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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, fevereiro 25, 2016

Vamos entregar de mãos beijadas o pré-sal, a educação brasileira e o futuro do emprego e da indústria nacionais para o diabo cuidar (no caso, a Chevron, a Shell, o Serra e o Renan). E vamos entregar sem luta porque já estamos mortos. É isso mesmo?

 Social Comunistas e outras 9 pessoas compartilharam um link.

Senadora Gleisi em resposta a José Serra referente ao PL 131/2015 que muda a participação da Petrobras no pré-sal.

Rede Social Comunistas e outras 2 pessoas compartilharam o vídeo de Gleisi Hoffmann.
-2:11
52.621 visualizações
Gleisi Hoffmann
6 h
Senadora Gleisi em resposta a José Serra referente ao PL 131/2015 que muda a participação da Petrobras no pré-sal.

Foto do aeroporto de Aécio construído com dinheiro público na fazenda do titio. Não vem ao caso

Já que a mídia não mostra compartilhou a própria foto.
5 h
Já que a mídia não mostra
12 h
Foto aérea do sítio que Lula frequenta em Atibaia. Não, pera. Foto do aeroporto de Aécio construído com dinheiro público na fazenda do titio. Não vem ao caso.

Alckmin é vaiado e xingado de ‘assassino’ na Faculdade de Direito da USP

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Estudantes protestaram contra a violência da polícia militar e o esquema de fraude na merenda de escolas públicas; assista ao vídeo
Por Redação

Estudantes protestaram na noite de segunda-feira (22/2) contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Ele precisou sair sob escolta, aos gritos de “assassino”. O ato aconteceu na Faculdade de Direito da USP e buscou chamar a atenção para a violência da polícia militar. O esquema de fraude na merenda de escolas públicas também foi lembrado pelos alunos.
Na ocasião, o governador participava da cerimônia de posse dos novos dirigentes do Tribunal de Contas do Estado e foi cercado por manifestantes do lado de fora. Veja as imagens abaixo.

sábado, fevereiro 20, 2016

Denúncia Grave: Alckmin usar instituições públicas como PM e a polícia civil para atacar adversários políticos é ilegal e, aliás, deveria resultar em uma investigação

Blog da Cidadania.

Revoltados On Line exigiram de secretario de Segurança de SP que PM atacasse petistas


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Quando esta página afirma que há uma ditadura informal no Brasil, que colocou instituições do Estado a serviço de grupos contrários ao governo constitucional do país e ao partido da presidente da República, podem achar que é exagero. Contudo, o Blog obteve informações que mostram promiscuidade entre o governo de São Paulo e grupelhos políticos.
No último dia 17 de fevereiro, houve um grande tumulto diante do Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, onde o ex-presidente Lula iria depor em processo fraudulento contra si desencadeado por um promotor do Ministério Público paulista ligado ao PSDB – processo que, vale dizer, foi sustado pelo Conselho Nacional do Ministério Público devido aos vícios de origem.
O Blog esteve no local conferindo os acontecimentos e obteve informações de extrema relevância que mostrarão como o governo Geraldo Alckmin está usando instituições do Estado de São Paulo com finalidade política, para atacar adversários políticos e quem possa apoiá-los.
Grupos contrários e favoráveis ao ex-presidente Lula se posicionaram à porta do Fórum e, dali em diante, começou uma guerra de torcidas que elevou sobremaneira o nível de tensão no local.
Como os manifestantes favoráveis a Lula eram milhares e os contrários ao ex-presidente somavam, no máximo, 30 ou 40 pessoas, as Polícias Militar e Civil foram usadas pelo governo Geraldo Alckmin para suprir a falta de manifestantes anti Lula.
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A atitude dos policiais civis e militares era francamente hostil aos manifestantes pró Lula e solidária com os anti Lula. Os poucos manifestantes fascistas ficavam cochichando com os policiais e apontando manifestantes contrários.
Em resumo, a PM comandada pelo governo do PSDB agiu como segurança particular dos manifestantes antipetistas.
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A certa altura, policiais civis entraram em cena e começaram a fotografar e até a intimidar (de modo dissimulado) os manifestantes pró Lula.
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No fim da manhã de quarta-feira 17 de fevereiro, o clima começou a esquentar no local. Os manifestantes antipetistas decidiram inflar um boneco infamante que representa uma caricatura do ex-presidente Lula usando roupa de presidiário e essa intenção começou a incendiar a militância antipetistas, revoltada com o crime que estava começando a ser perpetrado.
Vale ressaltar que o boneco em questão constitui um crime contra a honra do ex-presidente Lula e, portanto, é ilegal. Esse instrumento de difamação está tipificado nos artigos 138, 139 e 140 do Código Penal:
Art. 138 – Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: 
Pena – detenção, de seis (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
§ 1º – Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
Art. 139 – Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Art. 140 – Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: 
Pena – detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Como o ex-presidente Lula jamais foi condenado criminalmente e, inclusive, nem mesmo responde a qualquer processo na Justiça, representá-lo como presidiário é um crime claro contra a sua honra.
Todo o quadro descrito acima combina com o relato de um militante petista que decidiu se infiltrar entre os fascistas para ver o que tanto eles conversavam com a polícia.
O militante em questão já saíra de casa preparado. Vestiu uma camisa e um boné com motivos militares para se misturar com os antipetistas, os quais, ao mesmo tempo em que pediam prisão de Lula, defendiam a volta da ditadura militar.
A fonte do Blog relata que um dos líderes daquele movimento de difamação do ex-presidente, um tal “Marcelo Reis”, de um grupo fascista auto intitulado “Revoltados On Line”, não parava de conversar com o comandante da Operação anti Lula da PM.
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O informante deu um jeito de se aproximar e escutou a conversa. O comandante dizia ao tal Reis que já não podia garantir a a segurança do seu grupo porque o efetivo de que dispunha não era suficiente e que se o boneco de Lula fosse inflado haveria confronto e a PM não poderia ajudar, já que os petistas eram milhares e policiais e fascistas juntos não chegavam nem a cem, apesar de que os policiais dispunham de armas de fogo e outros instrumentos.
Reis ficou indignado. Chamou um homem alto, branco, usando óculos escuros e boné. Esse homem fez uma ligação e passou o telefone ao líder dos “revoltados”, que vociferou sua indignação com a pessoa do outro lado da linha.
Após uma breve conversa, Reis passa o telefone para o comandante da operação da PM. Quando o telefone foi passado de uma mão para outra, o informante do Blog tomou um susto. A foto no aparelho, que indicava para quem fora feita a chamada, era do Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Morais.
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A fonte do Blog informa que ouviu gritos da pessoa que conversava com o comandante da operação da PM de apoio aos “revoltados” – provavelmente, quem gritava com o comandante da PM era o secretário de Segurança de SP.
Terminada a chamada, o comandante reuniu a tropa, mandou colocar grades em torno do boneco criminoso e afiançou aos revoltados que lhes seria garantido o direito de cometerem crime contra a honra de Lula. A partir dali, a PM agrediu violentamente os petistas.
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Contudo, devido à coragem da militância petista, que enfrentou as armas da PM, os cassetetes, o gás de pimenta etc., o boneco foi rasgado em cinco lugares diferentes e não pôde ser levantado.
Imagine agora, leitor, se o ministro da Justiça determinasse à Polícia Federal que protegesse manifestantes petistas que tentassem inflar um boneco de Aécio Neves vestido como presidiário por já ter sido citado cinco vezes por delatores da Lava Jato como recebedor de propina?
Essa imagem fictícia serve para que até o leitor de direita entenda por que o governo Alckmin usar instituições públicas como PM e a polícia civil para atacar adversários políticos é ilegal e, aliás, deveria resultar em uma investigação oficial do Ministério Público de São Paulo, caso este também não atuasse a serviço da quadrilha tucana encastelada no governo de São Paulo.

quarta-feira, fevereiro 17, 2016

A humanidade precisa decidir se apoia o narcotráfico e a indústria bélica ou prefere viver num mundo melhor.

Indústria bélica versus narcotráfico? Não! Indústria bélica + narcotráfico


Georges Bourdoukan


 Num sistema onde tudo é negociável como fica a soberania?


                   Soldado de israel mira um civil palestino

Quando o soldado de Israel dispara contra a cabeça do garoto palestino, a bala que vai matar a criança faz parte de um estoque de 600 bilhões de dólares que a indústria bélica faturou nas duas últimas décadas com a venda de armas para o Oriente Médio.

Portanto, se alguém realmente quer acabar com a violência, antes de tudo precisa acabar com a indústria bélica. Mas, acabando com a indústria bélica, acaba-se também com o narcotráfico, já que um vive umbilicalmente ligado ao outro. E aí é que surge o problema, pois, estimativas dos organismos internacionais informam que o narcotráfico movimenta por ano mais de um trilhão de dólares, como produto ou através de empresas legalmente constituídas.

A pergunta que fica é se existe força suficiente para acabar com uma indústria que movimenta um trilhão de dólares por ano. E quanto à indústria bélica, cujo faturamento anual já superou em muito o trilhão de dólares, o problema que se coloca é outro.

Ao acabar com a indústria bélica, acaba-se com as forças armadas, cuja finalidade, aprende-se nos bancos escolares, seria defender as fronteiras. Mas nessa época de globalização é possível falar-se em fronteiras?

Num sistema neoliberal, onde tudo é negociável, como fica a soberania?

Por isso, quando a indignação toma conta da humanidade diante dos massacres infindáveis que as forças invasoras estadunidenses e israelenses perpetram contra palestinos, iraquianos,  líbios, sírios e afegãs, ou mesmo quando a Anistia Internacional menciona crimes contra a humanidade praticados pelo Estado que se diz judaico, ou ainda, quando uma Corte Suprema como a de Israel endossa e alega razões de Estado para a prática de torturas, não basta a indignação. É preciso agir.

A humanidade precisa decidir se apoia o narcotráfico e a indústria bélica ou prefere viver num mundo melhor.


Como se vê, é uma questão de escolha