Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Um político na lata do lixo da história





As mais recentes revelações do site WikiLeaks mostram uma faceta do ex-senador Heráclito Fortes (foto) que muitos já imaginavam existir. O ex-senador prefere negar, como outros indicados pela WikiLeaks o fizeram. Heráclito não tem coragem de admitir ter sugerido ao então embaixador estadunidense Clifford Sobel que o governo dos Estados Unidos estimulasse a produção de armas no Brasil para conter supostas ameaças de Venezuela, Irã e Rússia, como revelou o site WikiLeaks.
O povo do Piauí julgou este senhor nas urnas, impedindo que ele tivesse mais oito anos de mandato no Senado. Na verdade, o Piauí livrou-se de um político pernicioso aos interesses nacionais. Quando Heráclito Fortes tinha mandato, os meios de comunicação de mercado lhe proporcionavam grandes espaços, sobretudo ao criticar pontos positivos da política externa do governo Lula e o próprio Presidente da República. Portanto, o Brasil consciente agradece ao povo do Piauí por mandar este Heráclito Fortes para o lixo, de onde se espera nunca mais saia.
Tem políticos do Demo e do PSDB que continuam por aí seguindo a mesma linha de Fortes. As revelações do site WikiLeaks mostram também como são promíscuas as relações de alguns políticos brasileiros com diplomatas estadunidenses.
A patota do Heráclito Fortes e adjacências não vai gostar nada da informação segundo a qual o governo da Venezuela anunciou ter ampliado suas reservas petrolíferas para 297 bilhões de barris. Se o fato for mesmo confirmado pela OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), a República Bolivariana da Venezuela se transformará no país com a maior reserva de petróleo do mundo, maior até do que a Arábia Saudita, aliadíssima dos Estados Unidos.
Falando em mundo árabe, a Tunísia está dando um exemplo de como é fundamental a mobilização popular. O povo nas ruas tirou um ditador corrupto, Zine El Abidine Ben Ali, que fugiu exatamente para a Arábia Saudita, levando ouro e tudo mais para viver nababescamente. 
Na área de imprensa, os jornalistas tunisinos estão fazendo uma revolução que deve servir de exemplo em muitas partes do mundo. Segundo o Le Monde, ao levarem a cabo a “Revolução do Jasmim”, os jornalistas estão assenhoreando-se da linha editorial nas redações, sem, por enquanto, exigir a saída de sua direção. Formam comitês de redação nos meios de comunicação do Estado, nos jornais privados vinculados ao antigo regime e até naqueles do ex-partido no poder, a União Constitucional Democrática, cuja dissolução as massas populares estão a exigir nas ruas. «Somos nós que vamos decidir doravante a linha editorial», garantiu o jornalista Faouzia Mezzi. O jornalista Taukif Ben Brik, ferrenho opositor do regime de Ben Ali, será candidato na eleição presidencial que deverá ocorrer dentro de seis meses.
Os donos do poder na Tunísia querem trocar o seis pelo meia dúzia, ou seja, que permaneça no poder o esquema anterior, apenas com a saída de Ben Ali. O povo e os jornalistas não aceitaram o jogo e almejam um novo país, sem esquemas corruptos e ditatoriais, do tipo que se subordina sem pestanejar aos ditames do mercado financeiro. O povo percebeu a manobra e segue nas ruas exigindo virar a página em definitivo.
Por aqui seguimos sob o impacto da tragédia na região serrana. Um esclarecimento, o que houve na região serrana não foi o evento natural com o maior número de mortos. O maior até agora ocorreu em 1967 na Serra das Araras, quando a encosta desabou matando entre 1.500 e 1700 pessoas, cujos corpos ficaram lá mesmo e não foram encontrados. Como naquele ano o país vivia em plena ditadura, muitas informações foram omitidas, mas não dá para esquecer o fato, como fizeram os jornalões e telejornalões de hoje.
E, para finalizar, vale assinalar que o município de São Lourenço segue sob a influência nefasta da Nestlé, que vem utilizando os poços de água mineral daquela cidade para fabricar água marca PureLife. Diversas organizações da cidade vêm combatendo a prática, por muitas razões.
Segundo informa a jornalista Carla Klein, para fabricar a PureLife, a Nestlé, sem estudos sérios de riscos à  saúde, desmineraliza a água e acrescenta sais minerais de sua patente. E a desmineralização de água é proibida pela Constituição. Cientistas europeus afirmam que nesse processo a Nestlé desestabiliza a água e acrescenta sais minerais em larga escala as águas minerais naturais, o que pode ter reflexos em outras cidades vizinhas.
Tem mais: como na Europa a campanha contra a Nestlé se intensificou e conta com apoio de Igrejas que denunciam o que acontece em São Lourenço, o próprio presidente da empresa tinha cedido às pressões e prometeu o fim dos trabalhos na cidade mineira. Aí sabem o que fez o governo tucano de Aécio Neves logo após a promessa do chefão da Nestlé? Baixou portaria regulamentando a atividade da empresa em São Lourenço. Ou seja, permitiu que a empresa multinacional continuasse a fazer o que sempre fez na corrida pelo lucro em detrimento da população. E tudo isso acontece sob o silêncio da mídia de mercado, que tem a Nestlé como grande ($$$$) aliada.

domingo, janeiro 23, 2011

Artista plástico Romero Britto celebra vitória de Dilma com anúncio no 'The New York Times'


Por achar a presidente Dilma Rousseff "uma coisa maravilhosa", o artista plástico Romero Britto decidiu homenageá-la.

Publicou, na edição desta semana da "The New York Times Magazine", a revista dominical do "The New York Times", um anúncio de página inteira.

Para tanto, calcula ter gasto US$ 20 mil (cerca de R$ 33,5 mil). Aos domingos, a tiragem da revista fica em torno de 400 mil exemplares.

Pernambucano com galeria em Miami, autor de murais ultracoloridos, Britto usou a peça publicitária para apresentar sua versão de Dilma ao público americano.

A presidente é retratada com as cores fortes que caracterizam a obra do artista, com pinturas nas bochechas que lembram o personagem Pablo do programa "Qual é a Música?", do SBT.

Acima da imagem, lê-se "parabéns, minha querida, a nova presidente do Brasil".Na sequência, o artista parabeniza "todas as mulheres da América Latina".

Britto diz que, dos amigos americanos, só ouve "comentários positivos" sobre a sucessora de Lula.

A empolgação pela "primeira mulher presidente", segundo ele, foi contagiante. Nos Estados Unidos durante as eleições, afirma ter feito questão de votar na petista lá mesmo.

Ele não sabe se Dilma já ficou a par da homenagem, mas disse que pretende presenteá-la com a arte em sua próxima visita ao Brasil. Espera que seja no Carnaval.

No anúncio da revista, abaixo da reprodução da pintura com o rosto da petista, há seis fotos da inauguração do Hospital da Mulher, em São João de Meriti (RJ), em março passado --quando a campanha eleitoral estava a pleno vapor.

Aparecem nos retratos Dilma, Britto, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e seu secretário de Saúde, Sérgio Côrtes.
*osamigosdopresidenteLula

sábado, janeiro 22, 2011

Duas brasileiras entre as companhias áereas mais inseguras


O primeiro acidente da TAM, assim como o da Gol, foi uma tragédia. O segundo acidente da TAM foi criminoso. Era um avião com problemas técnicos, que deveria estar parado para manutenção. Mesmo assim foi de Porto Alegre para São Paulo com tanque cheio (para economizar ICMS), completamente lotado de passageiros, caracterizando sobrepeso (conforme post colocado na época por um especialista). Mesmo assim pousou em Congonhas, com sua pista curta, em um dia de chuva.
Em país sério, dava inquérito em cima da companhia e das autoridades aeronáuticas.

Seu Nassif, isso é sério d+: entre as 60 maiores aéreas do mundo a TAM é a lanterna! Traduzindo, é a mais insegura do mundo! A Gol, para não ficar muito atrás, é a antepenúltima. Voe se com um barulho desses! Abs.
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,14777013,00.html
resas brasileiras são as últimas em ranking mundial de segurança aérea Lista é feita por um órgão conceituado no setor, cuja sede é em Hamburgo, na Alemanha. A TAM é a última da lista, que classifica as 60 maiores empresas aéreas do mundo conforme sua retrospectiva nos últimos 30 anos. 
Em 2010, morreram mais pessoas em acidentes aéreos do que no ano anterior: foram 829 mortes contra as 766 registradas em 2009. No entanto, nenhum desses casos envolveu alguma das 60 maiores companhias aéreas do mundo.
Todos os anos, os dados são compilados e publicados pelo Jet Airliner Crash Data Evaluation Center, Jacdec, órgão com base em Hamburgo, Alemanha, que reúne informações relacionadas à segurança do setor. O ranking, obtido pela Deutsche Welle, considera o número de passageiros transportados por quilômetro, analisa os últimos 30 anos da aviação civil.
De baixo para cima
A brasileira TAM aparece em último lugar da lista, o mesmo posto de 2009. Segundo o registro da Jacdec, a empresa já registrou seis acidentes desde a sua criação, em 1980, que custaram a vida de 336 passageiros.
Questionada pela Deutsche Welle sobre a má posição no ranking, a TAM ressaltou sua preocupação em seguir os altos padrões de segurança do mundo, "atendendo rigorosamente os regulamentos das autoridades brasileiras e internacionais".
Além disso, lembrou que em janeiro de 2010 a TAM renovou a certificação IOSA (IATA Operational Safety Audit), que é o sistema independente de avaliação "mais completo e aceito internacionalmente em segurança operacional", destinado a avaliar os sistemas de gestão e controles operacionais de companhias aéreas.
Outra companhia aérea do Brasil entre os últimos colocados é a Gol, fundada em 2001. Em 2009, a empresa era a penúltima colocada, e na edição atual subiu uma posição, trocando de lugar com a China Airlines. Também a Saudi Arabian e a Garuda Indonesia estão classificadas entre as cinco últimas.
Feito notável
O destaque do ranking de 2010 vai para sete companhias que nos últimos 30 anos não registraram acidentes graves, que tenham envolvido a perda de aeronaves ou mortes. Entre elas estão a alemã Air Berlin, fundada em 1979, a finlandesa Finnair, de 1923, e a portuguesa TAP, de 1946.
A australiana Qantas, a Air New Zealand, a Cathay Pacific (Hong Kong) e a japonesa All Nipon também compõem o seleto grupo. O incidente registrado em 2010 com o Airbus A380 da Qantas, no entanto, não tirou pontos da empresa porque o avião não sofreu perda total. Na ocasião, aeronave teve que fazer um pouso forçado em Cingapura depois da explosão, em pleno voo, de uma de suas turbinas.
A gigante Emirates obteve também a nota máxima no ranking da Jacdec, ficando em 9º. No entanto, a companhia dos Emirados Árabes ainda não completou 30 anos – foi fundada em 1985.
A Lufthansa, maior empresa alemã do setor e segunda maior do mundo em números de passageiros transportados por quilômetro (atrás da Emirates) caiu uma posição, para o 21º lugar. O último acidente aéreo da Lufthansa foi em 1993, com um A320 em Varsóvia, devido ao mau tempo, com duas mortes.
Mudanças no ranking
Esta é a primeira vez que a Air New Zealand, fundada em 1940, figura entre as primeiras da lista (3ª). O acidente mais grave da companhia, registrado há mais de 30 anos, não é mais considerado na avaliação. Em novembro de 1979, um DC-10 colidiu na Antártica e causou a morte de 257 pessoas.
Entre as grandes companhias europeias, a British Airways está em 20º lugar, a holandesa KLM aparece em 23º, a Swiss é 29ª, a Alitália está em 37º,  a Air France, em 41º, a Iberia, em 47º, e a Scandinavian Airlines, em 48º.
Autora: Nádia Pontes
Revisão: Roselaine Wandscheer
*LuisNassif

O nó dos médicos formados em Cuba





Cidadãos do Haiti (país ocupado pelos EUA com forças auxiliares dentre as quais brasileiras) preferem fazer longas filas diante dos hospitais de campanha montados pelos médicos cubanos logo após o terremoto que devastou o país, que enfrentar o risco dos médicos norte-americanos ou brasileiros.
O risco de médicos brasileiros e norte-americanos não diz respeito à competência, falo da barbárie instalada no país, seja pelo terremoto, é anterior a ele, seja pelas forças de ocupação. Não estão nem aí para a epidemia de cólera, o problema é outro, dentre eles, petróleo.
Cuba não integra o esquema decidido pela OEA – Organização dos Estados Americanos – e está lá por pura solidariedade.
Os médicos norte-americanos, todos formados em portentosas universidades, receberam ordens do comando militar dos EUA proibindo-os de recorrer aos cubanos. Se o paciente vai morrer, paciência; é um sacrifício em prol da “democracia”. Para os cubanos é uma vida que deve ser salva.
Questão de eficiência, a medicina cubana. Questão de propaganda, toda a parafernália tecnológica dos terroristas de Washington.
A cólera e doenças outras varrem o Haiti. Militares norte-americanos e seus apêndices (brasileiros, etc.) entendem que o assunto deva ser tratado a bordoada e o fazem dessa forma.
EUA no Haiti
Todo esse processo “democrático” em favor da “reconstrução” do Haiti pode terminar em Baby Doc - Jean Claude Duvalier - eleito presidente da república. É mais fácil de ser comprado e há reservas significativas de petróleo no Haiti.
Já o povo... Como o próprio povo norte-americano é adereço no mundo neoliberal, gerido por conglomerados, o maior deles o EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.
O Brasil discute a partir dos interesses dos grandes grupos que controlam a saúde e se beneficiam do festival de privatizações e terceirizações nos três níveis de governo, se o curso de medicina em Havana, onde estão centenas de jovens latino-americanos, preenche as exigências mínimas que o formando seja um bom médico.
Preenche sim, só não preenche os objetivos dos donos da saúde e seus cofres.
Os médicos formados em Cuba têm sido capaz de mostrar competência e eficiência em campos que médicos de faculdades centenárias dos EUA, ou qualquer outro país, não conseguem mostrar, ou mostram igual.
É preciso entender que um cirurgião do porte de Adib Jatene, por exemplo, é como se fosse um Picasso, ou Van Gogh na matéria. Essa é a exceção e não a regra. E Jatene tem consciência social, é bom que se diga.
Há uma diferença abissal entre o ensino de medicina em Cuba e o ensino de medicina no Brasil, se levarmos em conta o nível das faculdades privadas – em sua esmagadora maioria – a diferença fica insuperável.
Escuela Latinoamericana de Medicina - Cuba
É de formação, começa aí. O médico formado em Cuba, com um currículo que o torna apto a ser médico em qualquer parte do planeta, tem a visão de mundo a partir de políticas públicas de saúde, de saneamento básico. O médico brasileiro, se não for integrante das quadrilhas que dominam o setor, vai carregar uma cruz sem tamanho e sabe que vai trabalhar pelo menos doze horas por dia a troco de um salário de irrisório. Qualquer avanço que queira obter, especialização, pós, mestrado, doutorado, etc., vai depender dele, do esforço dele.
Já vi, e muitos vimos, médicos do setor público desesperados por falta de condições mínimas de trabalho e sabedores que o paciente tal ou qual vai acabar morrendo em decorrência disso. O desespero? A impotência diante do descalabro que é o setor.
A questão das doenças mentais no País, que deveria ter tomado um rumo diverso do atual, desde a aprovação de um projeto de lei que reduziu o internamento (mas mais que isso, marcou a base para políticas públicas de saúde mental), é caótica.
A imensa e esmagadora maioria dos planos de saúde, todos subsidiados com verbas públicas, tem restrições a tratamentos psiquiátricos.
UNIPAC - Juiz de Fora
A família Andrada (corrupta desde que chegou aqui com a corte portuguesa em navio chapa branca) opera em Minas Gerais uma arapuca chamada UNIPAC – Universidade Presidente Antonio Carlos.
Tem um curso de medicina na cidade de Juiz de Fora com todas as deficiências possíveis, tanto que não é reconhecido pelo Ministério da Educação, mas “reconhecido” pelo ex-governador Aécio Neves (doublê de político e alucinado).
O reconhecimento ou não do diploma dos médicos formados em Cuba é um debate que se dá exclusivamente por conta dos interesses dos grandes grupos de saúde em não ter a perspectiva de médicos formados com visão de saúde pública.
Do contrário, ao invés de termos aqui a discussão sobre a validade ou não dos diplomas dos médicos formados em Cuba, teríamos outra, uma sobre lobbyists, deputados, senadores, etc., defendendo grupos privados de saúde, políticas de privatização e terceirização do setor que simplesmente matam ou abandonam seus associados.
Os alunos que freqüentam a faculdade de medicina em Havana, por exemplo, são deportados se de outros países e expulsos se cubanos, no caso de cola. No Brasil não foram julgados e exercem a medicina médicos que, quando calouros, mataram um companheiro num trote irracional, como quase todo trote. Permanecem impunes.
Brasileiros na ELAM
A carga cubana horária é intensa, os professores têm, de fato, dedicação exclusiva. Os livros são reaproveitados e gratuitos. Uma das exigências para a matrícula é que o aluno tenha feito o ensino básico em escolas públicas (para os não cubanos). O currículo ensejou um nível na medicina reconhecido em todo o mundo a despeito do imoral bloqueio terrorista dos EUA.
Os alunos dedicam-se exclusivamente ao estudo, recebem moradia, alimentação, tratamento médico e odontológico gratuitos, têm momentos de lazer e prática esportiva e tudo a custo zero.
A diferença é na formação (embora não seja regra geral, mas é quase).
São médicos formados para a medicina popular e não para o capitalismo, o lucro.
Não há quem morra na fila de um SUS em Cuba e sobre esse assunto o cineasta Michael Moore mostra num documentário quais as diferenças entre a medicina cubana, a saúde pública e a estupidez nos EUA.
O que há em relação aos médicos cubanos é discriminação.
O Brasil é um país onde a mídia é podre. Mídia privada, corrupta e dominada pelos grandes grupos. A informação tem dois objetivos. Desinformar e alienar.
Pouco ou nada se fala da ação dos médicos cubanos no Haiti.
Ou qualquer avanço relacionado à medicina que aconteça em Cuba. Deixam sempre uma dúvida, deliberada, planejada.
O brasileiro, por exemplo, não tem a menor idéia – a esmagadora maioria – que os planos de saúde são subsidiados por verbas públicas da saúde num dos grandes “negócios” para enriquecer uns poucos.
O ideal, ao invés da discussão sobre o valor ou não dos diplomas cubanos seria um teste.
Por exemplo. Entregar duas cidades brasileiras de porte médio a um grupo de médicos formados em Cuba (uma das cidades) e a outra a grupos privados de medicina brasileiros.
Médico por médico não haveria diferença alguma (exceto se prevalecer a bandalheira e os médicos formados pelos Andradas aparecerem, não conhecem nem esparadrapo). Andradas e outras faculdades privadas.
No quesito saúde pública, não tenho dúvidas, os cubanos dariam banho, como dão. E pelo mundo inteiro.
Medicina pública envolve todas as especialidades e políticas públicas de saúde voltadas para todas as pessoas.
Onde existe medicina preventiva no Brasil exceto nos comerciais de governos dos estados ou dos municípios?
Roseana Sarney
A preocupação de Roseana Sarney, por exemplo, é com contas e empresas no exterior. Dinheiro roubado ao povo do Maranhão e, lógico, boa parte da Saúde.
E aí fica difícil dizer que o ensino da medicina em Cuba é deficiente em relação ao Brasil.
A tal “deficiência” são os “negócios”.
Ou o índice de mortalidade infantil mais baixo do mundo, informação da ONU – Organização das Nações Unidas.
A Bolívia mantém centenas de médicos cubanos em seu país para implantar políticas públicas de saúde. O modelo cubano como preferem dizer alguns. Quando Evo Morales – Presidente da Bolívia – fala:“dizem que somos pobres, mas não somos pobres não, somos indígenas”, está mostrando de forma linear, clara, que os valores reais que contam na vida prevalecem ali, ao contrário dos valores de qualquer pilantra da área de saúde em governos brasileiros (qualquer nível), louco atrás de um contrato de terceirização.
E ainda mais agora com o megalomaníaco ex-secretário de saúde de Minas, Marcus Pestana, deputado federal. Se deixar por conta de gente assim privatiza-se o próprio paciente.
Que tal um debate franco sobre as faculdades de medicina privadas no Brasil? Os subsídios a planos de saúde? Os crimes cometidos por planos de saúde ao negar-se ao cumprimento da lei?
O debate sobre se os médicos cubanos têm formação acadêmica à altura dos brasileiros é pretexto para encobrir a transformação do setor num grande “negócio”.
O médico brasileiro, o médico comum, aquele que batalha o dia-a-dia, ao contrário dos “donos dos negócios”, paga, cá na ponta, o preço da ineficiência perversa, portanto deliberada, do modelo brasileiro de Saúde.
Sei de médicos que em postos de saúde públicos mandaram comprar uma simples aspirina com dinheiro do próprio bolso e ainda foram criticados e advertidos por isso.
O debate é esse. Médicos brasileiros submetidos a regime de semi-escravidão nos plantões dos grandes hospitais privados e um sem número respondendo a processos por “erros médicos”, pois a corda sempre arrebenta do lado mais fraco.
O problema é esse, não é se os médicos cubanos estão ou não aptos a exercer medicina com formação adequada e correta. Estão sim, em qualquer lugar.
É difícil explicar ou sustentar que médicos que obtém resultados ótimos, num conjunto de políticas públicas, como obtêm os cubanos, repito; os índices mais baixos do mundo em mortalidade infantil, o êxito no tratamento da cólera no Haiti, não tenham formação devida para o exercício da medicina aqui.
É tapar o sol com a peneira, é diagnosticar gravidez como “barriga-d’água”.
Medicina dos "Lobbyists"
O nó é aí, não é no diploma dos médicos formados em Cuba.
Lobbyists, deputados, senadores, mídia privada corrupta atiram para um lado tentando desviar o foco real do assunto e levando as pessoas a pensarem como se fosse a realidade delas os grandes “negócios” que os donos realizam.
Quando José Serra era ministro da Saúde cismou de realizar um mutirão de saúde, operar milhares de pessoas em todo o Brasil durante determinado número de dias e foram os médicos cá da ponta, os do plantão, os do dia a dia nos postos de saúde, que disseram “não” a essa proposta de genocídio. Os donos dos hospitais, das grandes clínicas, sorriram de uma ponta a outra da boca.
O diploma de médicos cubanos e sua validade ou convalidação no Brasil é pretexto para esconder perversidade e corrupção.
Só isso, mais nada, o resto nem detalhe é.
Laerte Braga
By: Postado e ilustrado por   castor filho
*comtextolivre

sexta-feira, janeiro 21, 2011

eira, 21 de janeiro de 2011

Após falência nas eleições de 2010, o PPS quer virar a casaca e abandonar a oposição

O combalido PPS virou partido nanico nas últimas eleições, elegendo apenas 12 deputados (tinha 22 no fim de 2006). Ficou atrás de legendas como o PV e PCdoB (15 eleitos) e PSC (17).

Aliás, nas últimas eleições, o PPS já se comportou como legenda de aluguel para José Serra, quando cedeu o horário semestral do partido na TV para o demo-tucano fazer campanha, coisa proibida pela lei.

Agora quer parar de chamar o bolsa-família de "esmola" (como tanto fez o ex-comunista-arrependido convertido à direita Roberto Freire) e formar um bloco "independente", não oposicionista, com o PV (cuja tendência é compor a base governista no governo Dilma, mesmo preservando o projeto de candidatura própria em 2014).

Na prática, como tantos outros partidos nanicos, o PPS confirma a adesão ao fisiologismo político, rasgando o discurso feito no período eleitoral. O presidente do partido, Roberto Freire, nos últimos anos já havia ganho cargos em SP para apoiar as candidaturas neoliberais de José Serra e Kassab.
*amigosdopresidentelula

OBAMA LAMBE AS BOTAS DE COMUNISTA CHINÊS E A IMPRENSA INTERNACIONAL ACHO ISSO BONITO E NORMAL



Esse não deve ser o livro de cabeceira do Obama
 
A China e os Estados Unidos tem algo em comum, a lhes unir, além da economia.
O gosto pela censura às liberdades individuais, de imprensa, de expressão, pela tortura e a pena de morte.
A China censura o Google.
Os EUA o WikiLeaks.
Uma vergonha bilateral.
Que a imprensa internacional engole em seco.
Obama está à frente de uma nação que sente calafrios quando o assunto é Hugo Chaves e Mohamad Ahmadinejad.
Hu Jintao não é menos ditador que Fidel Castro.
Na China as mulheres ainda tem aborto forçado pelo Estado.
Na China cujo presidente é recebido com tapete vermelho na Casa Branca, ainda se matam crianças nascidas fora do controle familiar.
Presos políticos são mortos sob brutal tortura e sem direito a julgamento – como em Guantânamo.
A China, inexplicavelmente faz parte do Conselho de Segurança da ONU.
Talvez por ter um arsenal atômico e militar tão poderoso quanto o dos EUA e Israel.
Coisa que o Irã não tem o direito de ter.
O que a imprensa internacional acha tudo muito natural.
Mas não é.
A cobertura parcial e passional da mídia brasileira à visita do presidente chinês aos Estados Unidos é uma afronta aos direitos civis e humanos aqui, na China e qualquer parte do mundo.
O G1, portal da Globo, e a Folha On Line que apoiaram o regime militar ditatorial de 64, não escreveram juntos mais do que vinte linhas sobre os direitos humanos na China.
Porque eles simplesmente não são respeitados naquele imenso país asiático.
A quem interessar saber um pouco mais do comunismo chinês e suas atrocidades sugiro a leitura do livro “Cisnes Selvagens – Três filhas da China”, de Jung Chang.
Editores, redatores, colunistas e repórteres – sobretudo da conservadora e nada imparcial imprensa nacional – que babam Barack Obama que por sua vez baba Ju Jintao e tem horror a Lula e Dilma Rousseff, deveriam conhecer aquela obra histórica, revolucionária e impactante.
Deveriam, sim, porque a imprensa brasileira precisa, mais do que nunca, romper com os velhos mitos que a persegue
*cronicasdoorlando

Mais de 3 mil protestam contra tarifa de ônibus em SP; PT quer ver planilha de custos

Nova manifestação contra o aumento da tarifa do ônibus em São Paulo reuniu aproximadamente 4 mil pessoas, segundo os organizadores,que percorreram a Paulista, saindo da praça do ciclista até o final da avenida, na praça Oswaldo Cruz. Segundo a Polícia Militar havia entre 2,5 mil a 3 mil manifestantes.
Ao lado dos manifestantes, o vereador José Américo, líder da bancada do PT na Câmara, disse que vai requerer à Secretaria de Transportes uma planilha explicando o aumento de R$ 2,70 para R$ 3. “O secretário precisa explicar o porquê de a tarifa subir acima da inflação. Outro dado é que o transporte público precisa melhorar, mas ele está cada vez pior. Falta ônibus, por exemplo.”
A manifestação, liderada pelo Movimento Passe Livre, é a segunda deste ano. Na última quinta (13), mais de 700 pessoas participaram de passeata pelo centro de São Paulo.
Para a integrante do Bloco ANEL às Ruas (Assembléia Nacional dos Estudantes - Livre), movimento estudantil que faz contraponto a UNE, é um absurdo fazer o trabalhador pagar tanto para se deslocar. "O transporte ainda por cima é caro e horroroso, sempre lotado e demorado. Isso faz com que as pessoas fiquem presas nos seus bairros e não aproveitem a vida cultural da cidade", desabafa.
A passeata incluia na sua maioria estudantes, mas havia também professores, trabalhadores. "Esse aumento é completamente desproporcional ao aumento da inflação e todos os trabalhadores tem dificuldade para arcar com os custos do transporte" aponta Pablo Ortellado, professor da Universidade de São Paulo.
Ortellado ainda comentou a ação da PM na manifestação da semana passada que terminou com atos de violência e 31 manifestantes detidos. " Foi um ato covarde da polícia e está claramente comprovado que os manifestantes estavam seguindo seu curso e foram atacados de uma maneira muito violenta e gratuita".
Durante o percurso pela avenida Paulista, os manifestantes ficaram sentados na altura do metrô Brigadeiro durante 10 minutos. Um helicóptero da PM sobrevoava a região.
Segundo a Polícia Militar, a manifestação é pacífica. "Desde o início do protesto, a PM e os líderes têm tido contato próximo e isso ajudou no andamento", disse o tenente André Luís Zandonadi.
*com textolivre

quinta-feira, janeiro 20, 2011

A IMPRENSA CORRUPTA BRASILEIRA , GOLPISTA E ULTRA RACISTA É CONTRA TUDO.É UM BALUARTE DA "ELITE"







É CONTRA O BOLSA FAMÍLIA , O PROUNI , O MINHA CASA,MINHA VIDA , É FERRENHO O ATAQUE AO ENEM OU QUALQUER PROGRAMA QUE LEVE INSTRUÇÃO AO POVO BRASILEIRO , ATACOU O SISTEMA DE COTAS MOSTRANDO TODO O SEU RACISMO E , AINDA , TENTA DIUTURNAMENTE DESQUALIFICAR AS AÇÕES DO GOVERNO , MAS SE ACHA NO DIREITO DE COBRAR SOLUÇÕES. NÃO TEM ESSE DIREITO.

Sarah Palin e outras violencias

Home of the brave

A sociedade do herói solitário
Luiz Gonzaga Belluzzo
CartaCapital

Há, nos Estados Unidos, um culto à violência e não é difícil perceber as razões. Ao vingador tudo é permitido. Até matar inocentes

De tempos em tempos, os americanos são abalados por uma tragédia devastadora, como a que aconteceu recentemente no Arizona. Jared Lee Laughner disparou contra um grupo de pessoas que se reuniam em torno da deputada federal Gabrielle Giffords.

Esses massacres coletivos fazem parte da vida social nos Estados Unidos. Homens crédulos, de boa-fé, talvez fossem surpreendidos pela ausência, na mídia de todos os cantos, de textos que tenham registrado a persistência de um padrão tipicamente americano de resolução de conflitos pessoais e políticos. Entre tantos episódios da mesma natureza no jornalismo dito investigativo, poderia relembrar que, há poucos anos, no Arkansas, dois meninos, armados e paramentados como se fossem participar de uma operação de guerra, atiraram e mataram alunos e professores da escola onde estudavam. Se massacres como esse tivessem ocorrido apenas uma vez, já seria caso de a sociedade americana ficar com a pulga atrás da orelha.

As matanças no atacado repetem-se com tal frequência e regularidade que não haveria surpresa se um americano, em vez do minúsculo inseto, encontrasse um elefante passeando atrás de seus ouvidos. É fácil descobrir que certa “cultura da violência” é instilada nos lares pelos meios de comunicação. A dita cultura da violência, disseminada, de fato, pelos âncoras e comentaristas radicais da Fox News, não é produzida nos bastidores das emissoras de televisão ou nas redações dos jornais. Ela é gestada no interior da sociedade americana.

Há, nos EUA, um culto à violência e não é difícil perceber as razões. Suas origens estão na concepção peculiar do povo sobre algumas questões cruciais. A liberdade individual, por exemplo, está acima das conveniências sociais. Quantas vezes o cinema e a literatura americanos não celebraram a figura do cavaleiro solitário, aquele indivíduo dotado de uma coragem e um senso de justiça extraordinários, destinado a impor a ordem e a moralidade à sociedade corrupta e às instituições ineficazes. Nos filmes de faroeste, quase sem exceção, a moral da história era esta: o xerife é covarde, os juízes são corruptos e os bandidos, audazes. Se a coisa é assim, nada mais resta ao homem de bem senão executar, pelas próprias mãos, os ditames da moral e da justiça, inscritos na ordem natural, e, portanto, carregados na alma, desde o útero materno, pelos indivíduos.

Isso significa que o indivíduo é naturalmente bom, capaz de discernir entre o justo e o injusto, o certo e o errado. A sociedade e as instituições, pelo contrário, são corruptas e corruptoras. Não são outros os fundamentos da ideologia do Tea Party. Para esse aglomerado de gente desinformada, de baixo nível cultural e convencida da excepcionalidade americana, os compromissos típicos da democracia que afirmam defender são obstáculos para a realização da “verdadeira justiça”, aquela que está, desde a concepção, no coração dos homens. As instituições da sociedade, sobretudo o Estado, com suas instâncias de controle, suas leis ambíguas e seus métodos de punição insuficientemente rigorosos, vão transformando a Justiça numa farsa, num procedimento burocrático e ineficaz.

Não por acaso, são tão bem esculpidas as figuras do xerife ou do policial que se desembaraça das limitações dessas instituições corruptas e corruptoras para se dedicar à limpeza da cidade. A sociedade está suja, contaminada pelo vírus da tolerância. Só o herói solitário pode salvá-la, consultando sua consciência, recuperando, portanto, a força da moral “natural”, aquela que Deus infunde no coração de cada homem.

O herói solitário, ao contrário do comum dos mortais, não permite que a pátina de compromissos e tolerância, acumulada pela vida social, encubra a lei moral inscrita na alma humana.

A crise econômica e as hesitações de Obama e dos democratas lançaram os desempregados, os semiempregados, os desesperados e desesperançosos de todo gênero nos braços dos apoiadores de Sarah Palin, cuja retorica é, sim, digna de Goebbels se, por acaso, ele tivesse sido vitimado por uma atrofia mental. Os grupos patrióticos estão armados não só de pistolas e metralhadoras, mas dos métodos e convicções do assim chamado fascismo participativo, a ideologia agressiva da extrema-direita americana hoje. Não foi Sarah Palin e sua retórica agressiva que deram origem ao Tea Party. Muito ao contrário, foram as condições sociais e econômicas dos últimos anos que engrossaram as hostes dessa caricatura do individualismo intolerante.

Ao vingador tudo é permitido. Até mesmo matar inocentes. Aliás, não há inocentes, porque os complacentes com o Estado corrupto são igualmente corruptos.
*esquerdopata