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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, julho 02, 2012

A saída do Paraguai do Mercosul e seu isolamento

O atual governo paraguaio passará por um isolamento político, após ser suspenso das reuniões do Mercado Comum do Sul (Mercosul), ao menos até as próximas eleições presidenciais, em abril de 2013. O mandato de nove meses, a ser cumprido por Federico Franco, e o processo que conduzirá o país às próximas eleições, será monitorado pelo Mercosul, que de acordo com o cenário político internacional, poderá prolongar o prazo de suspensão. Com o Paraguai temporariamente carta fora do jogo, a crise interna do país foi a oportunidade vista pelo Mercosul para crescer com a inclusão da Venezuela.
“Venezuela é o quarto exportador de petróleo, e tem poder de voto nas Nações Unidas. Distribui petróleo a muitos países e tem negócios fortes. O Paraguai leva o voto de Taiwan. O que posso lhe dizer?”.
As projeções frente ao atual cenário de conflito político internacional vivido pelo Paraguai foram desenhadas por Milda Rivarola, historiadora e socióloga. Paraguaia, exilada política na Espanha e na França, por dez anos, durante a ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989). Ela afirmou não ser “luguista” e contou ter rejeitado o cargo de ministra de Relações Exteriores, ao ver a impossibilidade de trabalhar com os políticos disponíveis no Congresso.
“Suspender e observar. Em linguagem médica se chama quarentena. Alguém que tem um vírus perigoso é afastado dos demais, observado e depois são tomadas as medidas, se é que essa enfermidade é realmente contagiosa”, concluiu, irônica, Milda Rivarola.
Segundo a socióloga, a classe política paraguaia irá entender as desvantagens em não participar do Mercosul, quando for tomada alguma medida econômica, como a elevação dos impostos aos empresários que comercializam com os países do bloco.
Pois, de acordo com Rivarola, apenas com aplicações econômicas os empresários agroexportadores que apoiaram e fomentaram o golpe contra o ex-presidente Fernando Lugo, entenderão o que significa a suspensão do Mercosul e, assim, poderiam deixar de apoiar o atual governo de Federico Franco.
“Quando os produtores de soja, os pecuaristas e industriais perceberem o que lhes custou o golpe, aí podem deixar de apoiar o governo. Eles acreditaram que o golpe sairia grátis. É preciso mostrar o que custa ser suspenso do Mercosul. Que sintam no bolso, pois é o único lugar onde entendem”, afirmou Rivarola.
Ao tratar a classe política paraguaia de predadores do Estado, Rivarola ressaltou que o parlamento atuou sem pensar nas consequências políticas, pois não sabem administrar e não têm conhecimento sobre relações exteriores.
“Não pensaram nas consequências. Provocaram um conflito externo que não sabem dirigir. Não administram a posição e situação que o Paraguai tem no mundo”, disse Rivarola, que lembrou o fato de que o início da guerra da Tríplice Aliança (1864-1870) foi celebrado no Paraguai, e ela acredita que agora o cenário se repete.
“Estão fazendo o mesmo convertendo um conflito externo no Mercosul, que não podem administrar, em propaganda política interna. Retornaram da reunião da OEA dizendo que foi um êxito, quando foram desmerecidos. E falam como se não existisse internet”, afirmou Rivarola. Durante a reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA), não foi decidido o envio de uma delegação ao país, o que fez o secretário-geral, José Miguel Insulza, disponibilizar-se para verificar a situação político-social.
Suspenso até...
A possibilidade de seguir suspenso das reuniões do Mercosul, após abril de 2013 – mesmo ao cumprir com as eleições presidenciais livres e democráticas – não deixa de ser considerada pela possível continuidade dos desacordos entre as políticas externas e internas implementadas pelo Paraguai e os demais países do bloco.
Para Milda Rivarola, o país não traz benefícios ao Mercosul, pois impõe vetos aos projetos de crescimento do bloco, como era a impossibilidade de acordos comerciais com a China, devido as relações do Paraguai com Taiwan, e além de sempre haver sido o único país contrário ao ingresso da Venezuela.
“Isso era o Paraguai no Mercosul, um país pequeno que não oferecia nenhuma vantagem comparativa e impunha veto a todos os projetos de desenvolvimento do bloco para construção de um conjunto competitivo frente à União Europeia e outras uniões mundiais”, disse Rivarola.
Mais um fator que poderia somar como justificativa para o prosseguimento da suspensão do Paraguai, no Mercosul, é quem será o presidente eleito no próximo ano. Questionada sobre a possível vitória de um dos três empresários mais ricos, Horacio Cartes, candidato pelo Partido Colorado, que deixou de governar o país, por primeira vez na história, após a vitória de Fernando Lugo.
“Difícil pensar que sentarão para dialogar com Horacio Cartes”, afirmou Rivarola. Horacio Cartes esteve preso por evasão de divisas, na época da ditadura militar, hoje, é dono de várias empresas, inclusive da marca de refrigerante mais popular do Paraguai (Pulp) e conhecido como dono do “Club Libertad”, o qual atualmente preside.
Maíra Vasconcelos, de Montevidéu
No Advivo
*comtextolivre

Fuerzas militares y policiales de Paraguay manifestaron apoyo a Lugo

Via Telesur
Por medio de un comunicado las fuerzas militares y policiales expresaron que la destitución de Lugo fue un intento de doblegar la voluntad del pueblo (Foto: Archivo)
Oficiales y subalternos de las Fuerzas Armandas y Policiales de Paraguay emitieron un comunicado para repudiar la destitución del expresidente de ese país, Fernando Lugo, y manifestarle su apoyo.
Oficiales y subalternos de las Fuerzas Armandas y Policiales de Paraguay anunciaron este domingo su apoyo irrestricto al expresidente de ese país, Fernando Lugo, quien fue separado de su cargo tras un juicio político parlamentario celebrado el pasado 22 de junio.
A través de un comunicado de prensa, las Fuerzas Militares y Policiales del país suramericano repudiaron el proceso que terminó con la destitución de Lugo, elegido por el voto popular como mandatario de Paraguay.
“Rechazamos (...) la iniciativa de llevar a juicio político al Presidente de la República, más aún sin existir un debate público, consultas o procesos respetuosos de la voluntad de la ciudadanía paraguaya, lo que se constituye en un grave retroceso en el proceso de democratización de la región”, manifestaron.
Denunciaron que lo ocurrido en Paraguay fue un “intento de doblegar la voluntad y la soberanía popular del pueblo”.
En el texto, aclararon que a pesar de su descontento con la realidad política de ese país, no levantarán las armas.
“Con este comunicado dejamos bien en claro que también somos paraguayos y que venimos de los estratos más humildes del país, por ello no levantaremos nuestras armas en contra" del pueblo.
El nuevo gobierno de Paraguay, encabezado por Federico Franco, fue sancionado por los países que conforman el Mercado Común del Sur (Mercosur), la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur) y ha sido criticado por otras naciones por considerar que no se le respeto el derecho a la defensa al ahora exmandatario, Fernando Lugo.
Por su parte, Lugo ha reiterado en varias oportunidades su llamado a resolver el conflicto político por la vía pacífica, mensaje que ha sido acatado por sus seguidores que se mantienen en las calles en protestas pacíficas.
*GilsonSampaio

domingo, julho 01, 2012

Deleite The Verve-Bitter sweet symphony


*Nina:)

Enfim, Kassab foi útil

Foto: J. Duran Machfee/Futura Press 
*comtextolivre

Lugo: "Caí porque não dei cargos aos partidos"

Como se vê, fisiologismo não é privilégio só do Brasil.

                    
Lugo:


Em entrevista ao argentino Clarín, o ex-presidente paraguaio Fernando Lugo diz que contrariou os interesses do sistema político paraguaio; “O Estado não é uma torta que se reparte”


O ex-presidente paraguaio Fernando Lugo concedeu entrevista exclusiva ao Clarín para dizer que caiu por não entrar no jogo político do Paraguai. As palavras foram a um jornal da Argentina, que é justamente de onde ele tem conseguido mais apoio – até agora, Cristina Kirchner tem liderado o discurso contra o governo de Federico Franco. Leia alguns trechos:
Em uma entrevista com Daniel Vittar, do jornal argentino El Clarín, o ex-presidente Fernando Lugo falou sobre as razões que levaram ao impeachment, dizendo que seu governo também tentou mudar a política paraguaia.


 
"Tínhamos uma frase inspiradora de Pio XI que dizia que "a política é a expressão mais sublime do amor". Mas ele se referia à alta política, à genuína, não à politiqueira, a política a que estão acostumados aqui no Paraguai. Queríamos romper com isso", disse.
Ele ainda afirma que a religião não deve ser dissociada da política, embora a Igreja "tenha errado muitas vezes na identificação com projetos políticos passageiros."


Juízo político por não dar cargos


Questionado sobre a formulação do juízo político que o depôs, Lugo disse que os cinco fundamentos da acusação não eram argumentos o bastante para para destituí-lo e que o impeachment ocorreu porque ele não atendeu aos pedidos de cargos dos partidos políticos.
"Aqui estão acostumados a ter uma atitude de patrocínio. Nós queríamos quebrar essa ordem e fazer políticas sociais, e isso incomodou", disse, referindo-se ao PLRA, o partido liberal.


 
"Eu poderia fazer uma aliança com eles (PLRA), mas o preço seria muito alto. O que os partidos políticos querem? Eles querem postos e eu disse 'não', o Estado não é uma torta que se reparte, é preciso merecer o posto. Tínhamos outra visão de como conceber a política. Então, quando os convidados são muitos e a comida é pouca, sem dúvida há descontentes. E houve grande descontentamento na classe política tradicional", diz.

 
Lugo diz que sua administração tocou interesses ao mesmo tempo, indicando que as partes discutem sobre quem quer ocupar cargos e receber salário e não para projetos ou programas para o país.
"Meu maior erro foi confiar demais em políticos tradicionais. Confiar demais e acreditar demais. É como acontece na Igreja: vem um assassino ou um ladrão e diz que é inocente, e nós acreditamos nele. Acho que confiei e acreditei demais na classe política. Mas eu confiei porque fui muito respeitoso com os outros poderes, tanto o legislativo quanto o judiciário. Poderia fazer acordos, mas depois cobram um preço muito alto e eu não queria pagar", disse.
Promessas não cumpridas
Quanto à falta de cumprimento das suas promessas, ele se concentrou em questões de terra, culpando o sistema judiciário.


 
"Nós temos arquivadas mais de 100 ações judiciais para recuperar terras ilícitas (...) Mas não é um tema que dependa do Executivo, mas do Judiciário, esses registros estão concentrados em escritórios da Justiça", observou.
Paternidade e câncer
Questionado sobre as denúncias de paternidade, ele disse que nem isso nem o câncer afetaram seu trabalho duro, que começava às 5 da manhã. "Nem a minha doença, o câncer, nem essas questões me fizeram perder um único dia do meu trabalho. Todos os dias às 5 da manhã eu estava no Palácio do Governo, doente ou bem, reconhecendo ou não reconhecendo a paternidade. Nada mudou meu ritmo de entrega, de trabalho duro para o bem deste país", disse.
Senador Lugo


 
Lugo confirmou que ele se ofereceu para correr como candidato a senador, encabeçando a lista, uma proposta que será analisada antes de decidir. Quanto candidatar-se como presidente disse que ainda não tem "uma análise jurídica clara" para saber isso é possível.

 
Sobre a sanção ao Paraguai no Mercosul, disse que os presidentes indicaram que o bloco "tem muito boa informação" e que se deve recuperar o caminho perdido.


 
Franco impopular


 
Quando o jornalista do Clarin lhe consulta sobre o que poderia dizer sobre o atual presidente, Federico Franco, Lugo respondeu que falaria de sua ambição.
"Politicamente, ele pode dizer que ele também teve os votos que eu tive. Mas nas últimas eleições internas de seu partido (Liberal) ficou em um cômodo terceiro lugar. Não tem popularidade mesmo em seu partido. Então, mal poderia ser o líder capaz de devolver a paz e tranquilidade ao país", conclui.247
*Oterrordonordeste

Choque de Gestão. Paulistanos têm uma grande chance para piorar sua vida, é só votar no Trololó

 *aposentadoinvocado

Banco do Brasil é a instituição financeira mais sólida do mundo


BB é o banco mais sólido do mundo, segundo agência americana
por Marina Rossi

De acordo com ranking global da agência de notação financeira norte-americana Weiss Ratings, o Banco do Brasil é a instituição financeira mais sólida do mundo.

A posição do banco brasileiro indica segurança financeira capaz de passar por crises econômicas.

Na sequência, o ranking foi pontuado com as seguintes instituições:

1. Banco do Brasil (Brasil)
2. Hang Seng Bank (Hong Kong)
3. Turkiye Garanti (Turquia)
4. Qatar National Bank (Qatar)
5. Akbank (Turquia)
6. Banco Mandiri (Indonésia)
7. Al Rajhi Bank (Arábia Saudita)
8. Grupo Financiero Santander (México)
9. Samba Bank (Arábia Saudita)

*esquerdopata