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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, novembro 29, 2011

Um plano para entregar o contribuinte aos saqueadores

O estouro do escândalo da inspeção veicular em São Paulo e a prisão do ex-secretário do governo estadual na gestão de José Serra, João Faustino, em Natal, expuseram uma manobra urdida no silêncio dos corredores da Assembléia Legislativa e que permitiria a pronta instauração do controle de emissões por automóveis em 126 municípios do Estado de São Paulo, nos mesmos moldes da que vem sendo realizada na cidade de São Paulo.
O Projeto de Lei, que havia sido proposto também na gestão de Serra, já contava com o sinal verde do secretário do meio ambiente Bruno Covas e deveria representar um “garfo” de pelo menos R$ 60,00 de cada contribuinte dos municípios alcançados pela Lei, todos eles administrados por partidos que constituem a base de apoio do governo Alkimin.
Esse enorme mercado aberto à exploração privada seria partilhado, em regime de cartel, pelo grupo das principais empreiteiras que já operam em São Paulo os serviços de pedágio e que poderiam agora engordar seu faturamento em até R$ 200 bilhões anuais, à custa dos munícipes.
Estes já tolhidos economicamente em sua liberdade de movimentarem-se para fora dos limites de seus municípios devido às pesadas tarifas que vigoram nas rodovias que ligam as cidades aos centros de maior peso econômico.
Dois aspectos merecem destaque com relação à silenciosa manobra para tornar obrigatória de uma só vez em todo Estado a inspeção veicular, que agora se sabe, pela farta documentação do Ministério Público, serviria de esteio a esquemas financeiros visando o financiamento de campanhas eleitorais e ao enriquecimento de políticos.
O primeiro é que a pregação contra o aumento da carga de impostos, espinha dorsal dos discursos de oposição ao governo não passam de papagaiada, já que não há impostômetro que de conta de registrar as perdas para os contribuintes devido a taxas, custos indiretos e multas indevidas decorrentes da tutela por empresas privadas do direito individual de posse do automóvel.
O segundo aspecto é o impulso que se dá ao fortalecimento do já gigantesco cartel de empreiteiras que operam as principais concessões públicas e obras de infraestrutura no Estado de São Paulo como o Rodoanel, as linhas de metrô e as instalações para copa do mundo e as olimpíadas.
A depender das autoridades paulistas haverá um tempo em que o cidadão não haverá porque regozijar-se de qualquer queda no pagamento de impostos porque todos os seus movimentos dependerão de que se remunere adequadamente o grupo de empresas que o governo elege em licitações fraudadas para administrar seu direito de ir, vir e de respirar.
Fica cada vez mais claro que a verdadeira plataforma política dos que protagonizaram o escândalo do controle do ar é a vigência de um governo dos cartéis. Sobre os quais não haja efetivo controle democrático, senão que apenas a mais tênue injunção por meio de viciadas Agências Reguladoras, absolutamente capturadas por interesses privados e por quadrilhas de corruptos.  
 

Mr. Teixeira escala
Ronaldo para protegê-lo




Saiu na página do Cosme Rímoli, no R7:

http://esportes.r7.com/blogs/cosme-rimoli/2011/11/29/ronaldo-diz-sim-ao-col-e-ricardo-teixeira-ja-tem-quem-o-proteja-da-imprensa-internacional-e-de-romario/

Como foi possível adiantar no domingo, Ronaldo aceitou.

Será o presidente do COL.

Vai colocar todo o seu prestígio para proteger Ricardo Teixeira.

A nomeação não nasceu natural como com Platini e Beckenbauer.

Quando foram os representantes da França e Alemanha nas Copas de 98 e 2006.

Aqui, não.

Ricardo Teixeira já havia assumido tanto a presidência da Comitê Organizador Local.

O presidente da CBF acumulou sem constrangimento a entidade que tem a missão de controlar tudo relativo à Copa.

Desde o andamento da construção das arenas.

Até responder pelos gastos, pelos bilhões investidos no Mundial.

Se Teixeira não teve constrangimento algum, tiveram por ele.

As denúncias da imprensa inglesa em relação à IFL e às eleições na Fifa.

A pressão internacional.

Tudo isso inviabilizava o acúmulo dos cargos.

Teixeira foi aconselhado inúmeras vezes para largar o COL.

Principalmente por Andres Sanchez, seu novo amigo/irmão de infância.

Depois de muito conversar também com Rodrigo Paiva, o diretor de Comunicações da CBF e seu braço direito, o presidente da CBF cedeu.

Primeiro colocou Andres Sanches como diretor de Seleções.

E agora Ronaldo.

Sanches não é conhecido nem na vizinha Bolívia.

É para consumo interno.

Já Ronaldo é uma resposta para o mundo.

Uma couraça, um grosso escudo.

Ronaldo aceita.

Mas em um momento ruim, estranho.

Ele acabou de ser acusado de atuar como empresário.

O presidente do Santos, Luís Álvaro, revelou que representava o Real Madrid para levar Neymar.

Ronaldo é sócio da 9ine, empresa que gerencia a imagem não só de Neymar como de Adriano, Lucas, Ganso.

Este envolvimento está longe de ser recomendável.

Ronaldo estuda a possibilidade de se afastar da empresa.

Seria mais do que correto.

Só que há quem o aconselhe a acumular funções.

Em nome da sua honestidade reconhecida.

Há um impasse.

Enquanto isso, Teixeira se mostra satisfeito como há muito tempo não ficava.

Hoje Ronaldo e Andres darão entrevista no Rio.

Depois o apenas o ex-atacante, quando formalizará o sim ao cargo.

Teixeira ganhou um aliado para o aproximar de Dilma.

Ronaldo poderá ocupar o seu lugar ao lado da presidente.

E desbancar Pelé, que tem uma atitude ambígua em relação ao presidente da CBF.

Teixeira está mesmo empolgado em relação ao seu inimigo número 1 no Brasil.

Romário.

Navalha
Mr Teixeira did you accept the bribe fez uma barreira de um homem só.
Não basta.
A Justiça e a Polícia da Suíça estão atrás dele.
A Polícia Federal, a Justiça e o Congresso brasileiros estão atrás dele.
A imaculada reputação do Fenômeno não segura essa.
Dilma e Pelé – agora com o reforço do Aldo Rebelo – vão dar olé.
Sem falar do Romário.
Que o Ronaldo, o Pelé e o Mr. Teixeira conhecem muito bem.
Depois da nomeação do Andrés Sanchez para piloto de Seleção, o Mr. Teixeira demonstra um certo pânico.
Deve estar com medo do soar da campainha na porta da casa dele, à noite.
No Rio ou em Genebra.
Paulo Henrique Amorim

Programa Vida Inteligente

Charge do Dia

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Norberto Keppe é o criador da ciência da psico-sócio-patologia que trata da inter-relação entre as doenças psíquicas, físicas e sociais. O indivíduo que alcança um alto poder (como o econômico-financeiro na atualidade) extravasa sua doença mental (neurose, psicose, psicopatia) sobre a sociedade, adoecendo-a igualmente (sociopatologia). Assim como o individuo afeta a sociedade, esta afeta todos os que nascem também, e ambos (ser humano e estrutura social) destroem a natureza. Tal fenômeno explica os desastres da especulação (sociopatia), mostrando que a Bolsa de Valores tem que cair, para surgir a verdadeira economia, que deve ser baseada no trabalho e não em dinheiro fazendo dinheiro. Este (o dinheiro) constitui a riqueza e é para o povo, o erro está na arrecadação só para alguns.




*stopadestruiçãodomundo

Ministério Público acusa Controlar de usar informações sigilosas de motoristas

Para promotores, convênio com o Detran é ilegal porque empresa não poderia ter acesso a dados
Um convênio entre o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e a Prefeitura de São Paulo permitiu à Controlar o acesso ilegal a dados sigilosos de milhões de donos de veículos. Essa é acusação do Ministério Público Estadual (MPE), que não só vê fraude e improbidade administrativa na manutenção do convênio como pede sua ruptura.
Segundo os promotores Roberto Almeida Costa e Marcelo Daneluzzi, os dados do Detran não poderiam ser usados por empresa particular. E, ainda que pudessem, o convênio foi assinado por um delegado de cargo subalterno, ou seja, sem atribuição legal para firmar esse tipo de acordo – que legalmente caberia ao diretor do Detran.
Sem o convênio, a Controlar não teria como impedir o licenciamento de quem não faz inspeção veicular e a Prefeitura não teria como multar os veículos. Isso significaria, na prática, o fim da inspeção pelo modelo atualmente adotado na cidade de São Paulo.
A autorização para acessar os dados foi dada em 2008. Ao ser informada pelo MPE, a atual gestão do Detran confirmou que a Controlar não tem direito de usar os dados. Aos promotores, o atual coordenador, Daniel Annenberg, informou que o departamento “não autoriza a entrega de seus dados a terceiros, nem sequer para a empresa Controlar”.
E prometeu tentar resolver o impasse com a Prefeitura. Mas ainda não refez o documento – chamado de “termo de confidencialidade” e que seria assinado com a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente – impedindo a empresa subcontratada pela Controlar de acessar os dados.
Em nota, a direção do Detran informou que tenta, desde 25 de outubro, refazer o tal “termo de confidencialidade” e ainda não conseguiu porque a Secretaria Municipal do Verde não devolveu o documento assinado. Ontem, o governador Geraldo Alckmin disse que vai averiguar a questão e, se o contrato for irregular, ele será rompido.
Na sexta-feira, promotores que contestam o convênio conseguiram na Justiça bloqueio dos bens do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), do secretário municipal do Verde, Eduardo Jorge, de 13 empresários e de seis empresas. Entre elas estão a Controlar. Todos negam as acusações. Kassab se disse indignado com a acusação.
O MPE aponta 27 irregularidades, ilegalidades e crimes supostamente cometidos no contrato. E pede que os réus devolvam R$ 1,1 bilhão aos cofres públicos, além do encerramento do contrato com a Controlar e devolução da taxa de inspeção e de multas para donos de veículos.
Controle
A Controlar aloja nos bancos de dados oficiais registros dos veículos aprovados e reprovados na inspeção. Tem assim, segundo o MPE, acesso a endereços, telefones, números de CPF e outros dados cadastrais protegidos de donos de veículos. “E isso sem qualquer controle”, dizem os promotores.
Originalmente, o documento assinado pelo Estado e pela Prefeitura em 28 de maio de 2003 previa o acesso aos dados do Detran para instalação da inspeção veicular “desde que o sigilo dos dados fosse preservado”. Mas em 19 de março de 2008 o delegado Gilson César Pereira da Silveira, do Detran, “extrapolando suas funções” na visão dos promotores, mudou o convênio original.
Ele “subscreveu um termo de confidencialidade referente ao contrato da Prefeitura com a Controlar autorizando que os dados e o sistema fossem também operados por empresa terceirizada, subcontratada da Controlar”. O documento foi assinado ainda pelo secretário Eduardo Jorge.
Em nota, a Controlar informa que só se manifestará após ser notificada sobre a ação civil pública protocolada pelo Ministério Público. E informa que “prestou em diversas ocasiões todos os esclarecimentos solicitados pela Promotoria, comprovando, por meio de documentação, a lisura na implementação e no cumprimento do contrato de concessão”. Ainda reitera que a inspeção continuará a ser realizada normalmente.
Marcelo Godoy
*comtextolivre

Manifestantes invadem embaixada britânica em Teerã



Manifestante iraniano corre dentro do pátio da embaixada enquanto um veículo diplomático arde em chamas. Foto: AP

Manifestante iraniano corre dentro do pátio da embaixada enquanto um veículo diplomático arde em chamas
Foto: AP

Dezenas de manifestantes invadiram nesta terça-feira a embaixada da Grã-Bretanha em Teerã e substituíram a bandeira britânica pela iraniana, um ato condenado pelo governo do Reino Unido, que manifestou indignação com o protesto considerado "totalmente inaceitável".

Os manifestantes, que protestavam contra as sanções de Londres a Teerã por seu programa nuclear, também quebraram as janelas com pedras e queimaram bandeiras britânicas e israelenses, segundo imagens exibidas ao vivo pela televisão. Horas mais tarde, pelo menos 100 iranianos invadiram um segundo complexo diplomático britânico.

Este segundo complexo, na zona norte de Teerã, abriga as residências de diplomatas britânicos, assim como escolas britânica, alemã e francesa. A agência Irna informou que os manifestantes mantêm estrangeiros sob controle, mas de acordo com eles para a "proteção" de todos.

As forças de segurança da embaixada não atuaram para impedir o ataque, que aconteceu quando centenas de manifestantes, chamados de "estudantes" pela emissora de televisão, se reuniram diante da representação diplomática para pedir o fechamento do local e a expulsão imediata do embaixador britânico.

"Estamos indignados. É totalmente inaceitável e condenamos", afirma um comunicado do ministério das Relações Exteriores britânico, que denuncia "atos de vandalismo" na representação diplomática.

"Sob o direito internacional, que inclui a Convenção de Viena, o governo iraniano tem o dever de proteger os diplomatas e embaixadas em seu país. Esperamos que atuem urgentemente para colocar novamente a situação sob controle e garantir a segurança de nossos funcionários e de nossa propriedade", completa o texto.

No domingo, o Parlamento iraniano aprovou uma lei que reduz as relações diplomáticas ao nível de encarregado de negócios e prevê a expulsão do embaixador britânico em um prazo de duas semanas.

Esta decisão foi adotada em represália às novas sanções econômicas contra o Irã anunciadas pela Grã-Bretanha, de forma conjunta com Estados Unidos e Canadá, depois da publicação de um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que evidencia as suspeitas dos ocidentais de que o Irã tenta produzir armamento nuclear, apesar dos desmentidos.