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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, julho 07, 2012

AS AGÊNCIAS REGULADORAS, O 4-MI, E O FAZ DE CONTA NO BRASIL

 

A notícia de que o Brasil é o país que consome o mais alto teor de 4-metilimidazole, ou 4-MI, que entra na composição do corante caramelo utilizado na fabricação de Coca-Cola, entre todos os mercados da empresa, mostra como, além de representarem uma excrescência no corpo republicano, as agências de regulação criadas nos anos 1990, no Governo Fernando Henrique, não servem, na prática, para regular coisa alguma. O corante foi considerado cancerígeno pelas autoridades sanitárias dos Estados Unidos, e por isso é limitadíssimo o seu emprego no mercado americano.
A existência da ANATEL – graças também à legislação aprovada na época das privatizações – não impede que o Brasil pague uma das tarifas mais altas do mundo, segundo organismos internacionais, em banda larga e telefonia celular.
As multinacionais estrangeiras que dividiram entre si os despojos da Telebras, quase nada investem em infraestrutura. Quem mora em bairros periféricos – geograficamente periféricos, não nos referimos à renda – simplesmente não tem acesso a banda larga de qualidade, porque as empresas de telefonia não querem instalar cabos. Estão “cobrindo” e mal a demanda, com modems portáteis de telefonia móvel 3G, e, quando chegar a 4G, muitíssimo mais cara, aí é que não vão mesmo estender a sua rede física de cabos. Os objetivos de universalização são uma piada. Milhares de municípios sequer contam com acesso à internet. Os orelhões, a maioria dos quais, pelo estado em que se encontram, não recebem manutenção regular, parecem estar sendo deliberadamente destruídos para obrigar todos os cidadãos, mesmo os mais pobres, a optar pelo celular. E os lucros, que se contam em bilhões de euros, são enviados todos os anos para o exterior, enquanto o BNDES empresta dinheiro a operadoras estrangeiras para a “expansão” de infraestrutura.
O ex-diretor geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, defendeu de novo, há poucos dias, a obrigatoriedade das empresas concessionárias de ferrovias cuidarem da manutenção dos trechos que não estão utilizando e que apodrecem em vários pontos do país. Uma providência óbvia, que deveria estar sendo tomada há anos, até mesmo porque estava prevista nos contratos de concessão, mas cujo cumprimento, mais de uma década depois das privatizações, a ANTT não teve força de fazer executar.
Agora, se a ANVISA, mais uma vez, se mexer, no caso da Coca-Cola, não será por iniciativa própria, mas por causa da FDA - Food and Drug Administration, norte-americana. Organismo com sede em Washington que fabricantes de remédios brasileiros dizem ter se transformado em uma espécie de oráculo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Dificilmente um medicamento tem sua comercialização liberada no Brasil, se não for aprovado primeiro nos Estados Unidos. Paradoxalmente, no entanto, dezenas de substâncias venenosas - além do 4-MI que toma parte da fórmula da Coca-Cola brasileira - como agrotóxicos há muito proibidos na Europa e nos Estados Unidos, continuam a ser usados livremente no Brasil. E é preciso registrar que a FDA, ao contrário de quem faz o seu trabalho no Brasil, não é agência reguladora. É uma repartição do poder executivo, subordinada diretamente ao Departamento (Ministério) da Saúde dos Estados Unidos.
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*GilsonSampaio
Denúncia gravíssima: Não temos laboratórios para verificar toxicidade dos agrotóxicos, diz Anvisa
Você já comeu Metamidofós? Nãããão? Você não sabe o que está perdendo.

sexta-feira, julho 06, 2012


Chico Buarque e os documentos da ditadura


 por luisnassif,


Documentos liberados à consulta no Arquivo Nacional revelam como militares monitoravam compositor na ditadura
BRASÍLIA. Um dos alvos prediletos da Censura e nome de relevo na contestação à ditadura, Chico Buarque de Hollanda foi monitorado de perto pelos militares. Documentos dos órgãos de informação das Forças Armadas, só agora liberados para consulta pública, dimensionam o tamanho da perseguição: visitas de agentes nos shows, depoimentos forçados e canções censuradas.
Nos documentos oficiais, Chico aparece como um artista “endeusado”, subversivo e até como um representante da “esquerda festiva”.
Hoje guardados no Arquivo Nacional, os relatórios foram produzidos pelo Serviço Nacional de Informação (SNI) e outros órgãos de inteligência militares. Desde meados de junho, com a Lei de Acesso à Informação, eles estão disponíveis. Há centenas de citações a respeito de Chico Buarque.
No material, consta um depoimento de Chico, de fevereiro de 1978, no Centro de Segurança de Informação da Aeronáutica (Cisa). Ele foi chamado para se explicar sobre uma viagem que havia feito a Cuba naquele período. Disse que no Brasil não há liberdade, pois estava sendo “obrigado a prestar estas declarações em lugar de trabalhar”, que trabalhava cerca de dez horas por dia e que estava perdendo um tempo precioso indo à polícia. E, questionador, acrescentou não saber o que seus interrogadores produziam.
“A partir deste momento, o nominado (Chico Buarque) afirmou, com a voz alterada, que não responderia a mais nenhuma pergunta”, está relatado ao final do documento. Chico escreveu, à mão, no pé de seu depoimento: “Não vou responder mais nada”, e assinou. Escreveu também, do próprio punho, que “no dia 27 de fevereiro de 1978, nas dependências do DPPS, quando estava sendo ouvido, neguei-me a responder às perguntas que me eram formuladas”.
Nos relatórios do SNI, Chico é chamado de “militante” que está no “comando intelectual” de alguns shows daquele período e que toca e canta “Apesar de você”.
*Nina

China e Cuba firmam acôrdos de cooperação


El presidente cubano, Raúl Castro, sostuvo este jueves conversaciones con el mandatario chino Hu Jintao, en el Gran Palacio del Pueblo,  tras lo cual ambos líderes firmaron una serie de acuerdos centrados en el comercio y la infraestructura.
www.cubatv.icrt.cu

Apelo do Dr. Rath às pessoas da Alemanha, da Europa e de todo mundo, Berlim 13.03.2012

Novo governo paraguaio declarou o embaixador da Venezuela 'persona non grata' no país




Novo presidente do Paraguai, Frederico Franco (Fonte: Reprodução/AFP)

CRISE DIPLOMÁTICA

Paraguai expulsa embaixador de Hugo Chávez



Novo governo paraguaio declarou o embaixador da Venezuela 'persona non grata' no país

O governo do Paraguai, que assumiu o poder após a deposição do ex-presidente Fernando Lugo, decidiu nesta quarta-feira, 4, expulsar o embaixador da Venezuela em Assunção devido a “graves evidências de intervenção” na política paraguaia por parte do governo de Hugo Chávez.
O Paraguai, citando a convenção de Viena sobre relações diplomáticas, declarou o embaixador da Venezuela “persona non grata” no país e chamou de volta o chefe da delegação diplomática paraguaia em Caracas.

Vídeo mostra ingerência

A expulsão do embaixador da Venezuela em Assunção acontece apenas um dia depois de a ministra da Defesa do Paraguai, María Liz Garcia, ter divulgado um vídeo mostrando o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, encontrando-se com altos oficiais militares paraguaios pouco antes da destituição de Lugo, o que foi interpretado como tentativa estrangeira de evitar a queda do ex-presidente.
A Venezuela nega que tenha incorrido em ingerência. Antes da divulgação do vídeo, Maduro chegou a negar que tivesse participado de qualquer reunião com militares paraguaios.
Fontes: G1 - Paraguai declara embaixador da Venezuela como 'persona non grata'
*Nina

Charge do Dia




A Água, esta Misteriosa, Mágica e Incrível Substância!


A Água, esta Misteriosa, Mágica e Incrível Substância! from João Carlos Baldan on Vimeo.



Haddad lança campanha e alfineta Serra: 'não temos medo do povo'
06 de julho de 2012  18h48  atualizado às 19h06

Haddad subiu em um caminhão de som e criticou Serra por ter optado por começar a campanha eleitoral dele no diretório do PSDB. Foto: Léo Pinheiro/Terra
Haddad subiu em um caminhão de som e criticou Serra por ter optado por começar a campanha eleitoral dele no diretório do PSDBFoto: Léo Pinheiro/Terra


RENAN TRUFFI
Direto de São Paulo
O candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, cutucou nesta sexta-feira seu adversário José Serra (PSDB) no lançamento de sua campanha para as eleições municipais. Após caminhar da Praça do Patriarca até a Praça da Sé, no Centro de São Paulo, ele subiu em um caminhão de som, posicionado em frente à catedral, e criticou o fato do tucano ter optado por começar a campanha eleitoral dele no diretório municipal do partido.
"Não vamos deixar a rua até a vitória. Não vamos sair da praça até a vitória. Nosso principal adversário lançou sua campanha num recinto fechado. Nós não vamos para recinto fechado. Nós vamos para a rua falar com o povo para ganhar essa eleição. Nós não temos medo do povo. Nós queremos o povo conosco", afirmou.
Depois de falar com a militância, Haddad desceu do caminhão e conversou com os jornalistas. O candidato comentou o balanço de metas da prefeitura de São Paulo, que divulgou a quantidade de promessas cumpridas pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD-SP). De acordo com ele, Kassab merece nota 3,6.
"Na minha opinião, ele já se atribui nota 3,6 porque, no balanço de cumprimento de metas, ele disse que cumpriu 36% das promessas que fez. A cidade já fez um balanço dessa administração agora é olhar pra frente. Penso que quatro em cinco paulistanos querem uma mudança de rumo", disse.
*Terra

PSDB vai recorrer contra suspensão do Paraguai do Mercosul


 
 

PSDB vai recorrer contra suspensão do Paraguai do Mercosul



O PSDB entrará na Justiça brasileira com uma ação contra a decisão do Mercosul de suspender o Paraguai e aceitar a entrada da Venezuela, anunciou nesta sexta-feira o senador Alvaro Dias, ex-governador do Paraná.
"Foi uma decisão ilegal", criticou Dias, após se reunir com autoridades paraguaias em Assunção. O senador teve um encontro com o presidente Federico Franco e os líderes das diferentes bancadas de senadores no Congresso, a quem levou o reconhecimento de seu partido e assinalou que o impeachment de Lugo "ajustou-se estritamente à Constituição".
"O próprio presidente destituído aceitou entregar o poder, e a Suprema Corte de Justiça do Paraguai validou o processo de julgamento, que foi transparente. Por isso, consideramos a represália no Mercosul uma afronta à soberania paraguaia", criticou Dias. "Cada nação deve decidir sobre seu destino, e o Congresso é a sua representação mais popular."
*Terra