharia com membros do governo e ainda estaria conspirando contra a presidente Dilma.


*esquerdopata

CPI da Veja!

Luiz Edgard Cartaxo de Arruda Junior. Memorialista - Editor do Blog da Dilma - cartaxoarrudajr@gmail.com
Até o mundo mineral sabia que o sucessor natural do Lula seria José Dirceu. A escalada de Lula ao poder foi pavimentada por três derrotas sucessivas. A primeira para o Collor, com a sabotagem da grande mídia; a segunda para o FHC e a terceira como fruto das trapaças que permitiram a reeleição, numa negociação política ainda pouco esclarecida. Em todas essas ocasiões, o gênio de José Dirceu articulava a chegada do PT ao governo. E sempre foi lembrado como o melhor quadro político para seqüenciar o governo Lula, com o consenso, talvez o único, entre todas as tendências do PT. O Homem era o Zé. E a opção da reeleição de Lula, só se consolida quando os grandes interesses decidiram cortar a cabeça do José Dirceu. Ele incomodava as velhas elites, quando chefiava a Casa Civil e vislumbrava mudanças mais profundas, tanto na reforma do Estado e da cultura política, bem como na sua determinação pelo desenvolvimentismo econômico e social. O resto é balela.

jânio o :=( mala



A GRANDE TRAGÉDIA - ATO I

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/files/2011/03/JANIO-QUADROS-1961.jpg
Dia 25 de agosto, completaram-se 50 anos da renúncia de Jânio da Silva Quadros à Presidência da República, ocorrida sete meses depois de ele tomar posse e sete anos depois do suicídio de Getúlio Vargas. E, para quem aprecia a Cabala, a renúncia abriu uma crise institucional que desembocaria, sete anos depois, no Ato Institucional nº 5, o “golpe dentro do golpe”.
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Eleito por uma coalizão liderada pela UDN, Jânio teve a maior votação já obtida por um candidato a presidente até então (6 milhões de votos). Em apenas 13 anos, ele ocupara os cargos de vereador, deputado federal, prefeito de São Paulo, governador do estado e presidente. Sua eleição ao Planalto ocorreu na sequência dos anos de euforia de JK, quando o país estava confiante em seu futuro. Na posse, Jânio pintou um quadro desastroso das finanças públicas. Mas sua política errática – conservadora e alinhada ao FMI no plano interno e voltada ao bloco socialista e não-alinhado na política externa – desconcertou tanto aliados quanto inimigos. Em pouco tempo, Jânio Quadros estava em guerra com o Congresso e com o mentor de sua candidatura, o golpista-mór Carlos Lacerda.
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Em depoimento ao neto John, pouco antes de morrer, Jânio confirma o que já se suspeitava: a renúncia foi uma tentativa de voltar “nos braços do povo” com mais poderes – um golpe de Estado. Abaixo, as declarações do próprio Jânio sobre a renúncia ao neto, publicadas em 1996 no livro Memorial à História do Brasil, inacreditavelmente ignorado pela mídia:
http://www.novomilenio.inf.br/santos/lendas/h0077g.jpg
“Quando assumi a presidência, eu não sabia da verdadeira situação político-econômica do País. A minha renúncia era para ter sido uma articulação: nunca imaginei que ela seria de fato aceita e executada. Renunciei à minha candidatura à presidência, em 1960. A renúncia não foi aceita. Voltei com mais fôlego e força. Meu ato de 25 de agosto de 1961 foi uma estratégia política que não deu certo, uma tentativa de governabilidade. Também foi o maior fracasso político da história republicana do país, o maior erro que cometi (…). Tudo foi muito bem planejado e organizado. Eu mandei João Goulart (vice-presidente) em missão oficial à China, no lugar mais longe possível. Assim, ele não estaria no Brasil para assumir ou fazer articulações políticas. Escrevi a carta da renúncia no dia 19 de agosto e entreguei ao ministro da Justiça, Oscar Pedroso Horta, no dia 22. Eu acreditava que não haveria ninguém para assumir a presidência. Pensei que os militares, os governadores e, principalmente, o povo nunca aceitariam a minha renúncia e exigiriam que eu ficasse no poder. Jango era, na época, semelhante a Lula: completamente inaceitável para a elite. Achei que era impossível que ele assumisse, porque todos iriam implorar para que eu ficasse (…). Renunciei no Dia do Soldado porque quis sensibilizar os militares e conseguir o apoio das Forças Armadas. Era para ter criado um certo clima político. Imaginei que, em primeiro lugar, o povo iria às ruas, seguido pelos militares. Os dois me chamariam de volta. Fiquei com a faixa presidencial até o dia 26. Achei que voltaria de Santos para Brasília na glória. Ao renunciar, pedi um voto de confiança à minha permanência no poder. Isso é feito frequentemente pelos primeiros-ministros na Inglaterra. Fui reprovado.O país pagou um preço muito alto. Deu tudo errado’’.

Há tempos, o jornalista Geneton de Moraes Neto postou em seu blog um ácido comentário sobre a cochilada dos editores da grande mídia em relação às revelações contidas no livro:

“A mais sincera confissão já feita por Jânio Quadros sobre os reais motivos que o levaram a renunciar à Presidência da Republica no dia 25 de agosto de 1961 somente foi publicada em 1995, em escassas sete páginas de um calhamaço lançado por uma editora desconhecida de São Paulo em louvor ao ex-presidente.

[...]

Jânio morreria no dia 16 de fevereiro de 1992, aos 75 anos de idade. O neto fez segredo sobre o que ouviu. Somente publicou as palavras do avô quatro anos depois. Ao contrário do que fazia diante dos jornalistas – a quem respondia com frases grandiloqüentes, mas pouco objetivas sobre a renúncia – Jânio Quadros disse ao neto, sem rodeios e sem meias palavras, que renunciou simplesmente porque tinha certeza de que o povo, os militares e os governadores o levariam de volta ao poder. Não levaram.
http://www.escola24h.com.br/misc/janio/janio.5.jpg
Presidente Jânio recebe a visita de Ernesto Che Guevara


Talvez porque já pressentisse o fim próximo, Jânio admite,diante do neto, pela primeira vez,que a renúncia foi “o maior fracasso político da história republicana do Pais,o maior erro que cometi”.


A já vasta bibliografia sobre a renúncia ganhou, assim, um acréscimo fundamental, feito pelo próprio Jânio – a única pessoa que poderia explicar o enigma. Desta vez, a explicação parece clara.

Um detalhe inacreditável – que revela como as redações brasileiras são povoadas por uma incrível quantidade de burocratas que vivem assassinando o jornalismo: a confissão final de Jânio mereceu destaque zero nas páginas da imprensa brasileira, o que é estranho, além de lamentável.


A imprensa – que passou três décadas perguntando a Jânio Quadros por que é que ele renunciou – resolve deixar passar em brancas nuvens a confissão final do ex-presidente sobre a renúncia, acontecimento fundamental na historia recente do Brasil.

Tamanha desatenção parece ser um subproduto típico de uma doença facilmente detectável nas redações – a Síndrome da Frigidez Editorial. Joga-se notícia no lixo como quem se descarta de um copo de papel sujo de café . Leigos na profissão podem estranhar, mas a verdade é que há notícias que precisam enfrentar uma corrida de obstáculos dentro das próprias redações, antes de merecerem a graça suprema de serem publicadas! Isto não tem absolutamente nada a ver com disponibilidade de espaço, mas com competência, faro jornalístico.


Se a última palavra do um presidente sobre um fato importantíssimo não merece uma linha sequer em jornais e revistas que passaram anos e anos falando sobre a renúncia, então há qualquer coisa de podre no Reino de Gutenberg. Quem paga a conta, obviamente, é o leitor, a quem se sonegam informações.


O caso da confissão de Jânio sobre a renúncia é exemplar: a informação fica restrita aos magros três mil exemplares do livro do neto. E os milhares,milhares e milhares de leitores de jornais e revistas, onde ficam ? A ver navios. É como dizia o velho Paulo Francis: “Nossa imprensa: previsível, empolada, chata. Como é chata, meu Deus!”.
*militânciaviva

China 1972

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SINOPSE
Michelangelo Antonioni era comunista como a maioria dos intelectuais nos anos 60 e 70. Apoiador, como Sartre, do governo de Mao Tse-tung, obteve o feito inédito de conseguir autorização para filmar a China. Mais que documentário, seu filme é um monumental tratado sociológico com três horas e meia de duração que mostra, naquele momento, a China mais próxima da pobreza da Coreia do Norte do que de ser a maior economia do mundo, como hoje. A disciplina, porém, sempre esteve por lá. Curiosamente, o partido comunista chinês não gostou nada do produto final e a obra foi proibida. Exibida na Mostra Internacional de Cinama de São Paulo, 2010.
DADOS DO ARQUIVO
Diretor: Michelangelo Antonioni
Áudio: Italiano
Legendas: PT/Br (separadas)
Duração: 208 min.
Qualidade: DVDRip
Tamanho: 1.5 GB
Formato: AVI
Servidor: Multiupload (duas partes)

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Postado por Kleen

Boris Casoy advoga para a Veja

Boris Casoy, âncora do “Jornal da Noite” da TV Bandeirantes, virou advogado de defesa da Veja. Na madrugada desta terça-feira (30), ele repercutiu as denúncias da publicação contra o ex-ministro José Dirceu. Ele destacou a “reporcagem” da revista contra o “poderoso chefão” e as acusações levianas de que o dirigente do PT conspira contra a presidenta Dilma.
Na maior caradura, Boris Casoy não falou absolutamente nada sobre a ação criminosa da famiglia Civita. Não disse que o repórter da Veja tentou invadir o apartamento do ex-ministro num hotel de Brasília; que foram usadas imagens ilegais de vídeos; que o tal jornalista fugiu do hotel sem pagar as diárias; que a camareira e o gerente do estabelecimento registraram queixa na polícia; e que o escândalo já está sendo investigado pela Polícia Federal. Nada, absolutamente nada!
O uso seletivo do biquinho
Se esta ação criminosa atingisse FHC – o ex-presidente que continua super-ativo na política, conspirando contra o governo Dilma –, com certeza Boris Casoy teria feito o maior escarcéu com o seu patético biquinho do “é uma vergonha”. Ele criticaria a invasão da privacidade e o uso de recursos ilegais, entrevistaria o gerente do hotel e o delegado da PF e atacaria a “ditadura petista”.
Mas Boris Casoy, que na juventude foi simpatizante de grupos de extrema-direita e que até hoje mantém suas posições elitistas – que o digam os garis humilhados por ele num vazamento de áudio –, é bastante seletivo no uso do seu biquinho. FHC pode fazer política, já o ex-ministro deveria ser preso e exilado como nos tempos da ditadura militar.
A máfia midiática
Mas vamos ser justos: a seletividade manipuladora não é um atributo apenas do apresentador da TV Bandeirantes. É uma marca do grosso dos monopólios da mídia “privada”. No geral, jornalões, revistonas e as emissoras de rádio e televisão abafaram a ação criminosa da Veja, que não ficam muito distante dos episódios mafiosos que abalaram o império de Rupert Murdoch na Inglaterra.
As sete famílias que controlam a mídia nativa brigam entre si por fatias do “mercado”, por audiência e pela bilionária publicidade. Mas na política, elas se unem e difundem um pensamento único – falam “una solo voz”, como se diz na Venezuela. Para proteger a Veja, desmascarada na sua ação criminosa, elas agem como as famílias mafiosas e usam seus “advogados” de forma conjunta.
Altamiro Borges
*comtextolivre

Muito maluco

A moça do meio gira igual a da esquerda ou igual a da direita? Fica maluc@ aí.