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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, julho 18, 2011

NY Times expõe gaiola de ouro da FIFA. A FIFA vai mandar na Copa de 2014 ?

Diria o Galvão depois de perder 4 pênaltis: a coisa já esteve melhor para eles
Saiu no New York Times:

Soccer: The Golden Cocoon of FIFA’s Ruling Body


By DOREEN CARVAJAL

The 24-member Executive Committee of FIFA, an elite club with myriad perks and bonuses, is coming under scrutiny amid corruption allegations, but few believe its internal ethics probe will lead to change.

(…)

O 24 membros do Comitê Executivo da FIFA formam um clube de elite com inúmeras maracutaias e bônus. Eles passaram a ser investigados depois de alegações de corrupção. Mas, pouco acreditam que a investigação feita por um comitê de ética da própria FIFA provoque alguma mudança
NavalhaLogo, segundo o New York Times, a Copa do Mundo de 2014, com a seleção do Galvão e dos jeniais batedores de penalty, se realizará de acordo com o figurino dessa turma.

Ou seja, dos amigos do Ricardo Teixeira.

O Ricardo Teixeira pode não saber bater pênalty.

Mas, do resto ele entende.

Clique aqui para votar em trepidante enquete inspirada pelo Mino Carta: por que o Ministro dos Esportes trata o Ricardo Teixeira a pão de ló ?

E aqui para ler a entrevista de Juca Kfouri na Carta: o Brasil tinha que entrar na Justiça da Suíça para saber se o Teixeira recebeu ou devolveu a propina.


Paulo Henrique Amorim

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