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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
segunda-feira, abril 29, 2013
domingo, abril 28, 2013
Lei de meios: "Apenas cumpro as orientações da presidente." diz Paulo Bernardo
No PIG Imprensa Golpista Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo sepulta de vez o projeto de uma Lei de Meios elaborado por Franklin Martins e compra briga com dirigentes do PT, em evento da Fundação Perseu Abramo; acusado de ter mais proximidade com as emissoras de televisão do que com o partido, Bernardo disse que cumpre orientações da presidenta Dilma.
Uma
nota publicada na coluna Holofote, do jornalista Otávio Cabral, deve
esgarçar ainda mais os ânimos entre o ministro Paulo Bernardo, das
Comunicações, e a direção do Partido dos Trabalhadores. Com todas as
letras, Paulo Bernardo afirma que a proposta de uma Lei de Meios, criada
pelo ex-ministro Franklin Martins para regular os meios de comunicação,
está sepultada.
Leia, abaixo, a nota:
Censura enterrada
"O ministro das
Comunicações, Paulo Bernardo, participou de uma reunião na Fundação
Perseu Abramo, na semana passada, sobre controle da imprensa. Ele foi
incisivo: nenhuma proposta que ameace a liberdade de expressão será
apoiada pelo governo Dilma Rousseff. "O projeto de Franklin Martins está
enterrado", afirmou, em relação à iniciativa do ex-ministro de Lula que
buscava cercear os meios de comunicação. Dirigentes petistas que
estavam no encontro, como Valter Pomar, atacaram o ministro e o acusaram
de ter mais afinidade com as grandes redes de TV do que com o partido.
Bernardo respondeu que apenas cumpre as orientações da presidente."
Fonte: Brasil 247
EUA negam autorização para filha de Raúl Castro receber prêmio na Filadélfia
A
filha do presidente cubano Raúl Castro teve negada pelo Departamento
de Estado americano a permissão para ir até a cidade da Filadélfia,
na Pensilvânia, para participar de uma conferência e receber um
prêmio por seu ativismo pelo direito dos homossexuais, segundo
informações da agênciaAP.
Mariela
Castro era esperada para uma conferência na próxima semana sobre
direitos civis de comunidades lésbicas, gays, bissexuais e
transexuais, patrocinada pelo Fórum da Igualdade, de acordo com
Malcolm Lazin, representante jurídico do organizador. Ao final do
evento, a cubana receberia um prêmio após um jantar.
“Nós
achamos chocante que nosso Departamento de Estado negue o direito de
liberdade de expressão, particularmente em um encontro internacional
sobre direitos civis, para qualquer pessoa, muito menos para a filha
do presidente cubano”, disse Lazin.
Porta-voz do órgão do governo norte-americano, Noel Clay afirmou que não faria comentários sobre o caso porque os registros de vistos são confidenciais. Mariela estava em Nova York nesta quinta-feira participando de uma reunião das Nações Unidas.O Departamento de Estado proíbe diplomatas cubanos de viajar a mais de 40 quilômetros da região central de Manhattan.
Mariela, sobrinha de Fidel, é diretora do Centro Nacional para Educação Sexual de Cuba. Proeminente ativista no país, Mariela instituiu campanhas de conscientização e treinamento policial especificamente para lidar com a comunidade LGBT e age para legalizar a união entre pessoas do mesmo sexo.
Porta-voz do órgão do governo norte-americano, Noel Clay afirmou que não faria comentários sobre o caso porque os registros de vistos são confidenciais. Mariela estava em Nova York nesta quinta-feira participando de uma reunião das Nações Unidas.O Departamento de Estado proíbe diplomatas cubanos de viajar a mais de 40 quilômetros da região central de Manhattan.
Mariela, sobrinha de Fidel, é diretora do Centro Nacional para Educação Sexual de Cuba. Proeminente ativista no país, Mariela instituiu campanhas de conscientização e treinamento policial especificamente para lidar com a comunidade LGBT e age para legalizar a união entre pessoas do mesmo sexo.
*Centrodosocialismo
Angola proíbe operação de igrejas evangélicas do Brasil
PATRÍCIA CAMPOS MELLO
DE SÃO PAULO
Do site da Folha - PIG
O governo de Angola baniu a maioria das igrejas evangélicas brasileiras do país.
Segundo o governo, elas praticam "propaganda enganosa" e "se aproveitam
das fragilidades do povo angolano", além de não terem reconhecimento do
Estado.
"O que mais existe aqui em Angola são igrejas de origem brasileira, e
isso é um problema, elas brincam com as fragilidades do povo angolano e
fazem propaganda enganosa", disse à Folha Rui Falcão, secretário do birô
político do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) e
porta-voz do partido, que está no poder desde a independência de Angola,
em 1975.
Cerca de 15% da população angolana é evangélica, fatia que tem crescido, segundo o governo.
Em 31 de dezembro do ano passado, morreram 16 pessoas por asfixia e
esmagamento durante um culto da Igreja Universal do Reino de Deus em
Luanda. O culto reuniu 150 mil pessoas, muito acima da lotação permitida
no estádio da Cidadela.
O mote do culto era "O Dia do Fim", e a igreja conclamava os fiéis a dar
"um fim a todos os problemas que estão na sua vida: doença, miséria,
desemprego, feitiçaria, inveja, problemas na família, separação,
dívidas."
O governo abriu uma investigação. Em fevereiro, a Universal e outras
igrejas evangélicas brasileiras no país -- Mundial do Poder de Deus,
Mundial Renovada e Igreja Evangélica Pentecostal Nova Jerusalém-- foram
fechadas.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
No dia 31 de março deste ano, o governo levantou a interdição da Universal, única reconhecida pelo Estado.
Mas a igreja só pode funcionar com fiscalização dos ministérios do
Interior, Cultura, Direitos Humanos e Procuradoria Geral da Justiça. As
outras igrejas brasileiras continuam proibidas por "falta de
reconhecimento oficial do Estado angolano". Antes, elas funcionavam com
autorização provisória.
As igrejas aguardam um reconhecimento para voltar a funcionar, mas
muitas podem não recebê-lo. "Essas igrejas não obterão reconhecimento do
Estado, principalmente as que são dissidências, e vão continuar
impedidas de funcionar no país", disse Falcão. "Elas são apenas um
negócio."
Segundo Falcão, a força das igrejas evangélicas brasileiras em Angola
desperta preocupação. "Elas ficam a enganar as pessoas, é um negócio,
isto está mais do que óbvio, ficam a vender milagres."
Em relação à Universal, a principal preocupação é a segurança, disse Falcão.
leia também:
OAB denuncia pastor Feliciano e Bolsonaro por campanha do ódio
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