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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, junho 30, 2012

O bom consumidor

Quem é o fundamentalista?

 Bourdoukan

Definitivamente a mídia continua tratando seus leitores como idiotas.
Insiste em criar slogans usurpadores para catequizar os incautos.
De um lado temos o Ocidente Cristão “tolerante e democrático”.
De outro o Oriente muçulmano “intolerante e fundamentalista”.
O Ocidente é representado por Estados Unidos e Europa.
O Oriente por Iraque, Líbia e Afeganistão ( não por coincidência nações invadidas, ocupadas e saqueadas”).
E a estes três últimos querem acrescentar a Síria e Iran e em quem mais eles estiverem cobiçando.
Enfim, de um lado temos os “tolerantes cristãos” e de outro os “fundamentalistas muçulmanos”.
Mas espera aí.
O Iraque de Saddam Hussein tinha como vice-presidente um cristão.
Em que país cristão há algum vice-presidente muçulmano?
No Afeganistão dos Talibãs havia uma Mesquita de Maria.
Alguém conhece alguma igreja ou templo no Ocidente democrático de nome Muhamad?
Isso, claro, para ficar na superfície do texto.
Alguém pode dizer quando o Iraque, a Líbia, o Afeganistão, a Síria ou Iran invadiram o Ocidente Cristão?
Não preciso perguntar quantas vezes o Ocidente cristão invadiu aqueles países.
Qualquer leitor minimamente ilustrado sabe que o Ocidente Cristão fez e ( e continua fazendo) de sua razão a invasão, ocupação e saque de nações.
E não precisa ir longe.
A nossa maltratada America é um excelente exemplo.
Claro também que posso citar a África e a Ásia.
Agora falemos de Israel que, segundo seus psicopatas dirigentes, estaria ameaçado pelo muçulmano Iran.
Porque um dirigente iraniano “teria ameaçado os judeus de extinção”.
O interessante é que no Iran vivem mais de 35 mil judeus que vivem de acordo com os preceitos da religião judaica.
E jamais foram perseguidos ou maltratados.
Mas falemos de Israel, lamentavelmente, um posto militar euro-ocidental a serviço dos Estados Unidos.
Como os “judeus” foram parar ali?
Fugindo dos cristãos ocidentais.
Que jamais cessaram de persegui-los.
Basta consultar menos a mídia e mais a História para verificar essa verdade.
Foram os ocidentais cristãos que perseguiram e maltrataram os judeus durante séculos.
Ao contrario dos muçulmanos, que sempre os abrigaram.
A lista é longa, longuíssima, mas esse é um simples blog e não uma defesa de tese.
Mas se você tiver algum tempo consulte a História e veja como Ocidente Cristão manipula vergonhosamente os fatos.
E veja quem é o fundamentalista.
E como a mídia trata os seus leitores como idiotas.
Depende apenas de você.
E abaixo você ouve Moshe Habusha, acompanhado por Ariel Cohen, cantando em árabe Ya Jarat Al Wadi, do egípcio Mohamad Abel-Wahab. Ressalte-se que Moshe possui um conjunto musical especializado em canções clássicas árabes. Muitas delas ele verteu para o hebraico. Eu o considero um dos melhores interpretes de musica árabe em todo o Oriente Médio.

*GilsonSampaio

sexta-feira, junho 29, 2012

Física Quântica e Espiritualidade - Laércio B. Fonseca

A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou que a Venezuela vai se integrar ao Mercoul a partir do próximo mês de julho em um ato no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Além disso, os presidentes reunidos na Cúpula do Mercosul decidiram suspender temporariamente o Paraguai do bloco até que novas eleições sejam realizadas nesse país e reconhecer o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva como cidadão ilustre do Mercosul. teleSUR


Na Cúpula do Mercosul, Dilma reafirma compromisso do bloco com a democracia

Presidenta Dilma Rousseff durante ato de transmissão da Presidência Pro Tempore do Mercosul, em Mendoza, na Argentina. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (29), em Mendoza, na Argentina, ao assumir a presidência pro tempore do Mercosul, que entre os esforços de sua gestão à frente do bloco estará o de assegurar que, após o impeachment do presidente Fernando Lugo na semana passada, as próximas eleições no Paraguai sejam democráticas, livres e justas. A Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul decidiu nesta sexta-feira suspender o Paraguai até abril de 2013, quando ocorrem as eleições presidenciais naquele país.
“Nós temos, na constituição do Mercosul, um compromisso democrático fundamental, que é aquele que prima por respeitar os princípios do direito de defesa, é aquele que prima por rejeitar ritos sumários e zelar para que a manifestação dos legítimos interesses dos povos dos nossos países sejam assegurados. Por isso, temos de fazer os nossos melhores esforços para que as eleições de abril próximo, no Paraguai, sejam democráticas, livres e justas”, disse a presidenta.
Dilma reafirmou o compromisso do Mercosul com a democracia e convidou mais países a se unirem ao bloco. Ela anunciou ainda que em 31 de julho a Venezuela passará a ser integrante do Mercosul.
“Queria dizer que a nossa posição em relação ao que aconteceu no Paraguai é uma posição que mostra a sobriedade desta região. Nós somos uma região que há 140 anos vive sem guerras. Nós somos uma região pacífica, uma região sem conflitos étnicos e sem perseguições religiosas. Nós somos uma região que fez todos os seus organismos baseados num compromisso fundamental com a democracia, e o Protocolo de Ushuaia evidencia isso”, afirmou.
*GrupoBeatrice

Brasil em Discussão entrevista João Pedro Stédile


Chávez: Venezuela no Mercosul é uma derrota do imperialismo

Hugo Chávez lamentou ausência do Paraguai no Mercosul, mas exaltou inclusão da Venezuela. Foto: AFP
Hugo Chávez lamentou ausência do Paraguai no Mercosul, mas exaltou inclusão da VenezuelaFoto: AFP


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, comemorou nesta sexta-feira a incorporação de seu país como membro pleno do Mercosul a partir de julho, destacou seu "impacto geopolítico" e o considerou uma "derrota" do imperialismo e das burguesias.
"É um dia histórico que deve ser comemorado. Terá ressonância geopolítica em primeiro lugar", declarou Chávez em entrevista por telefone ao canal multiestatal Telesur, sediado em Caracas.
Os presidentes do Brasil, Argentina e Uruguai decidiram na cúpula semestral do Mercosul realizada na cidade argentina de Mendoza, sem a presença de representantes do Paraguai, incluir a Venezuela como membro pleno após um processo iniciado em 2006, mas que estava estagnado pela negativa do Congresso paraguaio.
A presidente argentina, Cristina Kirchner, anunciou que a incorporação da Venezuela será concretizada em reunião especial no dia 31 de julho, no Rio de Janeiro.
Chávez considerou esta data como um "dia para a história da integração" e "uma lição de ética", "de política verdadeira para esses enclaves autoritários que ainda restam em várias partes da América Latina e do Caribe".
"Isso é uma derrota para o imperialismo, é uma derrota para essas burguesias lacaias, incluindo a burguesia venezuelana também conectada com aquela burguesia paraguaia que fez todo o possível para impedir o ingresso da Venezuela ao Mercosul", acrescentou. Ele acusou o Congresso paraguaio de ter uma atitude irracional contra a Venezuela e de causar "grande danos" à unidade da América, ao Mercosul e ao próprio Paraguai.
Chávez ressaltou que o impacto da decisão "ser geopolítico, político, econômico, social" e afirmou que a entrada da Venezuela ao bloco sul-americano consolida a maior reserva de petróleo do mundo, assim como a de gás natural e de água. A incorporação venezuelana será possível pela suspensão temporária do Paraguai até a realização de novas eleições, previstas para o próximo ano no país, após o julgamento político que destituiu Fernando Lugo na semana passada.
Chávez destacou a decisão do Mercosul de não lhe aplicar sanções econômicas ao Paraguai. "Considero um gesto muito próprio dos modelos de integração da América do Sul, neste caso do Mercosul", declarou o líder, que defendeu a decisão de que não se faça "nada que vá afetar o povo nobre e heroico do Paraguai".

Alerta Democracia