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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 01, 2011

Lula na estrada contra a fome no mundo

O presidente Lula, é uma das principais lideranças mundiais, apoiando a campanha contra a fome, da ONG Oxfam, lançada mundialmente hoje.

Lula gravou um vídeo (acima) e concedeu uma entrevista para a campanha, falando sobre a responsabilidade dos governos de todo o mundo garantirem a segurança alimentar de toda a população.

De acordo com um novo estudo da Oxfam, décadas de progresso contra a fome estão atualmente sendo revertidas devido ao disparo do preço dos alimentos e ciclos intermináveis de crises alimentares regionais, seja por especulação, sejam por questões ambientais. A Oxfam defende mudança na forma de produzir e distribuir os alimentos.



*osamigosdopresidentelula

terça-feira, maio 31, 2011

deus americano

Na avaliação da presidenta Dilma, o futuro já chegou para o Brasil e o Uruguai


Presidenta Dilma Rousseff e o presidente do Uruguai, José Mujica, durante declaração à imprensa, em Montevidéu. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Viagens internacionais Os governos do Brasil e do Uruguai reativarão, até o fim de 2011, a conexão ferroviária entre os dois países, nos trechos Santana do Livramento – Cacequi (RS) e Rivera – Montevidéu, e irão acelerar as obras da ponte sobre o Rio Jaguarão. A informação é da presidenta Dilma Rousseff, que concedeu declaração à imprensa ao lado presidente do Uruguai, José Mujica, nesta segunda-feira (30/5), em Montevidéu, onde realiza visita oficial.
Dilma Rousseff afirmou que Brasil e Uruguai seguirão adiante com os grandes projetos de integração física, logística e energética, fundamentais para o desenvolvimento da região fronteiriça, num esforço de “criar uma sinergia de desenvolvimento entre o norte do Uruguai e o sul do Brasil”. Segundo a presidenta, os governos darão prioridade também aos trabalhos de dragagem, sinalização e balizamento para a implantação da hidrovia Uruguai-Brasil, utilizando a Lagoa Mirim como portal de entrada e de escoamento “em prol do desenvolvimento integrado econômico e social” da região.
Ouça abaixo íntegra da declaração à imprensa concedida pela presidenta Dilma Rousseff, durante visita de Estado ao Uruguai:
Na área de inovação, ciência e tecnologia, a presidenta deu ênfase à implantação da TV digital no Uruguai, que adotou o modelo nipo-brasileiro, e citou acordos bilaterais nos campos da biotecnologia, nanotecnologia, tecnologias da informação e telecomunicações. “Tais esforços incorporarão importante vertente educacional”, completou. Disse, ainda, que Brasil e Uruguai adotaram – a partir do encontro em Montevidéu – um plano de ação conjunto para a massificação do acesso à internet em banda larga.
“Nos nossos países o futuro já começou”, defendeu a presidenta.
Quanto à cooperação em temas sociais, Dilma Rousseff comunicou a assinatura do memorando de entendimento na área de habitação e planejamento urbano, por meio do qual o Brasil irá compartilhar a experiência do programa Minha Casa, Minha Vida. Além disso – continuou a presidenta – foi firmado acordo relativo à segurança pública, que estabelece base jurídica para iniciativas de cooperação entre os países.
Outro ponto importante da reunião, segundo a presidenta brasileira, foi a criação de marco jurídico para o aumento do intercâmbio bilateral de energia elétrica. Pelo acordo firmado, os países contarão com o suprimento adicional da linha de transmissão de 500 kV que será construída entre San Carlos e Candiota, com conclusão prevista para 2013.
“As decisões tomadas nesta visita consolidam o que nós acreditamos ser uma relação estratégica entre o Brasil e o Uruguai. Uma relação estratégica que deve olhar para o futuro (…). Temos o orgulho de poder dizer que somos uma das regiões que mais crescem no mundo”, disse.
Multipolaridade – O encontro entre os presidentes do Brasil e Uruguai foi oportunidade para se discutir o quadro internacional “extremamente complexo”, avaliou a presidenta Dilma Rousseff. Ela citou os vinte anos de criação do Mercosul e os avanços da Unasul “em prol da integração regional, da paz, estabilidade e segurança da América do Sul”.
Frisou, entretanto, a necessidade de um mundo multipolar, “no qual as responsabilidades dos Estados, grandes ou pequenos, sejam determinadas pela contribuição de cada um à paz, ao diálogo e à cooperação, e não pelo seu potencial de afirmação pela força ou pela ameaça do uso da força”.
“Coincidimos [Brasil e Uruguai] em nossa visão comum de um mundo multipolar e inclusivo”, frisou.
*blogdoplanalto

Alguns militares responsáveis por crimes contra a humanidade, como tortura e terrorismo de Estado, agem até hoje da mesma forma. Eles continuam correndo no ar, como se o que todos enxergam não devesse ser levado a sério.




Correndo no ar




Vladimir Safatle 

É possível que, em algum momento na história do Exército brasileiro, ter senso de humor tenha sido condição para integrar suas fileiras.

Era bom ter um tipo de humor típico dos desenhos animados em que a raposa persegue sua presa e acaba não percebendo que o chão acabou.

Ela continua correndo, mas no ar. Todos veem que seus movimentos são irreais, menos a raposa. Até o momento em que a farsa não tem como continuar e a raposa cai.

Alguns militares responsáveis por crimes contra a humanidade, como tortura e terrorismo de Estado, agem até hoje da mesma forma. Eles continuam correndo no ar, como se o que todos enxergam não devesse ser levado a sério.

Vez por outra, eles nos escarnecem ao irem à imprensa e falar que nunca torturaram, sequestraram e ocultaram cadáveres, até porque, segundo os próprios, nem sequer houve tortura como prática sistemática de Estado. Operação Condor foi delírio de documentarista desempregado.

Em breve, eles nos convencerão que nem sequer houve ditadura militar. Tudo teria sido só um conjunto de medidas preventivas para impedir o "grande golpe comunista", inexoravelmente em marcha.

Há alguns meses, o antigo ministro do Exército, Leônidas Pires Gonçalves, nos mostrou um pouco dessa arte cômica ao afirmar que Vladimir Herzog se suicidou, já que era uma "pessoa assustada e não preparada".

Dias atrás, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, comandante do DOI-Codi entre 1970 e 1974 (ou seja, no momento mais negro e brutal da história brasileira), nos mostrou a mesma habilidade ao dizer, nesta Folha, que nunca torturou ninguém, que a história contada por Persio Arida a respeito de sua tortura era uma farsa.

Da mesma forma, teria sido uma farsa a acusação da então deputada federal Bete Mendes ao identificá-lo, no começo da década de 80, como aquele que a tinha torturado. Ao ser réu em uma ação declaratória de tortura e sequestro impetrada pela família Teles, o coronel mais uma vez não titubeou e simplesmente negou tudo, mesmo que o juiz da 23ª Vara Cível de São Paulo tenha julgado a ação procedente.

Em qualquer outro país, torturadores como o coronel Ustra estariam na cadeia, tal como foram presos militares que fizeram o mesmo -como Manuel Contreras e responsáveis por crimes contra a humanidade, como Jorge Videla, Ernesto Galtieri e companhia.

Aqui, eles podem continuar a correr no ar. Assim, convivemos com responsáveis por crimes hediondos que acreditam poder apagar a história, insultar a memória, deixando a ameaça velada de quem diz: nunca fiz isso e, como nunca fiz, ninguém pode me impedir de não fazer novamente. Enquanto isso, ficamos esperando as raposas caírem.

*esquerdopata

A Falta de Vergonha de William Bonner



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Prá que toda aquela pose de galã e de dono da verdade exibidas pelo redator chefe do jornal nacional da rede globo de televisão se, ao voltar ao espelho do camarim, se vê diante de um mal caráter a serviço de patrões surrupiadores dos bens nacionais?

Posa de comandante-em-chefe do JotahieNa no Ar, selecionado, dentre papezinhos todos iguais, cidades previamente escolhidas a dedo, para mostrar sua melhor e pior escola da rede pública.
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Por que tanto cuidado com o povo desse glorioso país se não tem coragem sequer de enfrentar os patrões golpistas, uma única vez, e dizer: “Peraí, chefe! E a minha dignidade, onde fica?”
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Por que William Bonner calou-se vergonhosamente sobre mais esse escândalo envolvendo Ricardo Teixeira? Por que passaportes “diplomáticos” que só dão direito a salas Vips para os filhos do Lula são mais prejudiciais ao nosso querido Brasil do que bilhões de Reais roubados descaradamente dessa massa incalculável de brasileiros e brasileiras que adoram o futebol?
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Por que participam desse esquema nojento?... Porque é um falso brasileiro completamente descomprometido com o bem estar deste povo... Porque é um “quinta-coluna” torcendo para o “circo pegar fogo”.
http://mdemulher.abril.com.br/imagem/tv-novelas-famosos/interna-slideshow/bonner-fatima-89.jpg
Não tem vergonha sequer de convidar para esses atos de traição à Pátria, sua outrora exuberante Fátima Bernardes, nem de saber que os filhos serão cobrados por onde andarem, se é que têm coragem de andar por algum lugar.

Bastidores
Por: Rodolfo vasconcellos
*militanciaviva

Usura?



 

Tanto para sofrer um bocado, vamos ver alguns dados: os rendimentos dos Títulos de Estado de alguns Países da União Europeia, PIGS, Alemanha, Italia, Bélgica e França.
Dados actualizados às 08:33 de hoje.





Que significa isso?
Significa que a Grécia, por exemplo, para obter empréstimos, é obrigada a pagar juros de 16,09% no caso do reembolso ser feito no prazo de dez anos ou de 25,02% (!!!) para os empréstimos a dois anos.

Não só a Grécia não tem dinheiro agora, mas nos próximos dois anos terá que encontrar e devolver o dinheiro que foi emprestado mais 25,02% de juros.

Simplesmente: loucura.

Irlanda e Portugal estão melhor, mas não muito: estamos a falar sempre de juros que atingem (e ultrapassam) 10%.

Podemos chamar isso "usura"?
Tecnicamente: não.
Na prática: sim.


Ipse dixit.

Fonte: Bloomberg
*informaçãoincorreta

segunda-feira, maio 30, 2011

Charge do dia

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Presidente da África do Sul vai à Líbia fazer o que Obama deveria ter feito 

 

 

O Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, chegou hoje ao início da tarde a Tripoli (capital da Líbia) para promover uma "missão de boa vontade" junto do coronel Muammar Kadhafi, informou a agência francesa AFP.

O Presidente Zuma deve encontrar-se na capital com o líder líbio, para mediar um "roteiro para paz", proposta pela União Africana (UA).

A mediação da UA prevê um cessar-fogo e um período de transição que conduza a eleições democráticas, e enquanto foi emitido um apelo paralelo à OTAN (força militar composta pelos EUA e Europa) para interromper os bombardeios.

A proposta foi bem recebida pelo regime de Kadhafi, mas rejeitada pelos rebeldes, até o momento.

No domingo, o Congresso Nacional Africano (ANC, partido do Presidente Zuma e de Nelson Mandela na África do Sul) condenou os bombardeios da OTAN na Líbia.
*osamigosdopresidentelula

A bola murcha de São Paulo

Bolas murchas 
Crônicas do Motta

Embora seja a maior cidade da América do Sul, o município mais rico do Brasil, e uma das principais metrópoles do mundo, São Paulo corre o risco de dar um vexame histórico: o ministro do Esporte, Orlando Silva, deu prazo até o fim de julho para que a cidade mostre que tem condições de ser uma das 12 sedes da Copa do Mundo de futebol .

Segundo o ministro, nas últimas semanas de julho representantes da Federação Internacional de Futebol (Fifa) estarão no Brasil para eventos relacionados à Copa. Para ele, até lá, a construção do novo estádio paulistano e outras obras de preparação da cidade precisam ser iniciadas para que a capital paulista se garanta como cidade-sede. “O limite para São Paulo mostrar o que pretende em 2014 será o fim de julho, quando as autoridades da Fifa estarão aqui”, disse.

Silva afirmou ainda que a decisão da Fifa de não realizar a Copa das Confederações (torneio preparatório para a Copa do Mundo) em São Paulo é grave. É também um sinal de que a cidade não vem cumprindo os requisitos para receber o Mundial.

O vexame mais recente da cidade foi perder para o Rio de Janeiro a disputa para sediar o centro internacional de imprensa da Copa. Sem o centro, provavelmente sem o jogo inaugural, e sem a Copa das Confederações, São Paulo dá mostra da mediocridade de seus governantes, incapazes de perceber a importância do evento, numa atitude que mescla incompetência e provincianismo, e que desperta suspeitas de que há, por trás desse festival de bolas foras, interesses que não se revelam em público.

Segundo o ministro Orlando Silva, a “posição secundária” que a cidade vem assumindo no que se refere à Copa do Mundo é “uma crônica de uma morte anunciada”. Na sua avaliação, o governo estadual anterior não agiu como deveria e comprometeu a relevância da participação paulistana no Mundial. “O governador Geraldo Alckmin herdou uma situação de inércia do governo anterior”, disse. “Mas essa é a realidade, e ele vai ter que enfrentar junto com a prefeitura de São Paulo.” (Com Agência Brasil)

*esquerdopata