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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quarta-feira, janeiro 04, 2012
O pré-sal em um mundo sem petróleo e as Forças Armadas
por Mauro Santayana
Há décadas que a exaustão dos mananciais de petróleo vem sendo
anunciada. O assunto foi dos mais discutidos pelo Clube de Roma, que
pretendia deter o desenvolvimento econômico do mundo, com o
congelamento do progresso e o crescimento zero. Os argumentos eram
poderosos: como os recursos do planeta são finitos, infinito não pode
ser o seu consumo, e o modelo de vida deve ser mudado. Ocorre que os
países ricos – que promoveram o encontro e soaram o alarme – pretendiam
congelar o tempo: os que se encontravam à frente, à frente continuariam,
enquanto os outros, não podendo desenvolver-se, pelo acordo pretendido,
regrediriam. A reação dos países em desenvolvimento, com o apoio então
da URSS, tornou o projeto inviável.
A partir da Conferência de Estocolmo, em 1972, a preocupação com o meio
ambiente passou a ser, sobretudo, dos países em desenvolvimento, que
apontaram as razões reais da crise: a civilização do desperdício imposta
ao mundo pelos países ricos. A partir de então, os países centrais
aceleraram o seu esforço a fim de controlar as fontes de matéria prima,
sobretudo do petróleo, no mundo inteiro, com o emprego da diplomacia e
da guerra. Essa ofensiva foi possível mediante a aliança entre Reagan,
Thatcher e o Vaticano, com a cumplicidade de Gobartchev, contra o
sistema socialista – que apoiava os esforços do Terceiro Mundo.
Uma das artimanhas do poder imperial é a desinformação. Com relação à
energia – além do petróleo, o urânio e terras raras – essa desinformação
é patente: tenta esconder o entendimento entre os países ricos para o
controle direto das atuais jazidas, que se exaurem rapidamente. Não se
preocupam com a poluição do mundo, nem com o chamado efeito estufa: seu
cuidado é o de manter a posição hegemônica. Nessa atitude, os Estados
Unidos, os países europeus e os chineses continuam a proclamar a
intenção de encontrar saídas para proteger o ambiente da vida, enquanto
continuam em seu processo poluidor, não só em seus territórios
nacionais, mas no mundo inteiro – conforme a atuação de suas empresas na
África, na Ásia e na América Latina.
As grandes empresas petrolíferas – que mantêm influência poderosa nos
governos dos países centrais, de forma direta, ou mediante o Clube de
Bilderberg – escondem as previsões assustadoras de que as reservas
petrolíferas do mundo chegarão ao seu pico nos próximos três anos, e se
iniciará o processo de exaustão, calculado em 5% ao ano – nos termos
atuais de consumo. Se essa previsão se confirmar, em 20 anos as atuais
reservas estarão esgotadas, se o consumo não aumentar, o que reduziria o
prazo previsto.
Um dos sinais das dificuldades a vir é o malogro do grande campo de
Kachagan, nas águas sob a jurisdição do Casaquistão, no Mar Cáspio. A
província petrolífera de Kachagan era uma das maiores promessas de
grande produção. As reservas são calculadas entre 9 e 16 bilhões de
barris. O início da produção estava previsto para daqui a dois anos – em
2014. Dificuldades técnicas e dificuldades econômicas se alternam. É
preciso trabalhar em condições extremas, com a temperatura variando de
35 graus abaixo de zero, no inverno, a 40 graus acima de zero, no verão.
As condições são de tal maneira duras que os trabalhadores da região
protestaram, em dezembro, de forma vigorosa contra as condições de
trabalho impostas pelas empresas Total, da França; Shell, da Holanda e
do Reino Unido; Exxon, dos Estados Unidos, e Eni, da Itália. Foram
reprimidos à bala pelo governo do Casaquistão, com pelo menos dez
mortos. Houve deliberado silêncio sobre o incidente.
Com toda a pujança do campo de Kachagan, suas reservas totais dariam
apenas para o consumo mundial, nos níveis atuais, de três meses (na
previsão mais baixa, de 9 bilhões de barris) a menos de seis meses (na
hipótese de 16 bilhões). O Cáspio era a grande miragem dos Estados
Unidos e seus aliados europeus, e a verdadeira razão da guerra movida
contra o Afeganistão, assim como a verdadeira razão da guerra contra o
Iraque sempre foi o petróleo. Embora haja ainda a possibilidade de
outras jazidas, de menor expressão, de petróleo e gás na região, a
grande expectativa, a de Kachagan se frustra. Diante dos obstáculos, os
investidores se afastam do projeto, e as empresas envolvidas começam a
planejar a retirada, mas se encontram presas ao contrato com o governo
do Casaquistão, e esse contrato termina em 2041 – com a transferência
para o país das instalações da grande ilha artificial montada pelas
contratantes.
O petróleo continua sendo a mais importante das matérias primas,
enquanto a ciência não lhe encontrar sucedâneos. A advertência de que a
contagem para a sua exaustão já se inicia deve ser meditada em nosso
país. Estamos eufóricos com as perspectivas das jazidas encontradas sob a
camada de sal no litoral atlântico. Há hoje uma disputa entre estados e
municípios para o dispêndio de parcela dos resultados dessa exploração,
por via dos royalties. Isso se houver realmente royalties, uma vez que,
se não prevalecer a emenda Pedro Simon, os royalties a serem pagos
pelas empresas exploradoras serão a elas devolvidos em óleo.
Temos também que usar desses recursos, se eles corresponderem ao que
esperamos, para financiar pesquisas nacionais em busca de fontes
alternativas de energia e, com a mesma preocupação, do fortalecimento de
nossos exércitos. No que se refere às Forças Armadas, é urgente
restabelecer a indústria nacional de armamentos, abandonada pelo
derrotismo interessado dos neoliberais brasileiros. Essa atitude
capitulacionista quase nos custou a entrega total da Petrobrás às sete
irmãs bastardas, que são as principais petroleiras do mundo. O balanço
objetivo do que foi o governo Fernando Henrique poderá ser realizado com
a CPI das Privatizações, a ser constituída em breve.
O mundo que temos à frente não nos promete a paz – a menos que sejamos
capazes de agir decisivamente contra o sistema atual, dominado por meia
dúzia de meliantes, que controlam os governantes, a maioria deles
pessoas medíocres e subornadas pelos grandes bancos, que também
controlam as grandes corporações multinacionais. As manifestações de
massa do ano que passou podem ter sido apenas fogo de palha. Falta
organizar politicamente o inconformismo, em cada um dos países do mundo,
a fim de assegurar aos seres humanos os direitos que lhes são naturais,
e que se resumem em viver, enquanto vida houver, sem medo e sem ódio.
*esquerdopata
A Arma mais poderosa... a TV
1 A estratégia da distracção
imagen: creacion de Laurent Courau | O elemento primordial do controlo social, é a estratégia da distracção e que consiste, em desviar a atenção do público, dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundação continua de distracções e de informações insignificantes.
A
estratégia da distracção é igualmente indispensável para
impedir o publico de se interessar por conhecimentos essenciais, na
área da ciência, da economía, da psicologia, da
neurobiología e da cibernética.
"Manter
a atenção do publico distraída, longe dos verdadeiros
problemas sociais, cativada por temas sem importancia
real. Manter o publico ocupado, ocupado, ocupado, sem
tempo para pensar; de volta à quinta com os outros
animais." (cita del texto "Armas silenciosas para guerras tranquilas")
|
2 Criar problemas, depois oferecer soluções
Este método é também denominado "problema-reacção-solução". Cria-se primeiro um problema, uma "situação" prevista para suscitar uma certa reacção do público, a fim de que este seja o decisor de medidas que se desejam fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança ou policiais em detrimento da liberdade. Ou também: criar uma crise económica para fazer aceitar como um mal necessário, o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
Este método é também denominado "problema-reacção-solução". Cria-se primeiro um problema, uma "situação" prevista para suscitar uma certa reacção do público, a fim de que este seja o decisor de medidas que se desejam fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança ou policiais em detrimento da liberdade. Ou também: criar uma crise económica para fazer aceitar como um mal necessário, o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
3 A estratégia da degradação
Para fazer aceitar uma medida inaceitável, é suficiente aplicar progressivamente, em "dégradé", numa duração de 10 anos. É dessa maneira que as condições sócio-económicas radicalmente novas têm sido impostas durante os anos 1980 a 1990. Desemprego massivo, precariedade, flexibilidade, relocalização, salários que já não asseguram uma vida decente , tantas mudanças teriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas bruscamente.
Para fazer aceitar uma medida inaceitável, é suficiente aplicar progressivamente, em "dégradé", numa duração de 10 anos. É dessa maneira que as condições sócio-económicas radicalmente novas têm sido impostas durante os anos 1980 a 1990. Desemprego massivo, precariedade, flexibilidade, relocalização, salários que já não asseguram uma vida decente , tantas mudanças teriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas bruscamente.
4 A estratégia do diferido
Uma outra maneira de fazer aceitar uma decisão impopular, é apresenta-la como "dolorosa mas necessária", obtendo o acordo do público no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrificio futuro que un sacrificio imediato. Primeiro porque o esforço não é feito imediatamente. Em segundo lugar, porque o público, as pessoas, têm sempre tendência a esperar ingénuamente que "tudo irá melhorar amanhã" e que o sacrificio imposto poderá ser evitado. Enfim, isto dá mais tempo ao público para se acostumar à ideia da mudança e aceitar com resignação, quando chegar o momento.
Uma outra maneira de fazer aceitar uma decisão impopular, é apresenta-la como "dolorosa mas necessária", obtendo o acordo do público no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrificio futuro que un sacrificio imediato. Primeiro porque o esforço não é feito imediatamente. Em segundo lugar, porque o público, as pessoas, têm sempre tendência a esperar ingénuamente que "tudo irá melhorar amanhã" e que o sacrificio imposto poderá ser evitado. Enfim, isto dá mais tempo ao público para se acostumar à ideia da mudança e aceitar com resignação, quando chegar o momento.
Exemplo
recente: a mudança para o euro e a perda de soberania
monetária e económica foram aceites pelos países Europeus en
1994-1995 para uma aplicacção em 2001. Outro exemplo: os acordos
multilaterais do ALCA
(o FTAA) que os Estados Unidos impuseram em 2001 aos países
de todo o continente americano (Centro e América do Sul) apesar das
suas reticências, concedendo uma aplicação e vigência diferida
para 2005.
5 Dirigir-se ao público como a crianças pequenas
A maioria dos spots de publicidade dirigida ao grande público utiliza um discurso, argumentos, personagens e um tom particularmente infantil, muitas vezes próximo do débil, como se o espectador fosse uma criança ou um deficiente mental. Quanto mais se tenta enganar o espectador ou ouvinte, mais se tende a adoptar um tom infantilizante.
A maioria dos spots de publicidade dirigida ao grande público utiliza um discurso, argumentos, personagens e um tom particularmente infantil, muitas vezes próximo do débil, como se o espectador fosse uma criança ou um deficiente mental. Quanto mais se tenta enganar o espectador ou ouvinte, mais se tende a adoptar um tom infantilizante.
Porquê?
Se
se dirigem a uma pessoa, como se ela tivesse a idade de doze
anos, então, por força da sugestão, ela tenderá, com certa
probabilidade, uma resposta ou reacção também desprovida de
sentido critico como uma pessoa de 12 anos." (cf. "Armas silenciosas para guerras tranquilas")
6 Utilizar o aspecto emocional mais do que a reflexão
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para fazer "curto circuito" à análise racional, e ao sentido critico dos individuos. Ainda, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou inserir ideias, desejos, medos ou temores, pulsões, ou induzir. comportamentos...
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para fazer "curto circuito" à análise racional, e ao sentido critico dos individuos. Ainda, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou inserir ideias, desejos, medos ou temores, pulsões, ou induzir. comportamentos...
7 Manter o público na ignorância e na estupidez
Fazer as coisas de forma que o público seja incapaz de compreender as tecnologías e os métodos utilizados, para seu controlo e sua escravidão.
Fazer as coisas de forma que o público seja incapaz de compreender as tecnologías e os métodos utilizados, para seu controlo e sua escravidão.
"A
qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser
a mais pobre ou mediocre possivel, de forma a que a brecha da
ignorância, que isola as classes inferiores das classes sociais
superiores, seja real e permaneça incomprensível para as classes
sociais inferiores."
(cf. "Armas silenciosas para guerras tranquilas")
(cf. "Armas silenciosas para guerras tranquilas")
8 Levar o público a conformar-se com a mediocridade
Levar o publico a achar "cool" (porreiro) o feito de ser estúpido, vulgar e inculto...
Levar o publico a achar "cool" (porreiro) o feito de ser estúpido, vulgar e inculto...
9 Substituir a revolta pela culpabilidade
Levar o indivíduo a crer que só
ele é responsável pelo seu infortúnio, a causa do fracasso da sua
inteligência, das suas habilidades, ou dos seus esforços. Então, ao
invés de se rebelar contra o sistema económico e político, o indivíduo
auto-desvalorizado e culpado, cria uma depressão na qual um dos efeitos
é a inibição da acção. E sem acção, não há Revolução.
10 Conhecer os indivíduos melhor do que eles próprios se conhecem
No decurso dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência geraram uma brecha crescente entre os conhecimentos do público e aqueles que possuem e utilizam as elites dirigentes. Graças à biología, à neurobiología e à psicología aplicada, o "sistema" proporcionou um conhecimento avançado do ser humano físicamente e psicológicamente. O sistema conseguiu conhecer melhor o individuo comum do que ele próprio se conhece a si mesmo. Isto significa que na maioría dos casos, o sistema possui um maior controlo e um maior poder sobre os individuos, do que os individuos sobre si mesmo.
No decurso dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência geraram uma brecha crescente entre os conhecimentos do público e aqueles que possuem e utilizam as elites dirigentes. Graças à biología, à neurobiología e à psicología aplicada, o "sistema" proporcionou um conhecimento avançado do ser humano físicamente e psicológicamente. O sistema conseguiu conhecer melhor o individuo comum do que ele próprio se conhece a si mesmo. Isto significa que na maioría dos casos, o sistema possui um maior controlo e um maior poder sobre os individuos, do que os individuos sobre si mesmo.
Arma mais poderosa de todos os tempos, breve história
Não há que temer a bomba atómica,
perante esta arma não é necessária. O Mundo foi conquistado. O humano
transformou-se numa massa de zombies.
*guerrasilenciosa
A imprensa estadunidense quer a guerra e a nossa quer tomar o poder
Mark Weisbrot
O Brasil precisa frear os EUA
Todos os governos que não querem uma guerra contra o Irã devem agir antes que seja tarde para impedi-la
É como se não tivessem aprendido nada com as mentiras e a sede imperial
de poder que nos arrastaram para uma guerra assassina com o Iraque que
consumiu trilhões de dólares. Na sexta, o conselho editorial do "New
York Times" aplaudiu as ameaças militares dos EUA contra o Irã e pediu
"pressão econômica máxima" contra o país.
E esse é o mais influente jornal "progressista" da América. A imprensa de direita, com um discurso de ódio que alcança milhões de pessoas por dia, é ainda pior.
O Irã vem reagindo com ameaças próprias de fechar o estreito de Hormuz -por onde passa um sexto do petróleo do mundo- se os EUA cortarem suas exportações de óleo. Não surpreende, já que o governo americano tenta estrangular economicamente o Irã. O enorme esforço diplomático e de propaganda internacional dos EUA pode não levar imediatamente a uma guerra -como foi o caso com a Guerra do Iraque, o timing de qualquer ataque será sujeito a considerações eleitorais.
O problema é que essas pessoas deitam as bases para uma guerra que ocorrerá quando o presidente decidir que convém. Quando essa hora chegar, é provável que seja tarde demais para impedir a guerra. Foi o que ocorreu no Iraque.
A marcha em direção à guerra acelera-se agora devido às eleições de 2012 nos EUA. A primária presidencial republicana é em sua maior parte um circo, com todos os candidatos, menos o libertário Ron Paul, lançando chamados por guerra e criticando Obama por não ser "suficientemente duro". Como Obama tenta arrebatar votos dos republicanos, sua reação é mostrar-se o mais aguerrido possível sem de fato iniciar uma guerra real.
Enquanto isso, o Congresso, com a Câmara controlada por republicanos e o Legislativo inteiro fortemente pelo lobby de Israel, soma mais pressão em favor da guerra.
Mas que ninguém se engane, imaginando que essa promoção da guerra em um ano eleitoral reflete a vontade dos eleitores americanos.
Os pré-candidatos republicanos estão competindo na primária pelos votos dos eleitores mais de direita, mais extremistas pró-guerra no mundo, e Obama os está seguindo.
E o lobby de Israel está seguindo o governo israelense de direita, pró-guerra. Mas dados de pesquisas indicam que, a despeito da lavagem cerebral diária, a imensa maioria dos americanos não deseja uma guerra com o Irã.
Como a mídia americana não reconhece a vontade da sociedade civil independente no que tange questões de política externa, a voz do povo americano passa sem ser ouvida. E não ajuda o fato de o governo americano ter usado sua influência na ONU para nomear um chefe submisso da Agência Internacional de Energia Atômica. Isso pode explicar a mudança recente de tom da agência, que adotou discurso mais aceitável pelo lado favorável à guerra.
Por isso tudo, apelamos ao Brasil e a outros governos que não querem essa guerra que nos ajudem a impedi-la. Quando, em maio de 2010, o Brasil e a Turquia propuseram um acordo de troca de combustível nuclear do Irã, isso funcionou como freio temporário da máquina de guerra. Precisamos de mais ajuda diplomática desse tipo.
Tradução de CLARA ALLAIN
VEREADOR EM SÃO PAULO CUSTA R$ 490 MIL MENSAIS
Despesas da Casa aumentaram 16,5%. Parlamentares aprovaram aumento para si próprios e para o prefeito
A
Câmara Municipal de São Paulo gastou R$ 324 milhões em 2011, 16,5%
mais do que os R$ 278 milhões desembolsados em 2010. Dividindo o valor
por cada um dos 55 parlamentares, o peso no bolso do contribuinte é de
R$ 490 mil por mês.
Os dados foram divulgados no fim do ano passado pelo presidente Casa, José Police Neto (PSD), durante a prestação de contas do Legislativo.
Segundo o balanço, o gasto anual com a verba de gabinete (dinheiro destinado ao pagamento dos 18 assessores de cada vereador e despesas com correio) chegou a R$ 7,1 milhões. O montante representa um crescimento 18% na comparação com os R$ 5,9 milhões de 2010.
Os dados foram divulgados no fim do ano passado pelo presidente Casa, José Police Neto (PSD), durante a prestação de contas do Legislativo.
Segundo o balanço, o gasto anual com a verba de gabinete (dinheiro destinado ao pagamento dos 18 assessores de cada vereador e despesas com correio) chegou a R$ 7,1 milhões. O montante representa um crescimento 18% na comparação com os R$ 5,9 milhões de 2010.
PENSAR É TRANSGREDIR
Pode ser no meio do trânsito, na frente da tevê ou do computador.
Simplesmente escovando os dentes.
Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, da lamúria, da hesitação. Sem ter programado, a gente pára pra pensar. É como espiar para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão-se abrir para um nada, outras para um jardim de promessas. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar, reavaliar-se.
Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem superficial que nos esmaga."
-"Pensar é Transgredir" - Lya Luft
*militânciaviva
Band detona privataria e põe Daniel Dantas na roda
Ricardo Boechat, âncora do jornalismo da Band, comenta o livro Privataria Tucana.
Boechat pega pesado e põe o ” banqueiro bandido”, segundo o deputado Protógenes Queiroz, na roda.
O Amaury começa a furar o bloqueio do PiG (*).
E a CPI da Privataria ainda não começou.
Paulo Henrique Amorim
Postado por René Amaral
*Amoralnato
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