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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, abril 27, 2014

A bravata chantagista de Datena


Fanfarrão
Fanfarrão
Circula na internet um vídeo em que Datena declara solidariedade a Sheherazade e desafia, numa bravata assombrosa, o governo a mexer na publicidade que coloca em seu programa na Band.
É um vídeo que mostra o absurdo que Datena é e a situação ainda mais absurda que cerca as bilionárias verbas publicitárias do governo.
Primeiro, há na fanfarronice de Datena uma chantagem, uma intimidação. “Não mexam em mim”, ele está dizendo, na verdade.
Há também uma enorme petulância. Ele fala no direito de Sheherazade de ter suas opiniões – como se o incitamento ao crime fosse aceitável.
Mas e o direito de anunciar onde se queira: não existe? Todo anunciante – público ou privado – examina onde vai parar o dinheiro que coloca em publicidade.
Se o objeto do dinheiro vira um embaraço, como Sheherazade (ou Datena mesmo), o caminho natural para todo anunciante é rever seu investimento.
Tiger Woods perdeu seus patrocinadores depois que eclodiu o escândalo de seus adultérios em série. Mais recentemente, Pistorius viu baterem em retirada seus patrocinadores, depois da morte de sua namorada.
O episódio de Sheherazade deveria propiciar uma discussão ampla. Faz sentido o governo investir tanto dinheiro em publicidade?
Em sociedades mais avançadas, os anúncios essencialmente se restringem a serviços de utilidade pública. Uma campanha de vacinação, por exemplo. Ou uma que estimule os cidadãos a se alimentarem melhor, com mais frutas e verduras.
No Brasil, a publicidade oficial – federal, estadual e municipal – vai muito além.
É uma coisa perniciosa. Historicamente, o dinheiro (público) da propaganda governamental foi usado para carrear recursos para as empresas de mídia.
O resultado disso foi que os donos das empresas jornalísticas ficaram riquíssimos.
Era uma vergonha tão grande que, num momento em que todos os anunciantes obtinham descontos formidáveis sobre os preços de tabela de empresas como Globo e Abril, o governo continuava a pagar o valor integral.
Empresas que à luz do sol viviam denunciando em seus jornais e revistas o “mau trato” do dinheiro público enchiam descaradamente seus cofres, na sombra, com recursos do contribuinte.
Anúncios do governo eram usados também para facilitar a vida de empresas endividadas. No começo dos anos 1980, o falido Jornal do Brasil vivia repleto de anúncios do Banco do Brasil. Era a forma como o jornal “pagava” dívidas.
É evidente que a sociedade se beneficiaria amplamente se uma boa fatia do dinheiro público posto em publicidade se destinasse a projetos sociais.
A Band, de Datena, recebe do governo federal cerca de 100 milhões de reais por ano. Qual o benefício para a sociedade deste dinheiro todo?
Para a família Saad, é uma beleza. São riquíssimos.
Para nosotros, a história é outra.
Que programa da Band você pode dizer que contribui para que o Brasil melhore?
Veja Datena, por exemplo.
Com seus parcos 3 pontos de Ibope, ele é a personificação do mundo cão. Ele semeia medo pânico entre seus espectadores. A cidade, segundo Datena, é um inferno, e os bandidos têm que ser exterminados.
É a mesma pregação de Sheherazade por outras palavras. Bandido bom é bandido morto.
No vídeo em que insulta o governo, ele diz que se tirarem publicidade não faz diferença porque já está ferrado, ou na lona, ou coisa que o valha.
Ora. Para explorar abjetamente uma audiência que ele mantém nas trevas e na ignorância, Datena levanta mensalmente uma quantia calculada em 1 milhão de reais.
Como os pastores evangélicos, fala a pobres, mas enriquece com isso.
Temos eleições em 2014, e é triste não ver nenhum candidato trazer novas ideias em relação ao dinheiro público torrado em propaganda.

Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
*GorettiBussolo 

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 Jovem suspeito de furto é amarrado de cueca a poste e açoitado com fios de energia elétrica. Para advogado, é necessário investigar origem do comportamento. “Tem vários programas sensacionalistas do final da tarde que incitam e fazem apologia a essa violência”


Uma jornalista da Rede Globo foi flagrada tendo um ataque de raiva durante gravação em Copacabana e foi rechaçada por populares

Pragmatismo Político
Na tarde de ontem, os jovens Edilson da Silva e Douglas Rafael foram enterrados no cemitério São João Batista, zona sul do Rio. Eles foram mortos a tiros no Morro do Cantagalo entre a noite do dia 21 e a manhã do dia 22 de abril. Moradores acusaram PMs da UPP pelos assassinatos. A mãe de Douglas, a técnica em enfermagem Maria de Fátima questionou a presença ostensiva da Tropa de Choque da PM no enterro de seu filho e do jovem Edilson.
Nas ruas de Copacabana, a equipe da Rede Globo foi rechaçada por populares. Uma jornalista da emissora foi flagrada tendo um ataque de raiva (vídeo abaixo).
Na noite do dia 22, moradores também protestaram e foram respondidos com tiros de munição letal. Até então, somente o jovem Douglas, conhecido como DG, havia sido morto. Na repressão ao protesto, Edilson foi baleado na barriga e morreu a caminho do Hospital Miguel Couto. Dessa vez, apesar da chuva e do clima de revolta, o protesto seguiu pacífico até o Cantagalo, quando PMs da UPP, rechaçados pelas massas, atacaram com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.


*amoralnato

A ILUSÃO MEXICANA.

A AFIADA DOUTRINA DO TIO SAM




COMÉRCIO EXTERIOR - A ILUSÃO MEXICANA.

A cada dia surgem novas evidencias e informações que desmontam o mito do México como paradigma de progresso e modernidade na América Latina, e de um exemplo e modelo de corte neoliberal para o desenvolvimento de outros países da região.


Não bastasse a revelação de que quatro em cada dez mexicanos estão passando fome,  de que não existe sequer seguro desemprego no país, e de que cerca de 60% da população sobrevive na informalidade, sem direito a vale alimentação ou aposentadoria, por exemplo, cai agora por terra a posição do país como grande potência exportadora.
Um estudo recente, publicado na Revista  Paradigmas, editada por um conjunto de universidades mexicanas, com o título de “quão mexicanas são as exportações mexicanas”, mostra que, de 1987 a 2011, as exportações cresceram até chegar a quase um terço do PIB, mas ao mesmo tempo, a produção per capita, segundo o Banco  Mundial, ficou em apenas 2% ao ano.
A causa dessa dicotomia, que faz com que as exportações tenham crescido muito mais do que a produção - e com que persista a pobreza - seria, justamente, o baixíssimo nível de conteúdo nacional nas exportações mexicanas.

Usando dados sobre a relação insumo-produto desenvolvida pelo economista Marcel Timmer, os autores - mexicanos - do estudo, separaram os cinco setores de maior vocação exportadora do México, Brasil, Coréia do Sul e China, e se debruçaram sobre o conteúdo nacional da produção enviada por eles enviados para o exterior.
A conclusão, ao final do trabalho, foi a de que, excluídas as atividades de extração de recursos naturais ou o processamento básico desses recursos, o maiores setores exportadores da economia mexicana são justamente aqueles que apresentam menor conteúdo nacional.
Enquanto no Brasil e na China o conteúdo nacional dos cinco maiores setores exportadores é de aproximadamente 90%, e na Coréia do Sul é de 80%, no México ele não passa de 60%.
Por essa razão, quando as exportações  crescem, no México, seu impacto na utilização de insumos nacionais e no salário da população é mínimo e muito menor do que ocorre no Brasil e na China.
No México, existe um divórcio, um forte desacoplamento entre o setor exportador e o resto da economia, o que faz com que nem os empresários, nem os trabalhadores locais se beneficiem da “abertura” do país para o exterior.

Isso confirma o que qualquer observador com um pouco de bom senso já sabia. O setor exportador mexicano funciona como  um enclave dentro da economia local. E se beneficia de seus baixos salários e da localização geográfica das “maquiladoras”, para fazer uma breve parada, a caminho do mercado dos Estados Unidos.
O dinheiro não fica no México, já que, ao contrário do Brasil, a maioria dos setores de maior potencial exportador são de capital estrangeiro, e os lucros, assim como o suor dos trabalhadores, vão, em sua quase totalidade, para o exterior.

por Mauro Santayana no Jornal do Brasil

ESCULHAMBAÇÃO JURÍDICA - MP ARQUIVA AÇÃO DE "ENGAVETADOR" DA ALSTOM



OS  MOTIVOS DA INDIFERENÇA DESTE INCOMPETENTE PRECISAM SER MELHOR EXPLICADOS PARA O MUNDO!.

Corregedor-geral da instituição, Hindemburgo Chateaubriand, entendeu que "não houve falta 
funcional" do procurador da República Rodrigo de Grandis, que deixou parado por quase três anos pedido oficial de cooperação jurídica do governo da Suíça sobre o caso Alstom; a investigação criminosamente arquivada apurava o envolvimento dos consultores Arthur Teixeira, Sérgio Teixeira e José Amaro Pinto Ramos no pagamento de propinas a José Zaniboni, ex-diretor da empresa de trens metropolitanos do estado de São Paulo, a CPTM

247 - O Ministério Público Federal arquivou a investigação do procurador da República Rodrigo de Grandis por engavetar por quase três anos pedido de cooperação jurídica da Suíça sobre o caso Alstom.
Segundo o corregedor-geral da instituição, Hindemburgo Chateaubriand, não houve falta funcional do procurador, segundo autoridades da Suíça, prazo não teria causado prejuízos à investigação. 
O caso segue sob apuração do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).
A investigação arquivada na Suíça apurava o envolvimento dos consultores Arthur Teixeira, Sérgio Teixeira e José Amaro Pinto Ramos no pagamento de propinas a José Zaniboni, ex-diretor da empresa de trens metropolitanos do estado de São Paulo, a CPTM. As acusações são de pagamento de US$ 836 mil. Grandis alegou em outubro de 2013 que gabinete cometeu uma "falha administrativa".

NO GOVERNO ALCKMIN, EM VEZ DE 'MAIS MÉDICOS', É DESCOBERTO O 'MAIS CORRUPÇÃO NOS HOSPITAIS'


Foto: Alckmin e sua Secretaria de dos Direitos da Pessoa com Deficiência Linamara Rizzo Battistella.

"MAIS MÉDICOS FANTASMAS"

A Rede de Hospitais Lucy Montoro para reabilitação do governo de São Paulo virou novo foco de corrupção no governo Alckmin.

Auditoria feita por funcionários da Secretaria de Fazenda visitou unidades da rede e flagrou funcionários fantasmas, fraudes e nepotismo.

De 64 médicos que deveriam trabalhar em cinco unidades na capital, foram encontrados 18. Na unidade do Morumbi (zona oeste), havia 7 dos 28 médicos previstos.

A carga horária de médicos contratados também é suspeita, por ser excessiva. Uma fisiatra tem jornada de 78 horas semanais, considerando seu trabalho na rede e em outros hospitais. Ela teria que trabalhar 13 horas por dia, seis dias por semana, sem considerar os deslocamentos entre os locais de trabalho.

MAIS CORRUPÇÃO, MAIS FRAUDES E MAIS NEPOTISMO
A investigação questiona ainda a falta de prestação de contas e falta de cotação de preços para contratações. Uma mesma empresa sempre é contrata para fazer obras em concorrência.

A secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência do governo Alckmin, Linamara Rizzo Battistella, uma das responsáveis pela gestão da Rede, é suspeita de nepotismo e outras irregularidades.

Na auditoria, os técnicos citam a atuação de Maysa Rizzo, irmã da secretária e apontada pelos auditores como sua interlocutora na rede.

Nas prestações de contas, foram detectados pagamentos de diárias de hotéis em seu nome, apesar de Maysa não ter cargo oficial na rede nem na secretaria.

Entre outubro e dezembro de 2012, a secretaria da Pessoa com Deficiência pôs à disposição de Maysa um dos carros de sua frota oficial, um Meriva placa ERH-1691, segundo os auditores.

Também há uma emissão de passagem aérea para Porto Alegre em seu nome, entre 28 e 29 de dezembro de 2012.

O relatório reproduz e-mails -enviados a partir do endereço "maysa.cortinas@redelucymontoro.org.br"- em que ela fala em nome da rede.

A jornais do interior, Maysa deu entrevistas se apresentando como funcionária do órgão ou assessora do gabinete da secretária -sua irmã.

A legislação impede a contratação e atuação de parentes no serviço público.

#ForaAlckmin #ForaTucanos #NãoVaiTerAlckmin

Globo entra na justiça contra a exibição deste vídeo

Trensalão Tucano: Promotoria da Suíça encontra conta “Neves”, e agora?

Trensalão Tucano: Promotoria da Suíça encontra conta “Neves”, e agora?
Começa a fazer sentido o que para a classe política foi surpresa: a irritação e o tom utilizado pelo Senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao esbravejar contra o Ministro da Justiça por ele ter enviado para Polícia Federal, a denúncia que recebera sobre as investigações da promotoria da Suíça, em relação ao esquema de corrupção montado pela multinacional Alstom com os tucanos.
Como já noticiado pelo Novo Jornal, as investigações ocorridas na Suíça não se restringiam apenas a área de transporte, estendendo-se também à área de energia, como agora está comprovado.
Documentos auditados na Suíça pela empresa KPMG Fides Peat mostram que ultrapassa US$ 31 milhões o montante destinado pela Alstom à contas offshore, localizadas em paraísos fiscais e que foram usadas para pagar suborno aos políticos em quatro países, dos quais a maior parte foi destinada ao governo de São Paulo, na gestão do Geraldo Alckmin, para obtenção de contratos com estatais. A multinacional também enviou parte desses dólares para Cingapura, Indonésia e Venezuela.
Um memorando da Cegelec - empresa comprada pela Alstom - datado de 21 de outubro de 1997, menciona um certo "Claudio Mendes" como sendo "um intermediário do G. (governo) de São Paulo", relacionando-o a um pagamento de R$ 8,25 milhões em propina para a obtenção de um contrato no valor de R$ 110 milhões com a Eletropaulo. O Ministério Público ouviu o sociólogo Claudio Luiz Petrechen Mendes, atuante na área de energia, como o possível suspeito de ser o "Claudio Mendes", intermediário que aparece nas investigações.
Terceiro nome revelado
Um terceiro personagem teria intermediado as negociações entre a Alstom e o governo do PSDB de São Paulo no final da década de 1990. Identificado apenas como "Neves", seu nome consta em comunicado apreendido pela promotoria da Suíça, escrito em 23 de setembro de 1997. O manuscrito trata da extensão dos 12 meses de contrato com a Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica (EPTE) - e refere-se ao aditivo 10 presente no contrato Gisel - para fornecimento de equipamentos às subestações Aclimação e Miguel Reale, no Cambuci.
Neste manuscrito, ao lado do nome Neves aparecem "8,5%", que os investigadores acreditam ser o percentual que essa pessoa teria recebido para fazer a intermediação. Ao lado do número também consta a palavra "fait" ( traduzido para o português: feito). Logo abaixo está o nome Splendor, com 1% e a rubrica "fait"e na sequência, a sigla C.M. com 7%, sem a rubrica de "fait". No primeiro comunicado entre os diretores da Cegelec discute-se o percentual que C.M. teria que receber. A sigla é revelada mais adiante como Cláudio Mendes, que deveria receber 7% de "remuneração". No corpo do texto é explicada a função do mesmo como um intermediário com o governo de São Paulo.
A soma dos percentuais pagos a “Neves", Splendor e Cláudio Mendes chega a 16,5% do valor total do aditivo em questão, algo em torno de R$ 100 milhões. E, em um segundo bilhete, datado de 21 de outubro de 1997, entre André Botto e Bernard Metz, outro executivo da Cegelec, discute-se a remuneração que seria destinada às finanças do PSDB, partido no poder na época ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e à Secretaria de Estado de Energia do Estado de São Paulo.
Os investigadores acreditam ter identificado três dos códigos: "RM" seria Robson Marinho, ex-secretário da Casa Civil do governo Covas e atual conselheiro do TCE. "CM" seria o sociólogo e empresário Claudio Luiz Petrechen Mendes, que atuou como lobista desde 1980 até 2004, e "Splendor" é uma das seis offshores (empresas de fachada instaladas em paraísos fiscais no exterior) usadas para os pagamentos de propina pela Alstom.
A corrupção estaria relacionada a um contrato de R$ 101 milhões da Eletropaulo, a antiga estatal de energia, privatizada em 1998. Os investigadores acreditam que "Neves" era uma pessoa que transformava o suborno da Alstom em "caixa de campanha do PSDB em outro Estado". Os investigadores acreditam que elucidarão o código "Neves" quando destrincharem o envolvimento do vereador paulistano Tião Farias (PSDB) com o episódio. Farias foi um dos assessores mais próximos de Mário Covas, e foi secretário-adjunto de Robson Marinho na Casa Civil.
Um ex-funcionário do setor de finanças da Alstom no Brasil disse ao jornal “O Estado de S. Paulo” que a "remuneração" (suborno) a "consultores" e "intermediários" nos contratos com o Governo do Estado de São Paulo podia chegar a 30% do valor total de uma obra. Essa pessoa - que não quis se identificar publicamente - disse que o suborno era repassado pelas empresas subcontratadas.
http://www.novojornal.com/politica/noticia/alstom-promotoria-da-suica-encontra-conta-neves-e-agora-03-12-2013.html