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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
terça-feira, maio 08, 2012
Artistas cobram nas redes sociais votação de proposta engavetada há 3 mil dias
PEC do Trabalho Escravo – Responsável pelo engavetamento da proposta nesse período, a bancada ruralista ainda resiste a aprovar o texto, que prevê a expropriação das propriedades, rurais ou urbanas, em que for constatado o trabalho escravo.
Até agosto de 2004, o Congresso havia alterado a atual Constituição
44 vezes. De lá pra cá, os parlamentares promoveram mais 25 modificações
na Carta Magna. O número só não foi maior porque, nesse período, a
Câmara engavetou a chamada PEC do Trabalho Escravo, que, nesta
terça-feira (8) – 2.827 dias após ter sido aprovada em primeiro turno –
deve ter sua votação concluída na Casa. Ainda assim, o texto votado
inicialmente em 11 de agosto de 2004 só foi incluído na pauta agora por
causa da crescente pressão de entidades, personalidades e parlamentares envolvidos com o combate ao trabalho escravo.
Pelo regimento interno, os deputados só precisam esperar pela
realização de cinco sessões deliberativas para passar de uma rodada de
votação à outra ao examinar uma proposta de emenda à Constituição. Mas,
no caso da PEC do Trabalho, esse intervalo caminha para os oito anos.
Para se ter uma ideia, os parlamentares precisaram apenas de 12 dias em
2009 para aprovar, em dois turnos, a chamada PEC dos Vereadores, que
aumentava o número de cadeiras nas câmaras municipais.
Responsável pelo engavetamento da proposta nesse período, a bancada
ruralista ainda resiste a aprovar o texto, que prevê a expropriação das
propriedades, rurais ou urbanas, em que for constatado o trabalho
escravo.
Leia mais
- Crianças de rua denunciam abusos sexuais cometidos por PMs
- Secretária esnoba pobres e afirma: “Morar em São Paulo é pra quem pode”
Manifestação virtual
Para pressionar os deputados, os organizadores do movimento pretendem
apresentar à Câmara um manifesto virtual com 100 mil assinaturas (entre aqui para ler o manifesto e assinar),
defendendo a imediata aprovação da PEC do Trabalho Escravo. Mais de 57
mil pessoas haviam aderido à campanha até ontem à noite. Cerca de 60
artistas e intelectuais já haviam apoiado a petição. Entre as
personalidades que apóiam a PEC estão os músicos Chico Buarque, Roberto
Frejat e Francis Hime; as atrizes e atores Camila Pitanga, Alessandra
Negrini, Dira Paes, Fernanda Montenegro, Letícia Sabatella, Wagner Moura
e Marcos Palmeira; o teólogo Leonardo Boff, e o cineasta Silvio
Tendler, além da própria ministra dos Direitos Humanos, Maria do
Rosário. Alguns desses signatários são aguardados na Câmara para a
entrega do documento.
Também está previsto um “twittaço” às 11h desta terça-feira (8). Os
defensores da PEC pretendem incluir, na lista dos assuntos mais
comentados do twitter, as tags #PEC438 e #TrabalhoEscravo. A ideia é mostrar aos parlamentares o interesse da sociedade pelo tema.
O compromisso de incluir o texto na pauta foi assumido pelo presidente da Câmara, Marco Maia
(PT-RS), com a ministra Maria do Rosário, da Secretaria Especial de
Direitos Humanos. Por se tratar de emenda constitucional, a proposição
necessita do apoio de pelo menos 308 deputados. No primeiro turno, em
2004, a PEC recebeu 326 votos.
Expectativa
Como a pauta das sessões ordinárias está obstruída por sete medidas
provisórias (MPs), que têm prioridade na votação, o texto terá de ser
examinado em sessão extraordinária, que deverá ser convocada por Marco
Maia.
Vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, o
deputado Padre Ton (PT-RO) acredita que, com a pressão da sociedade, não
há como os parlamentares protelarem a votação da PEC do Trabalho
Escravo. “Agora, estamos em nova legislatura, muitos não estão mais
entre nós e, por isso, é importante se articular nesses dias que
antecedem à votação para que tenhamos o mesmo sucesso”, defende o
deputado, que está em seu primeiro mandato federal.
Prioridade
Além da Comissão de Direitos Humanos, também estão à frente do
movimento pela retomada da votação da PEC a Frente Parlamentar Mista
pela Erradicação do Trabalho Escravo, a Comissão Nacional de Erradicação
do Trabalho Escravo e a CPI do Trabalho Escravo, instalada recentemente
na Casa.
Durante o Fórum Social Mundial, realizado em janeiro em Porto Alegre,
a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Maria do
Rosário, disse que foi orientada pela presidenta Dilma Rousseff a tratar
a PEC do Trabalho Escravo como principal prioridade legislativa de sua
pasta em 2012. “Essa é a principal agenda política de direitos humanos
no Congresso Nacional. Não é uma agenda a mais, mas a principal agenda”,
disse Rosário.
Mais de 42 mil pessoas foram resgatadas em operações do Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo
desde 1995. Pela proposta, o proprietário não terá direito a qualquer
indenização, e os bens apreendidos serão confiscados para serem
revertidos em recursos de um fundo cuja finalidade será definida em lei.
Essa regra já existe hoje para os locais onde for constatada a produção
de plantas psicotrópicas.
Congresso em Foco
*PragmatismoPolítico segunda-feira, maio 07, 2012
Em ato, UJS pede convocação de Roberto Civita na CPI do Cachoeira
Em defesa da liberdade de expressão e contra a postura criminosa da Revista VEJA a União da Juventude Socialista realiza ato nesta terça-feira, às 15 horas, em frente ao prédio da editora Abril.
A revista VEJA de Roberto Civita entrou para as páginas policiais. Ontem
em horário nobre a TV Record dedicou 15 minutos de seu programa
“Domingo Espetacular” para denunciar a relação de Veja com a quadrilha
de Carlinhos Cachoeira.
Com exceção da TV Record há um silêncio absoluto na “grande imprensa”
sobre esse assunto. O caso é equiparado ao escândalo Murdoch na
Inglaterra e coloca em pauta na sociedade a necessidade de um novo marco
regulatório para as comunicações.
Os documentos a que o Domingo Espetacular teve acesso com exclusividade
trazem provas de que as informações trocadas entre Cachoeira e o diretor
da Veja resultaram ao menos em cinco capas da revista de maior
circulação do País.
As gravações registram ainda que a influência da revista esbarra em
outras esferas do poder, como na pressão para demissão da cúpula do
Ministério dos Transportes, que havia se desentendido com um dos aliados
do contraventor, a construtora Delta. Por meio do que Cachoeira passava
para ser publicado na Veja, vários funcionários do ministério foram
afastados.
Ismael Cardoso, diretor de comunicação da UJS, ressalta que "o ato não
tem por finalidade a cassação de nenhum veículo de informação, mas, que
estes veículos devam ser tratados como suspeitos e convocados para depor
na CPI do caso Carlinhos Cachoeira, precisamos denunciar a sociedade o
banditismo que se instalou nos meios de comunicação"
Para Altamiro Borges, presidente do instituto Barão de Itararé "a
revista instalou um verdadeiro vale tudo, se utilizando de práticas
criminosas - desde escutas ilegais à complacência com o crime organizado
- , o caso é muito parecido com o que ocorre na Inglaterra, com Ruperth
Murdoch, denunciado por crimes parecidos com os que a revista Veja
cometeu, precisamos denunciar".
Fonte: UJS
*PortalVermelho
USP lança portal com temas de teses ligadas à Rio+20
Enviado por luisnassif
Por alfeu
da Agência Brasil
USP lança portal com 1,3 mil teses sobre temas que serão tratados na Rio+20
Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A Universidade de São Paulo está lançando um portal com cerca de 1,3 mil teses e dissertações de mestrado e doutorado sobre temas que serão tratados durante a Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
O material, produzido entre junho de 1992 e setembro de 2011, pode ser consultado no sitehttp://citrus.uspnet.usp.br/usprio+20, que permite realizar buscas por autor, resumo e palavras-chave, além do download das pesquisas completas. O portal está disponível também em inglês.
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da Agência Brasil
USP lança portal com 1,3 mil teses sobre temas que serão tratados na Rio+20
Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A Universidade de São Paulo está lançando um portal com cerca de 1,3 mil teses e dissertações de mestrado e doutorado sobre temas que serão tratados durante a Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
O material, produzido entre junho de 1992 e setembro de 2011, pode ser consultado no sitehttp://citrus.uspnet.usp.br/usprio+20, que permite realizar buscas por autor, resumo e palavras-chave, além do download das pesquisas completas. O portal está disponível também em inglês.
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