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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, novembro 03, 2012

MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO OLHO DO FURACÃO


O furacão Sandy e as alterações climáticas


Entrevistado por Amy Goodman, da Democracy Now!, Mike Tidwell, diretor da Chesapeake Climate Action Network, diz que um furacão como o Sandy que chega tão a norte é tão anormal como nevar na Arábia Saudita. A causa desta anormalidade é a subida da temperatura da superfície do Atlântico.


AMY GOODMAN:
Pode falar-nos sobre os novos perigos que vivem as cidades costeiras do Leste dos EUA?
MIKE TIDWELL:
Penso que o furacão Sandy deixou claro que atingimos uma nova normalidade no que se refere a tempestades atlânticas tão poderosas que as nossas comunidades costeiras não poderão suportá-las. O espantoso volume de água que vimos em Nova York – novaiorquinos que viveram na cidade toda a vida nunca tinham visto a água atingir o metropolitano como aconteceu agora. Nunca tinham visto carros completamente submersos no East Village e a energia elétrica desligada pela ConEd. Estas são as novas fronteiras de impacto, e claramente as impressões digitais das alterações climáticas estão em toda esta tempestade. O resultado é que agora somos todos cidadãos de New Orleans, em toda a Costa Leste. O nível dos oceanos está a subir. As tempestades são maiores.
Teremos de fazer duas coisas para avançar: uma, deixar de usar combustíveis fósseis que estão a provocar as alterações climáticas. Mas, além disso, vamos ter de começar a construir diques. A menos que queiramos abandonar Nova York, abandonar Baltimore, Washington, Miami, teremos de construir diques e aterros. Nas próximas décadas, mais cedo do que jamais pensamos, a Costa Leste vai ter de estar protegida por diques e aterros tal como New Orleans.

AMY GOODMAN:
No seu livro, “The Ravaging Tide: Strange Weather, Future Katrinas, and the Coming Death of America’s Coastal Cities” [“A Maré Devastadora: Tempo Estranho, Futuros Katrinas e a Morte Próxima das Cidades Costeiras da América"], o Mike escreve: “A cidade de Nova York é o grande gigante adormecido dos cenários de desastre dos furacões. Tantos fatores que mutuamente se reforçam apontam para uma catástrofe na maior cidade do país que, de muitas formas, é ainda mais assustadora que New Orleans”. Pode falar-nos sobre o que estamos a ver agora, sobre o efeito em toda a costa e as mudanças políticas que considera terem de ser feitas?
MIKE TIDWELL:
Nenhum de nós tinha visto um furacão como este, tão maciço. Eu vivo em Takoma Park, Maryland, nos subúrbios internos de Washington, D.C. E o vento tem vindo a soprar e a fazer um barulho semelhante a um comboio nas últimas 24 horas sem parar. Tivemos faltas de energia na região. Tivemos cheias. O metrô, o comboio e os serviços de autocarros foram cancelados pelo segundo dia. O governo federal deixou de funcionar pelo segundo dia. A vida na capital da nação foi totalmente interrompida. Cenas semelhantes repetem-se em toda a Costa Leste. E Nova York, devido à sua situação geográfica, é o caso pior quando há a elevação das águas que tivemos na noite passada. Os mais de quatro metros de subida das águas superaram em muito a marca mais alta de 1821 – simplesmente espantoso.
E o que é também espantoso, Amy, é que não costuma haver furacões na Flórida no final de outubro. Ora, a apenas dois dias de novembro, este furacão atingiu os Estados Unidos. Mais raro ainda é ter um furacão tão tarde e tão a norte. É o equivalente a ter neve na Arábia Saudita. É completamente anômalo.
Por que está isto a acontecer? Quer dizer, o presidente recusou-se a falar sobre as alterações climáticas, mas claramente as alterações climáticas decidiram falar com ele, poucos dias antes das eleições, com esta tempestade maciça que nasceu das temperaturas elevadas na superfície do mar, a nível recorde, no Atlântico, cinco graus acima do normal, e muitos milhares de milhas de diâmetro em termos da sua área de influência. Este tem de ser o evento que finalmente chame a atenção dos nossos líderes para a política, porque temos tão pouco tempo para deixar de usar combustíveis fósseis que estão a provocar supertempestades como esta, e começar a transição para um mundo que use energia limpa e renovável.

AMY GOODMAN:
Explique as causas desta subida das águas. Em Nova York os problemas não foram causados tanto pelas chuvas torrenciais, mas as marés subiram, e o sistema subterrâneo em muitas áreas foi inundado, como em lugares como Red Hook no Brooklyn, em Lower East Side, também, ao longo de Battery Park. O que causou esta subida das águas, mesmo sem chuvas torrenciais?
MIKE TIDWELL:
Normalmente chuvas e vento são fatores menores em termos de danos causados por furacões. Os piores danos, como vimos no Katrina e no Wilma, e agora no Sandy, vem das marés altas. Um furacão é um sistema de vento, fortemente compacto, que gira e que está em movimento. E esse vento em rotação e movimento empurra uma gigantesca abóbada de água à sua frente. Literalmente empurra um enorme volume de água, à frente dos ventos em rotação. E quando os ventos atingem a costa, empurram para a terra toda essa água.
O problema de Nova York é que fica numa parte muito rasa da plataforma continental. À medida que o furacão se aproximava, a água foi ficando mais rasa, o que faz com que a abóbada de água na frente do furacão se eleve. Não tem para onde ir senão para cima. E quando se aproxima de Long Island Sound e do Porto de Nova York, afunila-se para o East River. Fica afunilada no rio Hudson. E mais uma vez não tem para onde ir senão para cima. Vemos então as partes da cidade que mal estão acima do nível do mar – são as que ficam inundadas: Battery Park, East Village, ao longo do Hudson. Nova York é extremamente vulnerável por estar ao nível do mar. Mas historicamente este tipo de tempestade não chegava tão a norte. A cidade sobreviveu, mas, infelizmente, penso que à medida que o oceano Atlântico aquece cada vez mais, e cada vez mais a norte, vai haver furacões como este com mais frequência. (Fonte: aqui).

*Dodómacedo

Após bancada do PT querer discutir novamente: Dilma avisa que não abre mão dos 100% dos Royalties para educação




Num telefonema , dia 31/10, foi claro o aviso da presidente Dilma através da ministra Ideli Salvatti, das Relações Institucionais, para o líder do PT, Jilmar Tatto, e o relator do projeto dos Royalties do petróleo, Carlos Zarattini (PT-SP): o fundo do pré-sal será destinado todo para educação. 


Dilma quer investir pesado no ensino superior e pesquisa científica. 


O relator vai invalidar assim qualquer emenda que propõe destinação para outras áreas. O projeto que redistribui os bilionários royalties será votado na terça-feira.

*Mariadapenhaneles 

PIG 10 X 0 PT: VITORIOSO NAS URNAS, PT PERDE DE LAVADA PARA O OLIGOPÓGIO DA MÍDIA NO CONGRESSO NACIONAL

Cristina enfrentou o monopólio da mídia e venceu eleições

O Partido dos Trabalhadores saiu-se bem nas recentes eleições para prefeitura e câmara de vereadores, mesmo diante da atuação canina do PIG em cima do Mensalão. Talvez a maior cobertura jornalística de todos os tempos.

Mas é no Congresso Nacional que o PT está apanhando feio. O PIG fez um circo com o Mensalão e deve mandar o José Dirceu para a cadeia.  De sobra, atacar e tentar anular Lula, mesmo fora do governo. E está conseguindo. Talvez a luz acenda quando mandarem o José Dirceu para atrás das grades e abrirem uma ação contra Lula. O PIG já entendeu que precisa destruir Lula mesmo fora do governo, senão não chega ao pote de outro do povo brasileiro.

Mesmo com todo masoquismo petista, como alertou o deputado Fernando Ferro, a insatisfação da elite é grande. O PT ainda é um partido que deixa a elite insegura. A democracia da elite brasileira só existe se ela ou seus representantes estiverem no comando. Os outros, mesmo seguindo a cartilha, não são confiáveis. Palocci que o diga. Bateu continência e foi defenestrado.

Enquanto o Jornal Nacional dava 10 horas de Mensalão em horário nobre, o PT não conseguia nem sequer ouvir um editor de revista, o Policarpo Jr, da Veja, na CPI do Cachoeira. Quiçá ouvir o procurador-geral, Roberto Gurgel, que precisa explicar porque não investigou a quadrilha do Carlinhos Cachoeira. No Congresso Nacional, o PT leva de 10 a 0.

Leia mais em Educação Política:

VEJA ASSOCIA LULA A ASSASSINATO E "ESTUPRA" O JORNALISMO

"O pasquim de extrema direita não tem limites e nem senso do que é real e irreal; justo e injusto, porque as autoridades políticas, inclusive as do PT, não efetivam o marco regulatório das mídias"

Veja — a revista porcaria — continua a pavimentar, com denodo e dedicação, sua trilha de sujeira, a chafurdar em seu próprio esgoto e a injuriar, a caluniar e a difamar aqueles que ela considera seus inimigos ideológicos, políticos e comerciais, ainda mais que a Editora Abril certamente não vai ter um aliado na Prefeitura paulistana a partir de 2013, com a vitória do petista Fernando Haddad e a derrota de seu aliado tucano, José Serra, nas últimas eleições.

Tal semanário continua, incessantemente, a praticar o verdadeiro e o autêntico jornalismo de esgoto. É sua marca, índole e essência, e não importa para o capo Roberto Civita e seus capitães do mato, travestidos de jornalistas, se a credibilidade da Veja, conhecida também como a Última Flor do Fáscio, vá para o espaço ou para a lixeira, lugar apropriado à publicação e que eu sempre a coloco quando a tenho em mãos. Asco!
Davis Sena Filho
DAVIS SENA FILHO
A verdade é que apenas interessa a tal pasquim de péssima qualidade editorial macular o nome dos políticos e autoridades que não se submetem aos ditames políticos e empresariais do dono de uma empresa que vive comercialmente à sombra do poder público controlado há 20 anos pelos tucanos do PSDB, em São Paulo, bem como sustentada pela publicidade oficial do Governo Federal.

É a ditadura da imprensa de negócios privados a agir por meio do pensamento único e a querer submeter seus leitores e as pessoas desavisadas ou incautas a seus interesses mercantis e políticos, por intermédio de matérias criminosas, pérfidas e maliciosas, com características declaratórias, sempre em off e de conotação golpista. É a Veja, à la Murdoch,que publica um jornalismo bandido e se associa, durante anos, ao seu principal pauteiro e editor — o bicheiro preso Carlinhos Cachoeira.

A Veja bandida, mafiosa e desditosa. O pasquim de extrema direita não tem limites e nem senso do que é real e irreal; justo e injusto, porque as autoridades políticas, inclusive as do PT, não efetivam o marco regulatório das mídias, bem como o Judiciário é complacente com o jornalismo declaratório, cujos advogados aproveitam a ausência de regras para os meios de comunicação, bem como usam as brechas da lei para impedir que seus clientes jornalistas, bem como seus chefes, os donos de propriedades cruzadas dos meios de comunicação, não sejam punidos pela Lei, além de evitarem que eles paguem multas e os custos dos processos daqueles que os processaram.

Enquanto países vizinhos do Brasil estão a regulamentar os negócios dos barões midiáticos, os brasileiros ficam à mercê de empresários e jornalistas compromissados com os interesses mercantis das elites econômicas brasileiras e internacionais, a boicotar governantes trabalhistas e a derrubar autoridades constituídas sem acusações formalizadas e culpas comprovadas, como ocorreu com os ministros Carlos Lupi e Orlando Silva, somente para citar esses, além de terem quase conseguido derrubar o governador do PT do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.

É a ditadura da imprensa e do pensamento único cujo produto — a notícia — é consumido e repercutido por parte de uma classe média retrógada, preconceituosa e reacionária, pois age como um vetor do conservadorismo, porque seus princípios e valores são os mesmos das classes dominantes controladoras de terras e dos meios de produção, que geram poder econômico e político e, consequentemente, causam a tolerância e a impunidade por parte do Judiciário (STF, STJ, TJ, PGR e MP) com os jornalistas e seus patrões.

A imprensa oligarca que publica e veicula matérias nitidamente oposicionistas aos governos trabalhistas, do jeito e da forma que quer, sem se preocupar, todavia, com a veracidade dos fatos e dos acontecimentos. A mídia de profissionais que não temem serem punidos, ao menos questionados sobre suas ilações, acusações e agressões, porque sabem que não existe lei de imprensa (não confundir com censura), regulamentação do setor midiático, conforme a Constituição, além do enfraquecimento da classe trabalhadora dos jornalistas cujos diplomas ainda existem, mas não são mais exigidos para que as empresas que pertencem basicamente a dez famílias possam ter um maior controle do sistema de trabalho, das políticas de contratações e salariais e dessa forma diminuir o poder de reivindicação dos trabalhadores.

Com isso, os empresários conseguiram enfraquecer o papel dos sindicatos e da Fenaj, federação de jornalistas que se aproximou da ANJ (associação patronal), na primeira década deste século. Consequentemente, a Fenaj levou uma punhalada pelas costas. Até hoje, a entidade laboral, envergonhada e desmoralizada, corre atrás do diploma no Congresso, a fim de restabelecê-lo, pois perdeu a credibilidade perante a categoria. Bem feito, quem mandou representante de classe trabalhadora puxar o saco de patrão. E logo dos barões da imprensa, os patrões mais atrasados e reacionários de toda a classe empresarial, que foi atendida nesse caso pela maioria dos juízes burgueses do STF. Deu nisso: a Fenaj foi humilhada. Um fiasco.

Por sua vez, a Veja, a revista da marginal, resolve, em prazo máximo de um mês e por intermédio de duas publicações, incluir o presidente mais popular e respeitado no exterior da história do Brasil no episódio da morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, bem como envolvê-lo no caso do “mensalão”, que, apesar dos juízes oposicionistas e de direita do STF, está ainda para ser provado. As duas matérias emporcalhadas da revista porcariacitam o presidente Lula, mas o acusador ou denunciante não tem nome, as frases (aspas) são em off e evidentemente o material jornalístico não foi gravado (é a praxe), porque aVeja pode ser um detrito sólido de vaso sanitário, mas a rapaziada que trabalha lá não dá ponto sem nó e procede assim porque sabe que ser jornalista de empresa de comunicação grande e rica no Brasil é a mesma coisa do que estar livre de punições, multas, processos ou cadeia. É como se a cidadania dessas pessoas fosse à parte do conjunto da população brasileira.

Por isto e por causa disto, o presidente Lula, o maior líder popular das Américas e que saiu do poder com 83% de aprovação (índice maior do que o do mito Nelson Mandela) tem de aguentar ofensas, ignomínias e acusações desabonadoras de uma corja de sacripantas movidos pelo ódio de classe, interesses econômicos e pelo preconceito ideológico, combustíveis da intolerância e da violência. São esses golpistas que detestam afirmações do líder trabalhista, como esta: “Optamos pelo desenvolvimento aliado à distribuição de renda. Nos últimos anos, o meu País integrou a agenda social à agenda econômica, numa equação em que toda a sociedade ganha. Nos últimos anos, 28 milhões de brasileiros saíram da pobreza e quase 40 milhões entraram na classe média” — comentou. Por fim, Luiz Inácio Lula da Silva alertou os gestores públicos que a opção pelo desenvolvimento e pelos investimentos tem um custo político, mas é recompensadora, e envolve “muito mais do que dar comida a famintos”. E concluiu: “O dinheiro na mão dos pobres transforma-se rapidamente em comida, roupa e material escolar, e dinamiza o conjunto da economia, num círculo virtuoso”.

Precisou um operário, intelectual orgânico, migrante de Pernambuco, que conhece o povo, sem curso superior, mas sabedor da dor da fome, da pobreza e da ausência de condições de vida dignas para viver, ensinar os “doutores” compromissados com o status quo e com oestablishment sobre economia, sociologia, direito, psicologia, engenharia, finanças, filosofia e, principalmente, sobre solidariedade, respeito e consideração pelo povo brasileiro e pela autonomia, independência e autodeterminação do Brasil. Lula foi um presidente republicano, democrata e justo, pois defensor do estado democrático de direito. Enquanto isso, os “doutores” venderam o País, submeteram-se ao FMI, não criaram condições de emprego e renda e mostraram, de forma subalterna, o imenso complexo de vira-lata que toma conta das almas e das mentes colonizadas das classes dominantes brasileiras de princípios alienígenas.

O mandatário Lula, ao contrário dos governantes “doutores”, jamais reprimiu qualquer classe trabalhadora, movimento social ou sindical, recebeu no Palácio do Planalto os catadores de lixo, respeitou a Constituição e as regras do jogo democrático. E mesmo assim foi acusado por uma mídia mentirosa e corrupta até de ditador e censor. Absurdo incomensurável e má-fé na veia da imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?), de alguns juízes do STF nomeados por ele e do procurador geral Roberto Gurgel, o prevaricador da República do Cachoeira, do Demóstenes Torres e dos empregados da Veja e da Época, Policarpo Jr. e Eumano Silva. O procurador midiático, de direita e aliado da Veja, autora de reporcagens fascistas. A minha desconfiança me leva a pensar que quem está por trás das matérias em off de tal pasquim é o tal procurador, que para mim e para o senador Fernando Collor deveria sofrer um impeachment por parte do Senado. Nada mais emblemático e sintomático do que o Collor questioná-lo duramente, por ter renunciado a Presidência e por isso ter também conhecimento o suficiente quando afirma que Gurgel prevaricou e “protege os bandidos da Veja”.

São essas coisas que acontecem ainda no Brasil. Bem feito! Quem manda não criar o marco regulatório para as mídias. Quem manda não existir lei específica com o objetivo de garantir o direito de resposta de forma rápida e com espaço igual à vítima de acusações levianas e mentirosas. Os contrários afirmam que já existe a lei penal etc. e tal. Mas não adianta, porque os juízes tendem dar causa ganha ao agressor, à máquina midiática. Tem de ter lei específica e que acelere a punição ao caluniador e difamador e assegure o direito de defesa de quem foi injustiçado. O que esses barões de imprensa fazem com o Lula é hediondo. É a covardia que remonta o que eles fizeram, através das décadas, com o Getúlio, com o Jango e com o Brizola. A direita conhece os trabalhistas de longe, bem como sabe quem é o líder político carismático e o “dono” dos votos. Lula é mais do que a Dilma e o Haddad. Foi ele que os elegeu. A direita política e empresarial não reconhece a realidade ao tempo que sim, pois, do contrário, não se incomodariam e não perseguiriam tanto o operário, fundador da CUT e do PT, além de algoz dos conservadores. A Veja e seus coirmãos tem seu lugar na história: a lixeira. É isso aí.
*Ajusticeiradeesquerda

O ódio contra Lula,


por Ricardo Kotscho

O alvo agora é Lula na guerra sem fim

Por Ricardo Kotscho

Pouco antes do segundo turno das eleições presidenciais de 2006, o sujeito viu a manchete do jornal na banca e não se conformou.

"Esse aí, só matando!", disse ao dono da banca, apontando o resultado da última pesquisa Datafolha que apontava a reeleição de Lula.

Passados seis anos desta cena nos Jardins, tradicional reduto tucano na capital paulista, o ódio de uma parcela da sociedade _ cada vez menor, é verdade _ contra Lula e tudo o que ele representa só fez aumentar.

Nem se trata mais de questão ideológica ou de simples preconceito de classe. Ao perder o poder em 2002, e não conseguir mais resgatá-lo nas sucessivas eleições seguintes, os antigos donos da opinião pública e dos destinos do país parecem já não acreditar mais na redenção pelas urnas.

Montados nos canhões do Instituto Millenium, os artilheiros do esquadrão Globo-Veja-Estadão miraram no julgamento do chamado mensalão, na esperança de "acabar com esta raça", como queria, já em 2005, o grande estadista nativo Jorge Bornhausen, que sumiu de cena, mas deixou alguns seguidores fanáticos para consumar a vingança.

A batalha final se daria no domingo passado, como consequência da "blitzkrieg" desfechada nos últimos três meses, que levou à condenação pelo STF de José Dirceu e José Genóino, duas lideranças históricas do PT.

Faltou combinar com os eleitores e o resultado acabou sendo o oposto do planejado: o PT de Lula e seus aliados saíram das urnas como os grandes vencedores em mais de 80% dos municípios brasileiros. E as oposições continuaram definhando.

Ato contínuo, os derrotados de domingo passado esqueceram-se de Dirceu e Genoíno, e mudaram o alvo diretamente para Lula, o inimigo principal a ser abatido, como queriam aquele personagem da banca de jornal e o antigo líder dos demo-tucanos.

Não passa um dia sem que qualquer declaração de qualquer cidadão contra Lula vá para a capa de jornal ou de revista, na tentativa de desconstruir o legado deixado por seu governo, ao final aprovado por mais de 80% da população _ o mesmo contingente de eleitores que votou agora nos candidatos dos partidos por ele apoiados.

Enganei-me ao prever que teríamos alguns dias de trégua neste feriadão. Esta é uma guerra sem fim. Quanto mais perdem, mais furiosos ficam, inconformados com a realidade que não se dobra mais aos seus canhões midiáticos movidos a intolerância e manipulação dos fatos.

O país em que eles mandavam não existe mais.
*Nassif

sexta-feira, novembro 02, 2012

TEDxDaLuz - Robert Happé - Servindo a onda da luz


O país que o jornal Estadão quer para os brasileiros é aquele antigo, cheio de empregadas domésticas, onde a 'elite' se lambuzava...


A democracia só é boa se a 'elite' estiver no comando, com o povo no poder é melhor a tirania da imprensa corrupta brasileira e seus aliados da mesma laia, PSDB, DEM e PPS


Esses partidos estão atolados em corrupção, mas são vendidos pelo braço armado da aristocracia brasileira como honestos. 


Para eles não tem o peso da denúncia, escondem as acusações do livro A Privataria Tucana, deixam prescrever os crimes de Raul Jungmann, do PPS, esquecem do deputado Leréia, do PSDB, amigo pessoal de Cachoeira e fingem que não vêem a corrupção de Marconi Perillo, do PSDB. 


E, assim, de esquecimento em esquecimento, fazem o jogo do poder para voltar a nos escravizar. 


São os descendentes dos donos das Capitanias Hereditárias, que não querem dividir a riqueza do país com todos, se acham no direito heriditário de nos aprisionar na pobreza.


O país que o jornal Estadão quer para os brasileiros é aquele antigo, cheio de empregadas domésticas, onde a 'elite' se lambuzava, onde dois aeroportos e três aviões davam conta de todos os viajantes, é aquele onde se comia arroz e feijão, é aquele que falava em 'caristia' e que tinha 80% de analfabetos e que não votavam. 


É aquele em que favela era favela e não comunidade, onde moravam os negros e os pobres e que viviam de cabeça baixa e não olhavam nos olhos da 'elite'. 


É aquele onde carro era para muito poucos. 


É aquele que era escravo.


do blog do APOSENTADO INVOCADO