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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sexta-feira, janeiro 04, 2013
A maldição dos agrotóxicos: quase 20% do total consumido no mundo são utilizados no Brasil
As pesquisas são unânimes em apontar a contaminação de solos, rios e demais reservas de água
Paulo Kliass no Brasil de Fato
O estímulo prioritário pelo modelo do agronegócio, que os sucessivos governos têm reforçado ao longo dos anos, só produz malefícios.
Esse sistema implica um conjunto de consequências negativas para o Brasil e para a maioria de nossa população: propriedades imensas, expulsão das populações locais em função da mecanização, prática da monocultura, extinção das culturas tradicionais, concentração da renda e da riqueza, entre tantos outros.
Um dos aspectos mais perversos dessa opção é a intensificação do uso de agrotóxicos na atividade agrícola.
O crescimento da aplicação indiscriminada desses venenos provoca danos permanentes para a saúde das pessoas e para o meio ambiente.
As pesquisas são unânimes em apontar a contaminação de solos, rios e demais reservas de água.
Por outro lado, cada vez mais são reveladas novas doenças para os trabalhadores diretamente envolvidos, bem como quadros patológicos graves para o conjunto da população – atual e futura – pela ingestão dos alimentos derivados desse tipo de produção.
O Brasil é campeão global no uso de agrotóxicos: quase 20% do total consumido no mundo são utilizados em nosso território.
Desde 2008 lideramos a lista dos países que mais aplicam pesticidas, herbicidas e afins em suas atividades agropecuárias.
Para o presente ano, a previsão é de um consumo de quase 1 milhão de toneladas desses produtos, equivalente a uma movimentação aproximada de 8 bilhões dólares. Isso corresponde a um índice alarmante de 5 kg desse tipo de droga por habitante a cada ano.
A estrutura de mercado de tais produtos é marcada pelo predomínio de grandes corporações multinacionais e o poder empresarial é altamente concentrado.
Apenas 13 empresas controlam quase 90% da oferta mundial de agrotóxicos.
Com essa enorme capacidade de influenciar governos, o setor consegue manter a autorização oficial dos órgãos públicos reguladores para produtos comprovadamente perigosos.
Assim, o Brasil permite a produção e comercialização de substâncias proibidas há muito tempo nos Estados Unidos, Europa, Canadá, Japão e mesmo na China.
Trata-se de combinados químicos que as pesquisas comprovaram serem causadores de diversos tipos de câncer, distúrbios neurológicos, sequelas psiquiátricas, além de serem transmitidos pelo aleitamento materno.
Apesar das matrizes das grandes transnacionais estarem proibidas de produzir tais venenos, aqui em solo tupiniquim o governo faz vista grossa para as atividades de suas filiais. Além das tragédias individuais e sociais provocadas por esse tipo de irresponsabilidade, o custo que o conjunto da sociedade incorre também é elevado.
Estima-se que, para cada unidade monetária consumida em agrotóxico, o Estado seja obrigado a gastar 1,28 no futuro com gastos para tratar a saúde comprometida. Não contentes com essa permissividade, as empresas são ainda beneficiadas com incentivos tributários para que essa atividade, já condenada em todo o mundo, seja aqui ainda mais rentável.
O Brasil oferece estímulos às indústrias, em termos dos impostos envolvidos no setor: isenção total de IPI federal e redução de até 60% no ICMS dos Estados.
As denúncias são públicas e amplamente conhecidas no que se refere aos danos provocados pelos agrotóxicos.
Porém, os órgãos públicos que deveriam zelar pelo bem público e pelas condições de saúde e do meio-ambiente parecem se preocupar mais com os interesses das empresas do que com os interesses do país e da maioria de nossa população.
O caso recente do “chumbinho”, presente em pesticida fabricado pela Bayer, esteve por vários anos se arrastando em reuniões e mais reuniões sem que nenhuma proibição fosse realizada.
Apesar da comprovação dos malefícios e dos quase 5 mil casos anuais de envenenamento causados pelo produto, só agora no mês de novembro a Anvisa resolveu proibir sua comercialização de forma definitiva.
Postado por Mario Lobato da Costa
*cutucandodeleve
Dados de 2012 do UNICEF: mortalidade infantil em Cuba é menor do que nos EUA e no Canadá
Cuba registra menor taxa de mortalidade infantil da América em 2012
do UOL
O sistema público de saúde de Cuba registrou a menor taxa de mortalidade
infantil da América em 2012, incluindo Canadá e Estados Unidos, de
acordo com as estatísticas locais divulgadas hoje.
No ano passado, o número de crianças mortas até o primeiro ano de vida foi de 4,6 para cada mil recém-nascidos.
"Durante cinco anos consecutivos Cuba registrou uma taxa de mortalidade
infantil abaixo de 5 para cada mil crianças nascidas vivas", publicou o
jornal cubano Granma nesta quinta-feira.
De acordo com o periódico, ligado ao Partido Comunista Cubano (PCC), o
número reflete "o êxito do Sistema Nacional de Saúde, acessível e
gratuito a todos os cidadãos, e do desenvolvimento educacional".
O Granma também publicou uma tabela do Fundo das Nações Unidas para a
Infância (Unicef), na qual Cuba aparece à frente do Canadá e dos Estados
Unidos no incide de mortalidade infantil, com 5 e 7 mortes a cada mil
nascimentos, respectivamente.
*Opensadordaaldeia
A marota forma de ajuda de Luciano Huck
Bom-mocismo neoliberal: Luciano Huck explora comercialmente a tragédia das enchentes no Rio
A marota forma de ajuda de Luciano Huck
por O Escritor para o Nassif on line,
Sinceramente, não sei o que pensar sobre isso. Peço ajuda.
Luciano Huck é sócio do Peixe Urbano, um site de compras coletivas. Em
dezembro último, o apresentador da Globo usou o Twitter para tentar
bater o recorde de vendas de cupons no site:
"O apresentador Luciano Huck – agora sócio do site de compras coletivas
Peixe Urbano - usou pela primeira vez o Twitter para impulsionar a venda
de cupons de desconto – e quase conseguiu o que queria: superar o
recorde de vendas do site." (http://idgnow.uol.com.br/internet/2010/12/08/luciano-huck-ja-usa-o-twitter-para-vender-seu-peixe/)
Ontem, ele postou esta mensagem no Twitter:
Luciano Huck
"Quer ajudar, e muito, as vítimas da serra carioca [sic]. Via
@PeixeUrbano, vc compra um cupom e a doação esta feita.
http://pes.ca/gZ2Ibb" (http://twitter.com/#!/huckluciano/status/26377814122962944)
A compra dos cupons, segundo o site, reverterá em benefício de duas ONGs
que estão ajudando as vítimas das enchentes. Parece bonito, mas não é.
Primeiro, é necessário ir ao site do negócio de Luciano.
Depois, é preciso se cadastrar no site. E então comprar um ou mais cupons de R$10,00.
Ganha Luciano porque divulga o seu negócio (mais de 7.000 RTs até
agora), cadastra milhares de novos usuários em todo o Brasil,
familiariza esses usuários com os procedimentos do site, incentiva o
retorno e aumenta absurdamente o número de cupons vendidos – alavancando
o Peixe Urbano comercial, financeira e mercadologicamente. Além do
ganho de imagem por estar fazendo um serviço público (li vários elogios
nos RTs).
Sabe-se lá como será contabilizado ou fiscalizado o total recebido como
doação e repassado para as duas organizações parceiras. O usuário não
tem nem terá acesso a esses dados internos.
Supondo que todo o montante arrecadado chegue às vítimas, se for mesmo o
que estou entendendo, trata-se da mais sórdida exploração da desgraça
alheia que já presenciei em toda a minha vida.
As pessoas que estão doando seu dinheiro, seus produtos, seu tempo, suas
habilidades e sua atenção aos desabrigados e às vítimas não estão
pedindo nada por isso, não estão ganhando nada com seu gesto de
solidariedade, não estão usando essa tragédia para obter nenhuma forma
de lucro pessoal. Fazem o bem porque são humanas, ficaram chocadas com
as imagens e as informações, se sensibilizaram com o sofrimento alheio.
Ajudam por solidariedade, empatia e até por desespero.
E a maioria delas não tem quase nada na vida, em comparação com o apresentador da Globo.
De todas as iniciativas já divulgadas até o momento, só a de Luciano
Huck visa primeiramente ao lucro pessoal, para depois, secundariamente,
resultar numa ajuda social.
Quando um tsunami matou 200 mil pessoas no sudeste da Ásia, em 2004,
recebi um e-mail de um escritor inglês pouco conhecido, no qual se fazia
a oferta: "Compre um dos meus livros, e eu doarei 30% do valor para as
vítimas da tragédia". Saí da lista do explorador barato na hora, mas a
favor dele contava o número reduzido de destinatários da mensagem.
Luciano Huck tem 2.600.000 seguidores no Twitter: é este o público-alvo
do seu apelo interesseiro. Pode não bater o recorde de cupons, desta
vez, mas temo que tenha batido o recorde da safadeza. Aceito argumentos
que me provem o equívoco dessa suspeita.
Depois dos R$24 milhões entregues pelo Estado à Fundação Roberto
Marinho, dinheiro originalmente destinado à contenção de encostas e às
obras de drenagem, mais esta. Turma da Globo, vocês pensam que estão
apenas lucrando com as águas, mas na verdade podem estar brincando com
fogo.
*Opensadordaaldeia
Nós que odiamos tanto o Bolsa Família: Bolsa Família é uma arma das mulheres pobres do sertão contra o machismo
O Bolsa Família e a revolução feminista no sertão
A antropóloga Walquiria Domingues Leão Rêgo testemunhou, nos últimos
cinco anos, a uma mudança de comportamento nas áreas mais pobres e,
talvez, machistas do Brasil. O dinheiro do Bolsa Família trouxe poder de
escolha às mulheres. Elas agora decidem desde a lista do supermercado
até o pedido de divórcio
por Mariana Sanches, para a Marie Claire
Uma revolução está em curso. Silencioso e lento - 52 anos depois da
criação da pílula anticoncepcional - o feminismo começa a tomar forma
nos rincões mais pobres e, possivelmente, mais machistas do Brasil. O
interior do Piauí, o litoral de Alagoas, o Vale do Jequitinhonha, em
Minas, o interior do Maranhão e a periferia de São Luís são o cenário
desse movimento. Quem o descreve é a antropóloga Walquiria Domingues
Leão Rêgo, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Nos últimos
cinco anos, Walquiria acompanhou, ano a ano, as mudanças na vida de mais
de cem mulheres, todas beneficiárias do Bolsa Família. Foi às áreas
mais isoladas, contando apenas com os próprios recursos, para fazer um
exercício raro: ouvir da boca dessas mulheres como a vida delas havia
(ou não) mudado depois da criação do programa. Adiantamos parte das
conclusões de Walquiria. A pesquisa completa será contada em um livro, a
ser lançado ainda este ano.
MULHERES SEM DIREITOS
As áreas visitadas por Walquiria são aquelas onde, às vezes, as famílias
não conseguem obter renda alguma ao longo de um mês inteiro. Acabam por
viver de trocas. O mercado de trabalho é exíguo para os homens. O que
esperar, então, de vagas para mulheres. Há pouco acesso à educação e
saúde. Filhos costumam ser muitos. A estrutura é patriarcal e religiosa.
A mulher está sempre sob o jugo do pai, do marido ou do padre/pastor.
“Muitas dessas mulheres passaram pela experiência humilhante de ser
obrigada a, literalmente, ‘caçar a comida’”, afirma Walquiria. “É gente
que vive aos beliscões, sem direito a ter direitos”. Walquiria queria
saber se, para essas pessoas, o Bolsa Família havia se transformado numa
bengala assistencialista ou resgatara algum senso de cidadania.
“Há mais liberdade no dinheiro”, resume Edineide, uma das entrevistadas de Walquiria, residente em Pasmadinho, no Vale do Jequitinhonha. As mulheres são mais de 90% das titulares do Bolsa Família: são elas que, mês a mês, sacam o dinheiro na boca do caixa. Edineide traduz o significado dessa opção do governo por dar o cartão do benefício para a mulher: “Quando o marido vai comprar, ele compra o que ele quer. E se eu for, eu compro o que eu quero.” Elas passaram a comprar Danone para as crianças. E, a ter direito à vaidade. Walquiria testemunhou mulheres comprarem batons para si mesmas pela primeira vez na vida. Finalmente, tiveram o poder de escolha. E isso muda muitas coisas.
O DINHEIRO LEVA AO DIVÓRCIO E À DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE FILHOS?
“Boa parte delas têm uma renda fixa pela primeira vez. E várias passaram a ter mais dinheiro do que os maridos”, diz Walquiria. Mais do que escolher entre comprar macarrão ou arroz, o Bolsa-Família permitiu a elas decidir também se querem ou não continuar com o marido. Nessas regiões, ainda é raro que a mulher tome a iniciativa da separação. Mas isso começa a acontecer, como relata Walquiria: “Na primeira entrevista feita, em abril de 2006, com Quitéria Ferreira da Silva, de 34 anos, casada e mãe de três filhos pequenos,em Inhapi, perguntei-lhe sobre as questões dos maus tratos. Ela chorou e me disse que não queria falar sobre isso. No ano seguinte, quando retornei, encontrei-a separada do marido, ostentando uma aparência muito mais tranqüila.”
A despeito do assédio dos maridos, nenhuma das mulheres ouvidas por
Walquiria admitiu ceder aos apelos deles e dar na mão dos homens o
dinheiro do Bolsa. “Este dinheiro é meu, o Lula deu pra mim (sic) cuidar
dos meus filhos e netos. Pra que eu vou dar pra marido agora? Dou
não!”, disse Maria das Mercês Pinheiro Dias, de 60 anos, mãe de seis
filhos, moradora de São Luís, em entrevista em 2009.
Walquiria relata ainda que aumentou o número de mulheres que procuram
por métodos anticoncepcionais. Elas passaram a se sentir mais à vontade
para tomar decisões sobre o próprio corpo, sobre a sua vida. É claro que
as mudanças ainda são tênues. Ninguém que visite essas áreas vai
encontrar mulheres queimando sutiãs e citando Betty Friedan. Mas elas
estão começando a romper com uma dinâmica perversa, descrita pela
primeira vez em 1911, pelo filósofo inglês John Stuart Mill. De acordo
com Mill, as mulheres são treinadas desde crianças não apenas para
servir aos homens, maridos e pais, mas para desejar servi-los.
Aparentemente, as mulheres mais pobres do Brasil estão descobrindo que
podem desejar mais do que isso.
*Opensadordaaldeia
quinta-feira, janeiro 03, 2013
Balanço anual do macro: estamos indo de mal a pior
A
realidade mundial é complexa. É impossível fazer um balanço unitário.
Tentarei fazer um atinente à macro realidade e outro à micro. Se
considerarmos a forma como os donos do poder estão enfrentando a crise
sistêmica de nosso tipo de civilização, organizada na exploração
ilimitada da natureza, na acumulação também ilimitada e na consequente
criação de uma dupla injustiça: a social com as perversas desigualdades
em nível mundial e a ecológica com a desestruturação da rede da vida que
garante a nossa subsistência e se, ainda tomarmos como ponto de
aferição, a COP 18 realizada neste final de ano em Doha no Qatar sobre o
aquecimento global, podemos, sem exagero dizer: estamos indo de mal a
pior. A seguir este caminho encontraremos lá na frente, e não demorará
muito, um "abismo ecológico”.
Até agora não se tomaram as medidas necessárias para mudar o curso das coisas. A economia especulativa continua a florescer, os mercados cada vez mais competitivos –o que equivale dizer – cada vez menos regulados e o alarme ecológico corporificado no aquecimento global posto praticamente de lado. Em Doha só faltou dar a extrema-unção ao Tratado de Kyoto. E por ironia se diz na primeira página do documento final que nada resolveu, pois protelou tudo para 2015: "a mudança climática representa uma ameaça urgente e potencialmente irreversível para as sociedades humanas e para o planeta e esse problema precisa ser urgentemente enfrentado por todos os países”. E não está sendo enfrentado. Como nos tempos de Noé, continuamos a comer, a beber e a arrumar as mesas do Titanic afundando, ouvindo ainda música. A Casa está pegando fogo e mentimos aos outros que não é nada.
Até agora não se tomaram as medidas necessárias para mudar o curso das coisas. A economia especulativa continua a florescer, os mercados cada vez mais competitivos –o que equivale dizer – cada vez menos regulados e o alarme ecológico corporificado no aquecimento global posto praticamente de lado. Em Doha só faltou dar a extrema-unção ao Tratado de Kyoto. E por ironia se diz na primeira página do documento final que nada resolveu, pois protelou tudo para 2015: "a mudança climática representa uma ameaça urgente e potencialmente irreversível para as sociedades humanas e para o planeta e esse problema precisa ser urgentemente enfrentado por todos os países”. E não está sendo enfrentado. Como nos tempos de Noé, continuamos a comer, a beber e a arrumar as mesas do Titanic afundando, ouvindo ainda música. A Casa está pegando fogo e mentimos aos outros que não é nada.
*Observadoressociais
Em defesa de Carlos Latuff: “Pelo fim da manipulação do antissemitismo para fins políticos”
Por racismoambiental,
Em dezembro de 2012, o Centro Simon Wiesenthal publicou um ranking dos “dez maiores antissemitas do mundo”, citando o cartunista Carlos Latuff como o terceiro da lista por charges contra o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu e o bombardeio a Gaza. Há muito que organizações e indivíduos tentam associar críticas legítimas ao estado de Israel com ódio aos judeus. Figuras como o escritor José Saramago, o prêmio Nobel da paz Desmond Tutu e o ex-presidente Jimmy Carter já foram taxados de antissemitas por suas posições quanto ao conflito na Palestina.
Chega de tentar calar a voz de quem se levanta contra o apartheid imposto por Israel ao povo palestino. O antissemitismo não pode e não deve ser utilizado como ferramenta política. Se você é contra essa manipulação, assine a petição e declare: ANTISSIONISMO NÃO É ANTISSEMITISMO!
Para assinar clique AQUI.
*Nina
O direito constitucional de Genoíno cumprir o seu mandato
Por Diogo Costa
E assim está devidamente preservada a Constituição da República Federativa do Brasil. Enquanto não houver o transito em julgado de sentença penal condenatória, José Genoíno tem o inalienável direito constitucional de cumprir integralmente o mandato que lhe foi outorgado de forma livre, democrática e soberana pelo povo do Estado de São Paulo. O transito em julgado da sentença só existirá depois que os ministros do STF examinarem os recursos que a defesa de Genoíno impetrar na corte (embargos declaratórios e infringentes) e exararem o acórdão final. Após o transito em julgado, e de acordo com a Constituição de 88, cabe única e exclusivamente à Câmara dos Deputados cassar ou não o mandato outorgado pelo povo paulista à Genoíno.
José Genoíno, após o transito em julgado, estará com os seus direitos políticos suspensos até que durem os efeitos da sentença e que ele cumpra com esses efeitos. Isso não se confunde, em absoluto, com o exercício pleno do mandato popular que ele conquistou em outubro de 2010. Se a Câmara dos Deputados resolver cassá-lo, que se respeite a decisão.
E se a Câmara resolver não cassá-lo, que José Genoíno cumpra fiel e rigorosamente o seu mandato até o dia 31 de janeiro de 2015. Ele passaria a cumprir a sentença, então, a partir de 1º de fevereiro de 2015. Isto é o que diz a Carta Magna e isso tem que ser respeitado.
Nem nos EUA o poder judiciário tem atribuição de cassar mandatos de deputados federais! Houve um tempo, desgraçado tempo aqui em Pindorama, onde os poderes executivo e judiciário podiam cassar mandatos parlamentares... Era o tempo da ditadura, do regime de exceção, da tirania golpista que se apossou da soberania da vontade popular expressa mediante o sufrágio universal. Que nunca mais se repita a desgraça fascista sobre o Brasil.
Que se cumpra com a Constituição. O STF não tem poder constitucional nenhum para cassar parlamentares, isso é um absurdo, praticar essa ignomínia é rasgar o texto constitucional em nome do arbítrio justiceiro. Espero, sinceramente, que a decisão ditatorial, tirânica, parcial e flagrantemente inconstitucional que o STF adotou na primeira fase do julgamento farsesco e de exceção da AP 470 seja revertido após a apreciação dos recursos cabíveis.
Força José Genoíno! Cumpra o mandato que o povo te outorgou e seja um fiel escudeiro, como sempre foi, do texto constitucional. A democracia brasileira saberá reconhecer e agradecer àqueles que sabem respeitá-la. Os fascistas que orem para São Artur da Costa e Silva... AI-5, mesmo que disfarçado, nunca mais!
*Saraiva
O grande irmão e o seu olho
Mauro Santayana, em seu blog
“Estamos no universo orwelliano de “1984”. É quase impossível a
alguém andar sem ser monitorado por alguma câmera; vigiado, passo a passo, onde
quer esteja, pelos satélites; localizado quando usa o aparelho telefônico
celular, e assassinado por controle remoto. Todo esse sistema, que deixa
anacrônica a ficção, é dominado, em escala mundial, pelo grande irmão, o
governo norte-americano. O sistema financeiro, industrial e militar, que
manipula o poder, conta com as maiores empresas internacionais de comunicação
eletrônica, por ele controladas.
Contra o voto de pequena minoria, o Congresso dos Estados Unidos acaba de renovar lei do Governo Bush, autorizando a escuta telefônica e o monitoramento de comunicação eletrônica sem autorização judicial, incluindo emails, de cidadãos estrangeiros de todo o mundo, por parte dos serviços secretos norte-americanos - sobrepondo-se à soberania de todas as outras nações.
Embora a desculpa seja a luta contra o terrorismo, não há como saber onde acaba
a preocupação com a “segurança nacional” dos Estados Unidos e começa a
espionagem comercial e tecnológica, ou a coleta de informações que sirvam
para pressionar ou chantagear “inimigos” dos EUA, como os ativistas da
democracia ou da transparência, como Julian Assange.
Todos nós, a começar pelos nossos líderes políticos, podemos ser espionados pelos vários serviços norte-americanos, como a CIA e o NSA. Dentro da paranóia ianque, qualquer estrangeiro, que não for seu vassalo e assalariado, é inimigo potencial de seu país.
O monitoramento de “inimigos” dos EUA pelos seus serviços de informação não é novidade. Ao longo do século XX, jornalistas, políticos, lideranças sindicais e sociais de todos os continentes foram monitoradas, perseguidas, e, em muitos casos, diretamente seqüestradas e assassinadas por agentes da CIA, ou matadores por ela contratados – conforme vários livros de ex-agentes, que deixaram suas atividades.
Essa legislação de exceção, aprovada logo após 11 de setembro, foi agora incorporada às leis norte-americanas ordinárias. O que os Estados Unidos estão dizendo ao mundo é que, ao aprovar essa lei, colocam sob a proteção de seu poderio militar qualquer assassino a soldo de seus interesses que seja identificado e detido, em qualquer lugar do mundo. É a velha prepotência, denunciada pelos seus pensadores mais eminentes, como o Senador Fullbright – que foi contra a guerra do Vietnã, e se opunha a toda ingerência de seu governo nos assuntos internos de qualquer outra nação - em seu livro Arrogance of Power:
“O Poder se confunde com a virtude e tende também a ver-se como onipotente. Uma vez imbuído da idéia de missão, uma grande nação facilmente assume que ela possui todos os meios para usá-los como um dever, no serviço de Deus”.
*Saraiva
quarta-feira, janeiro 02, 2013
Israel finaliza la construcción del muro de seguridad
Foto: EPA
|
Israel terminó la construcción del muro de seguridad en la frontera con Egipto.
La ceremonia de finalización de las obras el miércoles contó con la presencia del primer ministro del país, Benjamín Netanyahu, y otros líderes.
El primer ministro dijo que en los últimos siete meses en la ciudad de Israel no ha penetrado ningún inmigrante ilegal.
Como informó el servicio de prensa de Netanyahu, la construcción ha durado solo dos años en vez de los cuatro años previstos. La longitud total de la construcción es de doscientos treinta kilómetros, y su coste de alrededor de cuatrocientos treinta millones de dólares.
og/mo/sm
*Nina
La ministra de Servicios Penitenciarios de Venezuela, Iris Varela, anunció en su cuenta en Twitter la expulsión de un ciudadano francés identificado como Frederic Laurent Bouquet, el 29 de diciembre de 2012.
El señor Bouquet (en la foto) había sido arrestado en Caracas el 18 de junio de 2009 junto a 3 ciudadanos dominicanos y en posesión de un verdadero arsenal. En el apartamento comprado por Bouquet, la Policía Científica Venezolana encontró 500 gramos de explosivo plástico C4 (de uso militar), 14 fusiles de asalto - 5 de ellos dotados de miras telescópicas, 5 con sistemas de puntería laser y 1 con silenciador - así como cables especiales, 11 detonadores electrónicos, 19 721 cartuchos de diversos calibres, 3 metralletas, 4 pistolas de diferentes calibres, 11 equipos de comunicación por radio, 3 walkie-talkie y una base de radio, 5 fusiles de caza calibre 12, 2 chalecos blindados, 7 uniformes militares, 8 granadas, 1 máscara antigás, 1 cuchillo de combate y 9 recipientes de pólvora de cañón.
Al ser juzgado, Bouquet admitió haber recibido entrenamiento en Israel y ser un agente de los servicios secretos franceses (DGSE). Reconoció además que estaba preparando un atentado para asesinar al presidente constitucional de Venezuela, Hugo Chávez.
Al término del proceso, Bouquet fue condenado a 4 años de cárcel por «ocultamiento de armas de guerra». Al expirar su condena fue extraído de su celda, en cumplimiento de la orden N° 096-12 de la jueza Yulismar Jaime, y expulsado de Venezuela por «amenaza a la seguridad nacional», en virtud del artículo 39 acápite 4 de la Ley de Extranjería y Migración de Venezuela.
*Nina
El señor Bouquet (en la foto) había sido arrestado en Caracas el 18 de junio de 2009 junto a 3 ciudadanos dominicanos y en posesión de un verdadero arsenal. En el apartamento comprado por Bouquet, la Policía Científica Venezolana encontró 500 gramos de explosivo plástico C4 (de uso militar), 14 fusiles de asalto - 5 de ellos dotados de miras telescópicas, 5 con sistemas de puntería laser y 1 con silenciador - así como cables especiales, 11 detonadores electrónicos, 19 721 cartuchos de diversos calibres, 3 metralletas, 4 pistolas de diferentes calibres, 11 equipos de comunicación por radio, 3 walkie-talkie y una base de radio, 5 fusiles de caza calibre 12, 2 chalecos blindados, 7 uniformes militares, 8 granadas, 1 máscara antigás, 1 cuchillo de combate y 9 recipientes de pólvora de cañón.
Al ser juzgado, Bouquet admitió haber recibido entrenamiento en Israel y ser un agente de los servicios secretos franceses (DGSE). Reconoció además que estaba preparando un atentado para asesinar al presidente constitucional de Venezuela, Hugo Chávez.
Al término del proceso, Bouquet fue condenado a 4 años de cárcel por «ocultamiento de armas de guerra». Al expirar su condena fue extraído de su celda, en cumplimiento de la orden N° 096-12 de la jueza Yulismar Jaime, y expulsado de Venezuela por «amenaza a la seguridad nacional», en virtud del artículo 39 acápite 4 de la Ley de Extranjería y Migración de Venezuela.
*Nina
Uruguai também tem
uma Ley de Medios
Saiu na EBC:
Governo uruguaio limita alcance de televisão a cabo
Montevidéu (Prensa Latina) – O governo do presidente José Mujica limitou nesta quarta-feira (02), a quantidade de afiliadas que podem ter as empresas privadas de televisão. A Secretaria de Comunicação da Presidência criou o decreto que limita a 25% o total de domicílios que uma empresa pode alcançar em todo o país e a 35% em cada território.
“Sem afetar direitos adquiridos, se entende necessário limitar a participação no mercado de operadores de televisão para afiliadas, evitando a geração de monopólios e oligopólios’, pontua.
O decreto recorda que, no início, o mercado de serviços de televisão para afiliados se constituiu com base no princípio de territorialidade. Mas, atualmente, esse mercado está dominado por operadores que, em sua maioria, prestam serviços em todo território nacional e as empresas tem influído no desenvolvimento de produções locais de televisão, acrescenta o texto.
*PHA
Um ano perigoso
É bom não esperar muito dos próximos doze meses. Os dissídios
internacionais tendem a crescer e, se não houver o milagre do bom senso,
podem conduzir a novos conflitos armados regionais, com o perigo de que
se ampliem. Os chineses, que têm particular visão de mundo, podem
dissimular sua alma coletiva, mas no interior de seu excepcional
crescimento econômico e tecnológico, militam sentimentos de orgulhosa
desforra. Nenhum povo, ao que registra a História, foi tão espezinhado
pelos invasores armados quanto o chinês.
Durante milênios, senhores dentro de suas fronteiras, sentiam-se os
donos do mundo que conheciam, mesmo que vivessem em guerras internas e
se defendessem de vizinhos hostis.
O enriquecimento dos chineses e sua crescente presença internacional são
fatos novos, que podem ser o fator mais importante da História neste
século, que já entrou em sua segunda década. Eles estão se apropriando,
com perseverança e obstinação, das riquezas naturais do mundo, do
petróleo às terras raras (de que são grandes possuidores em seu próprio
subsolo). Ao mesmo tempo, desenvolvem tecnologia militar própria e
fortalecem seus exércitos.
É difícil pensar que, dispondo de tal poder econômico e militar, os
chineses não o utilizem na defesa de sua cultura e de seus interesses. E
também para cobrar o que lhes fizeram os colonizadores europeus durante
o século 18 – e os japoneses, no século 20, na Manchúria. Como eles se
lembram bem, contingentes do Exército Japonês, em fúria animal, mataram,
entre dezembro de 1937 a fevereiro de 1938, mais de 200 mil militares e
civis na cidade de Nanquim, estupraram as mulheres e meninas, antes de
matá-las, e dilaceraram os corpos dos meninos, entre eles os de
recém-nascidos.
O general Chiang-kai-Chek, que se tornaria anticomunista em seguida, não
ficou bem no episódio. Com a desculpa de que deveria preservar a elite
de seu exército, abandonou a cidade, entregando-a a recrutas mal
treinados e a voluntários civis, além da população, inocente e
desarmada. Foi essa gente, sem treinamento e debilitada, que os
japoneses venceram e trucidaram. Os chineses não esqueceram os mortos de
Nanquim, e os japoneses se esforçam em fazer de conta que não foi bem
assim.
O dissídio, aparentemente menor, entre Beijing e Tóquio, a propósito das
ilhas Senkaku (em japonês) ou Diaoyu (em chinês) pode ser o pretexto
para o acerto de contas de 1937. Nos últimos dias do ano, o Japão
decidiu enviar uma força naval para a defesa das ilhas, cuja soberania
diz manter – o que os chineses contestam. Os chineses advertiram que vão
contrapor-se à iniciativa bélica japonesa. As ilhas, sem importância
econômica, e desabitadas, eram milenarmente chinesas, e foram
incorporadas pelo Japão em 1895, depois da guerra sino-japonesa daquele
fim de século. São ilhotas diminutas, a menor com apenas 800 metros
quadrados (menor do que um lote urbano no Brasil) e a maior com pouco
mais de 4 km2.
Acossados por uma série de vicissitudes, os Estados Unidos começam o ano
combalidos pelo confronto político interno, a propósito do Orçamento.
Mas não perdem a sua velha arrogância imperial. Há mesmo quem veja, na
decisão japonesa de enviar navios de guerra ao diminuto arquipélago, uma
jogada do Pentágono, para antecipar, enquanto lhes parece mais
conveniente, o confronto com os chineses. Há um tratado de paz dos
Estados Unidos com o Japão que prevê a ajuda americana em caso de
conflito regional. É uma partida muito arriscada.
O presidente Obama também acaba de sancionar uma lei do Congresso
determinando que o governo norte-americano tome medidas para impedir a
penetração diplomática do Irã na América Latina, e, no bojo das
justificativas, a Tríplice Fronteira é mais uma vez citada, como área
que financia o Hesbolá. Como se não houvesse, ali e no resto do Brasil,
os que financiam o Estado de Israel. Devemos nos precaver.
Infelizmente, no Brasil, há sempre os vassalos de Washington, que
estimulam o intervencionismo ianque em nossas relações internacionais
(sobretudo com o Irã e a Palestina), entre eles alguns senadores da
República, como revelaram os despachos do Embaixador Sobel, divulgados
pelo WikiLeaks.
O anunciado conflito armado entre Israel e o Irã é também alimentado
pelo ódio da extrema direita judaica contra todos os que criticam Tel
Aviv. O Centro Simon Wiesenthal considerou o cartunista brasileiro
Carlos Latuff o terceiro maior inimigo de Israel no mundo. Os dois
primeiros são o líder espiritual da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, e
Ahmadinejad, o presidente do Irã.
O cineasta Sylvio Tendler, em mensagem de solidariedade a Latuff, lembra
que eminentes judeus, entre eles os jornalistas Ury Avnery, Amira Haas e
Gideon Levy, são mais críticos da posição de Israel contra os
palestinos do que o cartunista brasileiro.
É lamentável que o nome do caçador de nazistas Simon Wiesenthal, que
conheci e entrevistei, em Viena, há mais ou menos 40 anos, para este
mesmo Jornal do Brasil, seja usado para uma organização fanática e
radical, como essa. Wiesenthal, ele mesmo sobrevivente da estupidez
nazista, era um obstinado – e legítimo – caçador de criminosos de
guerra, que haviam cometido todo o tipo de atrocidades contra seu povo.
O governo direitista de Israel é de outra origem. Não podemos fazer de
conta que nada temos contra a ameaça a um cidadão brasileiro, Carlos
Latuff, cuja segurança pessoal deve ser, de agora em diante, de
responsabilidade do governo. Ou que não nos devamos preocupar com a lei
aprovada por Obama. Temos tido bom relacionamento com o governo do Irã,
e a política externa brasileira é decisão soberana de nosso povo.
Uma presença militar maior em Foz do Iguaçu e ao longo da fronteira
ocidental é necessária, a fim de dissuadir os agentes provocadores. As
guerras sempre foram vantajosas para os americanos, desde a invasão do
México, em 1846-48. É provável que seus estrategistas estejam
retornando à Doutrina Bush da guerra infinita.
Diante desse cenário mundial instável, e na perspectiva de uma campanha
sucessória agitada, temos que manter toda serenidade possível. A defesa
de posições políticas eventuais não deve comprometer a segurança nem a
soberania do povo brasileiro. A nação deve sobrepor-se a todos os
interesses, mais legítimos uns e menos legítimos outros, de grupos
econômicos e partidários.
Infelizmente, desde Calabar e Silvério dos Reis, não faltam os que desprezam o nosso povo e traem os interesses da Pátria.
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