Lula no Nordeste
docomtextolivre
São Paulo é a única das cidades-sede da Copa 2014 impedida de contrair dívidas, porque a dupla Serra/Kassab deixou as contas da prefeitura semi-quebrada.
A medida provisória assinada na semana passada pelo presidente Lula, que ampliou o limite de endividamento das cidades-sede da Copa, será insuficiente para ajudar São Paulo. O município é o único que não pode contrair dívidas porque estoura os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.
José Serra (PSDB/SP) e Kassab (DEMos/SP) compartilham essa semi-quebradeira, porque um é continuação do outro, como se fossem sócios no mesmo governo.
Serra assumiu a prefeitura de São Paulo em 2005, governou até o primeiro trimestre de 2006 (quando abandonou o cargo para candidatar-se a governador). Disse que deixava o vice Kassab no lugar, porque o governo dele na prefeitura já tinha deixado "tudo encaminhado". Em 2008 apoiou Kassab, dizendo que a reeleição expressava o "êxito" do programa de ambos (dele e de Kassab) na prefeitura.
Agora o rombo está aí. A capital paulista está com dificuldades para fazer os investimentos necessários à Copa - e não é só estádio, é também rede de transporte, que ficarão como melhorias na infra-estrutura para população da cidade. (Com informações da Agência Brasil)
Nosso querido Presidente andou dizendo que não pode entender nem aceitar que Sao Paulo fique de fora da Copa. Entendi que ele pretende dar dinheiro para ajudar e SOU CONTRA. O desastre financeiro da dupla Serra/Kassab deveria ficar exposto à execração paulista, para eles aprenderem a votar melhor.
dosamigosdopresidentelula
O uso da retórica golpista completa o percurso de quem saiu da esquerda para cair no colo da direita
A campanha eleitoral desliza velozmente para um conflito, de dimensão e profundidade indefinidas, estimulado por uma legislação confusa que favorece a intromissão política e partidária de autoridades eleitorais na disputa presidencial.
O problema se aprofunda constantemente. Inicialmente foram insinuações veladas e, agora, surgiram claras intervenções públicas com clara conotação político-partidária que, frequentemente, beneficiam a oposição.
Desses maus exemplos, o mais recente foi dado pelo advogado Fernando Neves, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e prontamente utilizado pelo candidato à Presidência, o tucano José Serra, conforme publicado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim no atento e corajoso site Conversa Afiada.
Depois de infringir o mais elementar comportamento democrático do debate político – ele “todo o MST deve apoiar Dilma” porque no governo dela “vai poder agitar mais e invadir mais” –, Serra botou Lula no alvo: “O advogado Fernando Neves (ex-ministro do TSE) disse uma coisa reproduzindo, talvez, Fernando Pessoa: ‘Tudo vale a pena se a multa é pequena’”.
Corrija-se. Não é reprodução. É paródia do poeta português.
Ophir Cavalcante, presidente da OAB, surfou nessa onda que pretendem transformar em tsunami. Segundo ele, a Justiça Eleitoral deve começar “a dar o cartão vermelho e pautar as condutas”.
A metáfora foi buscada nas regras do jogo de futebol. Com esse cartão, o árbitro expulsa o jogador de campo. Somadas as observações é fácil deduzir que querem introduzir a “pena de morte” na legislação eleitoral.
Como se fosse uma jogada treinada, Serra voltou ao tema. Ao falar do vazamento de informações da Receita Federal, em apuração no órgão, ele prejulgou e insinuou, sem qualquer prova, que a responsabilidade era do PT: “É um crime contra a Constituição”.
É a retórica golpista em razão da ausência de um programa estratégico nascido da incompetência para construir um discurso consistente diante dos índices de aprovação do governo e da popularidade de Lula.
Um presidente e um governo, mal avaliados, provocariam tais desatinos como provocou, por exemplo, no candidato a presidente José Serra?
Esse desatino de Serra foi traçado em decálogo esboçado, rápida e informalmente, pelo cientista político Wanderley Guilherme dos Santos. É assim:
1. Quebra de contrato – Protocolou documento em cartório firmando que não deixaria a Prefeitura de São Paulo para disputar a eleição de governador. E deixou.
2. Truculência – Anunciou que, se eleito, “peitará” o Congresso pela reforma política.
3. Inconfiável – Ao contrário do que dizia, bloqueou as prévias no PSDB e, sem consulta ao DEM, anunciou que o vice dele seria o senador tucano Álvaro Dias.
4. Deslealdade – Comparou que seu aliado FHC é psicologicamente igual a Lula.
5. Machista retrógrado – Conselho dado ao vice, Índio da Costa, sobre amantes: “Tem de ser uma coisa discreta”.
6. Paranoico – Diz-se perseguido pela imprensa.
7. Subserviência – Agrediu verbalmente um entrevistador e, depois, desculpou-se ao saber que se tratava de um repórter da TV Globo.
8. Antissindicalista – Considera “pelegos” os sindicatos e as centrais sindicais.
9. Obsessão do poder – Diz que se preparou a vida toda para isso.
10. Presunção autocrática – Assegura que é o candidato mais preparado e se apresenta como sendo, ele próprio, o programa de governo.
Em poucos dias de campanha, o tucano parece ter completado o ritual da conversão política. Da esquerda estudantil à vanguarda eleitoral da direita.
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docartacapital
Vai passando batido um processo que se desenvolve no nosso quintal e que pode envolver bem mais do que se está suspeitando. O conflito entre Colômbia e Venezuela pode ser bem mais do que mera escalada retórica de Hugo Chávez, apresentada pela mídia brasileira como apenas mais uma manifestação de sua excentricidade.
A ruptura de relações diplomáticas por iniciativa de Chávez após novas denúncias do retirante governo de Álvaro Uribe sobre relações do homólogo venezuelano com as Farc coincide (?) com os ataques do índio de Serra e da mídia ao PT.
Na Folha de São Paulo dominical, extensa reportagem dando conta de uma grave situação econômica na Venezuela e, ao fim do domingo, os portais brasileiros noticiam que Chávez suspendeu viagem que faria a Cuba por suspeita de um suposto ataque iminente da Colômbia ao território venezuelano através do estado Zulia, governado pela oposição.
De início, fiquei com a impressão de que Chávez subira o tom contra a Colômbia e cortara relações com o país vizinho apenas como resposta às suas denúncias sobre as Farc, mas ataques à esquerda tendo como pretexto a guerrilha colombiana estranhamente vêm se espraiando também pelo nosso noticiário…
Em seu blog, Chávez denuncia que recebeu carta de um amigo que “vagueia pelos Estados Unidos” e que o avisou de que as Farc serão usadas como pretexto para uma invasão do território venezuelano por forças colombianas apoiadas por Washington, e ameaçou cortar o fornecimento de petróleo aos americanos em caso de agressão do país vizinho.
As relações entre o PIG venezuelano e o brasileiro vêm se estreitando desde a tentativa de golpe contra Chávez em 2002. De lá para cá, a mídia brasileira – Globo à frente – vem repercutindo, ipsis litteris, a retórica de Marcel Garnier (ex-proprietário da extinta televisão venezuelana RCTV), Pedro Carmona (presidente biônico e efêmero alçado ao poder pelos golpistas venezuelanos em 2002) e companhia limitada.
A pergunta que fica é se o uso das Farc pela coalizão tucano-pefelê-midiática contra o PT simultaneamente ao uso da mesma estratégia contra Chávez é apenas coincidência ou se faz parte de algum tipo de estratégia supranacional da direita que pode não se resumir somente a ataques verbais, como o escaldado Chávez vem alertando.
Via Opera Mundi
Autoridades israelenses não autorizaram a entrada de quatro deputados socialistas espanhóis na Faixa de Gaza neste domingo (25/7). O grupo disse que tinha como objetivo visitar o território palestino.
Segundo a deputada Fátima Aburto, que faz parte da delegação, as autoridades israelenses comunicaram que os espanhóis não entrariam por meio do Consulado Geral da Espanha em Jerusalém, “sem dar explicações”.
"Estamos indignados. Consideramos um erro que Israel queira esconder a situação da região. Nós não somos uma frota, apenas deputados espanhóis que querem fazer uma visita em coordenação com a agência da ONU para regiados palestinos”, disse Fátima.
Ao saber que não poderiam entrar em Gaza, Fátima postou em seu perfil no Facebook uma mensagem de indignação:
Reprodução
De acordo com o jornal espanhol El País, Israel explicou que negar a entrada de políticos no território palestino é algo habitual, que faz parte de uma medida preventiva contra o Hamas, grupo islâmico eleito para governar a Faixa de Gaza em 2006. Para Israel, o Hamas é um grupo terrorista e, por isso,
desde 2007, Israel impõe um bloqueio na região.
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Lula autoriza ajuda de R$ 25 milhões para reconstrução de Gaza
"Israel está fazendo muito dinheiro com a ocupação da Palestina", diz economista israelense
"Na minha opinião, as autoridades israelenses estão erradas. Viemos para visitar projetos educativos, sanitários e acampamentos da ONU. Em nenhum momento poderia ser interpretada como uma visita de apoio ao Hamas”, afirmou o deputado Jordi Pedret, também da delegação.
Os deputados, convidados pela agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), pretendem ir à Cisjordânia ainda hoje, segundo Pedret, citado pelo El País.
Já um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, disse que "Não é verdade que nenhum explicação foi dada”.
“Dissemos a eles que cada vez que políticos entram em Gaza, o Hamas aproveita a visita para manipular a situação e fazer acreditarem que se trata de legitimação e reconhecimento por parte da comunidade internacional”, afirmou.
dogilsonsampaio