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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, setembro 03, 2011

CCCasoy tem que engolir Zé Dirceu


*esquerdopata

JUIZ determina posse de candidata com deficiência, mas prefeitura de Rodeio, SC, nega-se a cumprir ordem do legislativo

Caro leitor, Recebi o email abaixo da concursada Letícia Valéria Uber da cidade de Rodeio, Santa Catarina. Peço que leia atentamente esse email, pois trata-se de mais um caso de preconceito e discriminação contra pessoa com deficiência. Perícia médica alega que trabalhar faz mal à saúde de pessoas com deficiência! Olá, Peço-lhe uns minutos de sua atenção para eu lhe contar o meu caso: passei em primeiro lugar em um Concurso de Agente Comunitária de [...]

Gestão Kassab, a cova já está aberta


Em mais uma greve na cidade de São Paulo, dessa vez é o serviço funerário que parou de funcionar nessa semana, reivindicando melhores salários. Bem que eles podiam ter nos avisado antes, né? Aí a gente enterrava antes do fim do mandato essa desastrosa gestão Kassab, que morreu de inanição moral e administrativa.
Diante de tanta repercussão negativa — primeiro com o Aquassab, depois com o PSD —, Jilberto Caçab prepara uma contra-ofensiva, com um pacotão de bondades para escarnecer o eleitor e tentar recuperar os votos perdidos.
Morar numa cidade sob a gestão Kassab se tornou algo tão degradante que nem morrer sossegado o cidadão consegue mais…

Com JT (Diogo Salles - Trágico e Cômico)

Record News - 1/09/2011 - José Dirceu e a matéria da Veja pt. 1/2


*Brasilmostraatuacara

O Caminho é um só vamos crescer

“Ao contrário de muitas outras trajetórias e caminhos, o nosso caminho é claro. O nosso caminho é: nós vamos continuar crescendo, nós vamos continuar investindo, nós não queremos o país… em recessão, nós temos armas suficientes, mas nós também vamos manter a estabilidade do nosso país”.
A frase da presidente Dilma, hoje, na inauguração da siderúrgica franco-nipônica Vallourec & Sumitomo, que vai produzir tubos de aço sem costura para a indúsria de petróleo e gás, dá o recado bem claro: o Brasil não vai enfrentar a crise com arrocho, com recessão, com desemprego, com roda presa.
Está certíssima e é ela, que foi eleita, quem tem legitimidade para definir esse rumo, o que lhe valeu os votos da maioria do povo brasileiro. Com responsabilidade, mas com firmeza.
O pessoal do “parem as máquinas” vai ficar morto de raiva, mas não adianta. A presidenta já enfrentou muita coisa na vida para entregar a rapadura por conta de conselhos de uma gente que sempre esteve do lado do Brasil que não crescia.
Assista o trecho do vídeo que a gente baixou e editou, a duras penas com a internet que não anda e a assessoria do Planalto que não edita  e coloca na rede uma inacreditável gravação de quase uma hora e vinte minutos – só pode ser para ninguém ver.
*Tijolaço

Dirceu e Veja apressam a Ley de Medios.
Que é de “óbvio interesse público”

O PT simancou
No espaço do Clóvis Rossi na pág. 2 da Folha (*), lê-se que a “reportagem” da Veja sobre José Dirceu merecia ser publicada por ser de “óbvio interesse público”.

Como quem define o “interesse público” é o notável colonista (**) que ocupa o lugar do Rossi, fica assim combinado:

Tudo o que o News of the Veja World publicou era de “interesse público”, segundo o News of the Veja World.

Inclusive as gravações da família da menina morta.

De óbvio interesse público – segundo o Murdoch.

Nesta semana, a Veja reincide e publica as mesmas fotos da semana passada com Sérgio Gabrielli e Fernando Pimentel.

Na verdade, ao “voltar ao local do crime”, a Veja pesa a mão no Sergio Gabrielli, já que a Petrobrás é um dos alvos preferidos do PiG (***), desde Assis Chateaubriand, Roberto Marinho e Bob Fields.

Na abertura do Congresso do PT em Brasília – está na Folha (*), pág. A14 -, todas as correntes – e são muitas – do Partido apoiaram Dirceu.

Lula e Dilma também.

Dirceu foi ovacionado.

O Nunca Dantes e a Dilma (o que é raro) espinafraram o PiG (***).

E, na pág. A8 do Estadão, o presidente do partido, Rui Falcão, volta a pregar uma Ley de Medios e insiste numa tese que o Ministro Bernardo – aquele que tem medo da Globo – parece ter guardado na mesma pilha em que repousa, adormecida, a Ley de Medios que o Franklin Martins lhe entregou.

É a tese de que político não pode ser dono de emissora de tevê.

Caiu a ficha do PT.

Finalmente, com a “reportagem” da Veja sobre Dirceu, o PT simancou: “sem uma Ley de Medios, o Berlusconi ganha a eleição de 2014”.

Ou simancou ou percebeu que o ambiente político, agora, com a ajuda da Veja, é favorável.

(Não há um único órgão de imprensa – com exceção “óbvia” da Folha – que tenha defendido o “método” Veja.)

José Dirceu vai processar a Veja, assim que ficar mais clara a natureza do crime cometido.

O líder do PT na Câmara, Candido Vacarezza, se viu na obrigação de notificar a Polícia Federal, já que o Zé, o Zé, o Ministro da Justiça, não se coçou.

É provável que Dirceu não queira misturar Ley de Medios com Veja.

A Veja é um caso de polícia.

Sem dúvida.

E a Ley de Medios é um caso da Democracia.

(E não apenas do PT ou da Dilma.)

Mas, não tem alternativa: a Veja apressou a Ley de Medios.

Expôs o cadáver na sala.

O fedor começa a se espalhar.

(Quando o Eugenio Bucci e o Fabio Barbosa começarão a “reverter seus valores” ?)

E a D. Judith Brito, ganhadora do Prêmio Barão de Itararé do ano retrasado (ela não foi buscar) ?

A verdadeira líder da oposição na campanha de 2010 ?

Cadê a D. Judith ?

Vai ficar quieta ?

Ou acha também que a Veja fez muito bem, porque aquelas imagens são de “óbvio interesse público” ?

D Judith, a senhora se hospeda no Naoum ?


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (***) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

BONDE DA COVARDIA: DISCURSO DO DEPUTADO MARCELO FREIXO NA ALERJ

Sanguessugado do Maurício Porto
Bonde da covardia
Confira o discurso de Marcelo Freixo em http://www.youtube.com/watch?v=C6RvjvdbRgY ou logo abaixo nesta postagem.
“Agora ele (secretário Júlio Lopes) vem, de novo, a público, dizer que a culpa é do Sr. Nelson Correia da Silva, o motorneiro que faleceu no acidente. Sinceramente, o Secretário tem que lavar a boca com água sanitária antes de falar desse senhor. Esse senhor morreu tentando salvar a vida das pessoas. Ele podia ter pulado e não pulou. Ele estava trabalhando lá - coisa que o Secretário não sabe o que é fazer, porque nunca trabalhou direito - ele morreu porque ficou no bonde até o final, tentando frear, trabalhando naquelas péssimas condições que esse Secretário incompetente, idiota, fornece a essas pessoas”, disse Marcelo Freixo, no plenário da Alerj na terça-feira (30/8). Freixo protocolou, nesta quinta-feira (1/9), um projeto de lei em co-autoria com a deputada Clarissa Garotinho que nomeia a estação dos bondes localizada no Largo da Carioca de “Estação motorneiro Nelson Correia da Silva”.
Leia abaixo o pronunciamento de Marcelo Freixo:
“Eu, não podia ser diferente, venho fazer referência ao acidente dramático, lamentável, ocorrido no bondinho de Santa Tereza, que vitimou diversas pessoas.
Eu tenho um pequeno ponto de divergência com a fala anterior do Deputado Luiz Paulo. Na verdade, nem é uma divergência. O Deputado Luiz Paulo, de forma muito educada, diz que a diferença que existe em relação a outros sistemas de transportes que utilizam o bonde é a falta de investimento. Na verdade, eu acrescento, Deputado Luiz Paulo, um ponto a mais: além da falta de investimento, falta também vergonha na cara dos nossos governantes. Falta investimento e falta vergonha na cara, porque se tivesse um pouco de cada coisa, essa tragédia não teria ocorrido.
Eu quero ler algo que foi publicado no jornal Extra de hoje, uma sentença de 2009. Dois mil e nove!
(Lendo)
“Número 1 – cabe ao governo do Estado adotar todas as medidas necessárias para o funcionamento seguro do sistema de bondes de Santa Tereza; restaurarem, no prazo de 120 dias, o gradil sobre os Arcos da Lapa; restaurarem os bondes pendentes de reforma, no prazo de 60 dias, a contar da intimação da decisão, sob pena de multa diária de 50 mil reais”.
Essa sentença contra o Governo do Estado não foi cumprida porque o Governo recorreu, perdeu novamente, recorreu novamente, ou seja, a Justiça já havia dito que aquilo ali era previsível. Isso aqui foi antes da morte do francês, nos Arcos da Lapa e, evidentemente, antes do acidente desta semana, que vitimou tantas pessoas.
Pois bem, o Estado tem essa prática de não cumprir com suas obrigações mínimas e apelar, judicialmente, para que não cumpra os investimentos que deve, que a lei determina isso.
Mas o mais interessante é que os bondes de Santa Tereza são tombados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Nacional – Iphan. E mais do que isso: são extremamente úteis. Santa Tereza não admite, não consegue imaginar a sua vida sem os bondes, não só por uma questão turística, mas é um meio de transporte mais barato. É fundamental e aquela comunidade não abre mão de ter o bondinho de Santa Tereza funcionando em condições adequadas. Portanto, não é um investimento qualquer. Ele precisa ser feito com os investimentos que já existem.
O mais impressionante, Deputada Janira Rocha, é que já tivemos 14 milhões destinados à reforma dos bondes, dos quais 9,8 milhões foram repassados à TTRANS, para investirem em novos veículos e não reformar os antigos bondes. O mais curioso é que esse contrato com a TTRANS foi suspenso, por irregularidades, pelo Tribunal de Contas. Então, há dinheiro, não se faz o que deveria ser feito, e ainda investe em algo que o Tribunal de Contas diz que é ilegal. Ou seja, o que falta não é investimento; o que falta é vergonha na cara, é decência, é dignidade. É isso que falta a este governo e aos seus Secretários. Não é dinheiro. Dinheiro tem, mas sobra picaretagem. São 17 milhões do Banco Mundial, Deputada Janira Rocha; 17 milhões do Banco Mundial para reformar 14 bondes. Isso não foi feito.
Há verba. Há investimento. Eles investiram nos chamados pseudos bondes de VLTs, e os bondes antigos, que vitimaram essas pessoas, nesta semana, foram abandonados.
Há uma Ação Civil Pública do Ministério Público – e me estranha o Ministério Público não ter pedido a execução disso – que condena o Governo do Estado.
Por fim, tudo isso é inaceitável, Sr. Presidente, mas quero dizer que o mais inaceitável de tudo foi o Secretário Júlio Lopes - que parece sempre mais preocupado com seu penteado do que com a vida das pessoas – dizer que o único transporte que ele conhece é o transporte escolar, porque não entende nada de transportes. Foi um empresário da Educação colocado na pasta de Transportes, sei lá por que razão, talvez faça muito bem a razão pela qual o colocaram lá, que não é entender de transportes.
O mesmo Secretário Júlio Lopes, que, quando fala, mais parece um advogado de defesa das empresas privadas que investem no transporte do que alguém que representa o poder público como secretário. Foi o mesmo secretário que defendeu o fim das barcas de madrugada, alegando que não dava lucro para a empresa, como se fosse papel do secretário estar preocupado com o lucro da empresa e não com os usuários do transporte público. Foi esse mesmo cidadão, ao qual quero evitar adjetivos, para não quebrar decoro, que vem a público, primeiro, dizer frase dessa pessoa, digamos assim:
(Lendo)
“O Secretário de Transportes Júlio Lopes esteve em Santa Tereza ontem à noite e lamentou o acidente, que, segundo ele, ‘representa uma tragédia para o turismo da cidade’.”
(Conclui a leitura)
Ora, francamente! Fica calado que é melhor! Morre gente, morre criança, uma tragédia atrás da outra e ele está preocupado com o turismo da cidade! Esta é a primeira preocupação dele. É porque só pensa em dinheiro. É por isso que ele está na pasta do Transporte. É porque é um agente da Fetranspor, é o cara para fazer acordo – por isso que ele está lá. Não entende “chongas” de transporte e não tem nem respeito à vida humana!
É isso que tem que ser dito aqui. Não é falta de investimento, não! É falta de caráter! É isso que falta a este Governo: vergonha na cara.
Agora ele vem, de novo, a público, dizer que a culpa é do Sr. Nelson Correia da Silva, o motorneiro que faleceu no acidente. Sinceramente, o Secretário tem que lavar a boca com água sanitária antes de falar desse senhor. Esse senhor morreu tentando salvar a vida das pessoas. Ele podia ter pulado e não pulou. Ele estava trabalhando lá - coisa que o Secretário não sabe o que é fazer, desde criança, porque nunca trabalhou direito - ele morreu porque ficou no bonde até o final, tentando frear, tentando salvar, trabalhando naquelas péssimas condições que esse Secretário incompetente, idiota, fornece a essas pessoas. Por isso que esse senhor morreu! De forma covarde! De forma covarde, leviana! É um monstro, é um covarde! Vai colocar a culpa nessa pessoa, nesse trabalhador que morreu.
A família do motorneiro está chorando sua morte, indignada. O Secretário, de forma desrespeitosa, aviltante, no lugar de reconhecer que não fez o que deveria, no lugar de pedir demissão, de pedir desculpas, de ir para o inferno, de ir para onde quiser, coloca a responsabilidade nesse pobre coitado que morreu. Se não tem competência, tenha ao menos o mínimo de respeito a essa família.
É inaceitável, Sr. Presidente, é inaceitável que esse incompetente continue na pasta! Não dá! Não dá!
Espero que ele venha à audiência pública. Espero que venha aqui! E espero que a saída não seja, como ele adora: “Vamos privatizar, vamos fazer qualquer coisa”. Admita a responsabilidade! Peça demissão! Vai cuidar dos seus investimentos na Educação privada, o que fez durante sua vida inteira, porque de Transporte não entende nada! E a sua incompetência gerou a morte dessas pessoas.
Mas ao colocar a culpa na pessoa que morreu, tentando salvar a vida dos outros, ele extrapolou todos os limites possíveis. Não dá!
Obrigado”.
*Marcelo Freixo em pronunciamento no plenário do Alerj no dia 30/8/11.