Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, julho 24, 2011

Brasil decide apoiar palestinos na ONU e irrita Israel

 

 

O governo Dilma Rousseff já se decidiu: em setembro, quando a Autoridade Palestina pedir para se tornar o 194.º país-membro da ONU, terá o voto brasileiro. A garantia de apoio foi passada ao presidente palestino, Mahmoud Abbas, por um mensageiro especial de Dilma, Luiz Inácio Lula da Silva, há menos de um mês. Lula prontificou-se ainda a pessoalmente ajudar Ramallah a conquistar votos de países em desenvolvimento.
Israel, do outro lado, tenta agora uma ofensiva para "contenção de danos". Dois integrantes do primeiro escalão do governo estão a caminho do Brasil. Um deles, Moshe Yaalon, vice do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, solicitou um encontro com Dilma - que deverá ser recusado pelo Planalto.
Os israelenses sabem que ao final não conseguirão reverter a decisão brasileira, mas querem evitar que Brasília "puxe votos" contra Israel.
"O objetivo do Brasil é ajudar a criar um fato político que empurre israelenses e palestinos para uma negociação direta. Do jeito que está, o conflito tende a se eternizar", explicou ao Estado o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. "A questão palestino-israelense é o foco de desestabilização do Oriente Médio", defendeu Garcia.
Em entrevista ao Estado de S. Paulo, o chanceler Antonio Patriota havia indicado que o Brasil "não terá dificuldades em votar a favor" do reconhecimento do Estado palestino pelas Nações Unidas.
Dilma discursará na sessão anual da Assembleia-Geral da ONU, quando virá à baila a questão. Ela será a primeira a subir à tribuna em Nova York, conforme a tradição que, desde 1947, reserva ao Brasil a abertura dos discursos de chefes de Estado, ministros e demais autoridades nacionais na plenária.
O reconhecimento dos palestinos pela ONU, porém, deverá passar ainda pelo Conselho de Segurança, onde provavelmente acabará vetado pelos EUA.
*comtextolivre

Baixa assinada: Para acabar com impostos sobre produtos tecnológicos para deficientes



deficiente
No Brasil, cerca de 27 milhões de pessoas – ou seja, mais de 10% da população – apresentam algum tipo de deficiência, e 70% delas vivem na linha da pobreza ou abaixo dela. A tecnologia pode melhorar, e muito, a qualidade de vida desses indivíduos. Porém, 90% dos produtos voltados a esse fim são importados, e pagam, em média, 60% em impostos para entrar no país. O resultado são preços elevados, restringindo o acesso a um grupo privilegiado da sociedade.

Assine o abaixo-assinado aqui

O movimento "#euassino" , criado pelo Olhar Digital, quer pressionar o governo federal a acabar com os impostos de importação sobre todos os produtos destinados a pessoas com deficiência. São itens como cadeiras de rodas especiais, bengalas com ultrassom, impressoras brailes, entre outros.

A ação começa com o incentivo ao uso da hashtag #euassino no Twitter, das 12h às 23h59 do próximo domingo, dia 24/7. No mesmo dia, o programa Olhar Digital, veiculado na Rede TV! a partir das 15:45h, exibirá uma matéria especial abordando o assunto e chamando a atenção da sociedade para o problema. As ações têm o objetivo de colher 600 mil assinaturas em um abaixo-assinado virtual (no endereço www.olhardigital.com.br/euassino), que será enviado ao Congresso para pressionar pela aprovação de um Projeto de Lei (PL 7916/2010) - que já está na Câmara dos Deputados – e que prevê o fim dos impostos de importação para produtos voltados a deficientes.

O objetivo é fazer com que o Brasil siga o exemplo de países europeus, que, na década de 1950, assinaram o Acordo de Florença. O documento prevê a isenção de impostos para importação de qualquer objeto usado para educação, progresso e inclusão das pessoas com necessidades especiais.

A tecnologia pode fazer toda a diferença para quem mais precisa dela. Participe dessa iniciativa: assine aqui e tuíte a hashtag #euassino no Twitter neste domingo!
do Olhar Digital
*Briguilino

Murdoch não é exceção; é a regra na mídia

Por Gabriel Brito, no sítio Correio da Cidadania:

Os últimos dias chacoalharam o Reino Unido com um escândalo nos moldes em que seus famosos tablóides adoram se lambuzar. Graças à sanha comercial que pauta os veículos de comunicação da atualidade, uma monumental rede de espionagem sustentada pelo jornal dominical News Of The World (NotW) veio à tona, escandalizando toda a comunidade britânica e internacional, especialmente com os desdobramentos que ainda se desenvolvem.

 Amorim: só nossa elite não vê a força do Brasil


 

Artigo imperdível do ex-chanceler Celso Amorim na Carta Capital:
A obsessão e o complexo de vira-lata
Até os jornais brasileiros tiveram de noticiar. Uma força-tarefa criada pelo Conselho de Relações Exteriores, organização estreitamente ligada ao establishment político/intelectual/empresarial dos Estados Unidos, acaba de publicar um relatório exclusivamente dedicado ao Brasil, -pontuado de elogios e manifestações de respeito e consideração. Fizeram parte da força-tarefa um ex-ministro da Energia, um ex-subsecretário de Estado e personalidades destacadas do mundo acadêmico e empresarial, além de integrantes de think tanks, homens e mulheres de alto conceito, muitos dos quais estiveram em governos norte-americanos, tanto democratas quanto republicanos. O texto do relatório abarca cerca de 80 páginas, se descontarmos as notas biográficas dos integrantes da comissão, o índice, agradecimentos etc. Nelas são analisados vários aspectos da economia, da evolução sociopolítica e do relacionamento externo do Brasil, com natural ênfase nas relações com os EUA. Vou ater-me aqui apenas àqueles aspectos que dizem respeito fundamentalmente ao nosso relacionamento internacional.
Logo na introdução, ao justificar a escolha do Brasil como foco do considerável esforço de pesquisa e reflexão colocado no empreendimento, os autores assinalam: “O Brasil é e será uma força integral na evolução de um mundo multipolar”. E segue, no resumo das conclusões, que vêm detalhadas nos capítulos subsequentes: “A Força Tarefa (em maiúscula no original) recomenda que os responsáveis pelas políticas (policy makers) dos Estados Unidos reconheçam a posição do Brasil como um ator global”. Em virtude da ascensão do Brasil, os autores consideram que é preciso que os EUA alterem sua visão da região como um todo e busquem uma relação conosco que seja “mais ampla e mais madura”. Em recomendação dirigida aos dois países, pregam que a cooperação e “as inevitáveis discordâncias sejam tratadas com respeito e tolerância”. Chegam mesmo a dizer, para provável espanto dos nossos “especialistas” – aqueles que são geralmente convocados pela grande mídia para “explicar” os fracassos da política externa brasileira dos últimos anos – que os EUA deverão ajustar-se (sic) a um Brasil mais afirmativo e independente.
Todos esses raciocínios e constatações desembocam em duas recomendações práticas. Por um lado, o relatório sugere que tanto no Departamento de Estado quanto no poderoso Conselho de Segurança Nacional se proceda a reformas institucionais que deem mais foco ao Brasil, distinguindo-o do contexto regional. Por outro (que surpresa para os céticos de plantão!), a força-tarefa “recomenda que a administração Obama endosse plenamente o Brasil como um membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. É curioso notar que mesmo aqueles que expressaram uma opinião discordante e defenderam o apoio morno que Obama estendeu ao Brasil durante sua recente visita sentiram necessidade de justificar essa posição de uma forma peculiar. Talvez de modo não totalmente sincero, mas de qualquer forma significativo (a hipocrisia, segundo a lição de La Rochefoucault, é a homenagem que o vício paga à virtude), alegam que seria necessária uma preparação prévia ao anúncio de apoio tanto junto a países da região quanto junto ao Congresso. Esse argumento foi, aliás, demolido por David Rothkopf na versão eletrônica da revista Foreign Policy um dia depois da divulgação do relatório. E o empenho em não parecerem meros espíritos de porco leva essas vozes discordantes a afirmar que “a ausência de uma preparação prévia adequada pode prejudicar o êxito do apoio norte-americano ao pleito do Brasil de um posto permanente (no Conselho de Segurança)”.
Seguem-se, ao longo do texto, comentários detalhados sobre a atuação do Brasil em foros multilaterais, da OMC à Conferência do Clima, passando pela criação da Unasul, com referências bem embasadas sobre o Ibas, o BRICS, iniciativas em relação à África e aos países árabes. Mesmo em relação ao Oriente Médio, questão em que a força dos lobbies se faz sentir mesmo no mais independente dos think tanks, as reservas quanto à atuação do Brasil são apresentadas do ponto de vista de um suposto interesse em evitar diluir nossas credenciais para negociar outros itens da agenda internacional. Também nesse caso houve uma “opinião discordante”, que defendeu maior proatividade do Brasil na conturbada região.
Em resumo, mesmo assinalando algumas diferenças que o relatório recomenda sejam tratadas com respeito e tolerância, que abismo entre a visão dos insuspeitos membros da comissão do conselho norte-americanos- e aquela defendida por parte da nossa elite, que insiste em ver o Brasil como um país pequeno (ou, no máximo, para usar o conceito empregado por alguns especialistas, “médio”), que não deve se atrever a contrariar a superpotência remanescente ou se meter em assuntos que não são de sua alçada ou estão além da sua capacidade. Como se a Paz mundial não fosse do nosso interesse ou nada pudéssemos fazer para ajudar a mantê-la ou obtê-la.
*tijolaço

sábado, julho 23, 2011

Livro escrito por rabinos afirma que matar não judeus não é crime, mesmo sendo crianças

Um livro que está fazendo sucesso em Israel diz que assassinar um não judeu não é crime.
O nome do livro é A Torah dos Reis.
Seus autores são dois rabinos, Yitzhak Shapira e Yosef Elitzur.
E o mais grave é que o tal livro teve apoio de dois dos principais rabinos de Israel: Dov Lior e Yacob Yousef.
Além de afirmar que matar não judeu não é crime,  a obra( se assim podemos denominá-la) ensina  que matar crianças não judaicas também não é crime.
Mas atenção!
De acordo com o livro, as crianças só deverão ser assassinadas se houver suspeitas de que  elas poderão se tornar terroristas quando crescerem.
Ao ler tamanha estupidez no murdochiano site da BBC  AQUI, minha primeira reação foi dizer que os rabinos autores do livro são anencefálicos e os rabinos que os apoiaram são psicopatas.
Infelizmente não são uma coisa nem outra.
Nem anencefálicas e nem psicopatas.
São seres normais e o mais grave é que contam com o apoio de grande parcela da sociedade israelense.
Pobre humanidade...
*GilsonSampaio

91 MORTOS EM OSLO:
AS DIMENSÕES CATASTRÓFICAS DO MASSACRE E O IMPÉRIO DO PRECONCEITO 


A primeira reação da chamada grande imprensa diante dos atentados de dimensões catastróficas ocorridos em Oslo, em que morreram cerca de 90  pessoas, foi relacionar sua autoria a grupos terroristas islâmicos. O 'New Yok Times' chegou a divulgar um texto atribuído a um desses grupos,  que confirmava a autoria dos massacres. A informação foi rapidamente replicada em todo o mundo, sem qualquer investigação empírica, como algo dotado de uma lógica  autoexplicativa. Era falso. Tudo isso aconteceu antes que o próprio governo noruegues fornecesse uma pista para elucidar as motivações dos atentados. Quando se pronunciou, foi para advertir  que as maiores suspeitas recaíam sobre um noruegues branco, alto, louro, de olhos claros,  islamofóbico associado a grupos  de extrema direita  em Oslo, onde acontece a festa anual de entrega do Prêmio Nobel da Paz. O enredo não fazia sentido. Na pauta esfericamente blindada da narrativa dominante  quase não há espaço para interações entre extrema direita política e violência terrorista. É bom ir se acostumando. O estreitamento do horizonte social produzido por interesses financeiros que levaram o mundo a uma espiral ascendente de incerteza, desemprego e volatilidade gera impulsos mórbidos que a extrema direita historicamente instrumentalizou. Vide as duas guerras mundiais do século 20. Uma precipitação da mídia em circunstancias como essa envolve o risco, nada desprezível, de desencadear represálias violentas contra comunidades etnicas e religiosas em diferentes pontos do planeta. É inevitável lembrar que a manipulação do medo e do ódio nos EUA, através de mídias como a Fox News, de Rupert  Murdoch, após o repulsivo atentado de 11 de Setembro, pavimentou o caminho de uma guerra desordenada em busca de 'armas de destruição em massa', de resto nunca encontradas. Sobretudo em situações extremas, a pluralidade da informação de alcance isonômico mostra-se uma salvaguarda indispensável da democracia contra a manipulação do medo e da dor pelo império do preconceito e da intolerancia.
(Carta Maior; Sábado, 23/07/ 2011)

E se o monstro fosse árabe?

O homem que invadiu um acampamento da Juventude Trabalhista da Noruega e matou pelo menos 91 pessoas está preso. É norueguês e um tipo perfeitamente nórdico: louro, alto, de olhos claros.
A BBC diz que ele tem , segundo a polícia, “opiniões políticas voltadas para a direita, anti-islâmicas”.
Pelo fato de ter comprado seis toneladas de fertilizantes, a partir dos quais se pode produzir explosivos, ele também é suspeito do atentado contra os escritórios do governo norueguês, também do Partido Trabalhista.
Se fosse um árabe, a esta altura muitos estariam clamando por retaliações.
Mas não é.
Será que são preciso situações monstruosas como esta para que a gente pare de raciocinar com racismo e preconceito religioso?
Quem não se lembra que, aqui, buscou-se relacionar o atirador de Realengo com o islamismo? E agora, quando precipitadamente atribuíram a explosão a uma organização árabe.
É este tipo de intolerância que alimenta os delírios racistas  que alimenta personalidades doentias capaz de tais loucuras.
*tijolaço

Encontro com Milton Santos ou: O Mundo Global visto do lado de cá (2006)

(Brasil, 2006, 89 min - Direção: Silvio Tendler)
image
Documentário brilhante
feito a partir de uma entrevista  com Milton Santos, um dos maiores pensadores mundiais, poucos meses antes de sua morte. Mostra os bastidores e consequências da Globalização no Brasil, na América Latina e no Mundo.
Debate-se os movimentos sociais, na luta contra o liberalismo, que venceram o poder da corrupção.
Propõe novas maneiras inspiradoras de se combater a informação deturpada da mídia, mostrando atitudes que tiveram êxito.
Participações de grandes pensadores como José Saramago e Eduardo Galeano.
Se você é um idealista, recomendamos esse filme!
(Sinopse original do docverdade)




















*GilsonSampaio




A importância da organização da militância petista na internet

Coordenador do Movimento dos Ativistas Virtuais do PT-SP, o internauta Adolfo Pinheiro Fernandez alerta que o partido deve ficar atento, e se organizar junto aos militantes que usam a internet como local de debate. Fernandez alerta ainda que os partidos da oposição contratariam internautas, que espalham e-mails difamatórios, como os que foram corriqueiros nas eleições passadas. Ainda segundo ele, o PT tem uma militância enorme nas redes sociais, que precisa estar organizada para os debates. Outro alerta é em referência à democracia na rede. O ativista diz que é preciso ficar atento para eventuais leis que não permitam a democracia e a popularidade na rede mundial de computadores.Confira abaixo a entrevista completa.Ativista alerta sobre a importância da organização da militância petista na internet by ptbrasil

*comtextolivre

Deleite