Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
O SEU BLOG MILITANCIAVIVA SAÚDA OS TRABALHADORES DO MUNDO !
*Chebola também
MISCIGENAÇÃO E MISTIFICAÇÃO
O
conceito de miscigenação pode se prestar a vários propósitos: serve
tanto para explicar nossa singularidade antropológica, como fazia o
mestre Darcy Ribeiro (foto), quanto para mascarar nosso racismo dito
"cordial", como faz a soi disant elite branca brasileira, para
quem o Brasil sempre viveu uma "democracia racial" plena. Por isso, para
eles, qualquer tentativa de tratar desigualmente os desiguais com
políticas de ação afirmativa para reparar injustiças é um crime de
"lesa-pátria". O texto do jornalista Paulo Moreira Leite põe os pingos
nos iis.
Quando celebrar a miscigenação é só esperteza
Paulo
Moreira Leite
Confesso
que fico envergonhado com a insistência de muitos advogados da democracia
racial em apresentar a miscigenação da sociedade brasileira como a demonstração
definitiva de que os portugueses e seus descendentes brancos não possuíam uma
cultura de caráter racista.
Eu acho
que a miscigenação criou pessoas bonitas, trouxe muitos benefícios a
população brasileira e deve ser celebrada pelos motivos verdadeiros.
Ajudou a
valorizar a cultura negra e enriqueceu nossa maneira de olhar o mundo e
perceber que somos parte de um universo mais amplo, que envolve toda a
humanidade.
Mas é
absurdo tentar apresentar o acasalamento de brancos e negros (em temos
históricos, em 99,99% dos casos, brancos e negras, o que já quer dizer alguma
coisa) como “prova” que não somos um país racista.
Não há
relação entre as coisas. O racismo e outros sentimentos de ódio nunca impediram
relações sexuais entre pessoas que de nações diferentes e até inimigas.
A
crônica final de todas as guerras da humanidade inclui milhares de casos de
estupro da população feminina pelas tropas vencedoras, permitida por uma
situação de força.
Alguém
vai falar em miscigenação na Bósnia? Ou na Europa depois da chegada dos russos?
Ou na Polônia após a invasão nazista?
Não. Mas
falamos em miscigenação de forma positiva no Brasil. Dizemos que é uma
demonstração do espírito aberto e desprovido de preconceito do branco
brasileiro. A miscigenação seria, nessa visão, o ponto essencial de nossa
democracia racial, pois envolve a família. Bobagem.
Gostaria
que alguém apontasse uma diferença, essencial, entre uma escrava deitar-se com
o seu senhor e uma mulher de um país vencido numa guerra fazer o mesmo com
tropas invasoras.
Além de
costumes, comportamentos, geografias e etc, a verdadeira diferença reside no
olhar que compara os dois fenômenos. Fomos habituados a olhar para a escrava
negra como uma mulher disponível, que gostava de seduzir o senhor. Não se
enxerga aí uma relação determinada por uma violência absoluta contra uma
população arrancada de seu país de origem, destituída de sua família e de sua
cultura, sem direitos elementares.
Imagina-se
a sedução, o desejo, até amor, quando havia um massacre prolongado, permanente,
que durou séculos.
Essa
visão preconceituosa é um produto histórico do cativeiro, uma cultura criada
pelo olhar do senhor.
Muitos
senhores de cativos gostavam de culpar as mulheres negras por deitar-se com
elas. Diziam que eram provocantes, sedutoras, irresistíveis. Em mais um gesto
que prova que podia ter idéias erradas mas não era desprovido de bom senso,
Gilberto Freyre chegou a denunciar o preconceito vergonhoso de um médico
brasileiro que, num Congresso em Paris, culpou a “lubricidade simiesca” das
escravas negras pela expansão das doenças venéreas no país.
Na
verdade, lembrou o antropólogo, as doenças se espalhavam porque muitos cidadãos
brancos, contaminados por sífilis, gostavam de acreditar na lenda de que
precisavam deitar-se com uma “negrinha virgem” para serem curados. Assim,
justificavam suas investidas contra cativas ainda adolescentes.
Celebrar
a miscigenação como “prova” do espírito democrático implicar em imaginar que,
na cama, a escravidão pudesse desparecer por encanto. Vamos combinar que nem
Reich e outros profetas da revolução sexual pensaram nisso….rsrsrsrsrsr
Do ponto
de vista branco, a mulher escrava servia para o sexo. Mas não tinha direito a
casamento nem a formar família.
Pode
haver maior demonstração de preconceito?
Como
assinala o professor Alfredo Bosi, “a libido do conquistador teria sido antes
falocrática do que democrática na medida em que se exercia quase sempre em uma
só dimensão, a do contacto físico: as escravas emprenhadas pelos fazendeiros
não foram guindadas, ipso facto, à categoria de esposas e senhoras de engenho,
nem tampouco os filhos dessas uniões fugazes se ombrearam com os herdeiros
ditos legítimos do patrimônio de seus genitores. As exceções, raras e tardias,
servem apenas de matéria de anedotário e confirmam a regra geral. As atividades
genésicas intensas não têm conexão necessária com a generosidade social. (
“Dialética da Colonização,” página 28).
*Postado por Paulo
Moreira Leite, em seu blog “Vamos Combinar” *MilitânciaViva
Por que Sergio Cabral e Eduardo Paes não fazem como Dilma e põem todos os contratos com a Delta na internet?
A presidenta Dilma Rousseff mandou colocar todos os contratos do governo federal com a Delta Construções na internet.
O
presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse ontem [sábado] que a
criação da CPI do Cachoeira já começou a ter consequências. Segundo ele,
a presidente Dilma Rousseff determinou que todos os contratos do
governo federal com a Construtora Delta, uma das supostas beneficiadas
pelo esquema de Carlinhos Cachoeira, sejam publicados na internet. O
objetivo é dar transparência às operações da Delta com a União. [Fonte]
O
governador do Rio Sergio Cabral e o prefeito da capital Eduardo Paes
deveriam fazer o mesmo. Afinal, só no Rio de Janeiro são quase R$ 3
bilhões em contratos com a Delta. Sendo que, no estado, são R$ 250
milhões, sem licitação.
A
luz do Sol é o melhor antídoto contra ilações que estão sendo feitas a
partir da amizade entre o governador e o presidente (licenciado após o
escândalo) da Delta Fernando Cavendish.
Aja como a presidenta Dilma, governador. Faça o mesmo, prefeito. Afinal, quem não deve não teme.
*BlogdoMello
Inquérito: Veja usou esquema bandido contra José Dirceu- Obsessão - A casa caiu- Roteiro de Cinema #farsadomensalao
Obsessão de Veja com Dirceu cria problemas para Carlinhos
Enviado por luisnassif,
Voluma 2, pagina 14:
Demóstenes conta a Cachoeira que Veja resolveu
requentar matéria da IstoÉ de um ano atrás, acusando Dirceu de ligação com a
Delta. Baseou-se em um grampo de dois ex-sócios da Delta com Cavendish, o dono
da construtora.
Cachoeira diz não estar gostando dessa história,
pois "não tem essa ligação com o Zé Dirceu".
Demóstenes pensa em uma estratégia para esvaziar a
matéria.
INTERLOCUTORES ÁLVARO x
ROTEIRODECINEMA DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL DURAÇÃO 26/08/2011 20:59
28/08/2011 17:04
44:05:00
RESUMO Conduta de ÁLVARO DIAS, líder do PSDB no Senado, durante o episódio em que o
contraventor CARLINHOS CACHOEIRA e o senador DEMÓSTENES TORRES conspiraram para
"por fogo na República" usando o editor da Revista Veja POLICARPO
JÚNIOR e o araponga Sargento PMDF JAIRO MARTINS DE SOUZA, vulgo ÍNDIO, "personal
araponga" de GILMAR MENDES, para atacar o dirigente petista JOSÉ DIRCEU e
rachar o PT ao meio visando desestabilizar o Governo DILMA ROUSSEFF: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-conduta-de-alvaro-dias-durante-episodio-veja-x-dirceu#more
Até
recentemente os historiadores desdenhavam os pobres. A crônica do
passado se fazia em torno de reis débeis, alguns; corajosos, outros.
Também os intelectuais, cientistas e artistas sempre estiveram na
vanguarda da história oficial. A civilização se fazia também com os
santos, mas os santos da Igreja, em sua maioria, eram recrutados entre
os membros da classe dominante na Idade Média, ainda que renunciassem à
riqueza, como Francisco de Assis, ou se fizessem mártires nas guerras
que, de santas nada tinham, como as cruzadas. Os santos modernos, com
raras exceções, são militantes políticos contra os pobres, como o
fundador da Opus dei.
Hoje cresce entre os
acadêmicos a preocupação com a “História vista de baixo”, embora a razão
recomende não estabelecer o que seja alto ou baixo na construção do
homem. É bom olhar o trabalho dos pobres, e sua luta por justiça, como o
sumo da História. Não foram os faraós que construíram as pirâmides,
mas, sim, os escravos; as grandes cidades modernas podem ter sido
imaginadas pelos arquitetos geniais, mas não sairiam das pranchetas sem
as mãos ásperas dos pedreiros, armadores e carpinteiros. O mundo
virtual, abstrato, dos pensadores, prescinde do trabalho pesado, mas a
doma da natureza, com a agricultura e o pastoreio, e sua transformação
em objetos tangíveis, são conquistas do trabalho pesado.
É bom olhar o trabalho dos pobres, e sua luta por justiça, como o sumo da História
Muitos
trabalhadores que hoje estão comemorando o primeiro de maio, não sabem
exatamente como surgiu essa tradição. Ela se deve a uma das primeiras
greves organizadas nos Estados Unidos, em 1886. No dia 3 de maio,
parados havia algum tempo, os trabalhadores de uma indústria de máquinas
colheitadeiras, a McCormick Harvesting Machine Company, formaram
piquetes diante dos portões da fábrica e foram dissolvidos pelos
policiais que protegiam os fura-greves com a morte de vários operários e
dezenas de presos e feridos. Como protesto, eles se reuniram, com o
apoio de outros trabalhadores, no dia seguinte, na praça do Heymarket,
no centro da cidade.
Entre outras
reivindicações, os grevistas exigiam a fixação da jornada do trabalho em
oito horas diárias. Os patrões, como fazem até hoje, organizaram
pelotões de bate-paus, garantidos para ajudar a polícia. Houve o
conflito, com os grevistas se defendendo como podiam, e uma bomba
explodiu, matando sete policiais. A polícia atirou, matou muitos
trabalhadores e buscou suspeitos. Um líder dos trabalhadores, August
Spies, embora provasse não estar no local, foi, com três outros, também
vistos como inocentes, condenados à forca, e executados em 11 de
novembro do ano seguinte.
Um dos presos
matou-se. Os três que conseguiram escapar do cadafalso foram perdoados,
em 1893, pelo governador de Illinois, John P. Altgeld. O movimento
sindical, que existia, de forma dispersa e débil, desde a presidência de
Andrew Jackson, tomou corpo, a partir do episódio, com a reorganização
da American Federation of Labor.
Tradição do 1º de Maio se deve a uma das primeiras greves nos Estados Unidos, em 1886
O
século 20 começou com a criação de novos sindicatos de trabalhadores,
principalmente nos Estados Unidos e na Inglaterra (com o incentivo do
conservador Disraeli), e na Alemanha. Foram as lutas dos trabalhadores
que moderaram, um pouco, a avidez dos capitalistas liberais. Essas lutas
se iniciaram em 1848 na Europa, tiveram impulso com a Comuna de Paris,
em 1871, e viveram a sua grande data no massacre do Haymarket e suas
consequências, em 1886.
Na luta contra a
Depressão dos anos 30, os países ocidentais (na União Soviética a
situação era outra) procuraram incentivar o sindicalismo e contar com
seu apoio. Hitler decretou, no dia 1º de maio de 1933, que a data seria
festejada sob o nazismo como o Dia do Trabalho. No dia seguinte, fechou
todos os sindicatos, prendeu seus líderes e iniciou a perseguição aos
socialistas e comunistas. Nos Estados Unidos e no Canadá, para
desvincular a comemoração do massacre de maio, a data escolhida foi a da
primeira segunda feira de setembro.
O movimento
sindical, para ser autêntico, não deve atrelar-se aos governos, ainda
que, na defesa do interesse dos trabalhadores, possa apoiar essa ou
aquela medida dos estados nacionais. Foi a luta dos trabalhadores
ingleses que criou o Labour Party na Inglaterra, em 1906, e
conseguiu as reformas das leis do trabalho que permitiram o
desenvolvimento econômico e político da Grã Bretanha, e a levaram ao
forte desempenho bélico na Primeira e na Segunda Guerra Mundial.
Os
historiadores começam a deixar os papéis dos gabinetes oficiais e as
alcovas da nobreza, a fim de encontrar os verdadeiros agentes da
civilização, no estudo da vida e da resistência dos pobres contra a
opressão — o que ela tem de melhor. É hora de que se faça o mesmo em
nosso país. É mais importante estudar a resistência dos negros e dos
brancos miseráveis do Brasil Colônia — que valiam menos do que os
escravos, posto que os últimos, como bens de produção, tinham valor de
mercado — do que imaginar como eram os encontros galantes de Pedro I com
a Marquesa de Santos. Foi o suor dos desprezados que deu liga à
argamassa de nossa nação — e de todas as outras nações.
O repórter Gustavo Gantois, do Portal Terra, acaba de informar que a
presidenta Dilma Rousseff finalmente decidiu anunciar o nome do novo
ministro do Trabalho. "O deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ) vai
substituir Paulo Roberto Pinto, que ocupa o cargo há cinco meses como
interino. A decisão foi tomada em reunião na manhã desta segunda-feira
entre Dilma e o presidente do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi".
A presidenta Dilma nomeou um blogueiro sujíssimo, Brizola Neto, ministro do Trabalho:
*****
Dilma confirma Brizola Neto no Trabalho e diz que ele prestará "grande contribuição ao país"
Roberta Lopes - Repórter da Agência Brasil
Brasília – Ao confirmar hoje (30) o nome de Brizola Neto (PDT-RJ)
como novo ministro do Trabalho, a presidenta Dilma Rousseff disse, em
nota, ter confiança de que ele “prestará grande contribuição ao país”.
Segundo informações do Palácio do Planalto, a posse do novo ministro
deverá ocorrer na quinta-feira (3), às 11h.
A nomeação de Brizola Neto para o Ministério do Trabalho permite uma
leitura objetiva: a presidenta Dilma Rousseff não se curvou aos riscos
da CPI e vai pagar para ver.
Apesar de originalmente do PDT, Dilma conheceu Brizola Neto apenas na
campanha de 2010. E reconheceu desde logo o papel eficiente que
desempenhou com seu blog O Tijolaço.
Depois, deu tempo ao tempo, com seu estilo que vai se consolidando: em
vez de movimentos bruscos, ações planejadas, lentas porém seguras.
Durante o dia, no Twitter liam-se mensagens de colunistas desdenhando a
falta de formação acadêmica de Brizola Neto. Curiosamente, seu Tijolaço tem uma consistência e uma linguagem imensamente superior à da maioria dos colunistas – incluindo seus críticos.
No final da tarde, O Globo se valeu dos expedientes de sempre, dando voz apenas aos críticos de Brizola Neto e sonegando as declarações a favor.
Foi um lance consolidador e repleto de significados. No mesmo momento em
que a velha mídia incensa como seu porta-voz Miro Teixeira, do PDT,
Dilma indica Brizola Neto, um dos críticos mais consistentes dos vícios
do velho jornalismo, assim como seu avô.
*esquerdopata
Brizola Neto no Min. do Trabalho: trabalhadores e blogs progressistas comemoram
Os blogs "sujos", como este nosso, e todas as centrais sindicais
saudaram a escolha do deputado Brizola Neto (PDT/RJ) como Ministro do
Trabalho.
Risível é o noticiário do PIG (Partido da Imprensa Golpista) que está
cada dia pior na manipulação da notícia, e procurou dar ênfase a rusgas
partidárias dentro do PDT, como se não fosse um processo normal na
política interna dos partidos.
Aliás, dentro do PDT as disputas existem, mas estão longe de serem
aquele arranca penas entre tucanos, cujas briga máxima é se vê entre
serristas e aecistas.
Vamos dissecar a fábrica de intrigas dos jornalões e TV's, no caso do Ministério do Trabalho.
Haviam três candidatos a ministro do PDT. Enquanto a escolha não estava
sacramentada é obvio que cada um, com seu grupo político, puxava a
sardinha para sua brasa, fazendo pressão, declarações, etc.
Qualquer um que fosse escolhido, se um jornal quisesse colher alguma
declaração enviesada com conotação adversa, bastaria procurar um
deputado do outro grupo não escolhido, e fazer as perguntas certas para
obter a idéia de cizania. Foi o que os jornalões fizeram.
Mas na política partidária real, as coisas costumam ocorrer bem diferente do que inventam os jornalões.
Depois da escolha feita, o cenário político é outro, pois a disputa
passa para outro patamar. Deixa de ser pelo cargo e passa a ser por
espaço dentro do governo (ao contrário do que diz a velha imprensa,
existem disputas legítimas, de quem quer participar do governo para
influir nos rumos e nas políticas públicas que geram empregos e
prosperidade para o trabalhador).
Assim, a maioria dos parlamentares passam a apoiar o Ministro escolhido,
aderindo às políticas públicas do ministério, para mostrar serviço às
suas bases. Um ou outro parlamentar pode estar se sentindo
desprestigiado, e pode dizer que a escolha foi pessoal de Dilma e não do
partido. Mas isso muda com um bom e velho diálogo entre o novo Ministro
e estes parlamentares, para aparar as arestas.
Bom trabalho e boas lutas ao companheiro de blogosfera Brizola Neto.
*osamigosdopresidentelula
O significado da indicação de Brizola Neto
Enviado por luisnassif
A
nomeação de Brizola Neto para o Ministério do Trabalho permite uma leitura
objetiva: a presidente Dilma Rousseff não se curvou aos riscos da CPI e vai
pagar para ver.
Apesar
de originalmente do PDT, Dilma conheceu Brizola Neto apenas na campanha de
2010. E reconheceu desde logo o papel eficiente que desempenhou com seu blog O
Tijolaço.
Depois,
deu tempo ao tempo, com seu estilo que vai se consolidando: em vez de
movimentos bruscos, ações planejadas, lentas porém seguras.
Durante
o dia, no Twitter liam-se mensagens de colunistas desdenhando a falta de
formação acadêmica de Brizola Neto. Curiosamente, seu Tijolaço tem uma
consistência e uma linguagem imensamente superior à da maioria dos colunistas –
incluindo seus críticos.
No
final da tarde, O Globo se valeu dos expedientes de sempre, dando voz apenas
aos críticos de Brizola Neto e sonegando as declarações a favor.
Foi um
lance consolidador e repleto de significados. No mesmo momento em que a velha
mídia incensa como seu porta-voz Miro Teixeira, do PDT, Dilma indica
Brizola Neto, um dos críticos mais consistentes dos vícios do velho jornalismo,
assim como seu avô.
A revelação das ligações do senador Demóstenes Torres com o bicheiro
Carlinhos Cachoeira lança uma sombra de suspeita sobre o procurador
geral Roberto Gurgel.
Demóstenes foi elemento central na recondução de Gurgel ao cargo de
Procurador Geral, desempenhando papel bastante conhecido em assembléias
de acionistas.
Rupert Murdoch e Roberto Marinho têm muito mais que as iniciais em
comum. Ambos perderam o pai cedo, uma tragédia pessoal que,
paradoxalmente, acabou por empurrá-los vigorosamente na indústria da
mídia.
Hay fechas que marcan hitos históricos y perduran
para siempre en la memoria universal. Así ocurre con el 30 de abril de
1975, simbolizado en un tanque que derribaba las puertas del palacio
gubernamental del antiguo Saigón, en el sur de Vietnam.
Era
un mediodía cuando las aguerridas Fuerzas de Liberación del heroico
pueblo vietnamita irrumpían en la guarida de un régimen em estampida,
solo sostenido por el poderío militar de una potencia como Estados
Unidos.
Y más que ponerle término a la ignominia
de la subordinación que allí se cobijaba, aquel memorable episodio fue
contundente escena final de una anunciada derrota política y militar
infligida al prepotente imperio injerencista y agresor.
Nunca
le fue tan humillante, precedida en las vísperas por las elocuentes
imágenes de fugas precipitadas y desesperadas, de rebatiñas por treparse
en helicópteros y huir a como diera lugar de la avalancha liberadora y
revolucionaria en marcha.
Desde que en 1964
Estados Unidos sacó intencionado partido del llamado incidente del Golfo
de Tonkin, una fraudulenta auto agresión para desatar la guerra en
Vietnam, habían transcurrido algo más de dos décadas de muy alto costo
humano y material.
Como pocas veces se tenga
noticias pueblo alguno sufriría tanto castigo en vidas y recursos
naturales, por el solo hecho de defender su derecho a la soberanía
nacional, la independencia y la unidad e integridad territorial.
Todavía
hoy, en un Vietnam más fuerte, como nunca se cansó de avizorar el gran
Ho Chi Minh, aún bajo los bombas cayendo sobre Hanoi, se sigue
reclamando por las víctimas, generación tras otra, del infernal “agente
naranja”, diseminado por la aviación estadounidense en poblaciones
civiles, sembradíos y bosques.
Pero también esa
ejemplar y pertinaz resistencia protagonizada por los vietnamitas
suscitó admiración y solidaridad mundiales y contribuyó a despertar
conciencias en los propios Estados Unidos, donde comenzó a romperse el
mito de la invencibilidad de sus marines y tropas equipadas con lo
último en tecnología bélica.
Ello constituyó una
formidable lección, la de que “si, se puede”, al igual que antes en la
batalla cubana de Girón, en 1961 frente a mercenarios sostenidos por
Washington. O en otro contexto, el abril de 2002 en Caracas, Venezuela,
en el fondo, de la misma hechura.
La
relampagueante entrada de las Fuerzas Armadas Populares de Liberación de
Vietnam a Saigón, resultó el colofón de una acertada estrategia, que
atravesó por sucesivas etapas cruciales, desde que el 1971, los
estadounidenes no pudieron controlar las fronteras entre Vietnam, Laos y
Cambodia por la carretera 9.
En ese momento,
con las zonas liberadas abarcando más del 50 por ciento de los
escenarios de la guerra, la derrota ya se vislumbraba, y dos años
después, en 1973 los patriotas obligaban a los agresores a sentarse en
la mesa de negociaciones en Paris y suscribir un acuerdo de paz.
A
partir de entonces, en medio de continuadas violaciones estadounidenses
a lo pactado, otras batallas decisivas contra los baluartes militares
de Phoc Long, Buon Me Thuot, Pleikú, Che Reo, Da Nang, Hha Trang Luang y
otros fueron cimentando el camino al asalto culminante.
El
Comité Central del entonces llamado Partido de los Trabajadores de
Vietnam, decidió desatar el 10 de marzo de 1975 la gran ofensiva final y
la operación Ho Chi Minh.
Durante los días 26,
27 y 28 de abril se había generalizado por toda la franja costera y en
diversos puntos se desarrollaban combates encarnizados, cuerpo a cuerpo,
casa por casa para romper el presuntuoso “cordón sanitario” alrededor
de la capital del sur.
Por esos días, Le Van
Phuong, un joven tanquista, ya veterano de las batallas de la carretera 9
y Da Nang, recibió la orden de marchar hacia Saigón y fue a quien le
tocó derribar las puertas del palacio que albergó a todos los gobiernos
que siguieron a pie juntillas las órdenes del mando estadounidense de
ocupación.
Entrevistado por la radioemisora Voz
de Vietnam, con motivo de este aniversario del acontecimiento, aún le
emociona evocarlo, y al recordar también a su jefe de compañía, Bui
Quang Than, izando en lo más alto de aquel recinto la bandera de la
liberación.
La foto en la que aparece el
tanquista, y que ha devenido símbolo mundial, fue tomada por Francoise
Demulder, fallecida en 2009, una reportera francesa, a quien según sus
propias palabras, la guerra en Vietnam le cambió el sentido de su oficio
y de su vida.
Luego cubrió la guerra en el Líbano y la resistencia de los palestinos, entre otros conflictos que calificó de injustos.
Antes
de morir regresó a Hanoi, en búsqueda de Phuong, a quien encontró en
una humilde vivienda de una callejuela de Son Tay, modesto en su hazaña,
y entregado como uno más a las tareas de la vida civil de un país
reconstruido y en crecimiento.
Ambos se
abrazaron y lloraron, porque también la liberación de la hoy Ciudad Ho
Chi Minh, que terminó reunificando a Vietnam, hermana más allá de
fronteras.
Saigón 75 representa por siempre un símbolo de resistencia y victoria de una causa justa en la memoria universal.