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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, julho 27, 2011

“Av. Roberto Marinho”
se afogou em corrupção

Dantas, Nahas e Pitta antes de o STJ rasgar a Satiagraha
Saiu no Estadão, pág. A8:

“Justiça diz que houve corrupção em obra da gestão de Maluf e Pitta”

“Conclusão, referente à construção da Avenida Água Espraiada, consta de sentença que condenou assessora financeira”.

A bancária Rachelle Abadi foi condenada a seis anos de reclusão, por lavar o dinheiro do “esquema de corrupção montado na Prefeitura de São Paulo na gestão do prefeito Paulo Maluf, durante as obras de canalização do córrego da Água Espraiada.”

É o que diz a denúncia do Ministério Público que o Juiz Federal Marcio Catapani acolheu.

Maluf não é réu no processo, porque ele tem “foro privilegiado”, como deputado federal (o terceiro mais votado em São Paulo).

Celso Pitta, já morto, teria enviado dinheiro para Nova York, a Suíça e um paraíso fiscal da Inglaterra “por meio de sofisticados esquemas financeiros … durante os quatro anos em que ficou à frente da Secretaria de Finanças (1993-1996) e durante o mandato de prefeito, notadamente recursos derivados da construção da Avenida Água Espraiada”.
Navalha
Como se sabe, Pitta foi preso na Operação Satiagraha, pelo ínclito delegado Protógenes Queiroz, na edificante companhia de Naji Nahas e a do passador de bola apanhado no ato de passar bola, Daniel Dantas (clique aqui para ver o video do jornal nacional que comprova a “passagem” de bola.)
Nahas, Pitta e o passador de bola foram devidamente algemados, no tempo em que a Polícia Federal era Republicana e antes que o Supremo tivesse decidido acabar com a “espetacularização” da prisão de quem não fosse preto, pobre e p…
(Para esses, qualquer espetáculo vale !)
(Clique aqui para ler sobre a vitória deste ansioso blogueiro em ação que contra ele moveu Naji Nahas.)
A Avenida Roberto Marinho foi, antes, Avenida Água Espraiada.
Ela é a “avenida mais cara DO MUNDO !”.
O quilômetro da Avenida Roberto Marinho saiu mais caro que um quilômetro do túnel submarino que liga a Inglaterra à França.
Ela se chama “Roberto Marinho” por decisão da prefeita Martha Suplicy, do PT de São Paulo.
São Paulo é a única metrópole brasileira que não tem uma Avenida Presidente Vargas.
Em São Paulo, a ponte espraiada “Seu Frias” leva à Avenida Roberto Marinho.
É capital nacional do PiG (*) !




Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
*PHA

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