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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, outubro 06, 2010

Dantas e Bonner não impedem eleição de Protógenes






Protógenes eleito


    Eles vão ter que aguentar o ínclito delegado

    O Conversa Afiada publica e-mail de amigo navegante especialista em legislação eleitoral:

    PH,


    O Jornal Nacional cometeu uma gafe ontem.


    Em matéria de destaque sobre os votos do Tiririca, William Bonner afirma com todas as letras que, “caso a candidatura de Tiririca seja impugnada, os votos dele serão anulados”. Na matéria ainda o JN fez questão de colocar em destaque os 3 deputados, entre eles Protógenes Queiroz, que “teriam sua eleição ameaçada” na hipótese de Tiririca ser punido.


    Veja aqui o vídeo da “barriga” do JN.


    A informação NÃO É VERDADEIRA.


    Ou faltou lição de casa para o JN ou sobrou assessoria do Daniel Dantas.


    O Art. 175 do Código Eleitoral é claro no sentido de que, caso a impugnação ocorra após uma eleição, OS VOTOS NÃO SÃO ANULADOS e ficam com o partido/coligação que o elegeu. Portanto, caso Tiririca seja punido, José Genoíno, primeiro suplente da coligação, seria eleito Deputado Federal. Os 3 deputados mostrados no JN não correm qualquer risco com relação a Tiririca (Apenas o Deputado Wanderley Sidraque – PT perderia o cargo caso Maluf seja considerado “ficha-suja”).


    Segue o Art. 175 do Código Eleitoral (ou da “Constituição” como o JN gosta de falar) e os parágrafos esclarecedores sobre o caso: http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/2323586/art-175-do-codigo-eleitoral-lei-4737-65


    § 3º Serão nulos, para todos os efeitos, os votos dados a candidatos inelegíveis ou não registrados. : (Parágrafo renumerado pelo art. 39 da Lei 4.961 , de 4 5.66)


    § 4º O disposto no parágrafo anterior não se aplica quando a decisão de inelegibilidade ou de cancelamento de registro for proferida após a realização da eleição a que concorreu o candidato alcançado pela sentença, caso em que os votos serão contados para o partido pelo qual tiver sido feito o seu registro. (Incluído pela Lei nº 7.179 , de 19.12.1983)


    Para desespero de Daniel Dantas e tristeza de alguns jornalistas (inclusive dentro da Rede Globo), o  – ínclito, como você diz – Delegado Protógenes Queiroz está definitivamente ELEITO !


    Em tempo: infrutífera também foi a tentativa de melar a eleição do ínclito delegado com a farta divulgação de um livro cujas teses coincidem com os ataques de  Daniel Dantas à Operação Satiagraha, que o prendeu duas vezes (e poderá prender mais !). – PHA
    *conversaafiada 

    PROTÓGENES: NOSSA LUZ NO FIM DO TÚNEL

    Por Cláudio Vilaça e Geraldo Elisio - de Belo Horizonte/MG.

    Um fato de soberba importância ocorreu para nós mineiros na última eleição do dia 03 de outubro: a eleição do delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiroz, para deputado federal abrigado sob a legenda do PC do B. Não importa com quantos votos ele chega à Câmara dos Deputados. O que importa é o exemplo, a fé que ele despertou em tantos brasileiros que ainda acreditam que a honestidade, a ética e a transparência ainda é possível. Protógenes se elegeu sem dinheiro, contra tudo e contra todos, inclusive a injustiça de quem deve ser guardião da Justiça.
    Protógenes é a semente que caiu em terreno árido e por fados prosperou. Os mineiros se tornaram seus amigos de fé. Acreditamos na atuação dele, nosso irmão, camarada.  Ele não será um deputado policialesco. Será um parlamentar que através de sua  vasta experiência será intransigente em relação aos princípios éticos que o norteiam. Um farol vermelho permanentemente aceso contra a corrupção e os corruptos. Homem de inteligência, retirado injustamente dos caminhos da sua vocação, lançou-se à vida pública e obteve sucesso. Os árabes, com freqüência se utilizam de uma expressão: “maktube”, ou seja, “está escrito”. Acreditamos que está escrito que nesse momento de tantas incertezas não é por acaso que o ínclito delegado se faz deputado. O terreno deixou de ser árido. De uma árvore pode surgir uma floresta.
    Além de se eleger Protógenes Queiroz derrotou o banqueiro-condenado Daniel Dantas. Derrotou o ex-presidente do Supremo, Gilmar Dantas (segundo o jornalista Ricardo Noblat), que em 24 horas concedeu dois habeas corpos ao banqueiro condenado. Derrotou todos os esquemas armados para inviabilizar a sua eleição. O PC do B elegeu dois grandes nomes para a bancada federal de São Paulo, Protógenes e Aldo Rebêlo.
    Protogenes se elegeu e o doutor Corrêa não conseguiu apresentar ao Brasil o áudio do grampo. Creio, orgulhosos estão os seus colegas da Polícia Federal, ressalvados eventuais e inevitáveis exceções. O exemplo vale para tantos outros valorosos e incorruptíveis policiais federais sintam que vale a pena combater o crime que não compensa, principalmente o de colarinho branco.
    Parabéns, Protógenes!! Estágios mais altos o aguardam.
    Parábens também aos nossos irmãos de SP! Do Capão Redondo, da baixada Santista, Dr. Adib, Rosi e Wanderley Freitas, Vanderlei Faria, Yuri, Ailime, Alex,  D. Heloisa, Edson, Marcos e sua competente equipe, e tantos outros amigos e eleitores paulistas que reconheceram que precisamos de Protógenes!
    “Sonho que se sonha só é só um sonho, mas sonho que se sonha junto é realidade” -  Raul Seixas
    *doblogdoProtógenes

    Franklin Martins vai à Europa para organizar Seminário Internacional Marco Regulatório da Radiodifusão

    O ministro Franklin Martins (Secretaria de Comunicação) viajou nesta quarta-feira para a Europa para conhecer modelos de regulação da mídia e para convidar instituições a participarem, em novembro, de seminário sobre o tema.Franklin visitará instituições em Londres e Bruxelas até o dia 10. Ele está organizando o Seminário Internacional Marco Regulatório da Radiodifusão, Comunicação Social e Telecomunicação, ainda sem data e local definidos porque dependem da agenda dos convidados internacionais.

    O Presidente Lula quer enviar até dezembro ao Congresso uma proposta de marco regulatório dos serviços de telecomunicação e radiodifusão. Um grupo de trabalho coordenado pela Casa Civil está analisando as propostas aprovadas durante a Confecom (Conferência Nacional de Comunicação), que ocorreu em dezembro passado.A conferência aprovou 633 sugestões para regular os meios de comunicação.

    Os principais eixos são o marco regulatório da internet, direitos autorais, legislação geral para a comunicação pública, regulamentação do artigo 221 da Constituição (pelo qual as TVs devem priorizar conteúdo nacional) e o marco regulatório para o setor de comunicação.A Confecom contou com a participação do governo e da sociedade civil. 


    *dosamigosdopresidenteLula

    Compare as informações PIG Globo Esconde a informação

     

     

     

     

     

     

     

    Mais verde

    Empenhado em atrair o PV de Marina Silva, o núcleo da campanha de José Serra quer oferecer quatro pastas à sigla no eventual governo do tucano: Meio Ambiente, Minas e Energia, Cidades e Educação.
    *comtextolivre

    terça-feira, outubro 05, 2010

    Charge do Dia

    Ciro entende de Serra e chama Veja de “escória”




    Ciro entende de Serra
    e chama Veja de “escória”


      Ciro sabe como tratar o jenio

      Extraído do blog Viomundo, de Luiz Carlos Azenha:

      Ciro Gomes, ao Brasil Atual: Veja a serviço “da escória brasileira”

      (…)
      Por: João Peres, Rede Brasil Atual

      Brasília – Ciro Gomes está de volta à vida eleitoral? Difícil dizer. O deputado federal assegura que será um cabo eleitoral de Dilma Rousseff na disputa do segundo turno, mas evita entrar em detalhes.

      Em se tratando do ex-ministro da Integração Nacional, a única certeza é de que surpresas não são exceção. Em entrevista à Rede Brasil Atual, Gomes garante que não guarda nenhum ressentimento de ter sido preterido pelo presidente Lula na disputa ao Planalto, mas admite ter sentido uma grande tristeza que, garante, já passou.

      O deputado, que ficou uma temporada fora do país para curar as mágoas, esteve nesta segunda-feira (4) na reunião que reuniu parte importante da base aliada ao governo na discussão dos rumos da campanha do segundo turno. O ex-ministro mostrou que há uma característica sua que não muda: a língua afiada.

      Confira a entrevista:

      Qual será seu papel no segundo turno na campanha de Dilma?

      Sou cabo eleitoral no Ceará.

      E no resto do Brasil? O senhor é uma personalidade de projeção nacional.

      Estou 100% à disposição para participar desse debate porque o Brasil está acima de tudo. Todo mundo sabe que fiquei muito triste por ver frustrada minha justa intenção de participar desse debate, mas para mim está tudo superado e o mais importante é ajudar o povo brasileiro a ver com serenidade qual o melhor caminho para o país. E estou seguro que o melhor caminho é a Dilma.

      Dilma deixou muito marcado o tom de comparação entre os dois governos (FHC e Lula). E que agora é hora de enfatizar essa comparação. É esse o caminho?

      Esse é um dos caminhos, mas é preciso também compreender porque 20% dos brasileiros, tudo gente boa, da melhor intenção, tudo gente progressista, trabalhadora, amada, porque não veio conosco no primeiro turno. Por que foi com a Marina? O que a Marina interpretou? Acho que uma certa frouxidão do PSDB acabou sendo replicada por certa frouxidão do PT, e tem uma parte de nós, brasileiros, que não gostamos dessa frouxidão.

      Sei disso porque uma parte dessas pessoas já votou comigo em outras ocasiões. É classe média, estudante, jovens, gente preocupada com alguma intransigência. Não é de intolerância que estou falando, mas de intransigência em matéria de comportamento político.

      Uma das questões que se tocou aqui é sobre quanto os boatos espalhados na reta final tiraram votos de Dilma. Esses boatos, ao serem disseminados por parte da imprensa, foram importantes nisso?

      Perifericamente. Boato só prospera onde há perplexidades, vácuos, vazios. Como essa questão do aborto. É complexa, é delicada. Interagem com esse assunto questões religiosas, questões morais, éticas, sanitárias, emocionais, psicológicas. Questões terríveis.

      E os políticos, por regra, detêm um oportunismo muito rasteiro a respeito deste assunto. Acho que esse é o vácuo. Quando você tem um vácuo e não tem clareza, o boato acaba prosperando mais do que devia.

      E, claro, há o papel de uma parte da imprensa brasileira. E isso não é novidade, não temos que nos assustar com isso. Quem se enganou foi quem imaginou que haveria essa cordialidade que eu sempre soube que não haveria. Uma parte da imprensa brasileira tem preferência, o que é legítimo.

      Apenas deveríamos ajudar o eleitor brasileiro a saber que a Veja é reacionária. É direito do povo brasileiro saber que a Veja é reacionária. A Veja deve existir, deve fazer o que bem entender. Se passar da conta, temos um sistema democrático que garante reparos no Judiciário, mas nada de ir contra a imprensa. A imprensa é sagrada para nós, democratas.

      A Veja passou da conta no primeiro turno?

      A Veja? A Veja passa da conta. Vive a serviço do que há de mais espúrio na sociedade brasileira. É isso que a gente deve explicar para as pessoas. Que a Veja tenha longa vida, mas que todos fiquem sabendo que a Veja não é uma observadora neutra da vida brasileira: ela está a serviço dos interesses internacionais, da privataria, da escória brasileira. Isso sempre foi. Desde que a turma de melhor nível saiu, virou isso (referindo-se a jornalistas mais antigos). Um instrumento de achaque.

      Para a campanha de Dilma, como é melhor lidar com essa contra-informação?

      Falar com o povo. Sincera e humildemente. Falar com o povo. Enfrentar. Isso sou eu que estou falando. Essa cordialidade só ajuda àquelas pessoas que têm as ferramentas clandestinas de mentir contra a vontade popular.

      Resta algum ressentimento por ter sido preterido nessa disputa?

      Não. Não tive ressentimento em momento algum. Tive muita tristeza, que é mais amargo do que ressentimento. Mas já passou.


      Confira vídeo sensacional de como Ciro Gomes chama Serra às falas:

      Em tempo 1: Ciro é autor de duas frases:
      I- Serra não tem escrúpulo. Se for preciso passa com um trator por cima da cabeça da mãe.
      II- Serra numa campanha á garantia de baixaria.
      Em tempo 2: o Conversa Afiada concorda com Ciro. Este ordinário blogueiro chama a veja de detrito de maré baixa.

      COALIZÃO DEMOTUCANA ARREPIA:

      CIRO GOMES PASSA A INTEGRAR A COORDENAÇÃO DA CAMPANHA DE DILMA ROUSSEFF.

      Os marqueteiros tentam atenuar com o slogan o que é a evidência oposta; todo mundo sabe que o Serra é do mal. E eu sei, mais do que ninguém...


      (Ciro Gomes, sobre o novo slogan tucano,'Serra é do Bem'; Globo, 06-10) 
      *Carta Maior




      Brasil "tem cara de mulher"

      Brasil "tem cara de mulher", diz Cristina Kirchner após eleições

      A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, destacou hoje o "excelente" resultado das eleições presidenciais deste domingo, especialmente por conta da vantagem obtida pela candidata Dilma Rousseff (PT).
      Além disso, em sua conta na rede social "Twitter", a governante argentina se mostrou surpreendida com a quantidade de votos obtida por Marina Silva (PV). "Acabo de ver o excelente resultado de Dilma. Surpreendente Marina Silva. O Brasil tem vocação popular e cara de mulher", assinalou Cristina Kirchner, após chegar à Alemanha, onde realiza uma visita oficial. 
       

      É bom não esquecer que Serra não apresentou qualquer programa.





      Lembretes para o segundo turno de 2010




      É bom não esquecer que Serra não apresentou qualquer programa. Mas seu último ato significativo no governo de S. Paulo foi a privatização da Nossa Caixa, brecada porque adquirida pelo Banco do Brasil. Isso é um bom prognóstico para o que vai acontecer com o Banco do Brasil. Caixa Econômica Federal, Petrobrás, etc.
      Flávio Aguiar
      Aos meus amigos verdes, gostaria de lembrar que Fernando Gabeira já declarou apoio a Serra, o que mostra como de fato ele considera Marina da Silva e as instâncias do próprio partido.
      Assim como a causa ambiental, uma vez que entre Serra/DEM/Índio da Costa e causas ambientais há uma distância de anos-luz.
      É bom lembrar também que Serra ganhou nos estados do chamado “espinhaço do agro-business”, que vai de Santa Catarina a Rondônia. Isso permite uma bela previsão do que vai ser o seu governo, muito mais do que frases sem cabeça nem pé.
      A propósito de anos-luz: o que ajudou a empurrar Serra para o segundo turno, dando mais votos a Marina, foi a campanha obscurantista, retrógrada, caluniosa e que usa o nome de todas as religiões em vão, acusando, por exemplo, Dilma Rousseff de ser a favor do aborto.
      Aos preocupados com a liberdade de imprensa, lembro que na mídia que apóia a candidatura de Serra, velada ou abertamente, desde 2006 tornaram-se comuns as “operações limpeza” (inclusive a pedido), eliminando jornalistas (inclusive de renome) dissidentes (como durante a ditadura) ou que não tocavam de acordo com a música.
      Já a quem se preocupe com política externa, lembro que, se Serra levar a sério suas declarações durante a campanha, erguerá uma cortina de ferro nas fronteiras do nosso país, acabando com a integração continental. Sem falar que retornaremos aos tempos do beija-mão e da barretada à potência de plantão. O Brasil vai perder todo o prestígio que acumulou nos últimos anos. Vai murchar em matéria de contatos com a África, Ásia e América Latina, sem que isso signifique uma melhor posição diante da Europa ou da América do Norte.
      Se a preocupação for com a idéia de que “é bom alternar quem está no poder”, sugiro que comecemos por pensar no caso de S. Paulo, o segundo orçamento da nação, que completará vinte anos sob a batuta da coligação PSDB/DEM, com resultados precários na educação, saúde e segurança.
      Para quem ache que “é tudo a mesma coisa”, lembro que a arte da política (de acordo, entre outros, com Gramsci) é a de discernir as diferenças para além das aparentes semelhanças, e que essas diferenças aparecem mais pelo acúmulo de atos do que pelo de palavras e promessas.
      Lembro ainda que, devido aos resultados do primeiro turno, uma vitória de Serra vai transformar o governo federal em cabide para uma penca de políticos subitamente desempregados da sua coligação, que já deviam estar defenestrados (pelo voto, como foram) da nossa vida pública há muito tempo.
      É bom não esquecer que Serra não apresentou qualquer programa. Mas seu último ato significativo no governo de S. Paulo foi a privatização da Nossa Caixa, brecada porque adquirida pelo Banco do Brasil. Isso é um bom prognóstico para o que vai acontecer com o Banco do Brasil. Caixa Econômica Federal, Petrobrás, etc.
      Ao invés de programas, Serra distribuiu gestos e palavras a esmo. Dizer que quem fuma é contra Deus, puxar Ave Maria em missa, falar em austeridade fiscal e ao mesmo tempo prometer aumentos vertiginosos do salário mínimo, dizer que tem preocupação ambiental e ao mesmo tempo prometer no Pará que vai mexer na legislação que protege a Amazônia não é um programa nem um bom começo para quem quer alardear honestidade política e coerência.
      E por aí se vai.
      Dilma, por sua vez, defende um programa (que pôs em prática) ao mesmo tempo social e austero, demonstrou ser uma candidata de idéias próprias e não um factóide de si mesmo que fica esgrimindo promessas a torto (sobretudo) e a direito. Foi atacada, caluniada, difamada e manteve a linha o tempo inteiro (ao contrário de Serra, que seguido perdeu a linha quando confrontado com perguntas incômodas), não recorreu a esses golpes baixos tão típicos das campanhas da direita. Não é o caso de se concordar com ela em tudo. Mas Dilma é diálogo.
      Leia, medite e passe adiante, se achar que é o caso. Obrigado pelo seu tempo.
      Flávio Aguiar é correspondente internacional da Carta Maior em Berlim.


      Filho de Tuma:
      a Folha (*) matou meu pai


        Na foto, o senador que o Otavinho matou
        A edição da CartaCapital que chegou hoje às bancas traz na página 42 artigo de Rogério Tuma filho e médico do senador Romeu Tuma.

        Começa assim:

        “Mentira – a serviço de alguma força obscura, Folha on line e UOL noticiam a morte do senador Tuma e não se retratam.”


        Rogério Tuma é também membro da Comissão de Ética do Hospital Sírio-Libanês onde o senador está internado.

        Ele assegura que, jamais, integrante da Folha on line ou do UOL entrou em contato com alguém que pudesse confirmar ou desmentir uma fonte anônima que seria médico do próprio hospital.

        O artigo conclui assim:

        “No momento, sem uma imprensa justa e honesta basta ao senador Romeu Tuma o direito de ler seu obituário e completá-lo. A Rede Globo foi muito econômica com seus feitos. E o luto é da imprensa brasileira.”


        A internação de Romeu Tuma e de Orestes Quércia provavelmente contribuiu para eleger Aloysio Nunes Ferreira senador pelo PSDB de São Paulo.

        O filho de Tuma acredita que José Serra e Aloysio talvez conheçam as razões de Otavinho, o dono da Folha (*).

        Paulo Henrique Amorim

        Jaques Wagner governador da Bahia fala e diz




        Sergio Cabral diz:




        Proteja-se dos e-mails falsos que ajudam o Serra

        É uma coincidência, mas a baixaria só beneficia o Serra
        O Conversa Afiada recomenda sugestão de navegante para ir ao site “anti-tucano”:

        http://anti-tucano.blogspot.com/2010/09/lista-de-emails-falsos-contra-dilma.html
        Aproveite para ler esse artigo do Ivo:

        A campanha Dilma descobriu a pólvora.

        Ivo Pugnaloni

        “Alguém está usando e-mails falsos para denegrir a candidata de Lula!”

        Ora, que novidade!

        Francamente, não foi por falta de aviso.

        O “Império” já fez isso e muito pior nas eleições na  Venezuela, na Ucrânia, na Moldávia, na Romênia, no Irã e mais recentemente na Colômbia, onde ficou célebre o “mago indiano Ravi Singh”…

        Aquele, que por sinal, já andou por aqui, na campanha Serra, mas que “não funcionou” e foi mandado embora ( mas sobre o qual  agora muita gente estará pensando: “será que ele não funcionou mesmo?” )

        E-mail falso é coisa antiga, mas muito eficiente.

        Até a campanha de Obama foi gravemente ameaçada por essa tática básica.

        Mas lá nos EUA a política não é uma brincadeira.

        E ninguém se impressiona mais com “gênios” e “gurus”, que mandam você fingir que não está acontecendo nada e o que vem de baixo não te atinge.

        Para combater as mentiras vindas do submundo, sem assinatura, a campanha Democrata criou uma página oficial de desmentir baixarias.

        Simples assim: ao apócrifo, Obama respondeu com o Oficial, o assinado, o verdadeiro.

        Nela, em vez de receber em seu computador e-mails falsos com baixarias,  os usuários eram convidados, nas inserções de televisão da campanha de Obama, a visitar um site onde já encontrava uma coleção das calúnias, vídeos, documentos e fotos falsificadas que os republicanos espalhavam sobre ele.

        A coleção de calúnias era aumentada todos os dias com a contribuição dos usuários, que eram convidados a enviá-las, de preferência com os e-mails que vieram junto com a mensagem.

        Junto, no site, havia o desmentido oficial, as provas da falsificação e ainda um grande e enfático pedido ao usuário que retransmitisse o desmentido para o maior numero de internautas.

        Tudo isso sem nenhuma observação do tipo “spam é feio, indelicado e politicamente incorreto”…

        Foi assim que operou Obama, desmistificando, tirando o ar de “segredo”, de verdadeira “revelação”, da informação falsa que “misteriosamente” chegava ao e mail individual de cada usuário.

        E você sabe, para o iniciante de internet, o que é “misterioso” tem valor…faz quem recebe a informação parecer único, especial, superior, diferente da massa que apenas vê TV…

        A campanha Dilma teria percebido isso mais cedo e tomado essa providencia básica, de criar um site de desmentido, se não estivesse contaminada por três erros.

        O primeiro erro é o clima de “já ganhou” ,não da candidata que leva tudo bem a sério, nem da direção, mas da própria militância, contaminada compreensivelmente talvez pelo comodismo natural da campanha midiática e pelos institutos de pesquisas, que podem ter inflado os índices para cima, atrapalhando mais o trabalho político do que quando os põe para baixo.

        O segundo erro é acreditar muito no efeito da TV, veículo cuja credibilidade vem sendo erodida diariamente, esquecendo de convidar a militância ( não a paga, mas a voluntária) para a discussão nas ruas, para a panfletagem, para as portas de fábricas, para os terminais de ônibus.

        O terceiro erro foi achar que o email é “coisa do passado”e que a moda agora é o twitter, as redes sociais e parafernálias a que a grande massa de internautas não tem acesso por serem ainda muito complicadas.Acontece que a maioria da população e principalmente a nova classe C só comprou seus computadores há poucos anos ou até meses.

        Assim, a grande massa de usuários, não consegue ainda usar e ter acesso às complicadas ferramentas que os entendidos acham “o must” e recomendam, em lugar do “ultrapassado e mail”…

        Quem pensa assim, e esquece que essa enorme massa consegue perfeitamente receber e mails falsos com links que a levam a vídeos falsos contra a Dilma no Youtube, pois seus endereços podem ser captados facilmente por sistemas de inteligência dedicados a obter e mails válidos na internet.

        Afinal, se isso fosse difícil, não receberíamos dezenas de e mails por dia, anunciando “milhões de e mails válidos para a sua empresa vender mais”.

        Essa terceira praga espalhou um tipo de “bom-mocismo” irracional, ingênuo e despolitizado entre a militância da campanha Dilma, dizendo coisas como:


        1.      “Mandar e mail para quem você não conhece é feio e isso não deve ser usado, pois isso é spam e o spam é politicamente incorreto” ( mas o outro lado pode mandar dezenas de spams por dia para a minha caixa..)


        2.      “O e-mail é coisa do passado, a moda é o twitter e as redes sociais”, ( na verdade só uma minoria de internautas usa essas coisas, mas com várias identidades, principalmente para paquera, dando a impressão que são muito mais usuários do que realmente são );


        3.      “Não adianta a campanha fazer vídeos desmentindo boatos, pois fazendo assim nós estaríamos entrando no mesmo nível dos adversários. O melhor é fingir que não está acontecendo nada e cada um fazer seus próprios vídeos e colocar no Youtube,de preferência  engraçados, para se tornarem “virais” ( sem comentários…)


        Esses conceitos, copiadas de algum livro escrito pelo mais novo sabichão da moda “nos States”, desarmou nossa militância, deixando-a pensar que sozinhos, os blogs particulares de abnegados jornalistas e militantes de esquerda, o twitter e os facebook da vida resolveriam o problema e conseguiriam fazer frente à mídia pró-Serra, que tem mais de 60 anos de experiência em dar golpes de estado e fazer oposição com tecnologia.

        Para tentar recuperar os estragos não é difícil. Mas exige determinação e urgência:

        a.      Colocar no ar, imediatamente uma página de desmentidos, do tipo “É mentira deles!”, parecida com a do Obama.( por falar nisso: o PT não havia contratado uns especialistas da campanha do Obama? Onde eles andam? Que dizem?)


        b.      Divulgar o endereço de internet da página “É mentira deles” em todos os cartazes, folhetos e “santinhos” da campanha e principalmente, na campanha de TV e rádio, dizendo que só desesperados e gente sem proposta, que quer ganhar a eleição a qualquer custo, faz aquilo.


        c.      Usar o enorme tráfego que isso irá gerar para essa página, para mostrar, na condição de vítima das calúnias e do bloqueio da mídia, todas as propostas de Dilma, em detalhes, e principalmente os números e as realizações do governo Lula, que a mídia golpista esconde há oito anos.

        No tempo do movimento para depor Sarney e dar o golpe tipo Honduras com Perillo e Gilmar Mendes, o senador Mercadante se queixou que “não agüentava mais a pressão de seus eleitores pelo Twittwer”.

        No Irã, mensagens falsas dizendo “Pai, estou cercada na praça, venha rápido!”, atraiam  milhares de pais desesperados para suas “manifestações espontâneas contra a fraude eleitoral”, onde se viam no meio de bombas e de correria…

        Até quando vamos acreditar que informática é um convento de freiras e que tudo ali é real e verdadeiro?

        Até quando vamos deixar de levar em conta que quem criou toda essa tecnologia  tem condição de dominá-la a tal ponto de com não mais que dez pessoas conseguir automatizar procedimentos de envio que são feitos aos milhões e disseminados, na ponta, às centenas, por milhares de militantes reais da direita?

        A revolução não será nem televisionada nem twittada, pessoal!

        Chega de acreditar em Papai Noel e só em TV e apenas na militância virtual!

        Vamos convocar para as ruas a militância consciente e organizada, como fazíamos no passado, pois a maioria de nós só espera um chamado, uma hora e um local, que nunca vem!

        Vamos colocar o bloco na rua, nos pontos de ônibus, distribuindo folders com a comparação Lula x FHC, as propostas de Dilma e com o endereço da nossa página de desmentidos, a “É mentira deles”, ou qualquer outro nome que os marqueteiros queiram dar.

        Temos que fazer do limão da calúnia uma limonada e um autêntico tiro no pé para eles.

        E rápido!