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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, junho 02, 2012

Jornalismo da Globo é como farmácia: de manipulação


Vexame: Globo apaga caixa-2 de José Serra e Paulo Preto da entrevista de Pagot 


A revista Época (da Globo) repete mais um episódio de parcialidade, manipulação e proteção a José Serra, semelhante à famosa bolinha de papel em 2010, quando contratou o perito Molina. 


O ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) Luiz Antônio Pagot, deu entrevista à revista IstoÉ, contendo os trechos: 


... me neguei a assinar um aditivo do Rodoanel (...) era empreitada global, não pode fazer aditivo. (...) Quando a obra chegou ao final, a Dersa veio me cobrar mais dinheiro (...) o Paulo Preto apresentou a fatura de R$ 260 milhões. Não aceitei. (...) O Paulo Preto (diretor da Dersa) me ligava toda hora. (...) todos os empreiteiros do Brasil sabiam que essa obra (o Rodoanel) financiava a campanha do Serra (...) Veio um procurador de empreiteira me avisar. "Você tem que se previnir. Tem 8% entrando lá!" Esse 8% era caixa 2. Era 60% para o Serra, 20% para o Kassab e 20% para o Alckmin. 


Simultaneamente deu também entrevista à revista Época, das organizações Globo. 


Esta revista da Globo deu o vexame de não publicar nada sobre o Rodoanel, José Serra, Paulo Preto, Alckmin e Kassab! 


Só publicou a parte da entrevista que ataca petistas (parte que também foi publicado na IstoÉ).


Em tempo: Pagot diz que ajudou a pedir doações para a campanha petista de 2010, junto a empresários que conhecia, porém dentro da lei e oficiais junto à justiça eleitoral, segundo afirma. Mostra-se ressentido de ter ajudado na campanha e ter sido descartado do governo, resultado de uma conspiração de Cachoeira com a Delta na revista Veja, segundo diz. 


O deputado federal José de Filippi Jr emitiu nota de esclarecimento: 


Nota à Imprensa - Reportagens Época e IstoÉ 


Em resposta às matérias publicadas nesta sexta-feira, 1º de junho, “Tesoureiro do PT pediu ajuda a Pagot para campanha de Dilma”, no site da Revista ÉPOCA, e “As confissões de Pagot”, no site da Revista ISTO É, a Assessoria de Imprensa do deputado federal José de Filippi Jr. esclarece que: 


1) O deputado José de Filippi Jr. não é tesoureiro do PT. Foi coordenador financeiro da campanha presidencial da candidata Dilma Rousseff, em 2010, e teve as contas aprovadas pelo TSE. 


2) O senhor Luiz Antônio Pagot se apresentou voluntariamente no comitê de campanha, como ele mesmo afirma na matéria da ÉPOCA: “Fui um colaborador espontâneo”. À ocasião estava acompanhado de alguns dirigentes do PR e ofereceu apoio logístico para a campanha, na forma da cessão de três aviões do senhor Blairo Maggi. Isto nunca se concretizou. 


3) Filippi não solicitou ao sr. Pagot que fizesse contato com empreiteiras e construtoras. Este trabalho era realizado por Filippi, na condição de coordenador financeiro da campanha. 


4) É incorreta a informação de que o sr. Pagot encaminhava para Filippi boletos de depósitos de empreiteiras, pois as doações eleitorais são eletrônicas e identificadas pelas instituições bancárias. Assim, a coordenação financeira tinha acesso online aos depósitos feitos. 


5) Esclarecemos ainda que a quase totalidade das empresas listadas como doadoras da campanha da Presidenta Dilma Rousseff na reportagem da ISTO É já mantinha contatos com a coordenação financeira, pois doaram para a campanha presidencial de 2006. Estes são os fatos. 


Atenciosamente, Assessoria de Imprensa do Deputado Federal José de Filippi Jr. 


No Blog de Um Sem Mídia

Postado por zcarlos 
*cutucandodeleve
Presidente do Uruguai nunca se mudou para mansão, que poderá ser abrigo no inverno
 
Ao ser eleito, o presidente do Uruguai, José Mujica, disse que não iria se mudar para o palácio presidencial e cumpriu sua promessa. Agora, ele parece ter encontrado uma outra utilidade para a Casa Suárez y Reyes, em Montevidéu. Ele ofereceu o palacete no bairro do Prado como alternativa para abrigar pessoas que vivem nas ruas, principalmente durante o inverno.

José Mujica
Não seria todo o palácio, mas algumas de suas instalações, o que mesmo assim não deixou de surpreender os funcionários do Ministério de Desenvolvimento Social, responsável pelo assunto.
De acordo com a imprensa uruguaia, a utilização seria possível caso os abrigos não sejam suficientes. E a mansão por pouco não recebeu sua primeira hóspede no último dia 24: uma mulher e seu filho, mas o ministério acabou encontrando vaga num abrigo para eles na última hora.
O inverno uruguaio é rigoroso. E no ano passado, a morte de cinco pessoas por hipotermia gerou uma crise que culminou com a destituição da ministra de Desenvolvimento Social, Ana Vignoli. Por isso, mesmo antes de o inverno chegar oficialmente este ano, já começaram as remoções de sem-tetos para os abrigos.
Mujica mora na chácara de Rincón del Cerro, na zona rural de Montevidéu, a mesma na qual vivia antes da eleição presidencial. A Casa de Suárez y Reyes era o local em que costumavam viver os presidentes uruguaios, mas começou a ser desprezada com a ascensão da esquerda. Antecessor de Mujica, Tabaré Vázquez também não quis se mudar para ela. Hoje é usada para reuniões com governantes estrangeiros ou do Conselho de Ministros.
O palácio é uma obra do arquiteto Juan María Aubriot. Conta com 42 funcionários, tem três andares e é visitada pela população no Dia do Patrimônio. Agora poderá ter novos moradores. Pelo menos, durante o inverno.
*Turquinho
Doutora Márcia Rocha, que nasceu Marcos César Faria da Rocha: "A gente cresce ouvindo que não temos o direito de existir"


*Mariadapenhaneles

Charge do Dia

A NATO e a UE preparam um banho de sangue


 

Via Resistir.info
por KKE
O Gabinete de Imprensa do CC do KKE enfatizou o que se segue no seu comunicado a respeito das declarações de F. Hollande quanto à Síria.
"As declarações do recém-eleito presidente da França, François Holland, as quais agora estão abertamente orientadas para a possibilidade de intervenção militar na Síria, são muito reveladoras quanto ao novo massacre de povos que está a ser preparado pela UE e pela NATO na nossa região.
As suas referências ao Direito Internacional e à ONU estão a ser utilizadas como "cobertura" para impor "a lei do mais forte" na "selva" de contradições entre as potências imperialistas e os grupos monopolistas sobre o controle dos recursos energéticos, suas rotas de transporte e suas fatias de mercado.
Todos aqueles, incluindo o SYRIZA – os quais disseram que com a eleição de Hollande novos ventos percorriam a UE e semearam ilusões de que a UE tornar-se-ia "pró povo" – foram desmascarados e devem responder por isto perante o povo. A própria vida tem demonstrado que as organizações imperialistas, como a NATO e a UE, não podem ser "humanizadas". Elas foram, são e serão enquanto existirem, instrumentos para a exploração dos povos, tal como o capitalismo elas têm a guerra no seu DNA.
O KKE denuncia os novos planos imperialistas contra o povo da Síria e sublinha que só povo sírio tem o direito de determinar o futuro do seu país sem recomendações e intervenções estrangeiras.
Exigimos que toda cooperação militar com Israel deveria agora ter fim. Que a base estado-unidense de Suda deveria ser encerrada e mais geralmente que nada do território, portos e espaço aéreo da Grécia deveria ser disponibilizado para uma intervenção imperialista contra a Síria e o Irão, a qual levará o povo da Grécia e os outros povos da região para caminhos perigosos.
31/Maio/2012
*GilsonSampaio

A Líbia sob o domínio do Pentágono e da OTAN: Corrupção, conflitos internos e os ”frutos” do belicismo imperialista

Abayomi Azikiwe
Tradução: Renzo Bassanetti
Global Research
No dia 8 de maio passado, uns 200 rebeldes descontentes que lutaram junto ao Pentágono e à OTAN na missão militar de mudança de regime contra o governo da Al-Yamahiria na Líbia, durante o ano de 2011, fizeram o que puderam para tentar assassinar o primeiro-ministro interino Abdurrahim–el-Kib. Ao que parece, os rebeldes se sentiram irritados pela suspensão dos pagamentos mensais aos milicianos que serviram como tropas de terra na campanha que derrotou ao líder martirizado, o coronel Muammar Kadhafi.
O programa de compensação para os rebeldes, que distribuiu 1,4 bilhões de dólares, está tomado por fraudes e, por tal motivo, foi suspenso em abril passado. A propósito dessas fraudes, soube-se que alguns dos que receberam os pagamentos estavam mortos, e que também havia elementos que nunca tinham lutado contra Kadhafi, e que assim mesmo estavam recebendo. Além desses problemas de fundos públicos faturados aos combatentes rebeldes, enviou-se em viagem ao estrangeiro um grupo de rebeldes para que recebessem tratamento médico sem estes terem sofrido qualquer ferida ou doença.
Esses grupos de milícias serviram como tropas terrestres na guerra imperialista contra a Líbia, que tinha posto em marcha um embargo de armas contra o governo de Kadaffi, um bloqueio naval, uma série de sanções, o confisco de ativos no estrangeiro e quase infinitas missões de bombardeio, que chegaram a alcançar 26 mil saídas e 10 mil ataques aéreos. A corrupção tem sido um fato endêmico no denominado Conselho Nacional Transitório (CNT), desde sua criação na guerra do ano passado. Uma vez alcançado o poder em Trípoli, no final de agosto de 2011, e em todo o país após o brutal assassinato da Khadaffi em 20 de outubro, começaram a desaparecer bilhões de dólares do tesouro nacional. Ao descobrir a corrupção rampante que assola a Líbia, o ministro interino das finanças, Hassam Ziglam, anunciou em 11 de maio que se demitiria imediatamente. Sua demissão deve-se ao “desperdício de fundos públicos” (Reuters, 11 de maio).
O primeiro-ministro interino, Al-Keib, o que foi objeto da tentativa de assassinato, chamou de “foragidos” aos responsáveis pelo tiroteio, que deixou pelo menos um morto. Os diversos grupos de milícias disseminados pela capital, Trípoli, e por outras partes do pais, nunca chegaram a constituir um exército nacional. Ziglam, o ministro das finanças demissionário, disse sobre o incidente de 8 de maio: “Vieram carregados de armas. Como se pode trabalhar em semelhante ambiente?” (Reuters, 11 de maio).
Outras acusações de corrupção surgidas durante os últimos meses incluem diversas irregularidades da Autoridade Líbia de Investimentos, onde cerca de 1,5 bilhões de dólares de receitas com o petróleo, que supunha-se que seriam transferidos ao Tesouro Nacional, continuam com paradeiro desconhecido. Também os ativos que os estados imperialistas congelaram no estrangeiro durante as primeiras fases da guerra contra a Líbia continuam sendo fonte de disputas sobre seu valor atual. Na região oriental produtora de petróleo, a Arabian Gulf Oil Company tem visto obstaculizados seus trabalhos em função das greves dos trabalhadores, que estão exigindo responsabilização dos executivos que dirigem a companhia. Ainda que a produção de petróleo tenha aumentado, segundo foi informado, para até um milhão de barris por dia, estão aparecendo muitas interrogações sobre o uso que está sendo dado a essas receitas e a remuneração aos trabalhadores.
Violações dos direitos humanos ignoradas pelos imperialistas e seus representantes
As razões oferecidas para justificar a guerra imperialista contra a Líbia em 2011 foram que o governo de Khadafy estava violando os direitos humanos de seus cidadãos, para orquestrar outra rebelião armada financiada e coordenada pelos interesses estrangeiros. Apesar do fato de que não se encontraram provas concretas de assassinatos e prisões em massa, essa mesma narrativa é a que continua a se manter como justificativa do que realmente aconteceu.
Contudo, sob o atual regime do CNT, os relatórios assinalam que pelo menos 7 mil pessoas continuam detidas no país, e que muitas delas estão sofrendo torturas e assassinatos extra-judiciais. Inclusive as Nações Unidas, que através das Resoluções 1970 e 1973 proporcionaram uma base pseudo-legal para bombardear a Líbia e derrotar seu governo, manifestou-se contra as prisões injustas efetuadas pelos rebeldes líbios. Segundo Ian Martin, que encabeça a missão das Nações Unidas na Líbia, “continuam se registrando casos de maus tratos e torturas aos detidos. Abordar essas práticas deveria ser uma alta prioridade para o governo, com a finalidade de por em prática uma nova cultura de direitos humanos e de império da lei” (AFP, 11 de maio).
Em abril, afirmou-se que três pessoas sofreram torturas até a morte em uma prisão situada na cidade costeira de Misrata. Essa prisão tem se tornado tristemente célebre pelas torturas aos detidos, e há acusações de que outras sete pessoas foram assassinadas lá. Os detidos estão sendo acusados de combater pelo exército líbio em defesa do país, que foi atacado internamente e por mar e ar durante 2011. Outro método para levar as pessoas à prisão é proibindo qualquer “glorificação” do governo e dirigente anterior, Muammar Khadafi. O governo do CNT aprovou uma lei que ordena às milícias que persigam e processem a qualquer um que apóie o anterior sistema político, que governou o país por 42 anos. Em conseqüência disso, as próximas eleições bloquearão os interesses políticos que continuam apoiando a Jamahiria. As ameaças contra os seguidores do do ex-governo de Khadafi estendem-se também ao exterior da Líbia.
O Dr. Chokri Ghanem, anterior primeiro-ministro e ministro do petróleo, apareceu morto em Viena no final de abril, flutuando no rio Danúbio. O CNT estava pressionando Ghanem para que voltasse à Líbia e fornecesse provas que facilitassem a perseguição aos anteriores membros do governo. Em uma entrevista à Reuters em dezembro de 2011, esse licenciado pela Universidade de Boston comentou a um jornalista sobre os rebeldes do CNT: “Lançaram pela janela um homem a quem estavam interrogando”(Reuters, 13 de maio). Noman Benotman, analista e durante muito tempo opositor ao regime de Khadafi, falou sobre a morte de Ghanem: “Foi um crime executado por profissionais. É uma amostra do poder global da máfia. Tem a ver com corrupção e acordos secretos. Havia gente que queria assegurar-se de que ele não falasse nunca mais”.(Reuters, 13 de maio).
O filho de Muammar Khadafi, Seif-al-Islam, continua sendo mantido em uma prisão secreta em Zintam, e não foi permitido a ele dispor de uma representação legal escolhida por ele. Um representante da Corte Penal Internacional (CPI) visitou-o recentemente e comprovou que tinha dois dedos cortados e um dente arrancado. Os fiscais da CPI estão permitindo que se mantenha Seif-al-Islam detido dentro da Líbia, embora o CNT afirme que não controla as instalações onde ele está preso. Em tais condições, e com o total caos político que campeia pelo país, será impossível que possam submetê-lo a qualquer arremedo de julgamento justo.
As eleições serão inevitavelmente uma vergonha
As eleições marcadas para o dia 19 de junho não poderão ser consideradas, sob ótica alguma, eleições livres e justas.
Os antigos funcionários do governo de Khadafi e seus seguidores têm sido criminalizados, e muitos deles continuam fora do país. Todo o processo de inscrições eleitorais tem estado cheio confusões e irregularidades.
Um líbio, citado pela BBC, disse sobre o processo: “Não entendemos nada de eleições. E há muita gente que não sabe absolutamente nada sobre elas!”. Pela televisão, não é oferecido nenhum programa que informe sobre as mesmas, sobre como votar, sobre o que é preciso fazer”.(BBC, 11 de maio). Enquanto isso, os elementos separatistas da zona oriental do país, onde começou a rebelião contra Kadhafi em fevereiro de 2011, o denominado Conselho Baqa, rechaçou o processo eleitoral e realizou um chamado para boicotá-lo. Os líderes dessa região, que denominam a si mesmos como Conselho da Cirenaica, estão pressionando para conseguir um estatuto de autonomia que fique fora da autoridade do CNT em Trípoli.
Ao mesmo tempo, informa-se que na região sul da Líbia prosseguem os conflitos transversais. Tem havido muitos mortos nos últimos meses em combates descritos como entre o povo Toubou e as tribos árabes. Em 14 de maio, a AFP informou: “Um dos candidatos para as eleições para a próxima assembléia constituinte morreu assassinado no deserto do sul da Líbia, pouco depois de apresentar sua candidatura. Khaled Abu Saleh foi assassinado a 30 km de Ubari”. Mohammed Saleh, a quem a AFP descreve como representante da Alta Comissão para a Segurança, disse que ”um grupo armado que viajava em cinco veículos o seguir depois que ele se registrou na comissão eleitoral, até cercarem-no e assassiná-lo”.
Os frutos da guerra imperialista na África
A situação na Líbia é conseqüência das guerras imperialistas pelos Estados Unidos e outros países ocidentais ao longo da última década. Iniciadas por supostas preocupações humanitárias, tais intervenções terminam sempre piorando das massas em seus respectivos países. Nos próprios EUA, a crise econômica está causando a destruição das cidades e o aumento da violência racista. Os desmedidos gastos militares não criaram nenhuma nova oportunidade em postos de trabalho para as dezenas de milhões de desempregados. No Canadá, que ostensivamente dirigiu as operações da OTAN na Líbia, explodiu um escândalo ao haver se tentado ocultar os custos da guerra. O ministro da defesa do governo conservador, Peter MacKay manifestou-se no rádio a 13 de maio, num esforço para diminuir os estragos causados pelas acusações de distorções nas informações sobre financiamento da guerra. As matérias na imprensa estão denunciando que o custo atual da campanha de bombardeios na Líbia para o Canadá foi 700% maior do que se afirmou publicamente. MacKay disse: “As intervenções são caras. Em minha opinião, esse dinheiro foi bem gasto”.
Abayomi Azikiwe é editor do Pan African News Wire, um serviço internacional de imprensa eletrônica projetado para estimular o debate inteligente dos assuntos dos povos africanos por todo o continente e pelo mundo.
*GilsonSampaio

“Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come…”


Ponta Delgada (Açores - Portugal)
Artur Rosa Teixeira

Se ficar...
Os brasileiros têm destas coisas… Em poucas palavras são capazes de caracterizar uma situação complexa. A expressão que escolhemos para título deste artigo é exemplo disso e aplica-se que nem uma luva ao “beco sem saída” para o qual os portugueses estão a ser empurrados…
Os europeístas têm vindo a insistir na necessidade imperiosa de transformar a União Europeia num Estado Federado, com efetiva unidade politica e económica. Tal é apresentado como a única solução para atual crise financeira e económica que grassa na Europa. O abandono do Euro, segundo eles, será o caos… Será uma espécie de Tragédia Grega…
Na verdade, em boa parte os Estados membros da União Europeia já perderam uma parcela substancial da sua soberania. Ao aderirem a uma moeda única, o Euro, abdicaram do ato soberano de cunhar moeda própria e logo perderam a sua independência financeira e económica.
Se correr...
A retórica europeísta contudo chama-lhe de “soberania partilhada” que é para não espantar o Zé Povinho. É que assim até parece que vamos ter alguma voz na matéria… que podemos dizer aos nossos parceiros alemães e franceses, “alto lá parem o baile” que também mandamos…
Ledo engano!
Sem moeda, não existe Comércio e sem este, não existe Economia que proporcione Desenvolvimento, ou seja, que possa satisfazer as expectativas de Progresso Social de uma Sociedade.
Por sua vez, sem moeda própria, nenhuma Economia é verdadeiramente autónoma, nem mesmo as mais fortes, e logo, do ponto de vista político, um País, nessas circunstâncias, está condenado a desaparecer como entidade independente.
Tal facto contudo acentua-se nas economias mais débeis, como acontece com os países da Europa periférica, que têm Balanças Comerciais deficitárias.
Pelo contrário, aqueles que apresentam robustez económica, porque já a tinham antes da moeda única, a “Soberania Partilhada” não lhes faz mossa… Em grande parte até lhes trás vantagens, uma vez que a sua Balança Comercial é positiva, ou seja exportam mais do que importam. E é positiva, em grande parte, graças às exportações para os ditos “periféricos”. Eis porque vemos uma Alemanha e até uma França mandarem bitaites aos pequenos mal comportados da Zona Euro… como se já fossem os donos do pedaço…
... O bicho pega
Claro que a falta de Independência Financeira e Económica condiciona a vida política de um país. Embora se diga que o Centro do Poder resida no povo, a verdade é que só formalmente isso é verdade.
Nas grandes decisões o cidadão não somente não toma parte, como estas são-lhe apresentadas como facto consumado. São previamente tomadas pelos que comandam o Sistema Financeiro Internacional e ao eleitor apenas cabe escolher o que está já escolhido ou, quando não, escolher entre viver ou morrer…
Daí que estejamos entre dois males, continuar ou sair do Euro. Qual deles o menor? Falta saber…
Repare o leitor que a mudança da moeda não foi apenas um expediente meramente técnico, justificado pela existência de um mercado comum, exigindo a simplificação nas trocas comerciais.
Implicou e implica uma alteração política significativa que passou despercebida aos olhos da maioria da população.
Quem tem a faculdade exclusiva de produzir um bem universal como é a moeda, tão indispensável à Economia de um País, tem também o Poder Politico de ditar e condicionar a vida dos cidadãos. Daí a interferência cada vez maior de Organizações Extranacionais, às vezes em coisas tão irrisórias como as dimensões de uma gaiola para o transporte de galinhas… por exemplo.
O BCE não é apenas o banco emissor do Euro. Compete-lhe zelar pelos interesses de todo o Sistema Financeiro e Bancário da União Europeia, de modo a manter a sua integridade sistémica.
Se ficar o bicho come, se correr o bicho pega...
Veja-se que, graças a tratados leoninos como o de Maastricht e o de Lisboa, subscritos nas costas do povo, os bancos compram dinheiro ao Banco Central pela bagatela de 1% a 1,5% e vendem-no aos Estados Membros por 5%, no mínimo, estando estes proibidos não só de emitir moeda, mas também de aceder diretamente àquele crédito.
Por outro lado, o BCE, que é na verdade um banco central privado, não tão independente com se julga, atua concertadamente com outros centros congéneres, a começar pelo BIS, o banco dos bancos centrais, o Fed e a City Londrina, etc. Tal significa que o Sistema funciona em rede, com as diferentes partes solidárias entre si, garantindo que o Crédito e a Produção de Moeda não ponham em causa a sobrevivência do Capital Financeiro Internacional. Daí o seu funcionamento praticamente em “cartel”.
O crédito bancário substituiu a moeda nacional com vantagem evidente para o Sistema Financeiro e Bancário Internacional.
Graças à Reserva Fracionária, os bancos podem emitir moeda fictícia, sem qualquer lastro, e emprestá-la aos Países a juros, por vezes, extrusivos. Em caso de rutura financeira, por excesso de ativos podres ou má gestão, os bancos podem sempre contar com o Banco Central ou o Estado para lhes injetar liquidez.
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Na sequência do Crash do imobiliário norte-americano, em 2008, houve de imediato uma injeção de liquidez na banca internacional, garantida em primeiro lugar pelos Estados e em segundo, pelos bancos centrais dos USA e da Europa, algo que teve contornos de escândalo, mas poucos comentadores salientaram esse facto.
Veja-se o que se passou com a “nacionalização” do BPN, onde o Estado português gastou milhões, para depois o vender por tostões…
Veja-se que no acordo com a Troika está inscrita uma avultada verba, 12 mil milhões de Euros, para socorrer os bancos, obrigatoriamente garantida pelo Estado Português, tal como se fosse um fiador…
Mais, o Estado vai comprar “papéis” (ações) dos bancos em dificuldade financeira, mas não terá voto na matéria, mesmo que a sua participação seja superior a 50%... Ora toma, que é democrático!
Nenhuma outra atividade económica, como o sector bancário, é tão protegida, o que contradiz a essência do próprio Capitalismo, que pressupõe riscos e concorrência.
Dá que pensar, não dá?
A criação do Euro teve contornos hegelianos, como aliás tudo que se relaciona com a integração europeia.
O facto das grandes decisões terem sido tomadas sem qualquer referendo, embora este tenha sido prometido, justifica a nossa opinião.
Noam Chomsky
É que nestas coisas que mexem com o destino dos povos, convém que não se abra o jogo e se adoce a pilula com um bom argumento ou engodo… para que os objetivos ocultos da Elite Global possam ser atingidos, se possível com a colaboração das próprias vítimas… Noam Chomsky, filósofo e escritor canadiano, nas suas "Visões Alternativas”, descreve com clareza a fórmula que leva os povos a aceitar o engano:
“Criam-se os problemas e depois oferecem-se as soluções. Este método também é chamado de problemareaçãosolução. Cria-se um problema, uma "situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este se torne "suplicante” das medidas que se deseja implantar”.
Não admira, pois, que muita gente entenda que o melhor mesmo é entregarmos Portugal…
Mesmo agora, com a Crise do Euro, insiste-se numa via enganosa, para que o cidadão comum aceite a Austeridade como absolutamente necessária, passageira, ainda que não se diga quando termina. Aceite-a como uma necessidade imperiosa para salvar a Pátria…
Vamos ter, de facto, que atravessar o deserto, mas não por essa razão, mas para salvar o Sistema Financeiro e Bancário dos papeis podres que gerou com a especulação financeira elevada à estratosfera.
Os nossos governantes quando insistem no pagamento da Dívida Soberana já… nada mais estão a fazer que ir ao encontro desses interesses. Os bancos têm pressa de repor o que perderam… e por isso precisam do dinheiro vivo dos impostos… retirados ao Trabalho.   
A trama contra a independência dos povos não seria possível se não contasse com apoios internos, uns atuando consciente e objetivamente, outros, como “idiotas felizes”, acreditando na “bondade” do processo de Desconstrução Nacional, todos porém, vivem na expectativa de vantagens pessoais.
Veja-se que os do primeiro tipo, quando completam o seu mandato, têm tido à sua espera bons cargos em entidades internacionais controladas pela Elite Global, enquanto os do segundo tipo, ficam a ver navios…
Pudera, estes são a sua massa de manobra, que, como “operárias” de um formigueiro, morrem após a conclusão da sua tarefa…
Ocorreu previamente em Portugal um trabalho de sapa pela mão de governantes apátridas, alguns ainda no Poder, e de gentinha sem escrúpulos, que levou à destruição de sectores económicos fundamentais, que a existirem permitiriam enfrentar a Crise em melhores condições.
Desde logo, tal facto aumentou o défice da nossa Balança Comercial, gerando uma maior dependência de importação de bens e produtos, o que apenas favoreceu e favorece as potências económicas da Zona Euro, já que é delas que vem muita coisa que comemos e bebemos, além de originar uma sistemática falta de dinheiro no mercado interno.
Houve, portanto, uma política “deliberada” de desmantelamento das bases da nossa Economia, feita em nome de uma pseudomodernização do Capital Fixo existente.
Muitas atividades foram abandonadas sob o influxo dos Fundos Estruturais da CEE que pressupunham o abate das estruturas e meios produtivos existentes que convinham destruir para dar lugar, como deu, à entrada maciça de bens, produtos e equipamentos, com vantagem óbvia para os fornecedores estrangeiros e distribuidores nacionais.  
Claro que para chegarmos aqui, houve internamente muito laxismo político. Dizemos até, muita corrupção de princípios e valores.
Os governos promotores da integração europeia escamotearem as consequências negativas da adesão à CEE e esconderam o lado comprometedor dos tratados que subscreveram.
Apenas viram o dinheiro a entrar a rodo…
Parte entrou diretamente nos bolsos de alguns…
Ninguém cuidou de informar do preço que haveríamos de pagar por tanta “bondade” europeia, que se traduziu pela perda de autonomia Financeira e Económica.
Como diz o outro, não há jantares de borla…
Por outro lado, os governantes, de um modo geral, foram incompetentes na gestão dos recursos financeiros colocados à sua disposição, esbanjando-os em investimentos que mais das vezes serviram interesses privados, invés de servir o bem geral do país.
Veja-se o caso das Parcerias Públicas Privadas (PPPs), com contratos leoninos a favor dos concessionários, sobrecarregando o erário público por várias décadas; e o financiamento de Fundações, cujo objeto social e cultural é, do ponto de vista do interesse público, duvidoso, sobretudo quando existem carências sociais que ficam de fora do Orçamento de Estado ou são insuficientemente financiadas.
Obviamente este estado de coisas, já de si representando a corrupção das verdadeiras preocupações de um Estado de Direito, indicia que muito dinheiro público tem sido abusivamente desviado para pagar comissões e bónus em troca da adjudicação de contractos públicos altamente vantajosos para os privados.
Ao mesmo tempo que se afirma que a austeridade é absolutamente necessária para sair da crise e que até pode ser necessário fazer mais sacrifícios, diz-se que se assim não fosse, seria pior…
Mas com o desemprego a atingir perigosamente um milhão de trabalhadores e a fome a rondar a mesa de milhares de famílias, temos dúvidas se a solução contrária não seria menos penosa, ou seja, o abandono do Euro e o regresso ao Escudo.
Sacrifício por sacrifício, preferíamos fazê-lo por uma causa maior, a recuperação da Soberania Nacional. Pelo menos sabíamos que no final da linha, os portugueses voltariam a ser “donos do seu nariz”.
Como as coisas estão, temos a certeza que chegaremos ao fim mais pobres e mais dependentes dos “mercados”, essa entidade abstrata e difusa através da qual a Elite Global manobra para alcançar o seu objetivo final da criação de um Estado Global e Totalitário à escala do Planeta, de que a União Europeia é uma espécie de ensaio
Ilustrações extraídas da internet por redecastorphoto
*GilsonSampaio

sexta-feira, junho 01, 2012

Comentário homofóbico pode render multa ao filho de Bolsonaro


  Comentário homofóbico pode render multa ao filho de Bolsonaro  

Carlos Bolsonaro é vereador no Rio e vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos
RIO - A novela envolvendo o deputado federal Jair Bolsonaro, que há pouco mais de um ano deu uma declaração polêmica ao programa CQC, da Rede Bandeirantes, dizendo que “seus filhos não corriam o ‘risco’ de se casarem com uma mulher negra”, além de tecer comentários pejorativos sobre homossexuais, tem agora um novo capítulo. Nesta sexta-feira, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por intermédio da 7ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania, ajuizou Ação Civil Pública (ACP) por danos morais difusos à comunidade LGBT contra seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro que, à época da absolvição do pai no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, publicou no Twitter o comentário “CHuUuuuPA Viadada. Bolsonaro absolvido!!!! Viva a Liberdade de Expressão. Parabéns Brasil!” . A ação requer ainda que o vereador seja condenado a pagar 100 vezes o valor de seu salário, que é de R$ 15 mil.

- A conduta do ora demandado, Vereador à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, causou danos morais a um número imenso, a rigor, indeterminado de pessoas, destinatárias que foram de suas preconceituosas e ofensivas declarações. Tal conduta é inconcebível, sobretudo porque praticada por um parlamentar no exercício da vereança há mais de dez anos, e viola, numa só tacada, uma pletora de normas constitucionais, como adiante se verá - diz o promotor de Justiça Rogério Pacheco Alves, subscritor da ação.

O texto da Ação Civil Pública afirma que a conduta preconceituosa e homofóbica fere o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, fundamentado no artigo 1º da Constituição Federal, além de outros direitos fundamentais, como a liberdade de orientação sexual que diz respeito à intimidade e à vida privada do indivíduo.

- A liberdade de dispor da própria sexualidade é um direito fundamental que emana da dignidade humana, cláusula pétrea - destaca o promotor.

O que mais chama a atenção nessa história é que Carlos Bolsonaro é o atual vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Para o coordenador do projeto Rio sem Homofobia, Claudio Nascimento, a situação é ainda mais absurda justamente por se tratar de um integrante de uma comissão de direitos humanos.

- Ele precisa ser enquadrado. O cargo dele é para proteger os direitos humanos e não para violá-los - diz Nascimento, que considera a liberdade de expressão importantíssima, ma que não pode se colocar em xeque a dignidade de quem quer que seja.

- A frase dele me cheira a uma ideia de um ciclo de impunidade que está cristalizado no imaginário de uma parcela da sociedade e a decisão do MP é uma lição pédagógica importantíssima e a multa poderia ser revertida para ações de combate à homofobia - opina.

Já a presidente dos Conselhos de Ética e de Direitos Humanos da Câmara dos Vereadores, Teresa Bergher, disse que vai convocar e reunir os demais integrantes para avaliar se houve quebra de decoro e se cabe alguma punição.

- Acho difícil ele perder o cargo de vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, já que foi escolhido por seus colegas vereadores, mas considero inaceitável este tipo de posicionamento de um parlamentar. É discriminação e o conselho precisa se pronunciar.

O promotor Rogério Pacheco Alves defende na ação que a imunidade parlamentar não se aplica ao incidente, visto que Carlos Bolsonaro publicou o comentário em rede social - ou seja, foi um ato praticado fora do recinto da Câmara Municipal - e que também não guarda qualquer pertinência com o exercício do cargo legislativo ou com os interesses municipais.

Procurado pela reportagem, o vereador não atendeu aos telefonemas.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/comentario-homofobico-pode-render-multa-ao-filho-de-bolsonaro-5099794#ixzz1wauth8gL

*Mariadapenhaneles 

Paulo Preto e Gurgel:
a batata sai do forno, já já

Parlamentares da base aliada já têm pronta uma representação contra o brindeiro Roberto Gurgel.

Só falta o cozinheiro mandar tirar do forno.

Como Collor – clique aqui para ler a entrevista deste ansioso blogueiro com o Senador e ex-Presidente -,  outros parlamentares acreditam que a própria nota que o brindeiro encaminhou à CPI o incrimina de forma irremediável.

A caracterização de prevaricação parece inevitável.

Outra batata que assa é a do Paulo Preto.

Com a abertura das “contas nacionais” da Delta, a CPI berrou “oh de casa !, na porta do Cerra”.

O PMDB, especialmente, dispõe de informações interessantes sobre o ritual de celebração empreitarial que se desenrolou às margens da marginal (sic) de São Paulo entre associados do Paulo Preto (e, portanto, do Cerra) e da Delta “nacional”.

O Cerra está numa situação complicada, o amigo navegante há de reconhecer.

A Privataria Tucana jorra pra todo lado.

Agora deram para fazer arrastão duas vezes por semana no quarteirão próximo à casa do Fernando Henrique e do Otavinho:

Restaurante sofre arrastão em Higienópolis, centro de SP

Qualquer dia desses, vai ter uma UPP em Higienópolis.

Será uma contribuição dos tucanos de São Paulo à História da Aristocracia Neo-Liberal.

E o diretor da divisão de autorização imobiliária, essa ponta de iceberg do tamanho de 106 apartamentos de luxo ?

Esses tucanos de São Paulo …

Eles têm um problema com casa própria.

Agora, a “Delta nacional” bate na porta da casa do Cerra.

Paulo Preto vem aí.

Será que foi por isso que o Cerra resolveu chutar o balde e substituiu o Cachoeira, como informante privilegiado da Veja ?

Por que o Cerra mandou o Johnbim atender a Veja e entrar na armadilha do Gilmar ?

Essas são algumas das próximas atrações da CPI que dura, numa primeira etapa, até novembro.

E deve ser prorrogada.

Tem muito Robert(o) pra aparecer ainda.

Policarpos, Dantas (o verdadeiro e o falso), amianto, perillos, lereias, varreção de lixo, dadá, dedé, didi, Doni – vixe !, tem muita coisa por vir !

Como disse o Lula ao Ratinho: para afogar tucano, até ele pode ser candidato.

E a galera aplaudiu.


Paulo Henrique Amorim

Depois de afirmar "voto de confiança" a Perillo, Alvaro Dias diz que PSDB 'sangra'

O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), admitiu nesta sexta-feira que o partido está sangrando com as denúncias que envolvem o governador de Goiás, Marconi Perillo. Dias se referia à revelação de que um assessor pessoal de Marconi pagou uma dívida da campanha de 2010 com recursos de uma empresa de fachada do esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, (aqui no blog)  o jornalista Luiz Carlos Bordoni disse que a Alberto e Pantoja, empresa fantasma que segundo a Polícia Federal era controlada por Cachoeira, foi usada para pagar serviços de publicidade que ele prestou para a campanha do governador de Goiás. O pagamento de dívida, de R$ 45 mil, foi depositada na conta de sua filha, Bruna, numa negociação comandada por Lúcio Fiúza Gouthier, assessor especial de Perillo.

O senador tucano admite que a situação de Perillo "não é fácil". Por isso, defende que se antecipe o depoimento do governador de Goiás à CPI do Cachoeira para a próxima terça-feira, dia 5. A comissão havia agendado a vinda dele para o dia 12, uma semana depois. O líder disse que, mesmo sendo do PSDB, "o comportamento tem que ser implacável em relação a eventuais delitos praticados".

Questionado se o PSDB mantém confiança em Perillo, Dias disse que essa é uma decisão pessoal. "Há no partido os que mantêm confiança e os que não mantêm. Da nossa parte, defendemos a prudência de ouvir o governador, oferecer a ele espaço para as explicações, para que seja duramente questionado e possa responder a todas as questões", ponderou.. .Com Agência Estado

Agora Álvaro Dias fala em prudência. Mas, há poucos dias  governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), saiu em defesa do governador de Goiás, Marconi Perillo, e disse que o colega tucano já se explicou sobre sua ligação com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira (Veja aqui)

José Serra deu 'voto de confiança' a Marconi Perillo em CPI do Cachoeira (Veja aqui) Não vamos nos esquecer que,  Serra também colocava a mão no fogo pelo Arruda
 
 

Pagot: O Rodoanel financiava a campanha do Serra

Ex diretor do DENIT denuncia caixa dois n campanha do PSDB

Todos os empreiteiros do Brasil sabiam que essa obra financiava a campanha do Serra”, disse Pagot. Consulta ao TSE mostra que o comitê de Serra e do PSDB receberam das empreiteiras que atuaram no trecho sul do Rodoanel quase R$ 40 milhões, em cifras oficiais. O representante de uma empreiteira que participou do Rodoanel confirmou à ISTOÉ que manteve contatos com Pagot reivindicando o aditivo. 


À ISTOÉ em  três encontros com a reportagem num hotel em Brasília, todos gravados, Pagot contou detalhes sobre a forma como, no exercício do cargo, foi pressionado pelo governo de José Serra a aprovar aditivos ilegais ao trecho sul do Rodoanel. A obra, segundo ele, serviu para abastecer o caixa 2 da campanha de José Serra à Presidência da República em 2010. “Veio procurador de empreiteira me avisar: ‘Você tem que se prevenir, tem 8% entrando lá.’ Era 60% para o Serra, 20% para o Kassab e 20% para o Alckmin”, disse Pagot. 

Nas conversas com ISTOÉ, Pagot também afirmou ter ouvido do senador Demóstenes Torres um pedido para que o ajudasse a pagar dívidas de campanha com a Delta com a entrega de obras para a construtora. Mas nem o aditivo de R$ 260 milhões para o trecho sul do Rodoanel foi liberado pelo DNIT – embora tenha sido pago pelo governo de São Paulo – nem o favor a Demóstenes foi prestado, segundo Pagot.

Pagot contou à ISTOÉ que recebeu pressões para liberar R$ 264 milhões em aditivos para a conclusão do trecho sul do Rodoanel. Segundo ele, em meados de 2009, o então diretor da Dersa, empresa paulista responsável pelas estradas, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, solicitou uma audiência no DNIT.

Levou assessores, engenheiros e um procurador para tentar convencer Pagot a liberar a quantia. Até então, a obra tinha consumido R$ 3,6 bilhões, sendo R$ 1,2 bilhão em repasses da União. Acompanhado do diretor de Infraestrutura Rodoviária, Hideraldo Caron, Pagot disse que o governo não devia mais nada à Dersa. Quarenta dias depois, houve nova reunião, no Palácio dos Bandeirantes, na qual tentaram recolher sua assinatura num Termo de Ajuste de Conduta (TAC), apresentado pelo Ministério Público Federal. “A partir daí começaram as pressões”, diz Pagot.

Ele diz que recebia telefonemas constantes, não só de Paulo Preto, mas do deputado Valdemar Costa Neto (PR/SP), do ministro Alfredo Nascimento e de seu secretário-executivo, hoje ministro Paulo Sérgio Passos. O caso foi parar no TCU, que autorizou a Dersa a assinar o TAC, condicionando novos aditivos à autorização prévia do tribunal e do MP. Pagot recorreu à AGU, que em parecer, ao qual ISTOÉ teve acesso, o liberou de assinar o documento.

Leia a matéria completa aqui na Revista IstoÉ
*osamigosdopresidentelula