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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, fevereiro 23, 2013


 Ativista Bradley Manning completa 1000 dias na prisão

Hoje Bradley Manning completa 1000 dias atrás das grades. Ativistas de todo o mundo planejam usar o dia para chamar a atenção para o que consideram uma detenção injusta. Manning é acusado de passar informações militares secretas ao site WikiLeaks. As acusações contra ele incluem fraude, espionagem e auxiliar o inimigo.
Embora os promotores disserem que não pedirão a pena de morte, as acusações podem levá-lo a prisão perpétua. O que faz o milésimo dia importante é que a lei militar garante o direito a um "julgamento rápido". Especificamente, a regra 707 do Manual para Corte Marcial, "o acusado deverá ser levado a julgamento no prazo de 120 dias após ser detido ou acusado. Manning passou mais de oito vezes mais tempo na prisão, sem julgamento, do que a lei permite. Seu julgamento está marcado para o dia 3 de junho.
Emma Cape, organizadora da Rede de Apoio Bradley Manning e Coragem para Resistir, Um grupo que apoia "resistentes de guerra", explicou o raciocínio usado até agora pela promotoria para explicar o atraso. Liderada pelo Major Ashden Fein, a promotoria argumentou que o atraso foi necessário devido à quantidade de provas envolvidas. "É claro, a defesa argumentou que a acusação não tem feito tudo o que pode para obter evidências de vários departamentos governamentais", acrescentou.
Levou mais tempo para obter avaliações de danos de vários departamentos governamentais, incluindo o Departamento de Estado, que mostrou que não houve nenhum dano à segurança nacional, isso foi o centro de uma controvérsia. Os militares tendem a levar "speedy trial" seriamente. Cape chama a demora no caso Manning de "muito incomum". "Ninguém mais no Coragem para Resistir já trabalhou com esse tipo de atraso." "Todos os outros atrasos que o nosso Diretor de Projeto, Jeff Paterson tem conhecimento, foram aquelas acertadas por ambos os lados, o que não é o caso deste". Mais de 60 eventos e protestos estão programados em todo o mundo, do Havaí até Vermont, da Austrália até Uganda. Os maiores, de acordo com a Cape, é provável que sejam os de Nova York, Filadélfia, Los Angeles e São Francisco.
*http://www.anonymousbr4sil.com/2013/02/ativista-bradley-manning-completa-1000.html

Deleite - Tributo a Bezerra da Silva

Brasil quer abrir mais portas na África para enfrentar a China


 
Disposta a abrir mais portas para empresas brasileiras e enfrentar a concorrência chinesa na África, a presidente Dilma Rousseff participa hoje em Malabo, na Guiné Equatorial, de encontro com chefes de Estado sul-americanos e africanos. Amanhã, ela segue para a Nigéria.
Dilma, contudo, não tem como meta reduzir o histórico deficit da balança comercial entre Brasil e África, que no ano passado superou os US$ 2 bilhões, em especial por causa das importações de petróleo e gás africanos.
Tanto o Itamaraty quanto o Ministério do Desenvolvimento afirmam que o governo pretende manter a tendência de crescimento das vendas à África. Entre 2002 e 2012, as exportações do Brasil aumentaram 416% para o continente africano.

Apesar de terem disparado, as exportações ainda não são suficientes para superar o montante gasto com importação de petróleo e gás da África, que também cresce.
Ano passado, o Brasil gastou US$ 14,2 bilhões com produtos africanos e vendeu R$ 12,2 bilhões ao continente.
"Nossa preocupação não é eliminar o deficit", afirma Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento.
"Há ainda, entre nossas regiões, um sério deficit de conhecimento mútuo, conectividade e ligação física. Podemos comemorar, por outro lado, o fato de o intercâmbio comercial entre as duas regiões ter se multiplicado por cinco entre 2002 e 2012", disse ontem o ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) durante discurso na 3ª Cúpula ASA (América do Sul e África), que reúne 66 países.
*militanciaviva
Pela cassação do registro de psicólogo do Sr. Silas Lima Malafaia.!




Toda pessoa que se junta a esta campanha aumenta nossa força de ação. Por favor, separe um minuto para compartilhar este link com todos que você conhece:

http://www.avaaz.org/po/petition/Pela_cassacao_do_registro_de_psicologo_do_Sr_Silas_Lima_Malafaia/?tHtBEdb

Vamos fazer a mudança juntos,
Felipe

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Aqui está a petição para encaminhar para seus amigos:

Pela cassação do registro de psicólogo do Sr. Silas Lima Malafaia.

Considerando o disposto na resolução CFP nº 001/99 que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da Orientação Sexual, acreditamos que o Sr. Silas Lima Malafaia, psicólogo inscrito no CRP/RJ sob o número 24.678 deve ser submetido a inquérito administrativo, garantindo a ampla defesa, que venha a resultar na cassação de seu registro profissional.
http://www.avaaz.org/po/petition/Pela_cassacao_do_registro_de_psicologo_do_Sr_Silas_Lima_Malafaia/?tHtBEdb

Enviado pela Avaaz em nome da petição de Felipe

Charge foto e frase do dia





















Dilma cede diante dos barões da mídia

 

 do Miro
Do sítio do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC):
Nota pública: governo federal rompe compromisso com a sociedade no tema da comunicação:
A declaração do secretário-executivo do Ministério das Comunicações, no último dia 20, de que este governo não vai tratar da reforma do marco regulatório das comunicações, explicita de forma definitiva uma posição que já vinha sendo expressa pelo governo federal, seja nas entrelinhas, seja pelo silêncio diante do tema.
A justificativa utilizada – a de que não haveria tempo suficiente para amadurecer o debate em ano pré-eleitoral – é patética. Apesar dos insistentes esforços da sociedade civil por construir diálogos e formas de participação, o governo Dilma e o governo do ex-presidente Lula optaram deliberadamente por não encaminhar um projeto efetivo de atualização democratizante do marco regulatório. Mas o atual governo foi ainda mais omisso ao sequer considerar a proposta deixada no final do governo do seu antecessor e por não encaminhar quaisquer deliberações aprovadas na I Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada em 2009. O que fica claro é a ausência de vontade política e visão estratégica sobre a relevância do tema para o avanço de um projeto de desenvolvimento nacional e a consolidação da democracia brasileira.
A opção do governo significa, na prática, o alinhamento aos setores mais conservadores e o apoio à manutenção do status quo da comunicação, nada plural, nada diverso e nada democrático. Enquanto países com marcos regulatórios consistentes discutem como atualizá-los frente ao cenário da convergência e países latino-americanos estabelecem novas leis para o setor, o Brasil opta por ficar com a sua, de 1962, ultrapassada e em total desrespeito à Constituição, para proteger os interesses comerciais das grandes empresas.
Ao mesmo tempo em que descumpre o compromisso reiterado de abrir um debate público sobre o tema, o governo federal mantém iniciativas tomadas em estreito diálogo com o setor empresarial, acomodando interesses do mercado e deixando de lado o interesse público.
No setor de telecomunicações, na mesma data, foi anunciado um pacote de isenção fiscal de 60 bilhões para as empresas de Telecom para o novo Plano Nacional de Banda Larga em sintonia com as demandas das empresas, desmontando a importante iniciativa do governo anterior de recuperar a Telebrás, e encerrando o único espaço de participação da sociedade no debate desta política – o Fórum Brasil Conectado. Somando-se ao pacote anunciado de benesses fiscais, o governo declara publicamente a necessidade de rever o texto do Marco Civil da Internet que trata da neutralidade de rede, numa postura totalmente subserviente aos interesses econômicos.
Na radiodifusão, faz vistas grossas para arrendamentos de rádio e TVs, mantém punições pífias para violações graves que marcam o setor, conduz a portas fechadas a discussão sobre o apagão analógico da televisão, enquanto conduz de forma tímida e errática a discussão sobre o rádio digital em nosso país. Segue tratando as rádios comunitárias de forma discriminatória, sem encaminhar nenhuma das modificações que lhes permitiriam operar em condições isonômicas com o setor comercial.
Diante desta conjuntura política e do anúncio de que o governo federal não vai dar sequência ao debate de um novo marco regulatório das comunicações, ignorando as resoluções aprovadas na 1ª Conferência Nacional de Comunicação, manifestamos nossa indignação, ao mesmo tempo em que reiteramos o nosso compromisso com este debate fundamental para o avanço da democracia.
De nossa parte, seguiremos lutando. A sociedade brasileira reforçará sua mobilização e sua unidade para construir um Projeto de Lei de Iniciativa Popular para um novo marco regulatório das comunicações.
Coordenação executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação – FNDC:
- Associação das Rádios Públicas do Brasil (Arpub)
- Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária - Abraço
- Associação Nacional das Entidades de Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões – Aneate
- Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
- Conselho Federal de Psicologia – CFP
- CUT - Central Única dos Trabalhadores
- Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações - FITTEL
- Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão - Fitert
- Intervozes - – Coletivo Brasil de Comunicação Social

Por falta de fiéis, acelera-se na França venda de igrejas católicas

Igreja de Soissons, ao norte da França


O corretor Patrice Besse acaba de vender uma igreja católica na cidade de Soissons, no norte da França, por 125 mil euros (cerca de R$ 325 mil) a um pianista anglo-taiwanês de 21 anos. 
Besse está oferecendo outras seis igrejas, cujos preços variam 50 mil a 500 mil euros (de R$ 130 mil a R$ 1,3 milhão). 
Uma delas, no estilo Art Déco, também em Soissons, está avaliada em 350 mil euros. 
Observatório do Patrimônio Religioso, entidade civil que se dedica à preservação do patrimônio histórico religioso, estima que estejam à venda na Franca 43 igrejas e capelas, só neste mês de fevereiro, além de outras propriedades católicas. 
Os números da oferta indicam que se acelerou nos últimos meses a venda de igrejas. "Há cada vez menos fiéis e menos doações”, disse Besse. 
“O fenômeno de venda de igrejas está aumentando." 
O corretor disse que até há pouco tempo as dioceses se sentiam constrangidas em vender as igrejas porque foram construídas com doações dos fiéis. 
“Mas agora existe uma necessidade financeira”, afirmou. “É preciso vender algumas para salvar outras.” 
Uma lei aprovada em 1905 determinou que as igrejas e os bens imobiliários religiosos construídos antes desse ano pertencem à prefeitura. 
A lei não impede que essas construções sejam vendidas, e é o que as prefeituras têm feito, para aliviar suas finanças nestes tempos de crise econômica na Europa. 
Os demais templos — com exceção das catedrais — continuam sendo propriedade da Igreja Católica, que, pela laicidade do Estado, está impedida de obter ajuda do governo para preservá-los. 
“A manutenção custa caro, e muitas paróquias preferem vender seus bens para não ter de arcar com despesas de obras", disse o corretor. 
A queda do número de católicos na França faz parte do fenômeno da secularização que varre praticamente toda a Europa. 
Pesquisa de 2009 do Instituto Nacional de Estudos Demográficos da França revelou que naquele ano 45% da população na faixa de 18 a 50 anos declararam não seguir nenhuma crença religiosa. 
Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2013/02/acelera-se-na-franca-venda-de-igrejas-catolicas.html#ixzz2Lfb02mLN 
do Blog do Paulo Lopes
*cutucandodeleve