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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, novembro 29, 2014

Judeus brasileiros iniciam movimento para que Estado Palestino seja reconhecido

Enviado por Sérgio Storch
Uma onda dissidente na comunidade judaica brasileira vem acumulando forças, e se articulando com setores importantes no movimento dentro de Israel pelo fim da ocupação. Às vésperas do Dia Mundial de Solidariedade ao Povo Palestino,  judeus brasileiros que incluem lideranças de vários grupos juvenis e dezenas de intelectuais, artistas e profissionais liberais de 7 das maiores cidades brasileiras, e também pessoas residentes na Austrália, Israel e Turquia, divulgam uma carta de apoio a iniciativa de 660 israelenses, que pedem a parlamentares da União Europeia para atuarem para que seus países reconheçam o Estado Palestino.
O movimento responde também à tensão derivada de ações do governo Netanyahu com provocações aos palestinos na questão de acesso aos lugares sagrados, e com um projeto de lei submetido ao Knesset (Parlamento), que pretende instituir oficialmente a discriminação a não-judeus.
Diferente de iniciativas pontuais anteriores, desta vez a campanha prosseguirá acumulando força para catalisar outras iniciativas na Diáspora que fortaleçam os setores em Israel que resistem à direitização e ao racismo crescentes na sociedade israelense. A expectativa dos organizadores (rede JUPROG - Judeus Progressistas) é alcançar 1000 assinaturas qualificadas em 60 dias (120 foram obtidas em 10 dias, e agora se inicia um processo multiplicativo pelas redes sociais).

Esse movimento ocorre num contexto em que até nos Estados Unidos, que tem a maior comunidade judaica fora de Israel, com população quase equivalente, já se produziram rupturas no coração do establishment judaico (*).
A carta aberta (com versão em inglês para ser utilizada em Israel e outros países) encontra-se neste link: http://bit.ly/1BYsbVt, onde está linkada a página com assinaturas até 27/11.
(*) Henry Siegman, Leading Voice of U.S. Jewry, on Gaza: "A Slaughter of Innocents" | Democracy Now! - líder do American Jewish Congress - http://bit.ly/1wyv474
*CGN

Dilma aos movimentos sociais: "Quero diálogo construtivo e continuado"


A presidenta Dilma Rousseff participou da abertura da 3ª Conferência Nacional de Economia Solidária, nesta quinta-feira (27), e em seu discurso reafirmou o compromisso de amplo diálogo com os representantes da sociedade civil. 


Agência Brasil
Dilma reafirmou que o seu compromisso é “continuar fazendo mudanças”.Dilma reafirmou que o seu compromisso é “continuar fazendo mudanças”.
Dirigindo-se aos participantes da conferência, mas num recado a todos os movimentos sociais, Dilma afirmou que recebeu novomandato para “continuar fazendo mudanças” e priorizando a relação com o setor da economia solidária.

Dilma enumerou vários compromissos de seu segundo mandato como a inclusão social, emprego, acesso à educação, garantia deempregos, estabilidade política e econômica, investimento em infraestrutura e na modernização do país e elevação da renda do povo brasileiro.


“Nos próximos quatro anos, vou estabelecer, de forma sistemática, diálogo construtivo e continuado com vocês. Vamos fortalecer ainda maisempreendimentos solidários em todo o país. Vamos aprimorar mecanismos de oferta de crédito para sempre e vamos dar novos passos na regulação da economia solidária, garantindo a ela mais sustentabilidade e estabilidade”, prometeu a presidenta, declarando, ainda, que vai avançar na assistência técnica, já que a economia solidária é capaz de demonstrar a “melhor gestão compartilhada possível”.

A presidenta pediu empenho dos movimentos sociais para definir uma agenda propositiva para o novo governo. Dilma quer “construir junto” um caminho prioritário com foco na economia solidária, cidadania e processos democráticos de participação popular: “Eu quero que a voz de vocês apareça nas contribuições que vocês vão me enviar”.

Capacidade de superação do povo

Citando ações promovidas pelo governo federal nos últimos anos, no sentido de institucionalizar a economia solidária como uma política de Estado, Dilma afirmou que o compromisso com a criação de oportunidades será mantido. “Sabemos que muitas pessoas no Brasil em algum momento do passado diziam que pobres eram pobres porque queriam ser pobres, porque tinham preguiça e não porque pobres eram pobres através de um processo de exclusão que começa com a escravidão. Eu acho que nós temos sempre de afirmar que o compromisso é criar oportunidades e de forma muito simples abrir portas, é esse o nosso compromisso e sabemos que o povo brasileiro tem uma imensa capacidade de agarrar com as duas mãos as oportunidades e por esforço próprio. Com apoio da família e com portas abertas nós teremos um Brasil muito melhor”, afirmou.

A regulação da economia solidária será uma prioridade da presidenta no seu segundo mandato. De acordo com Dilma, esses empreendimentos fazem parte da estratégia de inclusão social, um dos pilares de seu governo. “Nós vamos fortalecer ainda mais os empreendimentos solidários em todo o país. Vamos aprimorar os mecanismos de oferta de crédito para os empreendimentos solidários, e vamos dar novos passos na regulação da economia solidária garantindo a ela maior estabilidade e mais sustentabilidade”, garantiu a presidenta.

A 3ª Conferência Nacional de Economia Solidária conta com 1.600 delegados e é resultado de debates realizados, ao longo deste ano, em várias conferências municipais e estaduais e encontros nacionais com mais de 20 mil participantes. Metade dos delegados é composta por trabalhadores e trabalhadoras de empreendimentos nascidos sob a lógica da economia solidária, associações e cooperativas. Neste ano, cerca de 65% dos participantes eram mulheres.

Na abertura do evento, também estiveram presentes o ministro do Trabalho, Manoel Dias, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, e o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

Fonte: Agência Brasil, alterado às 11h10 para inclusão de informações

*Vermelho

(O velho amigo)

casaco
Como um velho casaco jeans assim vivia…
…Já conformado, marcado pelo tempo, esquecido de si mesmo, ali morava ele dentro da caixa, sem a memória real do seu valor. Ali ouvia histórias da vida, lembrava momentos, carregava no seu cheiro de guardado segredos e confissões, não havia nele novidades para contar; a vida o fez assim jogado, esquecido de sonhar. Foi já tão amado, tanto amou, tanto viveu… Agora seu universo era apenas um armário, portas que se abriam, pessoas que nem o olhavam, por ele passavam sem lhe tocar…
Seria ingratidão assim pensar que foi esquecido? Ou, o seu valor mudara? e agora tantas outras coisas aconteciam… O que o fazia ali está esquecido, descartado? Foi companheiro de sonhos, deu tanta festa, doou muita euforia, via-se esquecido agora, dizia-se amarrotado, sem graça, um leve desbotar já anunciava que tudo era menos sem cor. Quem sabe no vai-e-vem das horas alguém poderia dele lembrar… Pura ilusão; descontentamento, e então…
Lamentos, recordação, muita saudade………..
Saudade da felicidade de crer no sonho, de ir em busca do novo acontecimento, e assim olhar na cara da covardia, sair do seu lugar SEGURO, colocar-se à prova do desconhecido…
É preciso recomeçar, pensava. Com muito medo quase morria no armário, na dor, todo perdido; vivia sem respirar… Até, que numa bela manhã, levado pelo descuido do seu destino, viu a fresta que o levaria para a sua liberdade, num gesto brusco e magoado sai da caixa; olhou em volta de si, há vida.
La fora, tudo é diferente… Mas nada é tão mudado que eu não possa retomar a minha já “suposta” (perdida felicidade). Fora do armário o dia tem outro cheiro, o Sol brilha e dá sentido à minha respiração, pulsa, remete, alerta-me a alma fraca quase doente…
Olhos atentos, nas mãos os sonhos, uma vontade imensa de sorrir, alguém, por favor, conte-lhe uma boa piada, faça-o voltar a sorrir, pois é urgente ter vida, perder esta poeira que o tempo deu-lhe como uma camada protetora e falsa.
Esteve tanto tempo renegado, renegando-se, perdendo-se da magnífica palavra: “LIBERDADE”, liberdade sim! De ver-se vivo, de ir ou ficar, e apenas por querer ser o que é, sem dar explicação, com a cabeça sobre os ombros, sair do esconderijo, as ervas daninhas dos seus caminhos já tão batidos do seu tempo… Um tempo que jogou fora com tamanha ignorância da tal felicidade (felicidade? Que palavra é esta que já não me é pão?) Pensava , chorava, gemia na sua nova busca de viver.
Nascera agora, passava pelo fogo da desilusão, para chegar ao frescor da aceitação do real (Realidade), palavra que a alguns assusta, pois ela trás consigo a pura flor, o direito de ser como ela se apresenta, sem pedir licença instala-se na vida , que por vezes lutamos em rejeitar
.Assim, e vestido de uma tentativa de reviver, saiu, abriu a porta, pegou o seu antigo jeans, deu-lhe umas batidas de saudação, pediu-lhe desculpas pelo abandono, sorriu para o velho amigo, e disse-lhe com um sorriso novo: “agora virás mais uma vez comigo, já não estaremos sós, direi e ouvirás, calarei e entenderás, pois nesta vida quem não precisa ter fora do armário um velho casaco jeans?” Limpou-lhe os cantos, arrumou, cheirou, vestiu e saiu buscando os novos caminhos.
Descobriu portas, janelas, e reviu tantos rumos…
…Foi correr de encontro a tudo que deixou no desencontro, jogou sobre os cansados ombros o velho companheiro e partiu, consciente da inércia em que vivera, olha-se no espelho, põe na mochila a coragem e segue com a força e a certeza de que é preciso trilhar esta estrada: VIDA, sem olhar para trás, sentir-se bem-aventurado e seguir na direção do horizonte que o espera.

sexta-feira, novembro 28, 2014

OS ENSINAMENTOS DA CAMPANHA DE DILMA



Luis Nassif
Ao terminar a campanha eleitoral, vários ASSESSORESde Dilma Rousseff garantiram que ela havia aprendido bastante com a campanha. Entendeu melhor a complexidade do país e, mais do que isso, o papel da Presidência - de articuladora política, de regente da orquestra, e não de gerente.
De fato, aprendeu bastante. Mas, em termos práticos, o que muda?. Dilma entendeu a importância de se escolher um Ministério de PESO. Depois, a importância de sair da gestão do dia a dia e atuar mais politicamente - isto é, relacionando-se  com os meios político, econômico e social.
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Esses assessores apenas não garantiam se a Presidente mudaria tanto seu estilo, a ponto de abrir a discussão das políticas públicas à sociedade civil e deixar de lado as decisões autocráticas.
Mas - lembravam - tendo uma equipe de PESO dando forma, conteúdo e cronograma às suas propostas, haveria sensível diminuição da ansiedade de Dilma e, por conseqüência, do seu voluntarismo.
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Os primeiros movimentos do segundo governo são encorajadores. Foi precisa a forma COMO indicou os Ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa. Ambos assumem com o compromisso de um ajuste fiscal gradativo. Ou seja, Dilma reconheceu a necessidade de um ajuste mas, fiel ao que defendeu na campanha, fugiu das soluções extremadas. Colocar um ortodoxo para gerenciar um ajuste fiscal não-radical é a melhor combinação custo-benefício.
Os demais movimentos seguem uma lógica político-administrativa. Deverá indicar a polêmica líder ruralista Katia Abreu para a Agricultura e Armando Monteiro para o Desenvolvimento, e terá que dar a contrapartida aos movimentos sociais. Ontem, recebeu no Palácio frei Betto e Leonardo Boff, a quem garantiu que trabalhará pessoalmente na recomposição de laços com os movimentos sociais. Mais tarde, em uma solenidade com movimentos sociais, reforçou o compromisso com a inclusão, a melhoria de renda e o não sacrifício dos trabalhadores.
***
Indo nessa direção, o futuro Ministério refletirá a diversidade de forças sociais e econômicas do país, trazendo uma enorme lufada de ar fresco ao seu governo.Resta saber como tratará as seguintes questões: os modelos de participação social.
Há uma enorme variedade de fóruns de participação que perderam expressão nos últimos anos: o CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), os fóruns de produtividade da ABDI (Agência Brasileira para o Desenvolvimento INDUSTRIAL), os conselhos e conferências sociais.Não se sabe como pretenderá agir já que, por incompatibilidade de gênios, perdeu o melhor condutor dessas políticas, Gilberto Carvalho.
2. As políticas integradas de infraestrutura.
Os investimentos em infraestrutura tem potencial para relançar a próxima etapa de crescimento do país.
Mas demandam uma preparação cuidadosa, para identificar os principais obstáculos, resolvê-los, montar estratégias para atração de capital privado nacional e internacional, para fortalecer as médias empreiteiras e até para montar um +Engenheiros, aproveitando a enorme capacidade ociosa na Europa.
Esse trabalho estava sendo conduzido por Bernardo Figueiredo, na EPL (Empresa de Planejamento e Logística). Saiu por incompatibilidade de gênios. É importante dar continuidade.
3. As estrategias jurídicas-políticas
É evidente a fragilidade institucional no governo junto ao Judiciário, Polícia Federal e Ministério. Em um ambiente de turbulência institucional, Ministro da Justiça é figura mais relevante que o próprio Ministro da Fazenda.
A Presidente terá dois desafios: nomear um Ministro da Justiça com PESO, como foi Márcio Thomas Bastos, capaz de recuperar o profissionalismo da Polícia Federal, dialogar com os tribunais.
E, também, indicar Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) com luz própria e suficiente respeitabilidade e caráter para resistir às pressões dos grupos de mídia.

Pros Amigos TUDO, Até o Talo!


Contas de campanha de Dilma e Aécio recebem tratamento diferente no TSE


   
Quem não acredita que exista alguma coisa esquisita rolando no Tribunal Superior Eleitoral, acaba de ganhar uma boa razão para se juntar aos desconfiados.
No início da noite da última terça-feira (25), o jornalista Fernando Rodrigues divulgou em seu blog que “O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal e também do Tribunal Superior Eleitoral, determinou (…) que sejam digitalizados todos os recibos e comprovantes das prestações de contas de campanha do PT e de Dilma Rousseff na disputa presidencial”.
As prestações de contas de todos os candidatos já figuram no SITE do TSE. Pelo sistema eletrônico, pode-se acessar cada doação ou despesa dos candidatos a presidente ordenando a busca pelo CPF ou CNPJ do doador ou de quem recebeu pagamentos daquela campanha. Abaixo, imagem das páginas de prestação de contas de Dilma e de Aécio no site do TSE
Aécio
tse aécio


Dilma
tse dilma

A prestação de contas das campanhas de Dilma e Aécio foi divulgada na segunda-feira (25) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao todo, os dois candidatos gastaram R$ 570.050.970,85.
A campanha de Dilma gastou R$ 350.575.063,64 e recebeu doações de R$ 350.836.301,70. Os valores informados ao TSE mostram saldo positivo de R$ 261.238,06. O candidato do PSDB, por sua vez, gastou R$ 223.475.907,21 e arrecadou R$ 222.925.853,17. Um saldo negativo de R$ 550.054,04.
Os dois candidatos receberam doações dos bancos Bradesco e Itaú, da empresa Odebrecht Óleo e Gás S.A e das construtoras OAS e Andrade Gutierrez, dentre outros grupos econômicos.
As contas da campanha da presidenta Dilma estão sob a relatoria do ministro do STF Gilmar Mendes e as de Aécio sob a relatoria da ministra do TSE Maria Thereza de Assis Moura. Dilma deveria ter relatoria do TSE, mas uma manobra do presidente Dias Toffoli fez as contas dela irem para a mão de seu inimigo político Gilmar Mendes.
Mas há outras diferenças entre o tratamento do TSE aos dois candidatos.
1 – Gilmar Mendes determinou não a divulgação dos valores e CNPJs ou CPFs dos doadores e recebedores da campanha de Dilma, que já são públicos. Determinou digitalização dos comprovantes físicos de doações e despesas da candidata, o que inclui discriminação dessas despesas.
2 – Na semana passada, Gilmar Mendes já havia tomado uma outra decisão importante e que aumenta a diferença de tratamento do TSE às duas candidaturas: solicitou a ajuda de técnicos da Receita Federal, do Banco Central e do Tribunal de Contas da União para analisar as contas da presidente da República.
Nada disso foi feito em relação às contas de Aécio. Nem divulgação de comprovantes físicos de doações e despesas, nem pedido de fiscalização dessas contas aos órgãos de controle do sistema financeiro e das contas do governo federal.
Aliás, pedir a auditoria do órgão que controla o governo federal sugere que o inimigo político da presidente no Supremo a acusa de ter roubado o Erário para aplicar o produto do roubo na própria campanha eleitoral. Nada mais, nada menos. É como se a ministra relatora das contas de Aécio pedisse ao Senado que enviasse técnicos para analisar as contas de campanha dele.
As ações espetaculosas de Gilmar Mendes reforçam a teoria conspiratória de que está sendo preparada por ele rejeição parcial ou total das contas de campanha de Dilma, o que obrigará ao plenário do STF a julgar a presidente da República por suspeita de crime eleitoral.
Na melhor das hipóteses, o inimigo político de Dilma lhe causará um constrangimento. Contudo, se as denúncias que este blog apurou recentemente se confirmarem, na pior das hipóteses pode ocorrer um golpe “paraguaio” no órgão que arbitra as eleições no Brasil, pois com as contas reprovadas nem Dilma nem Michel Temer assumem.
No limite, haveria o risco de o segundo colocado na eleição presidencial assumir o governo do país no ano que vem, o que seria, talvez, um caso único na história da República. E, em termos práticos, um legítimo golpe de Estado disfarçado, pois as medidas acusatórias antes de qualquer apuração mostram essa predisposição golpista.

É impressionante como o isolacionismo diplomático dos Estados Unidos só é comparável ao seu intervencionismo bélico.

EUA votam na ONU contra o “combate à glorificação do nazismo”

Fernando Brito
Enquanto se multiplicam os protestos nos Estados Unidos contra a decisão do júri que livrou de julgamento o policial que matou o jovem  negro Michael Brown, que já levou mais de 400 pessoas à cadeia na cidade de  Ferguson, no estado sulista do Missouri, e em outras regiões dos Estados Unidos por protestar a diplomacia -acaba de marcar um “golaço” contra o racismo.
Gol contra, fique claro.
É que na sexta-feira a Assembléia Geral da ONU votou uma declaração “contrária à glorificação do nazismo e outras práticas que contribuem para alimentar formas contemporâneas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância”.
O resultado, claro, foi de aprovação esmagadora: 126 votos a favor e três contrários, com 50 abstenções.
Os três votos contrários?
Estados Unidos, Canadá (que sempre o acompanha) e o pequeno arquipélago de Palau, na Oceania, que se declarou “estado associado” aos EUA, embora 99% dos americanos nem saibam da existência daquelas ilhotas paradisíacas, que só viraram notícia por causa de um relatório que a apontou como maior consumidora de maconha per capita do mundo.
Para quem duvidar, está aqui a folha de votação, no site das Nações Unidas.
É bom saber, para quem duvidou da matéria da BBC de que por lá se pagam pensões a acusados de crimes de guerra na Alemanha.
É impressionante como o isolacionismo diplomático dos Estados Unidos só é comparável ao seu intervencionismo bélico.
Um país que deu milhares de vidas ao enfrentar a Alemanha nazista, que é presidido por um negro, que se constituiu com imigrantes do mundo inteiro  e que tem décadas de avanço em reconhecimento dos direitos de orientação sexual votar contra uma resolução destas?
É, nada para desagradar a cada vez mais forte direita interna e que atrapalhe o flerte com os movimentos neonazistas no Leste Europeu (Albânia, Bósnia, Bulgária, Ucrânia, República Checa, Eslovênia e Hungria, entre outros, se abstiveram).
Parece o PSDB com os “pró-ditadura” da Paulista.

“Se a gente não acreditar na força do povo brasileiro, a gente não tem mais nada pra acreditar” “O Brasil está maior do que seu sistema político”




“Se a gente não acreditar na força do povo brasileiro, a gente não tem mais nada pra acreditar”

“O Brasil está maior do que seu sistema político”

“O voto empodera”

“O fato da gente poder falar certas coisas, viver certas coisas…”

Dilma não quer mais
o monopólio da Globo

O Brasil está maduro para uma Ley de Medios
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"Eu acredito (a regulamentação dos meios de comunicação) é um dos temas do meu segundo governo"
Em entrevista a blogueiros sujos,  Dilma defendeu o cumprimento da Constituição Federal de 1988 em relação à regulamentação dos meios de comunicação no Brasil. Para ela, há uma demanda pela regulação do setor. “A Constituição diz que os meios de comunicação não podem ser objetos de monopólio e oligopólio. Eu acredito que a regulação tem uma base, que é a base econômica. Acho que é um ganho da sociedade a liberdade de expressão, e vocês, blogueiros, representam isso”, afirmou nesta sexta-feira (26), ao ser questionada por Miro Borges, do Blog do Miro. E continuou: “Todo mundo percebe que é um setor que tem que ser regulado”.

“Não é que eu não fiz nada. Ninguém regulou até hoje, mas está maduro para fazermos isso (a regulamentação.). Fica claro que as pessoas demandam”, ressaltou a Presidenta para quem, o Brasil, neste quesito, tem algumas vantagens diante a  outras democracias. “No Brasil tenta confundir regulação econômica com controle de conteúdo. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Não há bolivarianismo nisso. O país tem uma vantagem: temos uma ótima Constituição, que é moderna”.

Dilma ainda citou características do país para justificar a intenção. Aqui, existem duas coisas na regionalização: diversidade regional e cultural. “Além disso, a mídia é um grande negócio. Se for oligopolizada, ela não dará conta da diversidade cultural que temos”, ressaltou a petista, para completar: “É um setor como qualquer outro, tem que ser regulado.”

A Presidenta mencionou exemplos de outros países que enfrentaram o problema. “Regulou-se nos Estados Unidos e voltou a concentrar, por isso é preciso sempre estar atento. Eu acredito que esse é um dos temas do meu segundo governo”, finalizou Dilma sobre o tema.
Na sabatina, ela afirmou que o Brasil não pode vê-la como vítima nesse período eleitoral. Ela, sem citá-la, se referia à candidata adversária Marina Silva (PSB). “Não posso dar ao Brasil demonstração de que sou vítima. Tem pessoa que gosta de aparecer como vítima. Eu não gosto”, respondeu ao ser indagada sobre a eleição deste ano. “Eleição é briga de posições, é contrapor posição”.


Alisson Matos
, editor do Conversa Afiada.


Em tempo:
 Abaixo, outras frases da Presidenta:


Saúde pública:


“Nós temos no SUS a nossa maior conquista. Um sistema q é universal, gratuito e de qualidade”

“Justamente o partido dele (Serra) aprovou a queda da CPMF que era exatamente pra saúde”

“Nós aumentamos os recursos na saúde em 74%, apesar de não ter mais a CPMF” 

“Agora, e preciso admitir que o serviço público precisa melhorar”

“Hoje temos 1,8 médicos por 1000 habitantes”

“Nós temos um problema na atenção básica”

“Eu tenho um sistema gratuito, eu preciso ter gente na periferia” 

“Então nós atacamos a atenção básica, pq a tese é que você resolve 80% da saúde na atenção básica”

“Não fizemos o Mais Médicos por causa das manifestações de julho. O programa já estava em construção”

“Eu acredito que agora nós temos que atacar uma segunda instância” 

“Agora nós temos que resolver o problemas das especialidades”

“Tem deficiência de médico em atendimento básico, imagina de especialistas”

“Eu acho que ao mesmo tempo tem que ter uma política de hospital diferenciado”

“Há problema sério na gestão hospitalar e precisamos reconhecer isso pra mudarmos” 

“Também temos que lembrar que uma parte do setor privado é atendido no SUS” 

“Eu acredito que tem certas barreiras pra algumas gestões que são reais”

“Exemplo, contratação de laboratórios”



Reforma Política:


“Você tem vários instrumentos democráticos. Você tem o Congresso, a participação popular”

“Agora, o plebiscito empodera”

“É a força do povo brasileiro”
*PHA
*CibéliaPires