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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, julho 23, 2011

Livro escrito por rabinos afirma que matar não judeus não é crime, mesmo sendo crianças

Um livro que está fazendo sucesso em Israel diz que assassinar um não judeu não é crime.
O nome do livro é A Torah dos Reis.
Seus autores são dois rabinos, Yitzhak Shapira e Yosef Elitzur.
E o mais grave é que o tal livro teve apoio de dois dos principais rabinos de Israel: Dov Lior e Yacob Yousef.
Além de afirmar que matar não judeu não é crime,  a obra( se assim podemos denominá-la) ensina  que matar crianças não judaicas também não é crime.
Mas atenção!
De acordo com o livro, as crianças só deverão ser assassinadas se houver suspeitas de que  elas poderão se tornar terroristas quando crescerem.
Ao ler tamanha estupidez no murdochiano site da BBC  AQUI, minha primeira reação foi dizer que os rabinos autores do livro são anencefálicos e os rabinos que os apoiaram são psicopatas.
Infelizmente não são uma coisa nem outra.
Nem anencefálicas e nem psicopatas.
São seres normais e o mais grave é que contam com o apoio de grande parcela da sociedade israelense.
Pobre humanidade...
*GilsonSampaio

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