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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, março 04, 2016

O GOLPE AVANÇA

Neusa Tolfo e outras 6 pessoas compartilharam o vídeo de Jornalistas Livres.
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Jornalistas Livres
3 h
O GOLPE AVANÇA - Invasão do Instituto Lula.
Paulinho Vieira, funcionário do Instituto Lula, fala sobre a operação de guerra montada pela PF para a apreensão de ...
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  • Neusa Tolfo compartilhou o vídeo de Jornalistas Livres.
    12 min
    O golpe avança e à direita tem orgasmos com a ação teatral para desmoralizar e desconstruir moralmente o Lula, melhor presidente que o Brasil já teve!!! 😪

MOBILIZAÇÃO E VIGÍLIA

nor Prochinski Henriques e outras 11 pessoas compartilharam o vídeo dePartido dos Trabalhadores.
-0:04
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Partido dos Trabalhadores
1 h
Rui Falcão conclama a militância e fala de detenção "policialesca" de Lula. Assista e compartilhe!

quinta-feira, março 03, 2016

Crônica de um escândalo paulista

Vamos a uma pequena crônica da política, vista de São Paulo.
O escândalo da merenda escolar foi um ponto fora da curva do PSDB de São Paulo. Por tal, não se entenda o esquema em si, mas o esquema escapando do controle das autoridades do Estado. Por aqui há uma aliança férrea entre governo do Estado, Ministério Público Estadual e jornais.A cooperativa de Bebedouro era um propinoduto que alimentava algumas lideranças tucanas, como os deputados Fernando Capez, presidente da Assembléia Legislativa, Duarte Nogueira, Baleia Rossi e o Secretário da Casa Civil Edson Aparecido – um personagem com participação em muitos projetos.
Envolve altos operadores tucanos,  como Luiz Roberto dos Santos, o Moita, tão eficiente que havia sido promovido da Secretaria dos Transportes para a Casa Civil. E Fernando Padula, quadro histórico, há oito anos na chefia de gabinete da Secretaria da Educação.
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Capez montou sua campanha sem dispor de uma base de eleitores, regional ou setorial. Valeu-se da imagem de procurador público contra a corrupção para conquistar votos horizontais. Fez uma campanha cara, provavelmente a mais cara do Estado, a julgar pela quantidade de autuações no Tribunal Regional Eleitoral.
Durante a campanha, provavelmente enfrentou problemas de financiamento e seus assessores foram pressionar a COAF (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar), a fonte da corrupção. Havia uma disputa interna, não percebida, as conversas foram gravadas, chegaram até o promotor local que fez a denúncia.
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Aí entram os jogos de intriga. Capez tinha ambições maiores. Anunciou que participaria das prévias do partido para as eleições municipais. Mandaram não colocar. Decidiu dar apoio a João Dória Júnior.
Quando explodiu o escândalo, alguns viram a mão do senador José Serra. O próprio Capez atribuiu o escândalo ao Secretário de Segurança Alexandre Moraes, um ex-jurista que assimilou tanto a aridez o cargo que passou a extravasar arrogância em todas as audiências na ALESP.
Não fazia sentido. Afinal, pelo tema, o desgaste do governo Alckmin é maior do que no episódio do cartel de trens.
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A ideia do fogo amigo perdeu força e ganhou corpo a versão da perda de controle mesmo. Tanto que o Ministério Público Estadual (MPE), do qual Capez é integrante, agiu rapidamente.
O Procurador Geral do Estado, Márcio Rosa Elias tratou de montar uma comissão de investigação e conseguiu tirar do inquérito o promotor natural.
A comissão é composta por dois promotores de Bebedouro e dois procuradores de justiça de São Paulo. Os dois procuradores são o próprio Márcio Elias Rosa e Nilo Spínola de Salgado Filho. Na gestão anterior, o PGE anterior, Antônio Araldo Dal Pozzo, criou promotorias especializadas. Uma delas era a de Assuntos Públicos era integrada por Márcio Elias, Nilo Spínola e o próprio Capez.
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Os dois companheiros irão julgar o terceiro. Segundo parlamentares oposicionistas, Márcio Elias ordenou a quebra do sigilo bancário e fiscal de Capez, sabendo que não tem nada. O problema nas investigações é se bater em 18 empresas em nome de um cunhado, que têm vários problemas de registro na Junta Comercial.
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No meio do tiroteio, o ex-chefe da Casa Civil de Geraldo Alckmin, Arnaldo Madeira, saiu da toca para atirar no esquema Alckmin.
Madeira caiu em desgraça no segundo governo Alckmin, quando articulou a eleição do presidente da ALESP. Sua chapa foi derrotada com humilhação. Em seguida, o presidente eleito da ALESP, Rodrigo Garcia, procurou Alckmin e ofereceu-lhe a vitória. Madeira caiu em desastre.
Na campanha seguinte para deputado, Madeira se valia de seu cargo para despejar verbas estaduais para projetos tocados por sua esposa na Fundação Seade. Não foi reeleito. Hoje, o espaço político de que dispõe é prestar serviços e atirar contra Alckmin.
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Narro essa crônica paulistana apenas por mostrar o que é o modelo político brasileiro. É o mesmo que o PT, o PPS, o DEM, e outros partidos virtuosos fazem nos espaços que governam.
Por ter saído do controle, acabou com a carreira promissora de Capez. Provavelmente, no plano penal vitimará apenas bagrinhos. Com todas essas vulnerabilidades, permite toda sorte de manobras políticas.
Por isso, quando se ouve o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso bradando pela moralidade, Alckmin deblaterando sobre sítios e pedalinhos, e os procuradores da Lava Jato anunciando a ressurreição geral da virtude, só resta uma reação: decidamente

PROGRAMA VIDA INTELIGENTE - OS ANIMAIS EM NOSSA VIDA

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"Chebolas.blogspot.com/"
Publicado por Castro J Joao10 hSão Paulo
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quarta-feira, março 02, 2016

MACHISMOz :Foi base para propriedade privada e capitalismo. Deu forma à Igreja. Antecede as classes sociais. Modela as instituições. Mas pode ser destruído…

Machismo, a opressão primeira




Foi base para propriedade privada e capitalismo. Deu forma à Igreja. Antecede as classes sociais. Modela as instituições. Mas pode ser destruído…
Por Marília Moschovick, do Outras Palavras 
O machismo é uma ideia.
A ideia machista baseia-se numa classificação do mundo em objetos, comportamentos, trejeitos, desejos e ideias “masculinos” e “femininos”. O que torna essas coisas masculinas ou femininas não é, ao contrário do que se diz por aí, estarem ligadas a grupos de “homens” ou “mulheres”, respectivamente. Uma coisa não é feminina porque é feita por mulheres, nem masculina porque é feita por homens. A relação vem na mão inversa: uma coisa é feita por mulheres porque é feminina e “mulher” é uma identidade que se baseia num equilíbrio não muito exato, nem muito rígido entre essa “feminilidade” e “masculinidade” (entre outras coisinhas mais). O mesmo no caso dos homens. Uma mulher pode ser vista como “menos mulher” quando faz algo não-feminino ou “mais masculino”, e um homem pode ser visto como “menos masculino” quando faz algo não-masculino ou “mais feminino”. Uma coisa classificada como “feminina” ou “masculina”, porém, não passa a ser classificada de outra maneira quando alguém do gênero “oposto” a pratica. A ideia machista é, essencialmente, que nesse jogo de masculinidades e feminilidades, não importa o contexto, uma relação de poder rege sempre a hierarquização das coisas: a primazia da masculinidade sobre a feminilidade. A masculinidade mais “errada” sempre estará mais certa do que a feminilidade mais “certa”.
machismo é também uma história. Longa.
Não se constroem padrões como esse da noite para o dia. O machismo não é invenção moderna. Acompanha as culturas das quais somos herdeiros há milênios. Pode ser encontrado em ainda outras mais. Em praticamente todos os tempos históricos. O machismo não nasceu com o capitalismo: o capitalismo é que foi forjado sobre um pensamento machista. O machismo não nasceu com a Igreja: a Igreja é que tomou os contornos dele. O machismo não nasceu com a propriedade privada no pré-feudalismo europeu: esse último é que se baseou nele. O machismo não tem origem, nacionalidade. Não depende do racismo nem de classes sociais para existir. O machismo está aí — porque só passamos a enxergá-lo há pouco mais de um século, contra milênios de sua existência anterior. Porque lutamos umas poucas pessoas contra ele, enquanto as estruturas mais elementares da nossa sociedade (Estado, religião, família, conhecimento, educaçãoescola, ciência, filosofia, indústria, classes, racismo) já nasceram modeladíssimas por ele. O machismo é a hegemonia, descritinha, sem tirar nem por.
Por isso, o machismo é sempre um sistema.
Lutar contra ele não é fácil. É preciso subverter toda uma lógica. É preciso desorganizar as bases mais sólidas sobre as quais o mundo inteiro hoje se apóia. Mover placas tectônicas, com o peso da terra, das pessoas, construções que sobre elas se fizeram. É preciso bagunçar a história, abandonar certezas, se dispor ao erro. Combater o machismo não é para amadores. Enquanto cada um e cada uma de nós se construiu e se constrói cotidianamente como sujeito, como pessoa, ele está lá. Nas visões que nos são ofertadas e das quais bebemos para elaborar novidades (nenhuma criação parte do zero, é fato). Nas definições que as palavras nos impõem, nos limites da linguagem, na necessidade de comunicação: lá vem ele, de novo. Quando nos olhamos no espelho. Tão arraigado que parece natural. Parece vir das entranhas, parece estar no DNA. E sempre que assim parecer, não se engane. É mentira. Terremotos existem.
O machismo pode ser destruído.


Leia a matéria completa em: Machismo, a opressão primeira - Geledés http://www.geledes.org.br/machismo-a-opressao-primeira/#ixzz41i7A7uuZ 
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terça-feira, março 01, 2016



Frida03
Desde o dia 30 de janeiro, o Centro Cultural da Caixa Econômica Federal expõe obras de Frida Khalo e outras quatorze artistas mexicanas no centro do Rio de Janeiro. A arte é o elo condutor da amizade entre essas mulheres nascidas ou radicadas no México. As histórias dessas vidas se entrelaçam nas 30 obras da exposição intitulada “Frida Kahlo: conexões entre mulheres surrealistas mexicanas”.
A exposição passou primeiro por São Paulo, onde foi visitada por mais de 600 mil pessoas, e ficará na capital fluminense até 27 de março.
Sob a tutela da pesquisadora Teresa Arqc, a mostra desnuda a parceria e a cumplicidade que havia entre Frida, María Izquierdo, Remedios Varo, Leonora Carrington, Rosa Rolanda, Lola Álvarez Bravo, Lucienne Bloch, Alice Rahon, Kati Horna, Bridget Tichenor, Jacqueline Lamba, Bona de Mandiargues, Cordélia Urueta, Olga Costa e Sylvia Fein. Transgressoras de regras e valores patriarcais, essas mulheres se uniram para contar através de sua arte suas histórias de luta e liberdade.
Criaram espaços para divulgar formas e temas sobre a natureza, o corpo, o erotismo, a mulher, a maternidade e o inconsciente. A ligação com o surrealismo e suas influências estéticas as mantinham fortes e unidas.
As cores vibrantes e sombrias em algumas peças artísticas, assim como a leveza e o colorido de suas roupas, refletem a dubiedade entre a realidade e o imaginário. O subconsciente é retratado nas telas e fotos. A teoria freudiana tem um grande peso na constituição do ideário surrealista que valoriza acima de tudo o desempenho da esfera do inconsciente no processo da criação.
A exposição retrata os conflitos entre a realidade e o imaginário. Entre o fato e o desejo. Influências e experiências de sofrimento e amor, dor e felicidade.        Um convite à reflexão sobre a importância da amizade, do companheirismo, da cumplicidade erguida e vivida por essas mulheres excepcionais que tinham o objetivo de transpor suas reais e imaginárias necessidades humanas.
Denise Maia, Rio de Janeiro
AVerdade

Nós estamos tranquilos, porque não existe fundamento para o meu processo de impeachment. DILMA ROUSSEF


Williams Portela compartilhou o vídeo de Dilma Rousseff.
16 h
-0:37
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Dilma Rousseff
Nós estamos tranquilos, porque não existe fundamento para o meu processo de impeachment. Confira o vídeo!