Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Apoiada por 62% dos brasileiros, a política de cotas ampliou sete vezes a
presença dos alunos pobres nas universidades e, portanto, a sua
oportunidade de fazer parte de um país mais escolarizado.
Nem Suécia, nem EUA: segundo UNICEF, Cuba é o único país do mundo com 0% de desnutrição infantil
*Opensadordaaldeia
OS IMPUNES SÓCIOS DA TORTURA:
Ilustração de Guayasamin. Os coniventes
Por Luis Fernando Veríssimo
O ex-deputado estadual e ex-marido da Dilma, Carlos Araújo, não é um
ex-ativista politico, pois recentemente voltou à militância partidária
no PDT, apesar de limitado pela saúde. Quando militava na resistência à
ditadura foi preso, junto com a Dilma, e os dois foram torturados.
Depondo diante da Comissão Nacional da Verdade (...) sobre sua
experiência, Araújo lembrou a participação de empresários na repressão,
muitas vezes assistindo à ou incentivando a tortura.
Que eu saiba, foi a primeira vez que um depoente tocou no assunto
nebuloso da cumplicidade do empresariado, através da famigerada Operação
Bandeirantes, em São Paulo, ou da iniciativa individual, no terrorismo
de estado.
O assunto é nebuloso porque desapareceu no mesmo silêncio conveniente
que se seguiu à queda do Collor e à revelação do esquema montado pelo P.
C. Farias para canalizar todos os negócios com o governo através da sua
firma, à qual alguns dos maiores empresários do país recorreram sem
fazer muitas perguntas.
A analogia só é falha porque não há comparação entre o empresário que
goza vendo tortura ou julga estar salvando a pátria com sua cumplicidade
na repressão selvagem e o empresário que quer apenas fazer bons
negócios e se submete ao esquema de corrupção vigente. Mas a impunidade é
comparável: o Collor foi derrubado, o P. C. Farias foi assassinado, mas
nunca se ficou sabendo o nome dos empresários que participaram do
esquema.
Nunca se fez a CPI não dos corruptos, mas dos corruptores, como cansou,
literalmente, de pedir o senador Pedro Simon. No caso da repressão,
talvez se chegue à punição, ou no mínimo à identificação, de militares
torturadores, mas o papel da Oban e da Fiesp e de outros civis
coniventes permanecerá esquecido nas brumas do passado, a não ser que a
tal Comissão da Verdade siga a sugestão do Araújo e jogue um pouco de
luz nessa direção também.
A comparação nossa com a Argentina é quase uma fatalidade geográfica,
somos os dois maiores países da America do Sul com pretensões e vaidades
parecidas. Lá o terrorismo de estado foi mais terrível do que aqui e
sua expiação — com a condenação dos generais da repressão — está sendo
mais rápida. Mas a rede de cumplicidade com a ditadura foi maior,
incluindo a da Igreja, e dificilmente será julgada. Olha aí, pelo menos
nessa podemos ganhar deles. (Fonte: aqui).
................
Em lugar de "Os coniventes", certamente o título "Os incentivadores" também seria adequado. Que o diga o Cidadão Boilesen
(Henning Albert Boilesen), empresário dinamarquês radicado no Brasil
(São Paulo), entusiasta da tortura nos anos de chumbo, o que, aliás,
rendeu documentário - comentado aqui neste blog.
*Dodó Macedo
“Eu me sinto maltratada. Me sinto um pouco renegada. Cadê os direitos humanos? Somos negros. Somos gays”, Elza Soares
Deixa a Elza Soares gingar, Feliciano
Não
é todo dia que a história nos reserva acontecimentos deste porte. Elza
Soares vinha fazendo um show emocionado no Sesc Pinheiros, na noite de
quinta-feira (20 de março). Elevou a emoção em mais um grau ao cantar,
rappeando, uma versão bem Elza para “Não É Sério” (2000), rock do
Charlie Brown Jr., em homenagem a Chorão. Vinha ela de “o jovem no
Brasil nunca é levado a sério”quando, de repente, a música virou do
avesso e se transformou em algo que nem Chorão poderia supor se aqui
ainda estivesse: um protesto contra o pastor evangélico e deputado
federal Marco Feliciano (PSC-SP), alçado por jogos de poder que não
compreendemos à posição de presidente da Comissão de Direitos Humanos e
Minorias da Câmara Federal.
“Eu
me sinto maltratada. Me sinto um pouco renegada. Cadê os direitos
humanos? Somos negros. Somos gays”, Elza começou, referindo-se
diretamente às renitentes manifestações de cunho racista e homofóbico
por parte de Feliciano, seja como pastor deputado, até mesmo no
impensável cargo no qual ele deveria defender – e não atacar – direitos
humanos os mais variados.
De
imediato, a plateia se levantou e passou a ovacionar Elza. “Fora,
racista!”, ela comandou. “Fora!”, correspondeu a plateia. “Fora!, fora!,
fora!”, repetiu a cantora, rappeando, como se o rock branco de Chorão
fosse o samba-rap preto de Elza Soares. Como tem acontecido em ruas de
diversas brasileiras desde que Feliciano sentou no trono inadequado, os
espectadores presentes deliraram em protesto contra sua permanência. E
Elza esmerilhou o assunto: “Será que ele sabe que a voz que ganhou a voz
do milênio pela BBC de Londres é de uma negra, chamada Elza Soares? Sou
eu. Será que ele não sabe que quem trouxe a Copa do Mundo para este
país foram Pelé e Garrincha, negros?”.
O
que negra Elza protagonizava era um desses raros momentos em que arte e
política se tornam uma coisa só, e enriquecem um ao outro, bem longe de
chatear a diversão como muito gosta de afirmar e repetir um desgastado
clichê da crítica cultural comercial. O público demonstrou se divertir à
beça com o protesto, e vice-versa.
Era só a quarta música do show Deixa a Nega Gingar,
mas, se é caso de mirar a apresentação em perspectiva, antes e depois
daquele momento mais exaltado, só uma conclusão é possível: Elza Soares é
100% política, direitos humanos e arte – sobretudo arte.
Já
tornada histórica em sua voz, a canção imediatamente anterior à que
(des)uniu Chorão e Feliciano foi “A Carne” (1998), parceria de Seu Jorge
(na época à frente do grupo pop-reggae-soul-funk-etc. Farofa Carioca) e
Marcelo Yuka (então cérebro do rap-reggae-rock consciente da banda O
Rappa). Adaptado ao gogó de Elza, o refrão vira o forte e reto “a carne
mais barata do mercado é a MINHA carne negra”. “Elza Soares é negra”, “a
minha mãe é negra”, “a minha carne é negra”, ela acrescenta à canção,
estimulando público apaixonado a repetir “negra”, “negra”, “negra”…
Antes
ainda, ela já beliscara o racismo ancestral embutido em “Nega do Cabelo
Duro” (1940), marchinha carnavalesca nada inofensiva coescrita pelo
também jornalista poderoso David Nasser. Na versão de Elza, a mistura
ganha versos tipo funk carioca como “eu sou negrinha/ eu sou gostosa/ o
meu cabelo tá na moda”. Os cabelos alisados de Feliciano, neste outro
contexto, ganham ares de tragédia, autopreconceito e automutilação. Aqui
Elza, cabeluda encaracolada que só, é o anti(in)Feliciano. “Quando a
gente é feliz, a gente não maltrata ninguém”, acrescentou mais adiante,
autoelogiando a alegria que transmite mesmo presa à cadeira, com os
movimentos (mas nunca a voz) limitados por uma cirurgia na coluna.
“Respeitem uma mulher operada, gente”, ela brincou, ciente do trocadilho
caro a travestis, transexuais e transgêneros.
Elza
Soares lança álbuns de música desde 1960 – há inacreditáveis 53 anos.
Enquanto o racismo estrutural desta sociedade operava para enquadrá-la
na condição (supostamente) desvantajosa de mulher negra, o mercado
musical fazia o mesmo com o(s) estilo(s) de sua voz: muito se tentou
aprisioná-la unicamente sob o rótulo de sambista. Por vezes ela teve de
obedecer, mas já faz tempo que isso não acontece – mais ou menos o mesmo
intervalo desde o início do desmoronamento da indústria fonográfica
como a conhecíamos. Democratizando-se o Brasil, Elza se pôs doidamente a
se democratizar.
Deixa a Nega Gingar é
a cristalização dos ventos de liberdade que Elza há tempos vem soprando
sobre nós. Imobilidade física à parte, ela está livre para falar dos
assuntos que quiser – música, música, música, racismo, racismo, racismo,
machismo, homofobia, racismo, racismo etc. A liberdade, digamos,
ideológica se reflete diretamente na liberdade musical. Elza adota um
formato que já testara em 2004, no disco de samba eletrônico Vivo Feliz.
A ideia ressurge aperfeiçoada e impactada por uma banda sensacional que
inclui um músico negro no contrabaixo acústico (pode lhe parecer banal,
mas quantas vezes você já viu um instrumentista negro empunhando esse
pomposo instrumento?), um tecladista branco que a certa altura intromete
deliciosa sanfona na receita e o sensacional DJ Muralha, que desmente o
clichê de que DJs de música eletrônica não são músicos e se torna um
dos focos luminosos do show, à custa de picapes e iPad.
Acalentado
em eletrônica, o show de Elza transcende o samba e faz lembrar, em
momentos distintos, atos como Pink Floyd, Prodigy, Radiohead. E termina
num impressionante tecnocandomblé enriquecido por três ritmistas
(negros), sob os sons de “Madalena do Jucu” (1989), de Martinho da Vila,
“O Que É o Que É” (1982), de Gonzaguinha, e o samba-enredo de avenida
“É Hoje” (1982). A eletrônica é usada a serviço da brasilidade, e isso é
tão novo e quente quanto o entusiasmo irrefreável de Elza negra.
Todos
no palco, exceto a dona do palco, são muito ou relativamente jovens. O
contraste se acentua nas várias canções em que Elza chama a paraense
Gaby Amarantos para secundá-la “Você é minha barra de chocolate, dá
vontade de comer Elza Soares”, diz Gaby, antes de ambas cantarem juntas
uma versão desacelerada de “Ex-Mail Love”. Um traço próprio da inventora
do samba-jazz, de estar sempre ligada a cada momento musical que
atravessamos, faz com que Elza reverencie a deusa profana
pop-brega-MPB-indígena-etc.
Talvez
Gaby seja a Elza de amanhã, e a experientíssima artista é generosa e
inteligente emenxergar e sublinhar isso hoje, agora, sem demoras nem
delongas. De certo modo, o tecnobrega da discípula é o que a matronaa
sempre quis fazer – e faz – em sua cybergafieira, arrombando barreiras
de gêneros (musicais, sexuais, raciais), preconceitos, intolerâncias,
ignorâncias. Por tudo isso, Elza é o anti-Marco Feliciano, além de ser
(e é bem bom que se diga isto quando ela está BEM viva) uma das maiores
artistas (ainda muito vivas) da história da música brasileira.
Comissão Nacional da Verdade abre linha de investigação sobre empresas prejudicadas pela ditadura
Apuração será aberta com audiência pública no Rio de Janeiro, dia 23, a
qual debaterá o caso da Panair, companhia aérea destituída de seus
direitos em fevereiro de 1965 pelos governantes da época
A
Comissão Nacional da Verdade realiza no próximo sábado (23) uma
audiência pública para apurar casos de empresas prejudicadas pela
Ditadura Civil-Militar. O foco do evento será o caso Panair do Brasil,
companhia aérea de capital 100% nacional que perdeu a licença para voar
em 10 de fevereiro de 1965 e acabou extinta pelo regime.
Participarão da audiência o coordenador da CNV, Paulo Sérgio Pinheiro, e
a integrante da Comissão, Rosa Cardoso, coordenadora do grupo de
trabalho Golpe de 64, que apura o contexto em que se deu o golpe e as
medidas repressivas que vieram na esteira de sua implementação.
O objetivo da audiência, segundo Rosa Cardoso, é colher dados,
depoimentos e documentos sobre a destituição de direitos da empresa,
fato que deverá integrar o relatório da Comissão da Verdade, a ser
entregue em maio de 2014 à presidenta Dilma Roussef.
Para Rosa
Cardoso, "a extinção da Panair, a demissão de seus funcionários, a
perseguição sofrida pela companhia, impedida de voar, não constituem
apenas uma grave violação dos direitos dos empresários sócios, mas de
todo o corpo de funcionários e da própria sociedade, que perdeu os
serviços de uma empresa exemplar".
Além dos membros da CNV,
estarão presentes na plateia ex-funcionários da Panair, que se reúnem
periodicamente, e os herdeiros dos empresários sócios da companhia
aérea, Rodolfo da Rocha Miranda, filho de Celso da Rocha Miranda, e
atual presidente da Panair do Brasil, e Marylou Simonsen, filha de Mario
Wallace Simonsen.
Também participam do evento Wadih Damous,
presidente da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, e Paulo Ramos,
deputado estadual, o historiador e cientista político José Murilo de
Carvalho, a historiadora Heloisa Murgel Starling, da CNV, que gerencia a
pesquisa do GT Golpe de 64, e o jornalista Daniel Leb Sasaki, autor do
livro "Pouso Forçado", sobre a história da Panair.
SERVIÇO:
O quê: Audiência Pública Empresas Prejudicadas pela Ditadura (o caso Panair) Local: Teatro Maison de France (Aliança Francesa) Endereço: Avenida Presidente Antônio Carlos, 58, Rio de Janeiro - RJ Quando: 23 de março de 2013 Horário: 10h30 às 13h
Assessoria de Comunicação Comissão Nacional da Verdade Marcelo Oliveira
Hoje, no Teatro Maison de France (Aliança Francesa), na rua Antônio
Carlos, no centro do Rio, a Comissão Nacional da Verdade realizou
audiência pública sobre o caso Panair, companhia aérea proibida de voar
em 10 de fevereiro de 1965 e que teve a falência decretada pela
ditadura, apesar de não ter problemas financeiros. Veja nas legendas das
demais fotos a cobertura do evento. — em Teatro Maison de France.
A emociante história do porquê o Hospital Infantil de Barretos recebeu o nome de Lula
Num discurso emocionante, Henrique Prata, diretor do excelente Hospital
de Câncer de Barretos, conta o motivo de ter dado o nome do presidente
Lula ao Hospital infanto-juvenil em Barretos.
O discurso de Lula também foi, onde ele diz que virou um ser humano melhor, depois de ter enfrentado o câncer:
Lula esteve em Barretos ontem para visitar a ampliação de ala infanto
juvenil que leva seu nome no Hospital de Câncer de Barretos, mantida
pela Fundação Pio XII (que não é governamental, mas o hospital é
gratuito, com 100% dos atendimentos pelo SUS, e é referência em
atendimento de qualidade). De acordo com os dados do Ministério da
Saúde, realizou 43,1 mil atendimentos nos últimos dois anos. No ano
passado, as internações chegaram a 15,8 mil, ao custo de R$ 23, 5
milhões. No ambulatório foram realizados 1,7 milhão de atendimentos.
Lula voltou a falar sobre o câncer que enfrentou no final de 2011, na
laringe. Ele disse que se sentia feliz em ver o Hospital de Barretos com
recursos para realizar tratamento, principalmente, em crianças. Se
emocionou ao andar pela ala que leva seu nome e encontrar crianças.
Lembrou de sua experiência pessoal que passou quando tratou do câncer na
laringe, no final de 2011: "quando eu fiz meu tratamento eu me
encontrava com crianças direto”.
Lula afirmou que não existe hospital privado no Brasil com mesmo
tratamento dispensado pelo Hospital de Câncer de Barretos. “Até os
hospitais que cuidam de presidente, governador não é igual a esse
hospital, que tem humanismo”, afirmou.
No final do evento, Lula recebeu um pedaço de algodão doce - chamado de
“pedacinho do céu” - de Bianca, uma menina de sete anos, considerada
símbolo do hospital.
Lula lembrou da importância do tratamento no início, quando há maiores
chances de cura. “Levei minha mulher (Marisa Letícia) para check-up. Ela
não tinha nada. E falou que eu deveria passar por análise em uma
máquina. Fiz e descobri que tinha tumor na garganta”, disse.
O diretor do Hospital de Barretos, Henrique Duarte Prata, contou o
motivo que levou a escolher o nome de Lula para a ala infanto-juvenil:
“Eu fui três vezes a Brasília falar com Lula quando ele era presidente.
Sempre me atendeu. Os presidentes anteriores eu esperava até cinco
meses. Nós precisávamos de recursos para o hospital e ele (Lula) me
colocou em contato direto com o (Antonio) Palocci (Filho), no Ministério
da Fazenda”, disse (ouça o áudio, acima, que traz detalhes, como Lula
mandando ministro abrir agenda na hora do almoço, para dar urgência na
solução de um problema de equipamento parado).
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também participou da
inauguração, e anunciou repasse extra de R$ 36 milhões anuais para o
Estado de São Paulo na ampliação do tratamento contra o câncer. (Com
informações do DiarioWeb)
Em tempo: Ao contrário de boatos mentirosos, Lula setá sarado e vai muito bem de saúde.
Gente
ruim e mentirosa andou espalhando boatos de que Lula teria voltado a
ter câncer, ontem. A mentira tem pernas tão curtas, que o mentiroso (de
um blog oposicionista conhecido por ser boateiro), contou a lorota de
que Lula teria sido atendido de emergência no Hospital Sírio Libanês de
São Paulo, no dia em que ele estava viajando pelos países da África.
Portanto, é simplesmente impossível, porque ele estava do outro lado do
Oceano Atlântico, muito longe de São Paulo. A assessoria de imprensa do
Instituto Lula também confirmou que trata-se de mentira deslavada. Lula
vai muito bem de saúde. *osamigosdopresidentelula
Cuba investe no Brasil e quer crescimento de 20% neste ano
O
governo cubano está preparando uma grande campanha de promoção voltada
para o mercado brasileiro. Embora não revele as cifras, o diretor de
Promoção para o Cone Sul do Ministério do Turismo de Cuba, Luis Felipe
Aguilera Gutierrez, afirmou que o investimento será grande e envolve uma
série de ações, como publicidade em diversas mídias e famtours, além da
participação nas principais feiras do Brasil.
“O
mercado brasileiro é muito importante para nós, mas precisamos
desenvolvê-lo”, disse. “Se não mostrarmos os nossos atrativos, não
criaremos demanda, por isso, o governo tomou a decisão de fazer esta
campanha”, complementou o executivo.
Gutierrez
revelou que em 2012 a ilha recebeu 19 mil brasileiros. Com a campanha de
promoção, a expectativa é de um crescimento de 20% já neste primeiro
ano. “Este número é muito pequeno em relação ao potencial do Brasil”,
acredita. “Temos agora o voo direto da Cubana, que vai aumentar a
capacidade”, emendou.
Além
de publicidade e da ida de agentes e operadores para o País, Cuba
pretende ampliar a sua participação nas principais feiras do mercado
brasileiro. De acordo com Gutierrez, o estande da ilha na WTM Latin
America – que acontece entre os dias 23 e 25 de abril em São Paulo –
será bem grande e contará com uma numerosa delegação. Durante o evento
será realizada uma “Noite Cubana” com música, comida e bebida típicos da
ilha para agentes e operadores. Também estão confirmadas as
participações na Abav e no Festival de Turismo de Gramado.
Fonte: Mercado e Eventos (via Portogente)
*GilsonSampaio
#ForaFeliciano’: sede do PSC em BH amanhece com muro pichado
Pichação pede saída de Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara
Foto: Reprodução/ Facebook
A sede do Partido Social Cristão (PSC) em Belo Horizonte teve a fachada
pichada durante a madrugada desta quarta-feira (20). Uma foto que foi
postada da página da Assembleia Nacional de Estudantes – Livre (Anel
Minas) no Facebook mostra os dizeres “#ForaFeliciano e todos os
racistas” escritos no muro. A imagem teria sido enviada por pessoas que
não quiseram se identificar.A
frase faz referência ao pastor e deputado federal da legenda que foi
eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDH) no
início deste mês. O imóvel fica na rua Pouso Alegre, no bairro Floresta,
região Leste de Belo Horizonte. Segundo representantes do PSC,
funcionários já trabalham na limpeza da fachada.
Alguns parlamentares e lideranças que defendem os negros e os
homossexuais criticam a escolha de Feliciano para a presidência. Isso
porque o deputado já deu várias declarações polêmicas criticando as
minorias representadas pela comissão.
Em 2011, o Feliciano usou o Twitter para dizer que os descendentes de
africanos seriam amaldiçoados. “A maldição que Noé lança sobre seu neto,
Canaã, respinga sobre o continente africano, daí a fome, pestes,
doenças, guerras étnicas!”, escreveu.
O pastor também já postou na rede social uma mensagem afirmando que “a
podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam ao ódio, ao crime e à
rejeição”. No ano passado, o pastor defendeu em debate no plenário os
tratamentos de “cura gay”.
Apesar disso, Marcos Feliciano garantiu, após sua eleição para a
presidência da CDH, que nunca foi racista e que também não é homofóbico.
Ele disse ser contrário ao projeto que criminaliza a homofobia, porque
há muitos pontos na proposta que precisam ser mudados. “Na presidência
da comissão, vou abrir o diálogo sobre todos os assuntos de interesse da
sociedade”.