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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, janeiro 27, 2013

sábado, janeiro 26, 2013

Deleite - Papashanty Saunsysten Musica De Paz


Documentário - Derrubaram o Pinheirinho


Charge foto e frase do Dia


























A civilização que conhecemos tem seus dias contados, se não escapar desses cem tiranos que se revezam no domínio do mundo.

Os que devem morreree devem morrer


 
A ciência prolonga a vida dos homens; a economia liberal recomenda que morram a tempo de salvar os orçamentos. O Ministro das Finanças do Japão, Taso Aro, deu um conselho aos idosos: tratem logo de morrer, a fim de resolver o problema da previdência social.
Este é um dos paradoxos da vida moderna. Estamos vivendo mais, e, é claro, com menos saúde nos anos finais da existência. Mas, nem por isso, temos que ser levados à morte. Para resolver esse e outros desajustes da vida moderna, teríamos que partir para outra forma de sociedade, e substituir a razão do “êxito” e da riqueza pela ética da solidariedade.
Ocorre que nem era necessário que esse senhor Taso Aro – que, em outra ocasião, ofereceu o Japão como território seguro para os judeus ricos do mundo inteiro – expusesse essa apologia da morte. A civilização de nosso tempo, baseada no egoísmo, com a economia servidora dos lucros e dos ricos, e, sobretudo, dos banqueiros, é, em si mesma, suicida.
É claro que, ao convidar os velhos japoneses a que morram, Aro não se refere aos milionários e multimilionários de seu país. Esses dispensam, no dispendioso custeio de sua longevidade, os recursos da Previdência Social e dos serviços oficiais de saúde de seu país. Todos eles têm a sua velhice assegurada pelos infindáveis rendimentos de seu patrimônio.
Os que devem morrer são os outros, os que passaram a vida inteira trabalhando para o enriquecimento das grandes empresas japonesas e multinacionais. Na mentalidade dos poderosos e dos políticos ao seu serviço, os homens não passam de máquinas, que só devem ser mantidos enquanto produzem, de acordo com os manuais de desempenho ótimo. Aso, em outra ocasião, disse que os idosos são senis, e que devem, eles mesmos, de cuidar de sua saúde.
Não podemos, no entanto, ver esse desatino apenas no comportamento do ministro japonês, nem em alguns de seus colegas, que têm espantado o mundo com declarações estapafúrdias. O nível intelectual e ético dos dirigentes do mundo moderno vem decaindo velozmente nas últimas décadas. Não há mistério nisso. Os verdadeiros donos do mundo sabem escolher seus serviçais e coloca-los no comando dos estados nacionais.
São eles, que, mediante o Clube de Bielderbeg e outros centros internacionais desse mesmo poder, decidem como estabelecer suas feitorias em todos os continentes, promovendo a ascensão dos melhores vassalos, aos quais premiam, não só com o governo, mas, também, com as sobras de seu banquete, em que são servidos, além do caviar e do champanhe, o petróleo e os minérios, as concessões ferroviárias e nos modernos e mais rendosos negócios, como os das telecomunicações.
A civilização que conhecemos tem seus dias contados, se não escapar desses cem tiranos que se revezam no domínio do mundo.
*comtextolivre

Lewandowski mantém crédito extraordinário de R$ 42,5 bilhões para a União


Débora Zampier, Agência Brasil
“O presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, decidiu hoje (25) manter o crédito extraordinário de R$ 42,5 bilhões aprovado pelo Executivo no final do ano passado. O valor foi estipulado em medida provisória, pois o Congresso Nacional ainda não votou o Orçamento da União de 2013.
O ministro negou liminar em ação de inconstitucionalidade proposta pelo PSDB e pelo DEM na última terça-feira (21). Para Lewandowski, o Estado brasileiro poderia ter sérios prejuízos se o pedido das legendas fosse acatado, ainda que haja motivo para questionamento legal.
 
 

Demotucanos corruptos sofrem mais um nocaute - Lewandowski: "Não se pode parar um país"

Lewandowski: "Não se pode parar um país"



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Os demotucanos corruptos, com apoio do ministro lobista, queriam paralisar o Brasil, mas o ministro mais lúcido do STF não deixou.
 

 
Ministro do STF rejeita ação direta de inconstitucionalidade que havia sido proposta pelos presidentes do PSDB, Sergio Guerra, e do DEM, Agripino Maia, contra medida provisória do governo Dilma que libera R$ 42,5 bilhões para obras do PAC e demais gastos federais; impasse foi criado quando o ministro Luiz Fux impediu votação do orçamento da União em meio à polêmica dos royalties

 

Fox demite Sarah Palin. A onda chega ao Brasil?

 

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Canal de Rupert Murdoch, que foi definido por Barack Obama como um partido político e inspirou a criação do termo "Partido da Imprensa Golpista", demite Sarah Palin, representante do neoconservadorismo americano e do chamado Tea Party; fontes próximas a Fox apontaram um gelo nas relações explícitas entre Murdoch e os republicanos; será que o corte pode inspirar movimentos semelhantes em relação a jornalistas engajados como Reinaldo Azevedo, Merval Pereira e Augusto Nunes?

247 - A partidarização da imprensa americana sofreu um duro revés nesta sexta-feira. O canal Fox News, que foi classificado por Barack Obama como um partido político e inspirou, no Brasil, a criação da expressão "Partido da Imprensa Golpista", abreviada como PIG, acaba de demitir a comentarista Sarah Palin. Ex-governadora republicana do Alaska, Palin era representante máxima do movimento neoconservador nos Estados Unidos e do chamado Tea Party, que prega rígidos valores morais – ainda que, na prática, eles não sejam seguidos com rigidez pela família Palin.

Fontes próximas à Fox enxergaram no movimento de Rupert Murdoch, dono da News Corporation, uma tentativa de aproximação com Obama, que acaba de tomar posse no seu segundo mandato. Murdoch estaria cansado de dar murro em ponta de faca.

No Brasil, os grandes jornais também vivem um momento inédito de partidarismo explícito, tendo como representantes máximos desse movimento jornalistas como Augusto Nunes e Reinaldo Azevedo, na Abril, e Merval Pereira, no Globo – entre muitos outros. Miriam Leitão, por exemplo, nesta sexta aponta paralelos entre a presidente Dilma e o general Garrastazu Médici – por mais esdrúxula que pareça a comparação.

Nos Estados Unidos, o principal magnata da mídia começa a constatar que, na era da internet e da informação livre, o poder de manipulação da opinião já não é o mesmo do passado. E o ódio acaba de perder uma tribuna na Fox News. A piada da hora é que Sarah Palin poderá, agora, se candidatar ao "Obamacare", como é apelidado o seguro-desemprego nos Estados Unidos.
*Saraiva