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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, agosto 27, 2011

Caminha a Líbia para uma batalha final?



24/8/2011, Juliana Medeiros [da fronteira da Líbia], blog Substantivo Comum
A repórter Juliana Medeiros viajou à Líbia acompanhando a delegação brasileira

Grande dica do Blog Maria Frô
http://mariafro.com.br/wordpress/2011/08/24/juliana-medeiros-libia-maior-renda-per-capita-do-continente-africano/

Na última segunda-feira a OTAN iniciou uma pesada intensificação dos ataques diários à Líbia, país que vem sofrendo uma guerra civil interna com o apoio massivo de aviões da coalizão estrangeira em uma situação jamais vista na história humana, até agora.

Depois de definitivamente ter sido colocada no mapa pela mídia internacional, mas não exatamente pelo reconhecimento obtido na ONU em 2007 como o maior IDH do continente africano, a Líbia parece caminhar para uma batalha final.

No entanto, algumas perguntas são necessárias: com a maior parte da população armada até os dentes, um povo que gostaria de se libertar de “mais de 40 anos de ditadura” estaria resistindo por quase seis meses? Ou é factível que um exército de um país de pouco mais de 6 milhões de habitantes (equivalente à população do Rio de Janeiro), poderia resistir sozinho à artilharia aérea de pelo menos 5 países aliados da OTAN?

Para os membros da delegação brasileira que estiveram próximos à fronteira do país e foram impedidos de atravessarem a rodovia que liga a Tunísia à Líbia, em função dos ataques, foi fácil perceber que os grupos opositores já teriam encerrado os conflitos não fosse o apoio da OTAN – que inclui o fornecimento de armas pesadas aos rebeldes – e as sucessivas transferências de valores dos EUA para o banco do CNT – Conselho Nacional de Transição. Conselho que não representa a unidade dos opositores, notadamente pelo brutal assassinato do comandante militar rebelde causada por seus próprios comparsas.

O bombardeio que destruiu a única via de acesso – para entrar ou sair do país – utilizada pela imprensa, médicos, transporte de alimentos, combustível e demais itens de abastecimento, iniciaram a estratégia de levar a Líbia ao isolamento, através do aumento da pressão em direção à capital Trípoli.

O derramamento de sangue ocorre agora com a chancela da ONU e a campanha midiática internacional, que tenta confundir a opinião pública – com seus correspondentes baseados em Israel e imagens da "festa" em Benghazi sendo reportadas como se fossem em Trípoli – associando o que acontece na Líbia com o ocorrido na Tunísia ou Egito, para que os espectadores acreditem de que se trata unicamente de uma guerra contra um “ditador que está há 40 anos no poder”. Mas o que acontece na Líbia não passa por aí.

Não há um movimento popular que esteja em busca de melhores condições sociais no país que tem a maior renda per capita da África, em torno de 16.000 dólares e a ausência total de impostos. O que há é uma estratégia com detalhes de bastidores ainda não totalmente esclarecidos, mas que envolve com certeza, a promessa negociada com países interessados na exploração das riquezas líbias sem a interferência de Gaddafi, que exigia contratos com cláusulas bem menos interessantes para países acostumados a levarem vantagem nesse tipo de negociação comercial internacional.

Ainda que haja entre os rebeldes grupos legítimos que apóiem a mudança no país, é evidente agora que estes que avançam no deserto e para outras cidades além de Trípoli já não se comunicam com o que seria um manifesto do povo pela liberdade, seja ela de qualquer espécie. A começar pelo fato de que compõem a massa de opositores, presidiários de todos os tipos libertados de cadeias que foram abertas pelos rebeldes, mercenários de vários lugares do mundo e soldados do Qatar que se juntaram por terra à eles, vestidos como civis.

O ataque coordenado que busca tomar a capital iniciou-se de forma orquestrada entre a OTAN e grupos que chegaram a Trípoli rapidamente em dois aviões emprestados pelas forças estrangeiras, vindos de Benghazi. Outros vieram com destacamentos de soldados Qatarianos pelo mar, em três barcos que aportaram no litoral de Trípoli - vigiado há meses por porta-aviões americanos. E o mais espantoso, aproveitaram o momento da oração que quebra o jejum no final do dia, como acontece durante todo o mês de Ramadan, pegando a população desprevenida.

O presidente Barack Obama, em plena campanha para 2012, certamente estava em vias de arranjar uma saída rápida para a guerra, ainda que fosse silenciar sobre a morte de mais de 1300 civis em 12 horas de combate. A via diplomática (e mais improvável) chegou a ser sinalizada por uma ligação há alguns dias do presidente americano para o russo Mededev. Alguns analistas chegaram a acreditar que uma retirada seria eminente. No entanto, para um país que não conseguiu se retirar de um Iraque devastado após mais de 6 anos de ocupação, seria ingenuidade admitir essa possibilidade.

Outra notícia, a mais absurda do ponto de vista humanitário, foi a de que uma entidade de direitos humanos com o apoio da ONU iniciou a retirada de todos os estrangeiros da Líbia nos últimos dias, para que o genocídio programado não se transformasse em um incidente diplomático ainda maior.

Alguns veículos já anunciam a queda de Muammar Gaddafi ou sua rendição ou ainda sua fuga do país com a família. Porém, o mais provável é que ele encare de frente, com seus aliados, a sangrenta batalha e somente saia da Líbia se o matarem. Morte que agora parece próxima com o anúncio do CNT e OTAN de uma recompensa (!) para quem realizar o feito, em outra inédita manifestação de abuso das prerrogativas do direito internacional em situações de guerra, com a complacência da ONU.

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Capitalismo de desastre: abutres sobre a Líbia


25/8/2011, Pepe Escobar, Asia Times Online
http://www.atimes.com/atimes/Middle_East/MH25Ak02.html
Pensem na nova Líbia como último espetacular capítulo da série “Capitalismo de Desastre”. Em vez de armas de destruição em massa, tivemos a R2P (“responsabilidade de proteger”). Em vez de neoconservadores, imperialistas humanitários.

Mas o alvo é sempre o mesmo: mudança de regime. E o projeto é o mesmo: desmantelar e privatizar uma nação que não se integrou ao turbo-capitalismo; abrir mais uma (lucrativa) terra de oportunidades para o neoliberalismo super turbinado. E a coisa vem em boa hora, porque acontece em momento já próximo de plena recessão global.

Demorará um pouco. O petróleo líbio não voltará ao mercado antes de 18 meses. Mas há o negócio da reconstrução de tudo que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) bombardeou (sim, sim, nem tudo que o Pentágono bombardeou em 2003 foi reconstruído no Iraque...)

Seja como for – do petróleo à reconstrução – brotam oportunidades para negócios sumarentos. O neonapoleônico Nicolas Sarkozy da França e o britânico David das Arábias Cameron acreditam que estarão especialmente bem posicionados para lucrar com a vitória da OTAN. Mas nada garante que a nova bonança baste para arrancar da recessão as duas ex-potências coloniais (neocoloniais?).

O presidente Sarkozy em particular mamará nas oportunidades comerciais para empresas francesas o mais que possa – parte de sua ambiciosa agenda de “reposicionamento estratégico” da França no mundo árabe. Uma imprensa francesa complacente decidiu armar os ‘rebeldes’ com armamento francês, em íntima cooperação com o Qatar, incluindo uma unidade de comandos ‘rebeldes’ mandada por mar de Misrata para Trípoli sábado passado, no início da “Operação Sirene”.[1]

Bem, já se viram movimentos de abertura desses desenvolvimentos, desde quando o chefe de protocolo de Muammar Gaddafi fugiu para Paris, em outubro de 2010. Foi quando todo esse drama de mudança de regime começou a ser incubado.

Bombas em troca de petróleo

Como já observado (ver “Bem-vindos à ‘democracia’ líbia”, em http://redecastorphoto.blogspot.com/2011/08/pepe-escobar-bem-vindos-democracia.html), os abutres já voejam sobre Trípoli para devorar (e monopolizar) os despojos. E, sim – grande parte da ação tem a ver com negócios de petróleo, como disse Abdeljalil Mayouf, gerente de informações da Arabian Gulf Oil Company ‘rebelde’, em declaração nua e crua: “Não temos problemas com países ocidentais como empresas italianas, francesas e britânicas. Mas podemos ter algumas questões políticas com Rússia, China e Brasil.”

Esses três são membros crucialmente importantes do grupo BRICS das economias emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), países que estão crescendo, enquanto as economias atlanticistas e OTAN-bombardeantes estão afundadas em estagnação ou recessão. Os quatro principais BRICSs também se abstiveram na votação que aprovou a Resolução n. 1.973 do Conselho de Segurança da ONU, a mascarada daquela ‘zona aérea de exclusão’ que depois se metamorfoseou em bombardeio cerrado, pela OTAN, para forçar, de cima para baixo, uma ‘mudança de regime’. Esses países viram corretamente o que havia para ver, desde o início.

Para piorar (para eles) ainda mais as coisas, só três dias antes de o Africom (Comando Africano) do Pentágono lançar seus primeiros 150 (ou mais) Tomahawks contra a Líbia, o coronel Gaddafi deu entrevista à televisão alemã, na qual destacou que, se o país fosse atacado, todos os contratos de energia seriam transferidos para empresas russas, indiana e chinesas.

Assim sendo, os vencedores da bonança do petróleo já estão designados: membros da OTAM mais monarquias árabes. Dentre as empresas envolvidas, a British Petroleum (BP), a francesa Total e a empresa nacional de petróleo do Qatar. Do ponto de vista do Qatar – que investiu jatos de combate e soldados na linha de frente, treinou ‘rebeldes’ em táticas de combate exaustivo e já está negociando vendas de petróleo no leste da Líbia – a guerra se comprovará muito esperta decisão de investimento.

Antes da crise que já dura meses e está agora nos movimentos finais, com os ‘rebeldes’ já na capital, Trípoli, a Líbia estava produzindo 1,6 milhões de barris/dia de petróleo. Quando recomeçar a produzir, os novos senhores de Trípoli colherão alguma coisa como US$50 bilhões/ano. Estima-se que as reservas líbias cheguem a 46,4 bilhões de barris.

Melhor farão os ‘rebeldes’ da nova Líbia se não se meterem com a China. Há cinco meses, a política oficial chinesa já era exigir um cessar-fogo; tivesse acontecido, Gaddafi ainda controlaria mais da metade da Líbia. Pequim – que jamais foi fã de ‘mudança de regime’ violenta – está exercitando, por hora, a arte da moderação extrema.

Zhongliang, chefe do Ministério do Comércio, observou, otimista, que “a Líbia continuará a proteger os interesses e direitos dos investidores chineses, e esperamos manter os investimentos e a cooperação econômica”. Abundam as declarações oficiais que enfatizam a “mútua cooperação econômica”.

Semana passada, Abdel Hafiz Ghoga, vice-presidente do sinistro Conselho Nacional de Transição, disse à rede de notícia Xinhua que serão respeitados todos os negócios e contratos firmados com o regime de Gaddafi. – Mas Pequim não quer saber de correr riscos.

A Líbia forneceu apenas 3% do petróleo que a China consumiu em 2010. Angola é fornecedor muito mais crucial. Mas a China ainda é o principal consumidor de petróleo líbio na Ásia. Além disso, a China pode ser muito útil no front da reconstrução da infraestrutura, ou na exportação de tecnologia – nada menos que 75 empresas chinesas, com 36 mil empregados já trabalhavam na Líbia antes do início da guerra civil/tribal (e foram evacuados, com eficiência e sem alarde, em menos de três dias).

Os russos – da Gazprom à Tafnet – tinham bilhões de dólares investidos em projetos na Líbia; as brasileiras Petrobras, gigante do petróleo e a empresa construtora Odebrecht também tinham interesses lá. Ainda não se sabe exatamente o que acontecerá com eles. O diretor geral do Conselho de Comércio Rússia-Líbia, Aram Shegunts, está extremamente preocupado: “Nossas empresas perderão tudo, porque a OTAN impedirá que façam negócios na Líbia.”

A Itália logo entendeu que lá teria de ficar, “com ‘rebeldes’ ou sem”. A gigante italiana ENI, parece, não será afetada, dado que o primeiro-ministro Silvio “Bunga Bunga” Berlusconi pragmaticamente abandonou seu ex-íntimo amigo Gaddafi, logo no início do bombardeio EUA-Africacom/OTAN.

Os diretores da ENI italiana estão confiantes de que o petróleo líbio recomeçará a fluir para o sul da Itália ainda antes do inverno. E o embaixador da Líbia na Itália, Hafed Gaddur, disse a Roma que os contratos da era Gaddafi serão honrados. Por via das dúvidas, Berlusconi se reunirá com o primeiro-ministro do Conselho Nacional de Transição, Mahmoud Jibril, na próxima quinta-feira, em Milão. 

*grupobeatrice

EUA, Paraíso dos Terroristas

EUA protegem, em seu território, dezenas de terroristas e fugitivos

JEAN-GUY ALLARD - Os Estados Unidos concederam asilo a dezenas de terroristas, fugitivos da justiça e vigaristas de todos os tipos reivindicados por países latino-americanos. No entanto consideram-se canalhamente promotores da chamada “lista de Estados patrocinadores do terrorismo”, cujo verdadeiro propósito de denegrir nações que rejeitam as suas políticas de dominação,

O site “Contrainjerencia” (em espanhol) mostra, desde princípios do ano, uma lista dos foragidos mais conhecidos. São uns sessenta delinquentes, identificados como foragidos latino-americanos que se refugiam no território estadunidense, a maioria deles com histórico terrorista.

Com a comunidade cubano-americana de Miami, o dossiê ou lista teve que se limitar a incluir os mais “famosos” dos terroristas e sicários. Em 1959, a queda do regime de Fulgencio Batista, sustentado por Washington, marcou a chegada ao sul da Flórida de milhares de cúmplices da ditadura, que a CIA logo recrutou para as operações terroristas que executou e encobriu contra a Revolução cubana.

Vários autores de ações terroristas ocorridas na Venezuela, nos últimos anos, encontraram também asilo nos EUA, bem como participantes da conspiração assassina de Santa Cruz, Bolívia.
Entre outros indivíduos que promoveram o emprego do terror em diferentes países do continente e que hoje vivem nos Estados Unidos, com o conhecimento e a aprovação do Departamento de Estado, o site Contrainjerencia identifica alguns desses criminosos:
- Alejandro Melgar, cabecilha da conspiração de Santa Cruz, negociante boliviano.
- Ángel de Fana Serrano, participou em 1997, na Ilha Margarita, de um complô para assassinar o líder cubano Fidel Castro, durante a Cúpula Ibero-Americana. Parceiro de Luis Posada Carriles, De Fana conspirou, ainda, para assassinar o presidente Hugo Chávez.
- Armando Valladares, cúmplice da tentativa de magnicídio (contra o Presidente Evo Morales) em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, e de vários atos terroristas; foi preso em Cuba por colocar bombas em lojas, retomando seu emprego na CIA depois de sua saída da Ilha.
- Carlos Alberto Montaner, vive a várias décadas de serviços prestados contra Cuba. Fugitivo da justiça cubana, por colocar bombas em lojas e cinemas, em 1960; foi membro da rede terrorista de Orlando Bosch. Mora alternativamente nos EUA e na Espanha.
- Gaspar Jiménez, assassino do diplomata cubano Dartagnan Díaz Díaz; cúmplice de Luis Posada Carriles e condenado por terrorismo no Panamá. Mora em Miami sob proteção do FBI.
- Guillermo Novo Sampoll, terrorista, cúmplice no assassinato do ex-chanceler chileno Orlando Letelier; torturador do Plano Condor; assassino de dois diplomatas cubanos na Argentina, cúmplice de Luis Posada Carriles e condenado por terrorismo no Panamá. Vive em Miami.
- Huber Matos, conhecido por haver dirigido ações terroristas. Suas ligações com o mundo do narcotráfico centro-americano são tão conhecidas como as de seu filho, refugiado na Costa Rica. Mora em Miami.
- Hugo Acha Melgar, financiador da gangue terrorista conformada por neonazistas húngaros e croatas, que tentaram assassinar o presidente boliviano Evo Morales, em 2009, no complô de Santa Cruz.
- Joaquim Chaffardet, ex-Diretor da Polícia Secreta venezuelana; ligado ao terrorista internacional Luis Posada Carriles. Foi formado pelos serviços de inteligência dos EUA na Escola das Américas (SOA).
- José Antonio Colina Pulido, responsável por atentados com bombas contra legações diplomáticas da Espanha e da Colômbia em Caracas, em 2003. Mora em Miami.
- Nelson Mezerhane, financiador e vigarista; acionista da Globovisão (Venezuela), aparece entre os principais suspeitos do assassinato do procurador Danilo Anderson. Sumiu de Caracas, após furtar US$ sete milhões. Reside nos EUA.
- Patricia Poleo, cúmplice do assassinato do procurador venezuelano Danilo Anderson. Encontra-se nos bastidores de diferentes operações da CIA realizadas pela Embaixada dos EUA de Caracas contra a Revolução Bolivariana. Mora em Miami.
- Pedro Remón, sicário da CIA, assassino de Félix García Rodríguez e Eulalio Negrín em Nova York; cúmplice de Luis Posada Carriles, condenado por terrorismo no Panamá. Mora em Miami, sob proteção do FBI.
- Luis Posada Carriles, agente da CIA e terrorista internacional. Tem um interminável dossiê de crimes. Reclamado pela Venezuela pelos 73 homicídios do avião cubano destruído em pleno voo, em 1976. Mora em Miami.
- Reinol Rodríguez, associado a Luis Posada Carriles: cúmplice do assassinato em Porto Rico de Carlos Muñiz Varela. Atual chefe militar do grupo terrorista Alpha 66, tolerado pelo FBI. Mora em Miami.
- Roberto Martín Pérez, filho de um dos mais famosos esbirros da ditadura de Batista, ex-chefe do Comitê paramilitar da Fundação Nacional Cubano-americana (FNCA).
- Raúl Díaz, condenado por ataques com explosivo C4 a duas embaixadas em Caracas, ocorridos em 2003. Mora em Miami.
- Carlos Yacaman, hondurenho, assassino do ex-ministro de Habitação da administração de Manuel Zelaya, Roland Valenzuela. Encontra-se em Miami.
- Branko Marinkovic, líder opositor boliviano de Santa Cruz, principal financeiro e cúmplice da gangue terrorista desarticulada em 2009. Entregou US$ 200 mil aos terroristas para a compra de armas. Mora em Miami.
- José Guillermo García, general salvadorenho, ex-ministro de Defesa, torturador e responsável pelo assassinato de quatro freiras norte-americanas.
- Carlos Vides Casanova, ex-chefe da guarda nacional de El Salvador, torturador e responsável pelo assassinato de quatro freiras norte-americanas.
- Michael Townley, oficial da polícia secreta de Pinochet, cúmplice do assassinato do ex-chanceler chileno Orlando Letelier. Mora em Miami.
- Santiago Álvarez Fernández Magriñá, terrorista e traficante de armas cubano-americano, cúmplice de Posada Carriles. Mora em Miami.
- Osvaldo Mitat, terrorista e traficante de armas cubano, cúmplice de Posada Carriles. Mora em Miami.
- Héctor Alfonso Ruiz, vulgo Héctor Fabián, terrorista cubano, colocou bombas em legações diplomáticas, associado a Posada Carriles. Mora em Miami.
- Ramón Saúl Sánchez, sicário de Omega 7, cúmplice de Eduardo Arocena e Pedro Remón. Mora em Miami.
- Rodolfo Frómeta, terrorista cubano, chefe dos comandos F4, autor confesso de ações terroristas contra Cuba. Mora em Miami.
- Roberto Guillermo Bravo, militar argentino, responsável pela chacina de Trelew, na qual morreram 16 jovens revolucionários. Mora em Miami.
- Virgilio Paz Romero, cúmplice do assassinato do chanceler chileno Orlando Letelier e sua colaboradora Ronni Moffitt, indultado por George W. Bush. Mora em Miami.
- José Dionisio Suárez Esquivel, vulgo Charco de Sangre, cúmplice do assassinato do chanceler chileno Orlando Letelier e sua colaboradora Ronni Moffitt, libertado por George W. Bush. Mora em Miami.
- Félix Rodríguez Mendigutía, vulgo El Gato, agente da CIA, ordenou a assassinato de Ernesto Che Guevara, cúmplice de Posada Carriles na base salvadorenha de Ilopango no tráfico de armas em troca de cocaína. Mora em Miami.
- Salvador Romani, presidente da terrorista Junta Patriótica cubana na Venezuela, participou do assalto à embaixada cubana em Caracas, cúmplice do assassinato do procurador Anderson. Mora em Miami.
- Johan Peña, ex-comissário da DISIP venezuelana, colocou a bomba que matou o procurador Anderson. Mora em Miami.
- Jaime García Covarrubias, ex-chefe repressor de Pinochet, acusado de torturas e assassinatos, hoje professor em uma academia do Pentágono, em Washington, EUA.
- José Basulto, terrorista cubano-americano, agente da CIA, chefe de Irmãos ao Resgate, e autor de provocações assassinas. Mora em Miami.
- Inocente Orlando Montano, coronel salvadorenho reclamado pela justiça espanhola pelo assassinato de jesuítas.
- José Guevara, ex-agente da DISIP venezuelana. Participou de Miami no complô para assassinar o procurador venezuelano Danilo Anderson.
Em Miami, dezenas de organizações cubano-americanas ligadas ao terrorismo continuam funcionando. O FBI conhece o envolvimento dessa corja em atividades violentas. Os grupos terroristas Alpha 66 e Comandos F4 pregam abertamente o uso do terror contra Cuba.

Entretanto, esse apoio a ações terroristas de dirigentes da FNCA (Fundación Nacional Cubano Americana) e do Cuban Liberty Council foram denunciadas publicamente em diferentes ocasiões.

Nessa matéria, ninguém fica surpreendido com as declarações dos representantes Connie Mack, que sugeriu o assassinato do presidente venezuelano Hugo Chávez e de sua colega Ileana Ros-Lehtinen, que propôs, em uma entrevista para a televisão britânica, a eliminação física do líder cubano Fidel Castro.

Ros-Lehtinen é Presidenta honorária do Fondo de Defensa do terrorista Luis Posada Carriles. Seu colega de Senado, Robert “Bob” Menéndez, se reunió el último 17 de mayo com Luis Posada Carriles, em um restaurante em West New York, para celebrar seu indulto exarado por uma corte texana.

Original, em espanhol, extraído de “Contrainjerencia
traduzido por redecastorphoto

*oesquerdopata

Brad Pitt religião e casamento gay



*esquerdopata

Charge do Dia

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Repórter da revista Veja é flagrado em atividade criminosa





 

Depois de abandonar todos os critérios jornalísticos, a revista Veja, por meio de um de seus repórteres, também abriu mão da legalidade e, numa prática criminosa, tentou invadir o apartamento no qual costumeiramente me hospedo em um hotel de Brasília.
O ardil começou na tarde dessa quarta-feira (24/08), quando o jornalista Gustavo Nogueira Ribeiro, repórter da revista, se registrou na suíte 1607 do Hotel Nahoum, ao lado do quarto que tenho reservado. Alojado, sentiu-se à vontade para planejar seu próximo passo. Aproximou-se de uma camareira e, alegando estar hospedado no meu apartamento, simulou que havia perdido as chaves e pediu que a funcionária abrisse a porta.
O repórter não contava com a presteza da camareira, que não só resistiu às pressões como, imediatamente, informou à direção do hotel sobre a tentativa de invasão. Desmascarado, o infrator saiu às pressas do estabelecimento, sem fazer check out e dando calote na diária devida, ainda por cima. O hotel registrou a tentativa de violação de domicílio em boletim de ocorrência no 5º Distrito Policial.
A revista não parou por aí
O jornalista voltou à carga. Fez-se passar por assessor da Prefeitura de Varginha, insistindo em deixar no meu quarto "documentos relevantes". Disse que se chamava Roberto, mas utilizou o mesmo número de celular que constava da ficha de entrada que preencheu com seu verdadeiro nome. O golpe não funcionou porque minha assessoria estranhou o contato e não recebeu os tais “documentos”.
Os procedimentos da Veja se assemelham a escândalo recentemente denunciado na Inglaterra. O tablóide News of the Word tinha como prática para apuração de notícias fazer escutas telefônicas ilegais. O jornal acabou fechado, seus proprietários respondem a processo, jornalistas foram demitidos e presos.
No meio da tarde da quinta-feira, depois de toda a movimentação criminosa do repórter Ribeiro para invadir meu apartamento, outro repórter da revista Veja entrou em contato com o argumento de estar apurando informações para uma reportagem sobre minhas atividades em Brasília.
Invasão de privacidade
O jornalista Daniel Pereira se achou no direito de invadir minha privacidade e meu direito de encontrar com quem quiser e, com a pauta pronta e manipulada, encaminhou perguntas por e-mail já em forma de respostas para praticar, mais uma vez, o antijornalismo e criar um factóide. Pereira fez três perguntas:
1 – Quando está em Brasília, o ex-ministro José Dirceu recebe agentes públicos – ministros, parlamentares, dirigentes de estatais – num hotel. Sobre o que conversam? Demandas empresariais? Votações no Congresso? Articulações políticas?
2 – Geralmente, de quem parte o convite para o encontro – do ex-ministro ou dos interlocutores?
3 – Com quais ministros do governo Dilma o ex-ministro José Dirceu conversou de forma reservada no hotel? Qual o assunto da conversa?
Preparação de uma farsa
Soube, por diversas fontes, que outras pessoas ligadas ao PT e ao governo foram procuradas e questionadas sobre suas relações comigo. Está evidente a preparação de uma farsa, incluindo recurso à ilegalidade, para novo ataque da revista contra minha honra e meus direitos.
Deixei o governo, não sou mais parlamentar. Sou cidadão brasileiro, militante político e dirigente partidário. Essas atribuições me concedem o dever e a legitimidade de receber companheiros e amigos, ocupem ou não cargos públicos, onde quer que seja, sem precisar dar satisfações à Veja acerca de minhas atividades. Essa revista notoriamente se transformou em um antro de práticas antidemocráticas, a serviço das forças conservadoras mais venais.
Confira abaixo as imagens do B.O. em detalhes.
No Blog do Zé
*comtextolivre

sexta-feira, agosto 26, 2011

Brasileirão: Cristina Kirchner
faz golaço contra a Globo


Cristina e Julio: Al Fonso e Gavilán cortaram os pulsos
Saiu na revista chilena Qué pasa, na pág. 24, reportagem de Diego Graglia, que provoca, outra vez, profunda inveja da Argentina.

A Argentina, por exemplo, no governo dos  Kirchner, demitiu os ministros do Supremo nomeados pelo Fernando Henrique deles, o Carlos Menem; os generais comandantes da tortura estão ou morreram em cana; e se fez a Ley de Medios, que provoca ânsias em certos blogueiros (sujos).

Diz o artigo do Graglia.

A Cristina Kirchner tomou da Globo (grupo Clarin) a exclusividade para transmitir o Brasileirão deles (onde se pratica um futebol infinitamente melhor do que o Brasileirinho da Globo e do Teixeira).

Cristina levou o Brasileirão para a teve estatal e é o maior sucesso.

Cristina o chama de “Futebol para Todos”, porque qualquer emissora pode entrar em rede e transmitir os jogos  NA HORA EM QUE QUISER, e, não, só depois da novela.

A Globo ficava restrita aos jogos das divisões de acesso.

Aí, deu-se o catastrófico rebaixamento do River Plate, que tem uma torcida descomunal.

Crise no Governo !

A transmissão dos jogos do River seria uma grande vitória da Globo.

Só que na Argentina urubu não voa de costas.

E o Ricardo Teixeira de lá, Julio Grondona, não é um varão de Plutarco, mas também não é um Ricardo Teixeira (ou Blatter…).

O que fez o Teixeira argentino ?

Propôs que o Futebol para Todos passasse a cobrir um Brasileirão ampliado, com 38 times, inclusive o River.

Foi um Deus nos acuda.

O Clarin se irritou.

Kirchner quer manipular “la pasión de los argentinos” !

O Al Fonso Kame Lión , notável periodista, produziu edições  históricas do Periódico Anti-Nacional !

O comentarista esportivo Gavilán Malasuerte, de sua mansão em Ibiza, lançava contra o Governo invectivas furiosas em sua proverbial lógica tautológica.

O país se dividiu em duas almas, como dizem os argentinos.

A família Marinho do Clarin ameaçou levar a questão à Supremíssima Corte, no recesso (claro).

O que dez o  Grondona, o Teixeira deles ?

Rompeu unilateralmente o contrato com a Globo e entregou as divisões de acesso (com o River dentro) ao Futebol para Todos da Cristina.

Essa Cristina…

Em tempo: Esse singelo post, escrito ao som de Adiós Nonino, é uma homenagem ao Ministro Paulo Bernardo. Ele se esqueceu da Ley de Medios com medo da Globo e, agora, como a Globo está com medo de a Dilma vetar o item da nova Lei do Cabo que impede telefônicas de produzir conteúdo, a Globo foi pra cima dos jatinhos em que o Ministro viaja. É a “Lei Palocci “. Quanto mais você corteja a Globo, mais dela apanha.

Em tempo 2: não deixe de ler “Gurgel examina denúncia de crimes de Ricardo Teixeira – só falta o Gurgel brindeirar”.


Paulo Henrique Amorim

Murdoch em Oslo

O ódio ao imigrante é um dos produtos de um jornalismo sórdido que alimenta a direita, da Alemanha à Inglaterra, dos EUA ao Brasil.
Mauro Santayana
Mauro Santayana é colunista da RdBMurdoch símboliza a manipulação das ideias, a serviço do fundamentalismo mercantil. A crise política de 1929 fez com que o capitalismo alemão financiasse Hitler. Mediante o controle dos meios, o nazismo envenenou parte do povo alemão. A crise atual do capitalismo neoliberal financiou Murdoch e seus 200 jornais no mundo – mas ele não está só.
Entre as explicações para a grande tragédia de Oslo –  anúncio sangrento de que o nazismo, com outros nomes, está de volta –, uma não mereceu maior atenção dos analistas: a influência dos grandes meios de comunicação, como os controlados por Rupert Murdoch, xenófobos, anti-islâmicos, defensores de uma “Europa limpa e pura”.
Não é difícil associar o processo de homogeneização dos meios de comunicação do mundo inteiro – na defesa de ideias como as de que há uma guerra de civilizações, entre o Islã e o Ocidente Cristão – e o crescimento global de organizações de extrema direita. Melanie Phillips, no Daily Mail, resumiu a situação: “Brejvik talvez seja um psicopata desequilibrado, mas o que emerge agora de seu ato atroz é o delírio de uma cultura ocidental que perdeu sua razão”.
Por mais voltas que dermos à inteligência, na busca de profundas e complexas interpretações para essa tendência ao suicídio da civilização contemporânea, sempre chegaremos à ideia mais simples: o capitalismo apodreceu o que restava de solidariedade no processo de civilização ocidental ao universalizar o american dream, fundado na competição e no êxito individual, de qualquer forma. Quando um líder chinês, Deng Xiaoping, proclama que é bom enriquecer, o calvinismo se une ao taoísmo para sepultar Mao Tsé-tung e execrar Marx.
O grande perigo da infecção que, sob a Alemanha de Hitler, se identificou no nazismo é a combinação do instinto das feras – que lutam pela supremacia em seu espaço de caça – com a aparente lógica científica. O racismo é o mais perfeito “apodrecimento da razão”, conforme a definição de Lukács. Investigações recentes sobre a inteligência revelam que não há a menor diferença da capacidade mental entre todas as etnias do mundo: um negro africano tem, em média, o mesmo QI de qualquer nórdico. O que pode diferenciá-los, como indivíduos, e não como grupos étnicos, é a educação, isto é, o treinamento intelectual.
Desde que as sociedades políticas se organizaram, a linguagem passou a servir como instrumento de convencimento a favor do poder e como arma na resistência contra os opressores. A retórica está a serviço do poder, legítimo ou não; a crítica serve à resistência libertária. Como em tudo o mais, o melhor exemplo é grego: os oradores se dividiam, na praça pública, em defesa dos governantes ou contra eles. E os outros meios de comunicação – textos literários, ensaios filosóficos e, sobretudo, o teatro – iam mais além, na crítica ou no elogio ao sistema político de então.
As coisas não mudaram muito em sua essência, mas a tecnologia ampliou a força da palavra – e da imagem. A maioria dos mais poderosos veículos é controlada pelo poder financeiro, e tem servido para submeter governantes aos seus interesses. A técnica é impor o pensamento único e exacerbar a violência, a fim de manter os povos submissos, reduzir os homens à condição de trabalhadores dóceis e consumidores vorazes.
Murdoch é hoje o símbolo da manipulação da verdade e das ideias, a serviço do fundamentalismo mercantil. A crise política de 1929 fez com que o capitalismo alemão financiasse Hitler e seus criminosos. E mediante o controle dos meios de comunicação o nazismo envenenou parte do povo alemão com o mito da superioridade racial. A crise atual do capitalismo neoliberal financiou Murdoch e seus 200 jornais no mundo – mas ele não está só.
O ódio ao imigrante, um dos produtos desse jornalismo sórdido, deu origem a Brejvik, e alimenta a direita, da Alemanha à Inglaterra, dos Estados Unidos a São Paulo e ao Rio Grande do Sul. Os muçulmanos são os novos judeus da Europa, enquanto, para a extrema direita nacional, os negros, nordestinos e mestiços são os odiados “muçulmanos” do Brasil.

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