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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, janeiro 30, 2014

Mujica: Política abandonou filosofia; virou receituário econômico


Via Vermelho
Vanessa Martina Silva

“Eu tenho uma preocupação permanente. Temos que semear uma cultura de transformação porque dirigentes não mudam a história da humanidade; a história da humanidade é mudada somente pelos povos. Ainda assim, temos responsabilidades”, afirmou o presidente o Uruguai, José Pepe Mujica durante o encerramento da 2ª Cúpula da Celac ao pedir uma mudança na mentalidade dos atuais governos: “não se muda a história por decreto”.

“A globalização é um fato que vai a caminho do desastre e não formos capazes de fazer aflorar uma consciência”| Foto: Ismael Francisco/ Cubadebate
“Temos que defender a vida o que significa deixar pelo caminho as arestas do desperdício, da contaminação e da escravidão do tempo humano. (…) A mudança climática é uma obrigação humana. (…) Todos vamos pagar o custo com a vida humana. Por isso temos que nos integrar. Nenhum país tem peso para enfrentar sozinho esta incerteza”, refletiu
“Será longa esta marcha. Temos uma velha dívida. Vivemos mais de um século olhando para a Europa e os Estados Unidos. [Com a Celac] demos um passo fantástico, mas temos que construir uma inteligência a favor da integração. Integrar fronteiras, comunicação, saúde, segurança, cultura, universidades, pesquisas dos povos latinos”, pontuou.
“A globalização é um fato que vai a caminho do desastre e não formos capazes de fazer aflorar uma consciência”. O mandatário questionou ainda a veracidade de que a região da Celac é uma área livre de armas nucleares: “como pode estar livre de armas nucleares nossas terras quando submarinos nucleares passeiam por nossas águas?”.
Mujica também opinou que “uma das desgraças da política é ter abandonado o campo da filosofia e ter se transformado em um receituário econômico. (…) Se seguirmos pensando somente no nosso, a civilização está condenada”, concluiu o presidente uruguaio.
*GilsonSampaio    

Lei Anticorrupção Empresarial entra em vigor hoje.

Sancionada pela Presidenta Dilma Rousseff em resposta às manifestações de junho de 2013, a Lei Anticorrupção Empresarial entra em vigor hoje.

A nova regra prevê punição às empresas que tenham representantes envolvidos em casos de corrupção de agentes públicos, fraudes à licitações ou que causem qualquer tipo de prejuízo ao patrimônio público.


As companhias condenadas nesses casos podem receber multas que variam entre 0,1% e 20% de seu faturamento bruto.

Nesses casos, a empresa corrupta terá obrigação de reparar integralmente o prejuízo causado aos cofres públicos e será obrigada a publicar a decisão condenatória em veículos de grande circulação.

Além disso, seus gestores podem ser punidos individualmente, os bens da empresa podem ser sequestrados e, dependendo da gravidade do caso, a entidade pode ser compulsoriamente dissolvida.

Informe-se em http://bit.ly/MgoEcQ
#BrasilSemImpunidade

Sancionada pela Presidenta Dilma Rousseff em resposta às manifestações de junho de 2013, a Lei Anticorrupção Empresarial entra em vigor hoje. 

A nova regra prevê punição às empresas que tenham representantes envolvidos em casos de corrupção de agentes públicos, fraudes à licitações ou que causem qualquer tipo de prejuízo ao patrimônio público.

As companhias condenadas nesses casos podem receber multas que variam entre 0,1% e 20% de seu faturamento bruto.

Nesses casos, a empresa corrupta terá obrigação de reparar integralmente o prejuízo causado aos cofres públicos e será obrigada a publicar a decisão condenatória em veículos de grande circulação.

Além disso, seus gestores podem ser punidos individualmente, os bens da empresa podem ser sequestrados e, dependendo da gravidade do caso, a entidade pode ser compulsoriamente dissolvida.

Informe-se em http://bit.ly/MgoEcQ

quarta-feira, janeiro 29, 2014

LUTO! RAS GERALDINHO MAIS UM PRESO POLÍTICO DO PROIBICIONISMO NO BRASIL.

Sentença da justiça paulista mantém Ras Geraldinho na prisão.

"É com muita tristeza que recebemos mais essa lastimável decisão da justiça paulista . Enquanto policiais do DENARC e a família Perrela continuam em liberdade, Ras Geraldinho o profeta da paz da Igreja Rastafari no Brasil está preso e perdeu mais uma sentença hoje,28/1/2014, na justiça. Se por um lado a justiça fecha os olhos para traficante
s poderosos que movimentam milhões nas "barbas" do Estado, como evidenciado nos casos recentes do deputado estadual Gustavo Perrela e o senador da república Zézé Perrela e também os policiais civis do DENARC, Ras Geraldinho permanece preso por cultivar uma planta em sua casa."

Leia mais: http://smkbd.com/luto-ras-geraldinho-mais-um-preso-politico-proibicionismo-brasil/


Via Cultura Verde

As leis que regem a sociedade devem passar longe dos altares e templos


“As leis que regem a sociedade não são escritas nos altares”
Por Guilherme Boneto, especial para o Educação Política
casamentogay
A frase acima poderia ter partido de qualquer intelectual de esquerda, ou mesmo de um político pertencente a um partido de ideais progressistas. Surpreendeu, contudo, ao ser escrita no Twitter do Padre Fábio de Melo, um dos mais influentes sacerdotes da Igreja Católica no Brasil.
Há alta probabilidade de o tweet ter partido em decorrência da grande repercussão de uma declaração dada pelo religioso ao programa “Altas Horas”, da TV Globo, que foi ao ar no último sábado (18). Questionado por uma integrante da plateia, o Pe. Fabio de Melo declarou-se abertamente a favor da união civil entre pessoas do mesmo sexo, desde que observada da ótica jurídica, sem qualquer intervenção religiosa. “Acredito que o esclarecimento que precisamos ter, como líderes religiosos, é justamente a distinção. Se você quiser, pode chamar isso de casamento ou não, mas [trata-se] de uma união que esteja civilmente amparada, para que as pessoas possam garantir direitos que não são religiosos. São duas coisas diferentes”, declarou ele.
A declaração do padre traduz um grau de lucidez que pouco se vê hoje entre os líderes religiosos com influência no Brasil. Ela traduz exatamente a pauta dos movimentos civis homossexuais: a regularização do casamento civil, feito em cartório, que aliás, já foi aprovado pelo CNJ em 2013. Apesar dos esperneios da bancada evangélica e de determinados líderes religiosos, hoje os cartórios de registro civil do país são obrigados a realizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. No âmbito religioso, porém cabe a cada igreja decidir a quem casar. Ainda hoje, várias denominações cristãs recusam-se, baseadas em seus próprios dogmas, a realizar novo matrimônio de pessoas divorciadas, ainda que o divórcio seja uma garantia prevista em lei no Brasil. Este exemplo pode ser usado para efeito de comparação: os homossexuais não querem se casar na igreja – querem tão somente ver seus direitos atestados em lei.
Essa luta continua porque, ainda que o CNJ tenha se decidido a favor do casamento civil, tal norma ainda não foi regulamentada em lei, por pura omissão do Congresso Nacional – o projeto, de autoria da então deputada Marta Suplicy (PT-SP), tramita desde 1995 sem ser votado. A Constituição Federal prevê o casamento como uma instituição dada entre homem e mulher, texto que vários parlamentares, dentre os quais se destaca o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), vêm tentando modificar. Tal regulamentação não teria absolutamente nada de extraordinário – vizinhos como Uruguai e Argentina já a fizeram, esta última desde 2010. Ela tão somente diminuiria, ainda que infimamente, o atraso que o Brasil ostenta quanto aos direitos de suas minorias.
Diferentemente do que afirmam os defensores da “moral e bons costumes”, o casamento entre pessoas do mesmo sexo não fere princípios religiosos sob nenhum aspecto. Ele é somente uma garantia de direitos às partes, como a herança e convênios médicos, que já são assegurados a casais heterossexuais. Recentemente a prefeita da cidade americana de Houston, no conservador Estado do Texas, casou-se legalmente com a mulher com quem mantém união estável há vinte e três anos. Nos últimos meses, vários Estados americanos aprovaram o casamento gay, entre eles a Califórnia, onde a prefeita de casou – no Texas esse tipo de união ainda é proibido. Em seu Twitter, a prefeita declarou: “Não poderia ser mais feliz”. Fico eu a imaginar a alegria dessas duas mulheres em poder oficializar uma união que mantêm há tantos anos, agora sob os olhos do Estado. É como sair de uma espécie de ilegalidade; mais que simples felicidade, é um indizível orgulho.
Mais que qualquer evidência de progressismo, a declaração do Pe. Fábio de Melo demonstra claramente sua atenção para com as demandas da sociedade. A importância de suas palavras, vindas de um sacerdote católico, pode servir para despertar em muitas pessoas a necessária reflexão sobre o assunto. Para defender e assegurar um direito que apenas agrega a uma sociedade, não é necessário ser ateu: basta ter um mínimo de inteligência. Afinal de contas, quem defende os preceitos do cristianismo deverá atestar que o amor, independentemente da maneira como venha, sempre valerá a pena.
*educaçãopolitica 

Internautas detonam namorado de miss bumbum por ele ser cadeirante


Dai Maceno e o namorado na balada sertaneja
Dai Maceno e o namorado na balada sertaneja
POR JAIRO MARQUES- Folha de S. Paulo
Tem causando algum reboliço nas redes sociais uma abordagem de uma revista de fofoca sobre o namorado da mais nova miss bunda do Brasil, Dai Macedo.
A danada, que nasceu com uma jaca no lugar do ‘bumbum’, namora um caboclo que é todo lascado, cadeirante. O rapaz é boa pinta e apareceu em fotos ao lado da modelo.
A revista fez uma rápida entrevista com a moça e publicou fotos dos dois. Ela, evidentemente, toda gostosona com uma saia bem pequena, ele sentado no cavalo.
Na conversa, a repórter não faz nenhuma pergunta objetiva sobre o fato de o namorado, Rafael Magalhães, ser quebrado, apenas na fotografia evidenciava-se o fato de ele ser ‘malacabado’.
Algumas pessoas questionaram o fato de a revista ter, de alguma maneira, explorado o fato de o rapaz ser cadeirante. Haveria necessidade de citar essa condição?
Bem, jornalisticamente, não tenho a menor dúvida de que, sim, é muito interessante e tem apelo público falar que o cara que namora a toda poderosa e gostosona das bundas é um cabra ‘cadeirante’.
Dai Maceno e o namorado
Isso não é um fato tão comum, a sociedade não está acostumada a ver um casal tão diferente pelas ruas e o assunto gera discussões.
O mesmo aconteceria, por exemplo, se a moça chegasse com um namorado “gordão”, se namorasse uma mulher ou chegasse à festa montada em um elefante. São situações não corriqueiras e que também gerariam interesse.
Penso que, simplesmente fingir que nada de diferente havia no casal, seria pouco informativo. Eu, inclusive, teria perguntado a ela algo objetivo sobre o romance com o ‘malacabado’, por que não?!?!?!
Isso, para mim, nada tem a ver de não respeitar a diversidade ou tratar a deficiência como um bicho de sete cabeças. É, sim, dar sentido ao que se considera notícia.
Não acho que seja simplesmente a exploração do fato do camarada ser quebrado. Ele é quebrado e conseguiu se integrar de uma maneira tão bacana que ‘cata’ a mulher que deseja, que gosta e tudibão…
Mas o que mais me chama atenção são os comentários expostos ao final da entrevista de Dai e das fotos dela com o Rafael.
Aí, sim, essa história ganha um baita fôlego. A ‘homarada’ que deixou suas impressões, deixou também as marcas de suas patas de quadrúpedes. Deixou um rastro de preconceito, de desconhecimento e de inveja de fazer cair o queixo.
O fato de o cara ser cadeirante e namorar uma gostosa não caiu bem para alguns marmanjos e também moças. O que revela ignorância profunda. Saquem só alguns:
“Coitado do cara, só fica no desejo, ela é muito sacana”
“Quando vi a primeira foto não contestei nada é até compatível… mais na segunda foto cadeirante kkkk tem treta isso… esse cara tem grana e chifre de rosca kkkkkk ….
“Primeira vez que vejo um boi na cadeira de rodas!!”
Pois é, a mídia tem muuuito que abordar, mostrar e discutir sobre deficiência, sobre a realidade das pessoas com deficiência e sobre diferenças entre as pessoas.
Pelo que se lê nesses “comentários”, a idiotice das pessoas sobre capacidades de conquistas de cadeirantes ou pessoas ‘malacabadas’ em geral é imensa.
Uma situação incomum não pode abrir caminho para ignorância nem ser repelida de abordagens. Curiosidade é do ser humano e ter elegância para explicar situações ajuda a formar melhores mentalidades e uma sociedade verdadeiramente mais plural.
*deficienteciente

O que é um REACIONÁRIO?






 Reacionário: O conceito surgiu com a Restauração (séc. XIX),  ou seja, ao longo das campanhas contra Napoleão Bonaparte, que resultaram na sua derrota, em 1815, na instalação do Congresso de Viena, na restauração da "Velha Ordem" ou "Antigo Regime", na retomada dos tronos pelas velhas dinastias europeias, no desfazimento da Europa napoleônica (recomposição das fronteiras), na formação da "Santa Aliança" etc.
"Reacionário" era o membro das classes privilegiadas (nobreza ou clero) que não concordava com as transformações introduzidas pela Revolução Francesa e que "reagia" contra elas. Por extensão, passou a designar todos os "conservadores"( aqueles que defendem a manutenção do "status quo") radicais, isto é, que não apenas proclamam seu pensamento, mas que operam por todos os meios práticos para sabotar ou reverter as mudanças sociais que julgam prejudiciais aos seus interesses de classe.


O reacionário

MEDÍOCRES E PERIGOSOS    

Perfil do cidadão comum

             



Por 

Matheus Pichonelli

O reacionário é, antes de tudo, um fraco. Um fraco que conserva ideias como quem coleciona tampinhas de refrigerante ou maços de cigarro – tudo o que consegue juntar mas só têm utilidade para ele. Nasce e cresce em extremos: ou da falta de atenção ou do excesso de cuidados. E vive com a certeza de que o mundo fora da bolha onde lacrou seu refúgio é um mundo de perigos, pronto para tirar dele o que acumulou em suposta dignidade.



Para ele, tudo o que é diferente tem potencial de destruição
Como tem medo de tudo, vive amargurado, lamentando que jamais estenderam um tapete à sua passagem. Conserva uma vida medíocre, ele e suas concepções e nojos do mundo que o cerca. Como tem medo, não anda na rua com receio de alguém levar muito do pouco que tem (nem sempre o reacionário é um quatrocentão). Por isso, só frequenta lugares em que se sente seguro, onde ninguém vai ameaçar, desobedecer ou contradizer suas verdades. Nem dizer que precisa relaxar, levar as coisas menos a sério ou ver graça na leveza das coisas. O reacionário leva a sério a ideia de que é um vencedor.
A maioria passou a vida toda tendo tudo aos alcance – da empregada que esquentava o leite no copo favorito aos pais que viam uma obra de arte em cada rabisco em folha de sulfite que ele fazia – e cultivou uma dificuldade doentia em se ver num mundo de aptidões diversas. Outros cresceram em meios menos abastados – e bastou angariar postos na escala social para cuspir nos hábitos de colegas de velhos andares. Quem não chegou aonde chegou – sozinho, frise-se – não merece respeito.
Rico, ex-pobre ou falidos, não importa: o reacionário clássico enxerga em tudo o que é diferente um potencial de destruição. Por isso se tranca e pede para não ser perturbado no próprio mundo. Porque tudo perturba: o presidente da República quer seu voto e seus impostos; os parlamentares querem fazê-lo de otário; os juízes estão doidos para tirar seus direitos acumulados; a universidade é financiada (por ele, lógico) para propagar ideias absurdas sobre ideais que despreza; o vizinho está sempre de olho na sua esposa, em seu carro, em sua piscina. Mesmo os cadeados, portões de aço, sistemas de monitoramento, paredes e vidros anti-bala não angariam de todo a sua confiança. O mundo está cheio de presidiários com indulto debaixo do braço para visitar familiares e ameaçar os seus (porque os seus nunca vão presos, mesmo quando botam fogo em índios, mendigos, prostitutas e ciclistas; índios, mendigos, prostitutas e ciclistas estão aí para isso).
Como não conhece o mundo afora, a não ser pelas viagens programadas em pacotes que garantem o translado até o hotel, e despreza as ideias que não são suas (aquelas que recebeu de pronto dos pais e o ensinaram a trabalhar, vencer e selecionar o que é útil e o que é supérfluo), tudo o que é novo soa ameaçador. O mundo muda, mas ele não: ele não sabe que é infeliz porque para ele só o que não é ele, e os seus, são lamentáveis.
Muitas vezes o reacionário se torna pai e aprende, na marra, o conceito de família. Às vezes vai à igreja e pede paz, amor, saúde aos seus. Aos seus. Vê nos filhos a extensão das próprias virtudes, e por isso os protege: não permite que brinquem com os meninos da rua nem que tenham contato com ideias que os retirem da sua órbita. O índice de infarto entre os reacionários é maior quando o filho traz uma camisa do Che Guevara para casa ou a filha começa a ouvir axé e namorar o vocalista da banda (se ele for negro o infarto é fulminante).
Mas a vida é repleta de frestas, e o tempo todo estamos testando as mais firmes das convicções. Mas ele não quer testá-las: quer mantê-las. Por isso as mudanças lhe causam urticárias.
Nos anos 70, vivia com medo dos hippies que ousavam dizer que o amor não precisava de amarras. Eram vagabundos e irresponsáveis, pensava ele, em sua sobriedade.
Depois vieram os punks, os excluídos de aglomerações urbanas desajeitadas, os militantes a pedir o alargamento das liberdades civis e sociais. Para o reacionário, nada daquilo fazia sentido, porque ninguém estudou como ele, ninguém acumulou bens e verdades como ele e, portanto, seria muito injusto que ele e o garçom (que ele adora chamar de incompetente) tivessem o mesmo peso numa urna, o mesmo direito num guichê de aeroporto, o mesmo lugar na fila do fast food.

O reacionário vive com medo. Mas não é inofensivo. Foto: Galeria de GorillaSushi/Flickr
Para não dividir espaços cativos, frutos de séculos de exclusão que ele não reconhece, eleva o tom sobre tudo o que está errado. Sabendo de seus medos e planos de papel, revistas, rádios, televisão, padres, pastores e professores fazem a festa: basta colocar uma chamada alarmista (“Por que você trabalha tanto e o País cresce tão pouco?”) ou música de suspense nas cenas de violência (“descontrolada!”) na tevê para que ele se trema todo e se prepare para o Armagedoon. Como bicho assustado, volta para a caixinha e fica mirabolando planos para garantir mais segurança aos seus. Tudo o que vê, lê e ouve o convence de que tudo é um perigo, tudo é decadente, tudo é importante, tudo é indigno. Por isso não se deve medir esforços para defender suas conquistas morais e materiais.
E ele só se sente seguro quando imagina que pode eliminar o outro.
Primeiro, pelo discurso. No começo, diz que não gosta desse povinho que veio ao seu estado rico tirar espaço dos seus. Vive lembrando que trabalha mais e paga mais impostos que a massa que agora agora quer construir casas em seu bairro, frequentar os clubes e shoppings antes só repletos de suas réplicas. Para ele, qualquer barberagem no trânsito é coisa da maldita inclusão, aqueles bárbaros que hoje tiram carta de habilitação e ainda penduram diplomas universitários nas paredes. No tempo dele, sim, é que era bom: a escola pública funcionava (para ele), o policial não se corrompia (sobre ele), o político não loteava a administração (não com pessoas que não eram ele).
Há que se entender a dor do sujeito. Ele recebeu um mundo pronto, mas que não estava acabado. E as coisas mudaram, apesar de seu esforço e sua indignação.
Ele não sabe, mas basta ter dois neurônios para rebater com um sopro qualquer ideia que ele tenha sobre os problemas e soluções para o mundo – que está, mas ele não vê, muito além de um simples umbigo. Mas o reacionário não ouve: os ignorantes são os outros: os gays que colocam em risco a continuidade da espécie, as vagabundas que já não respeitam a ordem dos pais e maridos, os estudantes que pedem a extensão de direitos (e não sabem como é duro pegar na enxada), os maconheiros que não estão necessariamente a fim de contribuir para o progresso da nação, os sem-terra que não querem trabalhar, o governante que agora vem com esse papo de distribuir esmola e combater preconceitos inexistentes (“nada contra, mas eles que se livrem da própria herança”), os países vizinhos que mandam rebas para emporcalhar suas ruas.


Muitas vezes o reacionário se torna pai e aprende o conceito de família. Vê nos filhos a extensão das próprias virtudes, e por isso os protege: não permite que brinquem com os meninos da rua nem que tenham contato com ideias que os retirem da sua órbita
O mundo ideal, para o reacionário, é um mundo estático: no fundo, ele não se importa em pagar impostos, desde que não o incomodem.
Como muitos não o levam a sério, os reacionários se agrupam. Lotam restaurantes, condomínios e associações de bairro com seus pares, e passam a praguejar contra tudo.
Quando as queixas não são mais suficientes, eles juntam as suas solidões e ódio à coletividade (ironia) e passam a se interessar por política. Juntos, eles identificam e escolhem os porta-vozes de suas paúras em debates nacionais. Seus representantes, sabendo como agradar à plateia, são eleitos como guardiões da moralidade. Sobem a tribunas para condenar a devassidão, o aborto, a bebida alcoolica, a vida ao ar livre, as roupas nas escolas. Às vezes são hilários, às vezes incomodam.
Mas, quando o reacionário se vê como uma voz inexpressiva entre os grupos que deveriam representá-lo, bota para fora sua paranóia e pragueja contra o sistema democrático (às vezes com o argumento de que o sistema é antidemocrático). E se arma. Como o caldo cultural legitima seu discurso e sua paranoia, ele passa a defender crimes para evitar outros crimes – nos Estados Unidos, alvejam imigrantes na fronteira, na Europa, arrebentam árabes e latinos, na Candelária, encomendam chacinas e, em QGs anônimos, planejam ataques contra universitários de Brasília que propagam imoralidades (leia mais AQUI).
O reacionário, no fim, não é patrimônio nacional: é um cidadão do mundo. Seu nome é legião porque são muitos. Pode até ser fraco e viver com medo de tudo. Mas nunca foi inofensivo.



Mentiras sobre a APARIÇÃO de N. SRA. DE FÁTIMA em Portugal.

Mentiras sobre a APARIÇÃO de N. SRA. DE FÁTIMA em Portugal. - Padre conta tudo!!!

Publicado: 24 de outubro de 2012 em heresia, Mentiras da Igreja 


Possivelmente, você já deve ter ouvido falar dos segredos de Fátima. Talvez você seja como eu e nunca tenha tido muito interesse no assunto. No entanto, vale a pena conhecer a opinião do Padre Mário de Oliveira sobre os supostos segredos que Maria de Nazaré teria revelado à três crianças em Portugal, em 1917. 
Não bastando o momento que a Igreja é assolada por escândalos de Pedofilia entre os padres católicos hoje se descobre que também as crianças de Aljustrel foram vítimas de uma “montagem” feita pelo clero de Ourém. 
_____________________________

A utilização de Jacinta, Francisco e Lúcia numa suposta aparição de Nossa Senhora de Fátima, em 1917, arruinou a vida das três crianças. “Foi um crime pelo menos tão grave quanto o da pedofilia”, considera o Padre Mário autor do livro “Fátima Nunca Mais”, onde apresenta provas que desmentem as aparições de Fátima. Tudo não passou de uma grande farsa do Vaticano em conluio com a igreja de Portugal, para prender as pessoas à fé catolica no momento em que a igreja estava em baixa de fiéis, mesmo que tudo isso custasse a vida de pessoas inocentes. O seu interesse de enriquecer os cofres da igreja era maior que o amor pela vida das pessoas.
Esta “montagem”, fez com que Fátima seja hoje uma “galinha de ovos de ouro para a Igreja”,  “Fátima é uma empresa que dá muito dinheiro à Igreja em Portugal e ao Vaticano”.
_____________________________

Usaram crianças inocentes para mentirem sobre a aparição de alguma coisa que eles nunca haviam visto, e que após a grande farsa, trancafiaram as crianças para que não [voltassem atras] descobrissem a mentira imposta a elas pela igreja, porque o fato já tinha ganhado terreno e isso levaria muitos devotos a fazer caminhada em busca das promessas de Fátima. O fato é que o trancafiamento [prisão incomunicavel] e abandono das crinanças em conventos portugues custou a vida de duas delas, Pois os horrores que elas ali viveram lhes trosseram vários problemas de saúde, opressão, depressão e medo. Em consequencia disso Francisco morreu em 1919 por problemas respiratórios [pneumonia] com apenas 11 anos de idade. Jacinta faleceu no ano seguinte aos 9 anos do mesmo problema. Lúcia continuou reclusa e incomunicável.
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Mas o mais importante para a igreja perdura até nossos dias, Fatima hoje é uma empresa que arrecada a cada dia mais dinheiro que qualquer outra empresa portuguesa, tudo em razão das mentiras impostas pela igreja e que ela mesmo não tem interesse em se auto-desmascarar, pois se assim fizer empobrecerá tanto ela quanto o Vaticano.
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Bento XVI sabe, enquanto teólogo, que as aparições de Fátima nunca existiram. A tese é defendida pelo Padre da Lixa, Mário de Oliveira, que disse ao site portugues SAPO que não vai acompanhar a visita do Papa a Portugal em virtude de continuar defendendo essa mentira.
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Hoje está mais que provado que INFERNO, com diabo e tormento eterno nunca existiu na bíblia. Maria ameaca as criancas com visões do INFERNO com todo o tipo de tormentos. Esta é a prova de que N. S. de Fátima é uma fraude porque INFERNO na bíblia sempre significou SEPULTURA. ABurke
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Para saber mais sobre INFERNO, veja o link: 

http://anpekla.com/2013/07/13/tudo-o-que-precisamos-saber-sobre-o-inferno-biblico/
http://assessoriadedireito.wordpress.com/2012/10/24/mentiras-sobre-a-aparicao-de-n-sra-de-fatima-em-portugal-padre-conta-tudo/
Mentiras sobre a APARIÇÃO de N. SRA. DE FÁTIMA em Portugal. - Padre conta tudo!!! Publicado: 24 de outubro de 2012 em heresia, Mentiras da Igreja Possivelmente, você já deve ter ouvido falar dos segredos de Fátima. Talvez você seja como eu e nunca tenha tido muito interesse no assunto. No entanto, vale a pena conhecer a opinião do Padre Mário de Oliveira sobre os supostos segredos que Maria de Nazaré teria revelado à três crianças em Portugal, em 1917. Não bastando o momento que a Igreja é assolada por escândalos de Pedofilia entre os padres católicos hoje se descobre que também as crianças de Aljustrel foram vítimas de uma “montagem” feita pelo clero de Ourém. _____________________________ A utilização de Jacinta, Francisco e Lúcia numa suposta aparição de Nossa Senhora de Fátima, em 1917, arruinou a vida das três crianças. “Foi um crime pelo menos tão grave quanto o da pedofilia”, considera o Padre Mário autor do livro “Fátima Nunca Mais”, onde apresenta provas que desmentem as aparições de Fátima. Tudo não passou de uma grande farsa do Vaticano em conluio com a igreja de Portugal, para prender as pessoas à fé catolica no momento em que a igreja estava em baixa de fiéis, mesmo que tudo isso custasse a vida de pessoas inocentes. O seu interesse de enriquecer os cofres da igreja era maior que o amor pela vida das pessoas. Esta “montagem”, fez com que Fátima seja hoje uma “galinha de ovos de ouro para a Igreja”, “Fátima é uma empresa que dá muito dinheiro à Igreja em Portugal e ao Vaticano”. _____________________________ Usaram crianças inocentes para mentirem sobre a aparição de alguma coisa que eles nunca haviam visto, e que após a grande farsa, trancafiaram as crianças para que não [voltassem atras] descobrissem a mentira imposta a elas pela igreja, porque o fato já tinha ganhado terreno e isso levaria muitos devotos a fazer caminhada em busca das promessas de Fátima. O fato é que o trancafiamento [prisão incomunicavel] e abandono das crinanças em conventos portugues custou a vida de duas delas, Pois os horrores que elas ali viveram lhes trosseram vários problemas de saúde, opressão, depressão e medo. Em consequencia disso Francisco morreu em 1919 por problemas respiratórios [pneumonia] com apenas 11 anos de idade. Jacinta faleceu no ano seguinte aos 9 anos do mesmo problema. Lúcia continuou reclusa e incomunicável. _____________________________ Mas o mais importante para a igreja perdura até nossos dias, Fatima hoje é uma empresa que arrecada a cada dia mais dinheiro que qualquer outra empresa portuguesa, tudo em razão das mentiras impostas pela igreja e que ela mesmo não tem interesse em se auto-desmascarar, pois se assim fizer empobrecerá tanto ela quanto o Vaticano. _____________________________ Bento XVI sabe, enquanto teólogo, que as aparições de Fátima nunca existiram. A tese é defendida pelo Padre da Lixa, Mário de Oliveira, que disse ao site portugues SAPO que não vai acompanhar a visita do Papa a Portugal em virtude de continuar defendendo essa mentira. _____________________________ Hoje está mais que provado que INFERNO, com diabo e tormento eterno nunca existiu na bíblia. Maria ameaca as criancas com visões do INFERNO com todo o tipo de tormentos. Esta é a prova de que N. S. de Fátima é uma fraude porque INFERNO na bíblia sempre significou SEPULTURA. ABurke _____________________________ Para saber mais sobre INFERNO, veja o link: http://anpekla.com/2013/07/13/tudo-o-que-precisamos-saber-sobre-o-inferno-biblico/ http://assessoriadedireito.wordpress.com/2012/10/24/mentiras-sobre-a-aparicao-de-n-sra-de-fatima-em-portugal-padre-conta-tudo/