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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, julho 17, 2011

Presidente Dilma vai à cerimônia de início da construção de submarinos no Brasil


A presidente Dilma Roussef participou neste sábado, em Itaguaí, região metropolitana do Rio de Janeiro, da cerimônia que marca o início da construção de quatro submarinos convencionais brasileiros (S-BR), com tecnologia francesa. Os submarinos são da classe Scórpene, e são um dos itens do acordo que o Brasil assinou com a França há 2 anos e meio.

"A produção representa uma posição estratégica do Brasil diante do fortalecimento da sua indústria, da capacitação de nosso País, da nossa capacidade de construir alianças internacionais", disse a presidente.

A Marinha estima que 36 mil itens usados na construção desses submersos serão produzidos por 30 empresas brasileiras. Os equipamentos nacionais vão desde quadros elétricos, válvulas de casco e bombas hidráulicas até sistemas de combate e de controle, motores elétricos e a diesel e baterias de grande porte.....


O documento bilateral deu origem ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha brasileira, que tem como um dos principais objetivos a produção de outro tipo de submarino, movido à energia nuclear. Isso porque o mesmo método, técnicas e processos, e parte dos equipamentos desenvolvidos para a construção desses quatro submarinos convencionais, serão usados também na construção do submarino de propulsão nuclear brasileiro (SN-BR).

"O grande mérito e objetivo dessa parceria é a transferência de tecnologia e a aliança estratégica. Nesse projeto, temos um objetivo fundamental, que é fortalecer e capacitar a Marinha em dois aspectos: na sua modernização, ao se tornar capaz de dominar a tecnologia de produção de submarinos de propulsão nuclear no quadro de defesa nacional, e jamais de ataque. E tornar a Marinha capaz de proteger nosso povo e garantir ambiente pacífico e segurança de nossas riquezas naturais", disse Dilma.

O primeiro submarino deve ser concluído em 2016, mas só será entregue à Marinha no ano seguinte, depois dos testes de cais. Os outros três serão entregues no intervalo de um ano e meio. O SN-BR só fará parte da frota brasileira em 2023. Como o Brasil desenvolverá o reator nuclear, o País vai passar a integrar o grupo enxuto de nações que detêm esse tipo de tecnologia (China, Rússia, França, Estados Unidos e Reino Unido).

Mas, antes do início da produção dos submarinos, serão construídos um estaleiro e uma base naval para abrigar essas embarcações e a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem). A previsão é de que essas unidades, que serão construídas na Ilha da Madeira, no município de Itaguaí, sejam entregues até o final de 2014. 
*osamigosdapresidentadilma

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