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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, dezembro 29, 2011

Coitado do Serra: agora tem até cordel sobre "A privataria tucana"


PRIVATARIA TUCANA

"Caiu a casa tucana
Do jeito que deveria
E agora nem resta pó
Pois tudo na luz do dia
Está tão claro e exposto
E o que ninguém sabia
Surge revelado em livro
Sobre a tal privataria.

"Amauri Ribeiro Junior
Um jornalista mineiro
Em mais de 300 páginas
Apresenta ao mundo inteiro
A nobre arte tucana
De assaltar o brasileiro
Pondo o Brasil à venda
Ao capital estrangeiro.

"Expondo a crua verdade
Do Brasil privatizado
O livro do jornalista
Não deixa ninguém de lado
Acusa Fernando Henrique
Gregório Marin Preciado
Serra e suas mutretas
E o assalto ao Banestado.

"Revelando em detalhes
Uma quadrilha em ação
O relato jornalístico
Destrói logo a ficção
De que político tucano
É homem de correção
Mostrando que entre eles
O que não falta é ladrão.

"Doleiros e arapongas
Telefone grampeado
Maracutaias financeiras
Lavagem por todo lado
Dinheiro que entra e sai
Além de sigilo quebrado
Obra de gente tucana
Na privatização do Estado.

"Parece mas não é
Ficção esse relato
Envolvendo tanta gente
E homens de fino trato
Que pra roubar precisaram
Montar um belo aparato
Tomando pra si o Estado
Mas hoje negam o fato.

"Tudo isso e muito mais
Coisas de uma gente fina
Traficantes de influência
E senhores da propina
Mostrando como se rouba
Ao pivete da esquina
E a cada negócio escuso
Ganhando de novo na quina.

"Se tudo isso não der
Pra tanta gente cadeia
Começando por Zé Serra
Cuja conta anda cheia
O Brasil fica inviável
A coisa fica mais feia
Pois não havendo justiça
O povo se desnorteia

"Com CPI já pensada
Na câmara dos deputados
Não se fala outra coisa
No imponente senado
Onde senhores astutos
E tão bem engravatados
Sabem que o bicho pega
Se tudo for investigado.

"Por isso, temos tucanos
Numa total caganeira
No vaso se contorcendo
Às vezes a tarde inteira
Mesmo com a velha mídia
Sua indiscreta parceira
Pelo silêncio encobrindo
Outra grande roubalheira.

"São eles amigos da Veja
Da Folha e do Estadão,
Da Globo e da imprensa
Que distorce a informação
Blindando tantas figuras
Que tem perfil de ladrão
Mostrando-os respeitáveis
Como gente e cidadão.

"Pois essa mídia vendida
Deles eterna parceira
E que se diz democrática
Mas adora bandalheira
Ainda não achou palavras
E silenciosa anda inteira
Como se fosse possível
Ignorar tanta sujeira.

"Ela que tanto defende
A liberdade de imprensa
Mas somente liberdade
Pra dizer o que compensa
Não ferindo interesses
Tendo como recompensa
Um poder exacerbado
Que faz toda a diferença.

"Mas neste livro a figura
Praticamente central
Sujeito rei das mutretas
Um defensor da moral
É o impoluto Zé Serra
Personagem que afinal
Agora aparece despido
Completamente venal.

"É o próprio aparece
Sem retoque nem pintura
Tramando nos bastidores
Roubando na cara dura.
É o Zé Serra que a mídia
Esconde e bota censura
Para que o povo não veja
A sua trágica feiúra.

"E ele sabe e faz tudo
No reino da malandragem
Organiza vazamentos
Monta esquema de lavagem
Ensina a filha e o cunhado
As artes da trambicagem
E como bandido completo
Tenta preservar a imagem.

"Mas agora finalmente
Com a casa já no chão
E exposta em detalhes
Tão imensa podridão
Que nosso país invadiu
Com a privatização
Espera-se que Zé Serra
Vá direto pra prisão.

"E pra não ficar sozinho
Que ele vá acompanhado
Do Fernando ex-presidente
Mais o genro dedicado
Marido da filha Mônica
E outro homem devotado
Ricardo Sergio Oliveira
E também o Preciado.

"Completando o esquema
Deixando lotada a prisão
Ainda cabe o Aécio
Jereissati e algum irmão
Nunca esquecendo o Dantas
Que só rouba de bilhão
E traz guardado no bolso
O tal Gilmar canastrão.

"Como estamos em época
De Comissão da Verdade
Que se investigue a fundo
E não se tenha piedade
Dos que usaram o Estado
Visando a finalidade
De praticar tanto crime
E ficar na impunidade.

"Tanto roubo descarado
Provado em documento
Não pode ser esquecido
E ficar sem julgamento
Pois lesou essa nação
Provocando sofrimento
A quem sofre e trabalha
Por tão pouco vencimento.

"Que o livro do Amauri
Maior presente do ano
Seja lido e comentado
Sem reservas nem engano
Arrebentando o esquema
Desse grupo tão insano
Abrindo cela e cadeia.
Pra todo bandido tucano."


Silvio Prado
Diretor Estadual da APEOESP
venceremos.2@hotmail.com
*comtextolivre

o PSDB em sinuca



Saiu no blog do Nassif:

A sinuca de bico do PSDB no caso da “Privataria”

Autor:

Luis Nassif


O livro “A Privataria Tucana” tem tucana no nome. Mas investiga especificamente o chamado “esquema Serra”.


As acusações são inidividualizadas e se referem objetivamente a Serra. Amaury o acusa diretamente de corrupção. Se inocente, caberia a Serra buscar a reparação na Justiça. Não o fará porque um eventual processo certamente esmiuçaria sua atuação desde a Secretaria do Planejamento de Franco Montoro, passando pelo relatório Bierrenbach, pelo caso Banespa e pelas privatizações, além de enveredar pelos negócios da filha no mundo offshore. Só faltava a Serra, a esta altura do campeonato, uma ordem judicial para abrir as contas da filha nas Ilhas Virgens.


Se autor da ação, o PSDB pouparia Serra da exceção da verdade. Mas de qual acusação o PSDB pretenderá se defender? Provavelmente do fato de Amaury Ribeiro Jr ter imputado a todo o partido os atos obscuros de Serra.


O PSDB poderá alegar que em nenhum momento as provas apontam para uma ação orquestrada de partido. Se for por aí, será uma tática esperta, porém falsa. Espera-se que o juiz reconheça que não há provas de ação de partido nas maracutaias denunciadas. Depois, dá-se ampla cobertura à sentença, como se fosse condenação do conteúdo do livro como um todo.


Ocorre que, se a lógica da ação for por aí, o PSDB trará para si o cálice do qual Serra foge qual o diabo da cruz. Aí se entrará de cabeça na politização do episódio, no questionamento não das propinas supostamente pagas, mas de todo processo de privatização. O partido entregará de bandeja sua bandeira e, principalmente, sua única referência política; FHC.


O mais lógico seria PSDB e velha mídia “realizarem o prejuízo” – como se diz no mercado do ato de vender ações que estão dando prejuízo sabendo que, quanto mais o tempo passar, maior será o prejuízo incorrido.


Em tempo: o relatório Bierrembach a que o Nassif se refere é a exceção da verdade – maldita verdade ! – que Flavio Bierrembach conseguiu do Juiz Wálter Maierovitch para provar a acusação de que Cerra tinha enriquecido no Governo. Cerra usou a “técnica” Daniel Dantas e matou a ação na Justiça. Cerra tinha um encontro marcado com um Amaury há muito tempo. Ele é o chefe do clã. Não deixe de ler “Por que o PSDB não manda o Cerra embora ?” e “o PSDB não tem líder” – PHA

A arte da democracia: é o que Sócrates achou em Cuba e que a Globo teme!

Poucos dias antes de ficar doente Sócrates visitou Cuba. Lá ele viu alguns meninos, sem camisa e descalços, jogando bola em frente uma, das muitas praças com as imagens de Fidel Castro e Che Guevara, e pediu para a mulher registrar o momento. Cena rara na capital cubana, pois lá o boxe ou mesmo o basebol que são os esportes populares, Sócrates viu naquela pelada das crianças, um futebol puro. Pureza esta também rara de se encontrar em nosso capitalismo globalizado.
Aquela cena o fez refletir sobre o convite recente que recebera para trabalhar na seleção do país socialista. "Ele me disse que esta imagem dos garotos jogando futebol na rua representa o verdadeiro futebol arte. Sócrates lembrou que foi assim que o Brasil passou a existir para a bola" lembra Kátia Bagnarelli, de 30 anos, viúva do "Doutor", que o acompanhou, na última viagem a ilha, em entrevista a um jornal do Rio de Janeiro.
Um dos fundadores da democracia corintiana, Sócrates sempre foi admirador de como a sociedade cubana se organizava, principalmente, devido à participação ativa do povo no processo político da ilha. Um de seus filhos se chama Fidel.
Sócrates até foi convidado a trabalhar como treinador para a seleção de Cuba. No entanto quis o destino que isso não se materializasse. Sócrates em entrevista sobre o assunto, a outro jornal brasileiro, afirmou que queria receber como qualquer cidadão cubano, caso fosse prestar serviços ao povo cubano. “Se um dia for técnico ou ajudar de alguma forma a seleção cubana, não quero receber qualquer valor exorbitante". Tinha que ser igual a um cubano.
O produtor Fernando Kaxassa conta que Sócrates tinha espírito cubano. "Ele tinha uma relação muito forte com o povo cubano. Adorava ir para Havana, era recebido com muito carinho por todos, mesmo quem não sabia que ele tinha sido jogador "— diz Fernando, que estava em produção de um filme sobre a história do amigo quando ele morreu.
Sócrates sempre defendeu a revolução cubana e Fidel Castro. O “Doutor” se mostrava impressionado com a forma com que os cubanos viviam, sobre um bloqueio terrível e com tão poucos recursos materiais. Numa participação para um programa de uma rede de televisão recentemente, ao referir sobre Cuba deixou apresentadora de tal programa de entrevista de “queixo caído”. “Não existe sociedade perfeita, mas existem algumas que se aproximam daquilo que eu acredito e Cuba é exatamente isso".
Em outra entrevista a outro meio de comunicação impresso, questionado sobre por que um democrata colocaria o mesmo nome do filho de um “ditador”, Sócrates foi claro, curto e direto: “... ao Fidel Castro, símbolo da Revolução Cubana, como Che Guevara, as pessoas estão mal informadas. No nosso país se conhece muito pouco o que acontece fora daqui e mesmo aqui dentro. A estrutura política cubana é extremamente democrática. Eu queria que meu filho nascesse lá, eu queria ser um cubano. Nós estivemos lá agora, nós fomos passear! Peguei minha mulher e fui lá, passear, curtir lampejos de humanidade. Um povo como aquele, numa ilhota, que há mais de 60 anos briga contra um império, só pode ser muito forte, e ditadura alguma faz um povo tão forte. Ditadura não é tempo de serviço, necessariamente é qualidade de serviço. Em Cuba, o povo participa de tudo, em cada quarteirão. E aqui? Pra quem você reclama? Você vota e não tem pra quem reclamar.”.
Em poucas palavras transformou a "ditadura dos Castros" em uma democracia de um resistente povo.
Um banho de cidadania, era assim que Sócrates dizia se sentir em Cuba. Aquele que deu muitas alegrias a nação brasileira, com sua arte, também sabia reconhecer as coisas além da superficialidade.
A arte em Cuba, esta nos meninos que joga futebol na rua, num país sem violência, com imensos avanços humanitários e sociais. E com certeza, está na resistência de um povo bravo e guerreiro, que luta contra a barbárie do sistema capitalista, e não teme por isso, mesmo que desagrade o maior império econômico e militar de nosso tempo.
Mas também esta na alta-intensidade de sua democracia que sobrevive, por exemplo - apesar do criminoso bloqueio econômico - com um processo de ampla participação popular que começa na rua de casa e que depois se alastra nas assembleias por bairros e por municípios. Coisa que já dura aí mais de 50 anos e que turista não costuma enxergar.
O povo cubano é um povo que luta com sacrifício, só que acima de tudo é um povo feliz!
Como escreveu o historiador Luis Fernando Ayerbe no final de seu livro, a Revolução Cubana e o desenvolvimento do socialismo cubano não têm como ser entendido como um modelo fechado de aplicação universal, mas uma experiência que se expressou na sociedade cubana como uma forma inovadora, em uma situação de crise, onde se buscou retomar o espírito libertário que lhe deu origem e consolidou seu patrimônio de conquistas na direção de outro mundo é possível. Isso já dura mais de meio século.
Entre tantas coisas, democracia e futebol arte foi o que Sócrates achou em Cuba. Mas isso são coisas que os telespectadores da rede globo jamais saberão. Com um ódio ideológico a grande mídia conservadora, tendo no Brasil como carro chefe a rede globo de televisão,  joga pesado. A realidade cubana é distorcida, manipulada e até adulterada negativamente.
Mas aqueles que conhecem pelo menos um pouco da história de Cuba e de seu povo, sabe que nada disso tirará o brilho da revolução cubana que continuam resistindo e de pé, até por que alguém já diz e Cuba e os cubanos já sabem disso há muito tempo: somente a verdade é revolucionária.
Aloísio Silva é estudante de história pela UFSJ.
*GilsonSampaio

UNICEF reconhece Cuba como país sem desnutrição infantil

Ganância do Banco Itaú joga contra o Brasil: mesmo com lucros recordes, demitiu 4.400 trabalhadores.



O Banco Itaú-Unibanco foi o "grande" vencedor da prova de "São Pilantra" em 2011.

Trata-se de um protesto bem humorado, promovido pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região (foto). O nome da competição é uma paródia à tradicional corrida de São Silvestre, também realizada no final do ano.

O bancão fez por merecer o "troféu" devido à demissão de 4.400 funcionários, na contra-mão dos lucros exorbitantes (só nos nove primeiros meses do ano, o banco teve lucros de R$ 10,9 bilhões).

No Brasil foram criados 2,32 milhões de empregos de janeiro a novembro. O crescimento da economia foi bastante bom diante do cenário mundial. Mesmo assim, bancões privados como o Itaú, agem como quinta-coluna da nação gerando desemprego sem necessidade, o que joga contra a pujança da economia brasileira, prejudicando todo o setor produtivo. 

Nada justifica essa ganância sem limites, para aumentar o já exorbitante lucro dos banqueiros às custas de mandar trabalhadores e trabalhadoras chefes de família para o olho da rua às vésperas do natal, sem justificativa.

O bancão depaupera os trabalhadores e a economia da nação, mas continua soltando polpudos patrocínios para o "Jornal da Globo", onde conta com "Bill" Waack para jamais dar esse tipo de notícia.

É hora dos brasileiros usarem seu poder de escolha e trocarem suas contas e suas poupanças para bancos que tenham mais responsabilidade social e compromisso público com o desenvolvimento nacional. (Com informações da  Rede Brasil Atual)
*osamigosdopresidentelula

Veronica Serra: explicações que não explicam

Criada 20 dias antes por um escritório de advocacia, a Decidir.Com foi assumida por Veronica Serra: "Era uma empresa real, com funcionários, faturamento, clientes e potencial de expansão." E deu zero de lucro?
A filha do senhor José Serra divulgou, 20 dias depois do lançamento de “A Privataria Tucana”, uma nota onde, mesmo não anunciando que vá processar Amaury Ribeiro Jr, diz-se vítima de “insinuações e acusações totalmente falsas”  e apresenta uma série de uma “explicações”.
Vários blogs já apontaram que não é verdadeira a afirmação de Verônica Serra ao dizer que “nunca fui ré em processo nem indiciada pela Polícia Federal; fui, isto sim, vítima dos crimes de pessoas hoje indiciadas”, porque  está, sim, indiciada pelo caso da quebra de sigilo bancário praticada pela sua empresa Decidir.com, da qual era vice-presidente. Nesta ação, são réus o jornalista da Folha que publicou os dados e James Rubio Jr. , presidente da Decidir.com. O processo (0000370-36.2003.4.03.6181) está em curso na 3ª Vara Criminal Federal.
D. Verônica, claro, como toda pessoa, conta a seu favor com a presunção da inocência.
Mas comparemos o que ela diz aos fatos. Primeiro, a dama:
2. No período entre setembro de 1998 e março de 2001, trabalhei em um fundo chamado IRR (International Real Returns) e atuava como sua representante no Brasil. Minha atuação no IRR restringia-se à de representante do Fundo em seus investimentos. Em nenhum momento fui sua sócia ou acionista. Há provas.
3. Esse fundo, de forma absolutamente regular e dentro de seu escopo de atuação, realizou um investimento na empresa de tecnologia Decidir. Como consequência desse investimento, o IRR passou a deter uma participação minoritária na empresa.
4. A Decidir era uma empresa “ponto.com”, provedora de três serviços: (I) checagem de crédito; (II) verificação de identidade e (III) processamento de assinaturas eletrônicas. A empresa foi fundada na Argentina, tinha sede em Buenos Aires, onde, aliás, se encontrava sua área de desenvolvimento e tecnologia. No fim da década de 90, passou a operar no Brasil, no Chile e no México, criando também uma subsidiária em Miami, com a intenção de operar no mercado norte-americano.
5. Era uma empresa real, com funcionários, faturamento, clientes e potencial de expansão. Ao contrário do que afirmam detratores levianos, sem provar nada, a Decidir não era uma empresa de fachada para operar negócios escusos. Todas e quaisquer transações relacionadas aos aportes de investimento eram registradas nos órgãos competentes.
Bem, por partes:
Primeiro, a International Real Returns não era uma empresa registrada no Brasil. Embora tenha sido apresentada, em 2001, na reportagem sobre seu casamento publicada pela Istoé como “sócia-presidente dos investimentos latino-americanos da International Real Returns (IRR), empresa de administração de ativos com US$ 600 milhões de capital europeu” a empresa não aparece como cotista de nenhuma outra nos arquivos da Junta Comercial de São Paulo.
A Decidir.Com brasileira não existia. Foi criada um mês antes da chegada de Verônica Serra  pelo advogado José Camargo Óbice, em seu escritório da Rua da Consolação e com capital de apenas R$100 e o nome de Belleville Participações S/A. Vinte dias depois é que virou Decidir Brasil S/A e, em mais 40 dias, elevou seu capital para R$ 5 milhões, ou  R$ 13 milhões, hoje, com a correção do IGP-M.
“Era uma empresa real, com funcionários, faturamento, clientes e potencial de expansão”, afirma D. Verônica. Deve ser mesmo, porque logo depois de sua saída, em março do ano seguinte, dobrou o seu capital social, embora o lucro no ano anterior, 2000, tenha sido zero, conforme está registrado no Diário Oficial, na ata da assembleia realizada em julho que aprovaa não distribuição de dividendos obrigatórios aos acionistas referentes ao exercício social encerrado em 31/12/2000, tendo-se em vista a inexistência de lucros apurados no período, conforme as demonstrações financeiras da Sociedade”.
A CPI vai ajudar D. Veronica a mostrar como tudo é um negócio simples, claro, onde o dinheiro não aparece do nada e desaparece para o nada.
*Tijolaço

A crise do CNJ é São Paulo

Saiu na Folha (*):

Juízes receberam benefício por anos em que eram advogados


Pagamento de licenças-prêmio em tribunal de SP é investigado pelo CNJ. Dois juízes receberam benefício de 450 dias referente ao tempo em que advogaram; eles não se manifestaram


FLÁVIO FERREIRA

DE SÃO PAULO


O Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu a 22 desembargadores licenças-prêmio referentes a períodos em que eles trabalharam como advogados, anteriores ao ingresso no serviço público.


Em dois casos, o benefício referente ao período em que atuaram por conta própria chegou a um ano e três meses -ou 450 dias.


O pagamento das licenças-prêmio está sob investigação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e foi anulado pelo próprio tribunal um dia depois de o conselho iniciar uma devassa na folha de pagamento da corte paulista, no último dia 5.


A atuação do CNJ divide o mundo jurídico desde que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello concedeu liminar impedindo que o conselho abra por iniciativa própria investigação contra juízes (leia entrevistas na pág A8).


A corte possui 353 desembargadores e, segundo a lei, um quinto de seus membros deve ter origem na advocacia ou no Ministério Público.


(…)

Saiu na pág. 4 do Globo:

“CNJ puniu 49 magistrados em sete anos.”


“Das condenacoes, 38 foram originadas no órgão, hoje envolvido no debate sobre a restrição de seus poderes”


“Além disso, 18 dos atuais 29 corregedores dos tribunais de Justiça respondem ou já responderam a processo em seu próprio órgão.

Navalha
O Presidente do STF, o inimigo público Número Um do CNJ, Cezar Peluso, originário de São Paulo, terá prestado uma contribução inestimável à História da Magistratura Brasileira.
Criou uma Heroina: Eliana Calmon.
A mulher que abriu a caixa preta da Justiça.
Em São Paulo.
Peluso é o Agripino Maia da Calmon.




Paulo Henrique Amorim