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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, julho 27, 2013

Charge foto e frase do dia

































































































BOMBA! Wikileaks vaza conspiração militar que visa tomar a presidência do Brasil


Diário de Pernambuco

“Nos foi repassado o plano de Golpe de Estado mais sofisticado da história do Brasil. Sem armas e sem exército nas ruas! Se o gigante realmente acordou, é necessário que lave logo o rosto.”
Muito se comenta que as manifestações ocorridas nos últimos dias podem rumar numa direção de violência sem controle. A tendência é que a situação se agrave até que o cenário político torne-se insustentável e sobrevenha um golpe militar com o pretexto de recolocar a nação em ordem. Aparentemente, a conjuntura descrita não passava de mera paranoia coletiva que, para a surpresa geral, acaba de ser tornar real e efetiva. Uma lei aprovada de última hora sobre morte e vacância do presidente e a fundação relâmpago do PMB (Partido Militar brasileiro), já davam certos sinais de um clima conspiratório rondando o país. Um whistleblower brasileiro, que ainda não se assumiu publicamente, vazou ao Wikileaks, organização internacional que dá publicidade a documentos extraoficiais, um arquivo de áudio que expõe a descoberta de uma conspiração militar reacionária de Direita que visa tomar o poder no Brasil. O áudio, ainda sendo descriptografado pela equipe de Julian Assange, detalha passo a passo a ação. Os interlocutores do diálogo conspiratório ainda não foram identificados. “Forjarão a necessidade de uma reunião emergencial entre as principais lideranças brasileiras. Alguns deles irão em conjunto num helicóptero rumo a um destino não revelado. Dentro da aeronave estarão Dilma, a presidente, Temer, o vice, Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara dos Deputados e Renan Calheiros, atual presidente do Senado. Este helicóptero sofrerá falhas mecânicas, caindo no oceano e levando a óbito todos os passageiros. Uma vez que é o atual presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa assumiria compulsoriamente a Presidência da República. Barbosa está em processo de filiação ao PMB, Partido Militar Brasileiro, que acaba de nascer! O Brasil está diante de um dos golpes mais sofisticados da história dado que nenhum tiro precisará ser disparado e nenhum soldado sequer precisará ir às ruas. Não será necessário nem mesmo acionar a lei da vacância, que curiosamente acaba de ser suscitada”, afirmou Julian Assange, direto da embaixada do Equador em Londres.
*AmoralNato

"Mãe de Israel" gosta de bater e humilhar os empregados




Sara Netanyahu, mulher do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, gosta de bater e humilhar os empregados.

E quando alguém protesta, ela simplesmente diz que é a “mãe de Israel” e como tal não tem que dar satisfação a ninguém.

O jornal israelense "Yedioth Ahronoth" diz que Sara está sendo processada por Lílian Peretz, que trabalhava em sua casa em Cesárea. Lilan pede 300 mil shekels (US$ 81,3 mil) por salários não-pagos e compensações por "humilhação" e "exploração".

O jornal Maariv, por exemplo, diz que Sara é quem nomeia os ministros e assessores de Netanyahu, inclusive o seu chefe de gabinete Natan Eshel.

Outra mania de Sara é apropriar-se do que não é seu. Ela surrupiou as roupas de luxo que lhe foram emprestadas durante a campanha eleitoral, com a condição de que as devolvesse depois.

“Para encobrir o escândalo, o Likud acabou arcando com os custos”.

Na nota da BBC, Sara é acusada pela empregada de ser uma pessoa "abusiva e brutal".
Ela revelou também que a senhora Netanyahu a obrigava a levar ao trabalho quatro mudas de roupa por dia "para não contaminar a casa" e a trocar de roupas e tomar banho várias vezes por dia.
* Georges Bourdoukan

Dr. Barbosa e o condomínio do fausto

Dr. Barbosa e o condomínio do fausto



blog Tijolaço:

Como o Dr. Joaquim Barbosa é um homem público e a revista Veja é seu principal cabo pré-eleitoral, tomo a liberdade de oferecer aos mastins de Policarpo material para uma bela reportagem sobre o condomínio onde o presidente do Supremo adquiriu, usando o artifício legal de montar uma empresa na Flórida sediada no seu apartamento na Asa Norte em Brasília.

O que me move é mostrar, da maneira mais evidente, como este lixo impresso se comporta. E, também, o dever de fidelidade à memória de quem, em 23 anos de convívio diário, pude ser aprendiz de lições de honradez e destemor.

Faço pelo que a imparcial Veja, em 2001, publicou: uma matéria sobre o “escandaloso” enriquecimento de Brizola, um amontoado de infâmias que, na época, como seu assessor de imprensa, cuidei, em respeito ao jornalismo, de promover um contato entre o então governador e a revista, no qual ele pedia que esperassem sua volta da viagem que fazia ao interior do Rio Grande do Sul para esclarecer todas as informações falsas ou distorcidas que recolheram. Num fax, a revista disse que não poderia aguardar e sugeriu que ele falasse por telefone ou comparecesse à delegacia, digo, à sucursal da Veja para explicar-se…

E também porque a Veja não publicou, em 1987, quando mandou seu então repórter Marco Damiani ao Uruguai para ver como eram os bens que Brizola tinha no exterior, por conta do exílio a que foi mandado pelos militares. Transcrevo o que ele conta, para que se tenha ideia da monstruosidade:

E havia a fazenda de Brizola a descobrir. Foi preciso fazer muitas perguntas para saber onde ela ficava. Naquele 1987, Brizola, então governador do Rio em final de primeiro mandato, costumava passar alguns finais de semana e pequenas temporadas na própria fazenda. A propriedade era quase uma lenda: a misteriosa fazenda de Brizola…

Obtivemos a informação: chamava-se Repetchó (que significa pequena subida) e ficava no departamento de Durazno, no interior do país. Acertamos com um taxista e fomos para a estrada. Talvez duas, três horas de viagem, se me lembro bem. Numa estradinha de terra, depois de muito rodar, veio a pequena elevação e, pouco depois, do nosso lado direito, cercada por arame farpado, vimos as terras de Brizola. Perto das demais à sua volta, todas com grandes extensões, a fazenda mais parecia, na boa, um sítio de final de semana. Tinha uma casa simples e, ao lado dela, uma construção de acabamento humilde com janelão de vidro frontal. Era ali que Brizola gostava de ficar, me disse o caseiro, olhando um pequeno rebanho de ovelhas. Gerchman chegou a fazer a foto, lembro-me do cromo revelado. Para saber isso, tivemos, é claro, de empurrar a porteira de madeira com a mão e entrar. Não havia campainha a tocar. Não me pareceu o caso de berrar para chamar alguém. E eu tinha de entrar! Em fazendas, de resto, muita gente entra assim, abrindo a porteira com as próprias mãos e avançando até encontrar alguém responsável pela propriedade. Foram poucos passos até encontrarmos essa pessoa. Um homem, o caseiro. Ele foi econômico nas palavras e avisou que não poderíamos ficar. Acreditava que o govenador não iria gostar nada daquilo. Agradecemos, voltamos por onde havíamos entrado e retornamos, com a sensação de missão cumprida, para Montevidéo. Escrevi a matéria, que iniciava com um cálculo, em dólares, segundo os valores do mercado imobiliário local, do quanto valiam as propriedades de Brizola no Uruguai (o apartamento e a fazenda). Passei por telex, que não existiam celular, internet para todos, nada disso. Dei o tempo regulamentar para a matéria ser lida e telefonei para o editor de Brasil. “Vocês fizeram um ótimo trabalho”, me disse ele. “Mas não vamos publicar uma linha sequer”. Eu não perguntei nada, e mesmo assim me foi explicado: “O Brizola ligou aqui, disse que Veja invadiu uma propriedade particular dele e que, se sair uma linha, vai processar a revista. Estamos fora!”.


Imaginem o que faria Veja com as fotos abaixo se, em lugar de Joaquim Barbosa, fosse Leonel Brizola o dono do apartamento.

Bem, mas o Dr. Barbosa é “o menino pobre que mudou o Brasil”. E embora a revista conhecesse bem, há mais de um ano, o fato de vários brasileiros estarem comprando imóveis ali, com certeza se lhes escapou o fato de que Joaquim Barbosa era um deles.

Brizola também foi um menino pobre, mas nunca – ao contrário de Joaquim Barbosa – foi nomeado para cargo algum, exceto o de modesto secretário de Obras no Rio Grande do Sul dos anos 50. O que tinha, todos sabem, originava-se da herança de D. Neuza, herdeira – como seu irmão Jango, do patrimônio dos Goulart.

Mas Brizola, ao contrário de Joaquim, tentou mudar o Brasil e não conseguiu, entre outras razões, porque uma imprensa podre como a Veja não permitiu que mudasse.

Então, com os meus cumprimentos, para a caterva de Veja, os cultores do “domínio do fato” barbosiano, as fotos do site oficial do faustoso condomínio Icon Brickwell, onde o Dr. Joaquim Barbosa - ou a sua empresa Assas JB, registrada na Flórida – é o feliz proprietário de um apartamento. As facilidades expostas estão também lá, numarquivo pdf.



PS. Depois de publicar, vi que Luis Carlos Azenha já publicou uma foto do condomínio, como bom repórter que é. Registro, portanto, que não é totalmente inédito por aqui o fausto do lugar. Aqui, o link para seu post.

Manifestantes quebram imagens sacras na Praia de Copacabana


  • 'Marcha das Vadias' se mistura a peregrinos e faz críticas à Igreja
  • Peregrinos da JMJ que estão no local reclamam da manifestação

Grupo protesta contra a Igreja quebrando imagens sacras Foto: Marcelo Tasso / AFP
Grupo protesta contra a Igreja quebrando imagens sacras Marcelo Tasso / AFP
RIO — Manifestantes que participam da "Marcha das Vadias" na tarde deste sábado quebraram imagens sacras na Praia de Copacabana, onde milhares de peregrinos aguardam o início da vigília da Jornada Mundial de Juventude (JMJ). A ação partiu de um casal que estava pelado, tampando os órgãos sexuais com símbolos religiosos, como um quadro com a pintura de Jesus Cristo. Esculturas de Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Fátima foram destruídas. Em um ponto do protesto, eles juntaram cruzes, jogaram camisinhas em cima e começaram pisar nos artigos religiosos. Um dos manifestantes chegou a botar um preservativo na cabeça de Nossa Senhora.



*ATEA

Por que a Globo capturou o Papa A Globo é a elite. E a Igreja está dentro dela(s)

Por que a Globo
capturou o Papa

A Globo é a elite. E a Igreja está dentro dela(s)
O Bonner vai espargir essência de rosas no cenário, logo antes do jornal nacional.

Os homossexuais serão banidos da novela das oito.

O Boninho vai exigir recolocação do hímen das participantes do BBB, se necessário.

No refeitório está proibido servir cabelo de anjo.

O Na Moral do Bial vai substituir o tema da legalização da maconha por “as virtudes da monogamia” – com o mesmo entrevistado, o FHC.

As assistentes de palco do Faustão passarão a trajar o vestido da Cassia Kiss num dos Passos da Paixão.

As “meninas do Jô” terão que se confessar a ele, de público.

E um dos filhos do Roberto Marinho – talvez o primogênito – se recolherá, para sempre, a um convento em Capri.

Todas essas considerações se devem ao fenômeno da cobertura da Globo à visita do Papa.

Nem a TV do Vaticano seria capaz de tal proeza.

A Globo chegou ao extremo de dedicar ao Papa o mesmo tratamento que dedicou à doença infantil do transportismo, de forma a transformar o movimento numa tentativa de Golpe de Estado .

Por que a Globo chegou a essa devoção avassaladora ?

Horas e horas de cobertura, sem encaixe comercial.

Dedicação exclusiva dos telejornais (sic).

O que deu na Globo ?

Converteu-se à Virtude ?

Botou Fé no Papa ?

E logo agora que é cercada pela Receita Federal e pelo ECAD ?

Aqui vão algumas explicações que não se comparam às dos “analistas do Papa” que a Globo exibiu nessa Olimpíada Papalina.

Não eram tantos quanto os “analistas de tabela” que a Globo usa para confirmar o placar dos jogos que exibe, com exclusividade.

A Globo, primeiro, precisa se aproximar do “jovem”.

Afinal, trata-se de uma Jornada da Juventude.

E, como se sabe, os jovens até 24 anos não assistem mais ao principal produto da Globo – a novela.

(Muito menos o que vem entre duas, o jn…)

Portanto, a simples passagem do tempo desmontará o “business plan” da Globo.

A Globo precisa demonstrar agilidade, capacidade de sair às ruas, se aproximar do espectador.

É o que está implícito na nova estratégia: detonar dinheiro para fazer coberturas ao vivo e mostrar que a Patricia Poeta é capaz de vestir uma capa Burberry na praia de Copacabana …

Sim, perto do povo, mas nem tanto …

A Globo precisa exibir seus microfones com logotipo, nas ruas.

E entre cristãos não precisaria encapuzá-los.

A Globo precisa se associar a uma ideia vencedora: a vinda do Papa.

E espinafrar os administradores públicos, com a anuência do prefeito do Rio, Eduardo Paes, que, como o Governador, governa para a colona (*) do Ancelmo.

(O Prefeito fez o serviço da Globo, ao dar “nota zero” à administração da Jornada: era o que a Globo queria ouvir.

O Papa é uma gracinha, mas o Brasil, uma m…)

A Globo precisa mostrar que é um dos pilares do Establishment, que é da elite, da Big House que governa.

E a Igreja é o Establishment no Brasil, por mais que o Papa seja um renovador, como diz o Mino .

A Globo é papalina.

E assim pretende se distinguir, se apartar dos evangélicos, os emergentes, os que ameaçam a já combalida hegemonia da Globo, quer dizer, da Igreja.

Há muito tempo a Igreja brasileira se desligou dos pobres.

Mesmo que Francisco queira ler o livro do Boff e não queimá-lo, os pontificados de João Paulo II e Bento XVI fizeram um estrago irremediável na Igreja progressista latino-americana.

Com o apoio irrestrito da Globo e seus cardeais.

Agora, a Globo pretende se associar ao progressismo – ainda por afirmar-se – de Francisco.

Mas, de uma forma que ela própria possa conduzir e interpretar.

Como fez com os ingênuos e espertos, esses que o professor Wanderley chama de niilistas.

Quando a Ilze Scamparini voltar a Roma – e o Papa a seguir -, a Globo vai dizer aos otários o que o Papa disse.

Por exemplo, vai dizer que quando ele fala em corrupção significa “Dirceu”.

Porque o propinoduto, a Privataria e a fraude na Receita não são propriamente “corrupção”, mas uma interpretação peculiar da Lei.

O progressismo do Papa ainda está provar-se.

O farisaísmo da Globo, não.

Prova-se a cada dia.

Com odor de rosas.
Em tempo: esse Bessinha …Vai ser excomungado !

Em tempo2: a audiência do Papa no horário nobre fez a alegria dos concorrentes da Globo …
Paulo Henrique Amorim

Terror midiático naufraga diante da realidade



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Programas oficiais como Bolsa-família, Enem e Mais Médicos, o regime de pleno emprego e o controle da inflação já foram, um a um, dinamitados, antecipadamente, pela mídia tradicional; ao que se pode ler nos últimos meses em revistas como Veja, Exame e Época, fracasso de todas as principais iniciativas do governo Dilma, sem exceção, era líquido e certo; na vida real, porém, quadro é outro: inflação de junho foi de 0,07%, Mais Médicos bateu metas, Enem superou recordes, Bolsa-família é copiado mundialmente e estádios que Veja previu para 2038 já foram entregues e estão em uso; até aposta em que se cantaria o Hino Nacional de costas, na Copa das Confederações, deu errado, assim como a do apagão de energia; mídia vai se emendar? Um a um, todos os principais programas lançados pela presidente Dilma Rousseff foram dinamitados, desde logo e sem piedade, pela imprensa tradicional. A vida real, no entanto, mostrou, com o tempo, que todas, repita-se, to-das as sinistras previsões multiplicadas pela mídia não pagaram as apostas. Em outras palavras, o escrito não valeu. Acompanhe: INFLAÇÃO DISPARADA  O terrorismo midiático com forte viés ideológico previu, no início do ano, uma disparada sem freios da inflação, com uma capa da revista Veja, em janeiro, mostrando Dilma, em montagem grosseira, pisando no tomate. Na Rede Globo, Ana Maria Braga, quem não se lembra?, exibiu um colar em que os legumes vermelhos faziam as vezes de pérolas. Em junho, no entanto, a variação do Índice de Preços aos Consumidor (IPC) foi de ínfimos 0,07% e, para julho, todas as previsões convergem para uma deflação. Até o presidenciável José Serra, em teleconferência esta semana, admitiu que o índice inflacionário fechará o ano dentro da meta prevista pelo BC. O assunto, assim, saiu da pauta. APAGÃO ENERGÉTICO  Antes da aposta na alta dos preços, não houve noticiário de jornal ou colunista que não tivesse cravado, na virada do ano, um iminente apagão de energia elétrica no País. Nesse campo, a ênfase mais especial partiu no jornal Folha de S. Paulo e sua articulista Eliane Cantanhêde. As defesas feitas pela presidente em pessoa e o ministro Edson Lobão, das Minas e Energia, foram ironizadas e desprezadas. LUZ MAIS CARA  O propalado colapso no sistema de energia, porém, não se deu, e o Brasil continuou com suas luzes acesas, apesar do obscurantismo da mídia tradicional. Mais ainda, o igualmente combatido plano federal de barateamento das contas de luz para todos os consumidores do País, indiscriminadamente, por meio de subsídios oficiais, deu certo – e, hoje, o que se paga pela energia é mais de 10% menos do que o custo no início do ano. FRACASSO DO ENEM  A aposta pelo caos energético foi sucedida, este ano, pela cravada geral na imprensa de que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seria um retumbante fracasso. Desta feita, foi o jornal O Estado de S. Paulo quem mais aplicadamente bateu o bumbo da derrota governamental. O que se viu quando foram contadas oficialmente as inscrições do Enem de 2013, entretanto, foi um recorde espetacular, com mais de 7,8 milhões de adesões espontâneas da classe estudantil. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, outro que não encontrava repercussão para suas previsões de sucesso, acertara em cheio. BOLSA-FAMÍLIA INÚTIL  Hoje um sucesso mundial, exportado para diferentes países, o Bolsa-Família, dinamizado no atual governo, que o levou para mais de 10 milhões de lares no País, foi ironizado, escrachado e combatido de todas as formas. O fato, gostem os barões da mídia ou não, é que ele sobreviveu, proliferou e modernizou-se com o passar dos anos, tornando-se o ponto de alavancagem para que 40 milhões de brasileiros, nos últimos anos, superassem sua situação de pobreza extrema. MAIS MÉDICOS DERROTADO  Nesta sexta-feira 26, quando o programa Mais Médicos, que visa situar profissionais de Medicina nos rincões do Brasil, com salários de até R$ 10 mil para os que aceitarem o desafio, encerrou suas inscrições, mais do mesmo. Atacado por todos os flancos, o Mais Médicos obteve 18,4 mil inscrições de interessados em participar, além da adesão de mais de 3,5 mil municípios, ou 63% do total das cidades brasileiras. Um sucesso que a mídia tradicional, outra vez, não apenas não soube adiantar ao público, como o colocou no rumo errado de que, assim como os já citados anteriormente aqui, não haveria chance de dar certo. O problema, sobre esse noticiário, é que a primeira etapa do programa superou, sim, até as previsões mais otimistas – e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pode respirar aliviado. DESEMPREGO GALOPANTE  Para usar a expressão repetida pelo papa Francisco, a mídia tradicional, agora, "bota fé" na escalada de desemprego, depois que os dados de junho mostraram, pela primeira vez desde 2009, uma interrupção no crescimento do mercado de trabalho. O ministro Guido Mantega, da Fazenda, que, de resto, já foi retirado de seu cargo diversas vezes no noticiário recente, não apenas está lá, como garantindo que o derrotismo espalhado pelos jornais não irá triunfar. Ele assegurou que todos os indicadores do governo apontam para a manutenção da taxa de desemprego em torno do nível atual de 6% até o final do ano – e, como das vezes anteriores, suas palavras são questionadas fortemente, como se, ao mesmo desta vez, e num ponto estratégico para o governo, a mídia queria receber o prêmio de sua aposta. ESTÁDIOS PARA 2038  Num cúmulo de erro matemático, só explicado pela distorção ideológica produtora de parcialidade, a revista Veja, carro-chefe da Editora Abril, chegou a assegurar em uma de suas capas de 2012 que os novos estádios de futebol planejados para a Copa do Mundo só ficariam prontos, isso mesmo, em 2038! Hoje, à parte a discussão sobre custos e fiscalização no emprego de recursos, o que se sabe, a olhos vistos, é que todos os estádios prometidos, sem exceção, ou já estão prontos, e em pleno funcionamento, ou em vias de serem entregues. Um dos antecessores do papa Francisco já admitiu que nem mais os papas são infalíveis, mas Veja, apesar de todos os seus erros mal intencionados, continua vendendo a sua infalibilidade. Mas quem acredita ainda nisso? HINO NACIONAL DE COSTAS  O jogo de 'quanto pior, melhor' praticado pela imprensa, que no passado tinha a imparcialidade como um de seus dogmas, levou a mídia a vender ao público a certeza de que o público que lotou a Arena Fonte Nova, na Bahia, para ver a estréia do Brasil contra o Japão, na Copa das Confederações, em junho, iria cantar o Hino Nacional de costas para o campo. O que houve na real, no entanto, foram mais de 40 mil pessoas emocionando os jogadores em campo com suas vozes a plenos pulmões, mão no peito, respeitando o símbolo nacional em todos os seus versos. De frente e com a cabeça erguida. De quebra, a desacreditada, pela mesma mídia, Seleção Brasileira de Futebol, venceu de forma invicta e espetacular o torneio – levando dezenas de jornalistas-torcedores a rasgarem suas inúteis apostas na derrota. ACREDITE SE QUISER  Jogando em previsões sinistras e, ao não vê-las se realizarem, perdendo verticalmente em credibilidade, a mídia tradicional, nos dois últimos anos, está muito mais confundindo os leitores do que informando-os sobre o que, de fato, está acontecendo. Fosse de outra forma, os casos registrados acima não poderia ser narrados. Mas podem, porque verdadeiros. Uma previsão séria, diante desse quadro passado, é a de que, sem a menor dúvida, a mídia que insistir na leitura da realidade pelo caleidoscópio da ideologia irá continuar, cada vez mais, confundindo e desinformando. Acredita quem quiser no que lá está escrito. No 247 
*comtextolivre

Snowden pode salvar o petróleo brasileiro


Via PCB
“Seria benéfico para a sociedade brasileira se o Ministério Público requeresse a suspensão do primeiro leilão com contrato de partilha, o do campo de Libra, localizado no Pré-sal, que está marcado para outubro próximo. Enquanto uma averiguação sobre os danos da espionagem não for concluída, o leilão de Libra estaria suspenso.”
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Paulo Metri – conselheiro do Clube de Engenharia
Na política, têm casos que deveriam servir como ensinamento para se evitar cair em erro idêntico no futuro. Snowden comprovou que o governo norte-americano espionava o mundo todo e, em especial, o Brasil.
A convocação do embaixador deste país, que deveria ser um país amigo, pelo congresso brasileiro deve ser feita, assim como o pedido formal de esclarecimentos do nosso governo ao país bisbilhoteiro. Porem, isto não é o mais importante, porque o governo norte-americano irá negar tudo que for possível negar e diminuir a importância do que for impossível.
Verdadeiramente importante é o Brasil fechar sua porta para não ser mais roubado e verificar, dentre as informações já roubadas, quais podem estar causando ou virem a causar prejuízos para a sociedade. A lição precisa ser aprendida. Não se pode mais confiar em equipamento militar guiado por GPS que utiliza satélite estrangeiro. A indústria de defesa não pode se basear em subsidiárias estrangeiras sediadas no país. É preciso recuperar a proteção à empresa nacional genuína, retirada da Constituição durante a revisão neoliberal dos anos1990. A ABIN fica fiscalizando o MST, enquanto deixa soltos os espiões norte-americanos. Graças a Snowden, responda: quem escolheu ser inimigo do Brasil?
Com relação ao petróleo, a questão é muito mais séria, uma vez que o ministro das comunicações, Paulo Bernardo, admitiu em 11 de julho, em depoimento no Senado, que “há a possibilidade de vazamento de informações estratégicas do governo brasileiro, como, por exemplo, dados sobre os leilões de exploração do petróleo do Pré-sal”. Se houve este vazamento de informações sobre o Pré-sal, então, uma ou mais empresas petrolíferas norte-americanas podem ter informações privilegiadas. Nesta situação, o princípio da obrigatoriedade de igualdade de informações possuídas pelas empresas participantes dos leilões não está sendo respeitado.
Seria benéfico para a sociedade brasileira se o Ministério Público requeresse a suspensão do primeiro leilão com contrato de partilha, o do campo de Libra, localizado no Pré-sal, que está marcado para outubro próximo. Enquanto uma averiguação sobre os danos da espionagem não for concluída, o leilão de Libra estaria suspenso.
Se não tivessem desmerecido a premiação “Nobel da Paz”, com premiados que nunca ajudaram a paz no mundo, Snowden poderia ser lançado candidato, atendendo ao desejo de grande parte da população mundial, por ser um dos verdadeiros construtores da paz.
(Publicado no Boletim do MST RIO – N. 51 de 24/07/13)
*GilsonSampaio