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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, dezembro 03, 2014

Piloto registra piscina com suástica no Vale do Itajaí

Piloto registra piscina com suástica no Vale do Itajaí

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Foto: divulgação
Não é cenário de filme nem a casa de Adolf Hitler na Áustria ou Alemanha. A foto curiosa foi feita nesta terça-feira entre Pomerode e Rio dos Cedros e mostra com clareza uma piscina com uma suástica no fundo.
O registro é do piloto do helicóptero da Polícia Civil de Florianópolis. Ele estava a bordo da aeronave que fazia as buscas pelos sequestradores do marido da gerente de uma agência bancária de Rio dos Cedros, ação que mobilizou também a Polícia Militar.
As fotos serão entregues ao Departamento Estadual de Investigação Criminal (Deic). Se cabe algum tipo de investigação ou não, o delegado vai decidir posteriormente.
*http://wp.clicrbs.com.br/pancho/2014/12/02/piloto-registra-piscina-com-suastica-no-vale-do-itajai/?topo=52%2C2%2C18%2C%2C159%2Ce159

percebi que lá no link maioria apoia a liberdade de expressão e de propriedade e condenam a idolatria de Che e Fidel fico aqui pensando se não podemos como nova era realmente abandonarmos ídolos falemos das ideologias aperfeiçoar idéias não manter símbolos mas criar novos

terça-feira, dezembro 02, 2014

Deuses e religiões têm realmente poder, o poder de transformar seres humanos em bárbaros, ignorantes e monstros.

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Gadhimai, a Deusa do Poder
Na religião hindu, Gadhimai é conhecida como a deusa do poder, levando seus devotos a praticarem o sacrifício animal como forma de atrair prosperidade.
Esta deusa, ou em nome desta deusa, animais são sacrificados aos milhares a cada cinco anos no sul do Nepal
Será que podemos nos dizer melhores e mais evoluídos do que estas pessoas que estão sacrificando animais acreditando ser a vontade de uma deusa e que esta vai trazer a eles prosperidade?
Sabemos que em toda a bíblia, no Velho e no Novo Testamento animais eram sacrificados aos milhares. O Deus de Israel, responsável por tanto sangue derramado foi adotado pelo cristianismo e o próprio Jesus NUNCA disse uma palavra contra sacrifícios de animais que eram realizados no Templo de Jerusalém.
Os cristãos seguem um Deus assassino e seu cúmplice Jesus Cristo e, se os seguem, é porque aprovam as barbáries cometidas.
Alguns exemplos de monstruosidades cometidas com a participação de Deus:
1 Reis 8:63
Para o sacrifício de paz e comunhão que ofereceu ao SENHOR, Salomão deu vinte e dois mil bois e cento e vinte mil ovelhas. Deste modo, o rei e todos os israelitas consagraram o Templo a Yahweh.
2 Crônicas 1:6
Foi lá que Salomão, na presença de Deus, subiu ao altar de bronze que estava junto à Tenda do Encontro da Congregação. E ofereceu mil holocaustos, sacrifícios totalmente queimados sobre o altar.
2 Crônicas 5:6
O rei Salomão e toda a comunidade de Israel, que se havia congregado a ele perante a Arca, sacrificaram tantas ovelhas e bois que nem era possível contar.
2 Crônicas 15:11
Naquele dia, ofereceram em sacrifício a Yahweh, o SENHOR, do despojo de guerra que haviam trazido, setecentos bois e sete mil ovelhas.
2 Crônicas 29:32,33
O número de vítimas, isto é, de sacrifícios oferecidos pela comunidade foi de setenta novilhos, cem carneiros e duzentos cordeiros, tudo isso em adoração e holocausto a Yahweh, o SENHOR.…
2 Crônicas 30:24
O próprio Ezequias, rei de Judá, forneceu mil novilhos e sete mil ovelhas e bodes à comunidade para os sacrifícios; e os chefes apresentaram mil novilhos e dez mil ovelhas diante da assembleia; e muitos sacerdotes se consagraram.
1 Reis 8:62,63
Então o rei e todo o Israel unido a ele ofereceram sacrifícios diante de Yahweh.…
1 Crônicas 29:21
No dia seguinte, prepararam e ofereceram sacrifícios diante de Yahweh e lhe apresentaram em holocausto mil novilhos, mil carneiros e mil cordeiros, acompanhados de libações, as ofertas derramadas, e muito outros sacrifícios, em favor de todo o povo de Israel.
Esdras 6:16,17
E os israelitas, entre eles os sacerdotes e os levitas, e o restante dos exilados celebraram com júbilo a dedicação desta Casa de Deus.…
Miquéias 6:7
Yahwehse agradaria com milhares de carneiros, com dez mil ribeiros de azeite? Devo oferecer meu primogênito, meu filho mais velho, fruto do meu corpo, como sacrifício para pagar os meus pecados e as minhas malignidades?
2 Crônicas 2:4
Eis que resolvi edificar uma Casa para o Nome de Yahweh, o SENHOR, meu Deus e consagrá-la para queimar incenso sagrado e aromático diante dele, apresentar continuamente o pão consagrado, da proposição, e oferecer os holocaustos da manhã e da tarde, nos sábados, nas luas novas e nas festas fixas de Yahweh nosso Deus. Isto é obrigação perpétua de Israel.
Deuses e religiões são para aqueles não conhecem a sua própria história e nem a si mesmos. Todos os doutrinadores dizem aos tolos que sabem a vontade de deus e seja lá que tolice for, passa a ser verdade na mente dos simplórios.




DESABAFO DE FRED CONTRA A GLOBO

Bolsa Dondoca , já provoca rombo de R$ 4 Bi nos cofres públicos

Alguns de vocês devem se lembrar da famosa entrevista da atriz Maitê Proença para o Estadão na época das eleições de 2010, na qual ela afirmou, com todas as letras, que gostaria que o machismo “salvasse” o país da então candidata petista Dilma Rousseff.
Enquanto isso, Maitê foi no jantar promovido pelo PSDB e posou de “engajada” tirando a roupa na ridícula campanha contra a usina de Belo Monte. O tempo, claro, foi implacável com a global e a História provou, mais uma vez, que o elitismo e o machismo de pessoas como a atriz perderam espaço no Brasil, com a vitória de Dilma nas urnas.
Até aí, nada de novo. O que pouca gente sabe (ou lembra) é que Maitê recebe desde 1989 uma pensão mensal vitalícia de “míseros” 13 mil reais. Motivo? Ser filha solteira de procurador de justiça falecido. Só isso mesmo: sem derramar uma gota de suor, sem produzir NADA para a sociedade brasileira, essa cavalgadura anencéfala chupinha uns vinte salários mínimos na altura de seus 55 anos de idade! Dá gosto saber que estamos do lado oposto a gente assim na política, não é mesmo? Diga-me com quem NÃO andas e te direi quem és…
Mas o pior, meus caros, ainda está por vir: Maitê é só a ponta do iceberg. Um sem fim de dondocas elitistas parasitam dos cofres públicos mais de quatro bilhões de reais todos os anos pelo simples fato de, à exemplo da atriz, permanecerem na condição de solteiras (ao menos “de fachada”) e serem filhas de funcionários públicos falecidos do alto escalão. Bilhões. Todos os anos. Dondocas na maioridade, com plena capacidade de labutar, que sempre tiveram do bom e do melhor na infância e adolescência. Quanta gente, no Brasil, deixaria de passar fome se essa quantia exorbitante fosse distribuída entre quem ganha menos?
O mais engraçado é que aquele seu amigo coxinha, que vive enchendo o saco com aquela falácia da “meritocracia”, repetindo ad nauseam que o governo precisa “ensinar a pescar” ao invés de investir em programas de redistribuição de renda para pobres, mas não dá UM PIO sobre essas filhinhas de papai (morto) que, em muitos casos, já eram ricas e ficaram ainda mais com essa mamata que não produz absolutamente nada de útil para o país. Bem diferente do Bolsa Família, que tira dezenas de milhões da miséria, aquece a economia e ajuda a aumentar o consumo de bens de primeira necessidade, como geladeira, fogão, etc.
*Aos doze anos, sua mãe foi assassinada pelo marido – pai de Maitê -, que era procurador de Justiça. Absolvido em dois julgamentos, com base na tese de legítima defesa da honra , cometeu suicídio em 1989.
Reprodução : Plantão Brasil

Esses encontros têm uma peculiaridade: esculhambam o PT e os trabalhistas.

GOVERNO FEDERAL PATROCINA CHAMPANHE E CAVIAR CONTRA DILMA




Dória  - o cara que também promove desfile de poodles com coleira de diamantes das dondocas-botox e granfinas paulistanas -  e o mesmo que toma champanhe e come caviar as custas dos impostos pagos por brasileiros pobres.

João Dória é um daqueles jenios da elite paulista – a pior do Brasil, segundo o Mino.
Ele inventou um produto fabuloso – ele apresenta ricos a políticos e políticos a ricos.
Fernando Henrique fila todas as boias.
Estiveram lá também na campanha eleitoral o Aécio, que será processado pelo PT, e o Eduardo 
Campos, que andava – com a Bláblá – em jatinhos sem dono.
Dória promove eventos para executivos se encontrarem com executivos para trocar emprego.
E as empresas deles é que pagam.
Uns jenios !
O Dória e os executivos !
Esses encontros têm uma peculiaridade: esculhambam o PT e os trabalhistas.
É uma convocação de tropas de combate.
Entre champagne morno e filé mignon duro eles se contorcem em cerimônias anti-trabalhistas.
Segundo o Estadão – outro em comatoso Estado –, no dia 8 de dezembro, no Palácio dos Bandeirantes 
(sic), sede do Governo tucano de São Paulo, haverá a entrega dos prêmios aos “Líderes 2014 do 
Brasil!”
É provável que sejam o Aécio Never, o Príncipe da Privataria, o Sergio Guerra (in absentia), o Padim 
Pade Cerra, o Ricardo Sergio de Oliveira, a filha do Cerra, o Delegado Itagiba, o Mesquita que 
empunhou a faixa sobre a Venezuela, o Otavinho Froes e outros luminares da elite local.
Até aí, tudo bem.
Paga quem quer.
Mas, tem um pequeno problema, amigo navegante.
O amigo navegante sabe de quem é o patrocínio ?
Surprise !, diria o Ataulfo, outro Líder !
Os patrocinadores são os Correios e o Sebrae !
Não bastasse o Governo Federal patrocinar o impeachment da Presidenta, mais essa !
Pagar a conta do champagne do João Dória.
Sem falar na Bolsa PiG !
Francamente …


Paulo Henrique Amorim

ESCÂNDALO! - A funcionária da Receita que sumiu com o processo de sonegação da Globo

Queimando arquivos



Esta é a terceira reportagem da série sobre o processo de sonegação fiscal da Globo. É parte de um projeto de crowdfunding do DCM.  As matérias anteriores estãoaqui. De onde veio isso, tem mais. 

Cristina
Cristina

Quando o processo da Globo desapareceu no posto da Receita Federal em Ipanema, no dia 2 de janeiro de 2007, o Leão teve que se mexer.
Uma sindicância interna pegou um bagrinho, a funcionária pública Cristina Maris Ribeiro da Silva, agente administrativa, o cargo mais modesto da carreira na Receita Federal.
Mas, ao identificar Cristina, topou com um esquema de fraude gigantesco. Por trás do bagrinho, estão tubarões do empresariado brasileiro.
Cristina era dona da senha que abre os portões da sonegação e fecha os olhos do Leão. Literalmente.
Retirar o processo da Globo dos escaninhos da Receita foi a ação mais ousada de Cristina. Mas o que a sindicância apurou é que ela tinha uma intensa atividade criminosa, contra os interesses do Fisco.
A sindicância se desdobrou em processos judiciais e Cristina soma, até agora, pelo menos sete condenações, uma delas na ação pelo desaparecimento do processo de sonegação da Globo.
Em praticamente todas as varas federais criminais do Rio de Janeiro, há pelo menos uma condenação com o nome de Cristina, todas ligadas ao Fisco, todas iniciadas depois do desaparecimento do processo da Globo.
Lendo um dos processos, descobre-se, pela informação de uma procuradora da república, que, depois das condenações, Cristina mudou o nome.
Quando flagrada dando sumiço no processo, ela se chamava Cristina Maris Meinick Ribeiro. Hoje, seus documentos trazem o nome Cristina Maris Ribeiro da Silva.
A mudança dificultou a pesquisa que realizei nos arquivos da Justiça Federal, mas, uma vez localizados os processos, o que se descortina é uma história que alguns poderiam entender como assombrosa.
Cristina já foi condenada por emissão de CPFs novos para pessoas com nome sujo na praça. Delito pequeno, comparado ao que fazia no Comprot, o sistema informatizado que registra os dados dos processos físicos em tramitação na Receita.
Ela não tinha poderes para criar novos processos, mas podia modificá-los.
Num processo em que um taxista carioca pedia isenção do IPI para  um carro novo, ela mudou os dados da ação. Tirou o nome do taxista, João Pereira da Silva, e colocou o da empresa Cor e Sabor Distribuidora de Alimentos Ltda.
Também alterou a natureza do processo. Em vez da isenção de IPI, passou a constar crédito tributário para a empresa.
A Cor e Sabor Distribuidora de Alimentos, que é a maior fornecedora de quentinhas para os presídios do Estado do Rio de Janeiro, obteve assim declaração de compensação tributária e, em consequência, a certidão negativa de débito, necessária para celebrar contratos com o poder público.
Depois de cinco anos, a homologação da compensação se torna automática, ainda que o processo físico nunca tenha existido, e as informações colocadas no sistema sejam fictícias.
Em outro processo, uma pequena empresa, a Ótica 21, pediu seu reenquadramento no Simples, mas, com a inserção de dados falsos, se transformou num caso de compensação tributária em favor da Cipa Industrial de Produtos alimentares Ltda., dona da marca Mabel.
O Ministério Público Federal denunciou o presidente da empresa, Sérgio Scodro, como mandante do crime e pediu sua prisão preventiva, depois que os oficiais não conseguiram localizá-lo para entregar uma intimação.
A Justiça negou a prisão e, mais tarde, retirou seu nome do processo, por entender que a ação de Cristina não tinha produzido os efeitos pretendidos.
cristina - globo 2

Não foi o que aconteceu no processo em que a Megadata, que faz parte do grupo Ibope, foi denunciada por crime semelhante.
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Até o presidente da empresa, Homero Frederico Icaza Figner, sócio da Carlos Augusto Montenegro, foi condenado.
Homero tem o prenome e um dos sobrenomes (Icaza) de um antigo consultor de pesquisas da Globo, o panamenho Homero Icaza Sanchez, conhecido como El Brujo, morto em 2011.
Em 2013, o outro Homero Icaza, também envolvido com o negócio das pesquisas, foi condenado, inclusive pelo artigo 171 (estelionato), juntamente com Cristina.
Porém, um habeas corpus trancou o andamento da ação e um despacho do Tribunal Regional Federal determinou a extinção da punibilidade.
O processo tramitou na Segunda Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
No Judiciário, as condenações dos empresários acusados de contratar os serviços de Cristina estão caindo uma a uma, por decisões de tribunais superiores. Já as condenações da ex-funcionária pública se acumulam.
Mas não se pode dizer que o Ministério Público Federal tenha deixado de ser rigoroso com os empresários.
Exceto num caso, o do sumiço do processo de sonegação da Globo.
Os proprietários da emissora nunca foram chamados a depor, e não houve tentativa para apurar o mandante (ou mandantes) do crime.
Lendo o processo, o que se vê é que ela agiu por conta própria, embora a cronologia indique uma ação coordenada para beneficiar a Globo.
No dia 16 de outubro de 2006, o auditor fiscal Alberto Sodré Zile conclui sua investigação e autuou a Globo em mais de 600 milhões de reais, incluindo juros e multa, por sonegar os impostos que deveriam ser pagos na aquisição dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002.
Ao mesmo tempo, ele assina uma representação para que o Ministério Público Federal denuncie os donos da emissora por crimes contra a ordem tributária.
Zile qualifica os responsáveis pelo que ele considera crimes. Dá nome, endereço e número de documento dos irmãos Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho.
No dia 7 de novembro, um advogado da emissora recebe cópia de todo o processo, com a notificação da multa e a representação para fins penais.
No dia 29 de novembro, a emissora apresenta recurso a uma instância superior da Receita.
Num texto de 53 páginas, a defesa da Globo tenta desqualificar o trabalho de Alberto Sodré Zile, mas os três auditores da Delegacia de Julgamento não concordam.
Rejeitam a apelação, no julgamento realizado em dia 21 de dezembro.
No dia 29 de dezembro, o processo volta para o posto da Receita em Ipanema para que, dali, siga para a execução, incluindo o envio para o Ministério Público Federal.
É uma sexta-feira, e Cristina está de férias.
Na terça-feira seguinte, 2 de janeiro, o primeiro dia útil depois da remessa do processo, a agente administrativa vai ao escritório, embora ainda estivesse em período de férias, e sai de lá com dois volumes mais o apenso que compõem o processo.
A Receita abre sindicância para apurar desaparecimento e chega até Cristina.
Com o fim da investigação de caráter administrativo, manda cópia ao Ministério Público, com a comunicação do crime. Os procuradores a republicam a denunciam.
Em janeiro de 2013, Cristina Maris Meinick Ribeiro é condenada.
Mas quem foi o mandante do crime que ela cometeu?
O processo não tem nenhuma indicação de mandante (ou mandantes), embora o maior beneficiário do crime seja amplamente conhecido, a Globo, que paralisou um processo que tinha endereço certo: o Ministério Público Federal.
Em seus depoimentos, Cristina negou que tenha subtraído o processo, apesar dos testemunhos contrários.
Chegou a dizer que nem se lembrava de ter estado no escritório.
Nos processos que Cristina responde por beneficiar sonegadores, o padrão de defesa é o mesmo: seus advogados apresentam receitas médicas, para dizer que ela tomava remédios psiquiátricos e que, se cometeu algum erro, foi “num momento de ausência”.
Os advogados alegam que a ex-funcionária teve síndrome de pânico, mas o laudo médico que juntaram num dos processos é de 2008, posterior à época do crime.
Seus advogados apresentaram extratos bancários para dizer que Cristina não teve vantagem financeira, e informaram que ela vivia “de favor” no apartamento da mãe.
Uma procuradora contestou as informações com o argumento de que o dinheiro poderia estar na conta de outras pessoas. E outras vantagens poderiam estar ocultas.
O apartamento que ela diz ser da mãe é na avenida Atlântica, um dos metros quadrados mais caros do Brasil, e vale, segundo corretores, mais de 4 milhões de reais.
A mãe de Cristina, Vilma Meinick Ribeiro, não é nenhuma milionária.
Em 1971, segundo uma publicação do Diário Oficial da União, era datilógrafa no Ministério da Fazenda.
Por coincidência, um posto equivalente ao que Cristina viria a ocupar na Receita Federal, órgão do Ministério da Fazenda, vinte anos mais tarde e no qual permaneceu por quase trinta anos, até perder o cargo em consequência de uma das sentenças condenatórias.
O apartamento na Avenida Atlântica, no Rio

O apartamento na Avenida Atlântica, no Rio


Eu estive lá e, como era de se esperar, não fui recebido.
Em seu Facebook, Cristina tem uma foto recente, em que aparece num restaurante segurando uma taça. Tem também uma foto de rosto e duas de um cachorrinho.
Apresenta-se como aposentada e não faz nenhuma indicação de que tenha pertencido aos quadros da Receita.
Quem mandou Cristina sumir com o processo de sonegação da Globo?
Algumas pistas podem ser encontradas em outros processos nos quais Cristina aparece e já foi condenada.
O advogado Darwin Reis Martin, que tem escritório de contabilidade e consultoria tributária no centro do Rio, é um nome recorrente nas ações.
Ele aparece em algumas denúncias do Ministério Público Federal como o advogado contratado por empresas que, mais tarde, acabariam se beneficiando da ação fraudulenta de Cristina.
Segundo as denúncias, o papel dele seria fazer mover a mão de Cristina no interior da Receita.
Em um dos casos, Darwin aparece como intermediário entre os empresários Arthur César Menezes Soares e Eliane Pereira Cavalcante, sócios do Grupo Facility.
Em agosto deste ano, Arthur e Eliane foram condenados por fraude no sistema da Receita Federal, juntamente com Cristina.
A condenação de Arthur pela fraude no sistema da Receita ainda não foi publicada no Diário Oficial, mas Arthur se tornou bastante conhecido no Rio de Janeiro depois que o jornal O Globo, em março de 2010, publicou reportagem de uma página em que o chama de Rei Arthur.
Segundo o texto, Rei Arthur, “amigo íntimo do governador Sérgio Cabral”, tinha os maiores contratos com a administração pública estadual, coisa de R$ 1,5 bilhão.
A matéria teve desdobramento, com a notícia de que deputados se movimentavam para criar uma CPI em razão da aparente ilegalidade no aditamento de contratos.
O jornalista Dácio Malta escreveu em seu blog, o “Alguém Me Disse”, que o assunto depois sumiu do noticiário e o jornal publicou uma carta do governo do Estado “maior que a reportagem”, para dizer que as acusações eram infundadas.
O deputado Anthony Garotinho, ex-governador do Rio, inimigo declarado da Globo, escreveu também que Rei Arthur era quem mais se beneficiava das denúncias veiculadas no Fantástico que execravam concorrentes do Grupo Facility, na mesma linha da série atual “Cadê o Dinheiro que Estava Aqui?”.
Essas publicações na internet que vinculam o Rei Arthur à TV Globo são anteriores à descoberta de que, de fato, ambos têm um nome comum na Receita Federal.
Num momento, Cristina Maris insere dados falsos no sistema para ajudar o Grupo Facility. Em outro momento, posterior, faz sumir o processo de sonegação da Globo.
Pode ser tudo coincidência, mas, no que diz respeito à Globo, a investigação parou na funcionária pública. Já o Rei Arthur teve seu nome lançado no rol dos culpados juntamente com o de Cristina.
A segunda instância pode derrubar, como tem feito em outros casos, mas hoje eles estão no mesmo barco, quer dizer, na mesma lista.
A ligação do nome de Cristina Meinick a uma das maiores empresas de comunicação do mundo não teria vindo a público não fosse o advogado Eduardo Goldenberg, carioca da Tijuca.
Ele publicou em sua conta no Twitter a informação de que o processo de sonegação havia desaparecido da Receita.
Goldenberg informou o número do processo e o nome de Cristina, que depois foram parar em blogs e sites da internet.
Não foi a primeira vez que Eduardo constrangeu a Globo.
No ano 2000, durante um festival de música da emissora, ele foi entrevistado ao vivo pela repórter Renata Ceribelli e gritou: “Faz um 12, Brizola!”
Eduardo Goldenberg conta que planejou a cena quando estava em casa, se arrumando para ir ao festival, quando soube que a apresentação de sua amiga Beth Carvalho havia sido vetada pela Globo.
“Ela faria o encerramento do festival, mas tinha começado o horário eleitoral na TV e Beth Carvalho cantava o jingle do ‘Velho’ (é assim que se refere a Brizola).”
A chance de ser entrevistado era uma em alguns milhares, mas, no intervalo da apresentação, Eduardo se viu diante da repórter, que perguntou o que ele achava do festival e estendeu o microfone.
“Faz um 12, Brizola!”.
“A Globo sempre ferrou o Brasil, e não me arrependo do que fiz”, afirma.
Iniciou-se assim uma amizade com Brizola, que quis conhecê-lo. Hoje, quando fala das vezes em que esteve com o ex-governador do Rio, se emociona.
Numa das últimas vezes, numa reunião de amigos, encontrou também Beth Carvalho.
“Foi a única vez que vi o Velho beber e ficar um pouco alterado. Ele até cantou”, recorda.
Brizola, acompanhado por violão, silenciou a todos com os versos “felicidade, foi-se embora e a saudade no meu peito ainda mora…”
Quando fala de como soube do processo da Globo, é um pouco vago. “Eu sabia que existia o processo e, como sou advogado, pesquisei”, afirma.
Eduardo deu outras notícias quentes em seu twitter. Anunciou, em primeira mão, que o senador Aécio Neves havia sido parado numa blitz da lei seca.
Também escreveu que Soninha Francine tinha parentes empregados no governo do Estado de São Paulo.
“Já publiquei coisas a pedido de amigos”, admite. “Se é por uma boa causa, eles sabem que podem contar comigo, e pedem para eu colocar uma notinha”.
Não fosse a sua conta no twitter, Cristina seria apenas uma anônima caminhando pela calçada de Copacabana.

segunda-feira, dezembro 01, 2014

TRATAMENTO QUÍMICO JÁ! - FALCÃO PEITA AÉCIO E DIZ QUE "PT NÃO LEVA DESAFORO PARA CASA"

247 – O presidente do PT, Rui Falcão, anunciou que o partido está se preparando para interpelar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por sua declaração contra o partido em entrevista à Globonews. "Já estamos interpelando o senador mineiro derrotado. Em seguida, processo crime no STF. O PT não leva recado para casa", escreveu, em sua página no Twitter.
A intenção do partido é que Aécio confirme na Justiça a declaração que deu ao jornalista Roberto D´Ávila, de que não teria perdido a eleição para um partido político, mas para uma organização criminosa. Caso Aécio confirme, Rui Falcão anunciou ainda que o partido entrará com processo crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o parlamentar tucano.
"Na verdade, eu não perdi a eleição para um partido político. Eu perdi a eleição para uma organização criminosa que se instalou no seio de algumas empresas brasileiras patrocinadas por esse grupo político que aí está", declarou o tucano no programa Roberto D´Ávila (assista aqui).
A declaração foi rebatida por lideranças petistas. "Alguém deve lembrar ao senador Aécio que ele foi derrotado por 54.501.118 milhões de brasileiros; aproveita e passe o endereço de um dos excelentes terapeutas que o Rio de Janeiro tem", disse o ministro Miguel Rosseto, que foi um dos coordenadores da campanha de Dilma, ao jornal O Globo.
"Aécio mostra que não sabe perder. Não é só um problema político, ele está abalado psicologicamente. A derrota em Minas abalou Aécio porque, ao perder no seu estado, perdeu também a corrida dentro do próprio PSDB", disse ontem o secretário de Comunicação do PT, José Américo.