Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, agosto 18, 2013

euaahh ao BRASIL“Vamos nos esforçar para que esse problema (espionagem) não interfira sobre todas essas coisas”, apelou. Kerry


O esforço de Kerry para não atrapalhar negócios com Brasil


Do Brasil Econômico via site Poder Aéreo
F-X2: espionagem dos EUA fez Dilma rever posição favorável ao Super Hornet
Concorrências InternacionaisRelações Internacionais, por Fernando "Nunão" De Martini


Tentando separar o joio do trigo – John Kerry faz esforço diplomático para que espionagem não atrapalhe negócios dos Estados Unidos com Brasil-
vinheta-clipping-aereoO secretário de Estado norte-americano, John Kerry, pediu ontem que o Brasil não misture as denúncias de espionagem, feitas pelo seu governo, com as agendas bilaterais. Como pano de fundo, entre os vários interesses comerciais dos dois países, está a delicada negociação para a compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira, onde os Estados Unidos, através da Boeing, estariam ganhando a preferência da presidente Dilma Rousseff. Porém, depois do episódio da espionagem, a presidente teria revisto sua posição favorável ao negócio com os EUA — estimado em R$ 15 bilhões.
Em coletiva, após encontro com o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, Kerry ignorou o apelo do chanceler brasileiro para que cesse a investigação e afirmou que os EUA vão continuar monitorando conversas de cidadãos por todo o mundo.
Ao falar sobre a parceria estratégica que vem sendo traçada entre Brasil e Estados Unidos, Patriota foi incisivo ao afirmar que, caso as implicações do episódio não sejam resolvidos de maneira satisfatória, “corre-se o risco de se projetar uma sombra de desconfiança sobre o nosso trabalho”. O ministro brasileiro lembrou que não só o Brasil, mas todos os países do Mercosul adotaram a postura de levar o assunto ao Conselho de Segurança da ONU. “É uma preocupação legítima com práticas que possam ser atentatórias à soberania dos estados e aos direitos dos indivíduos”, afirmou Patriota. Parcerias, disse o ministro, têm que ser feitas de forma transparente “e quando há desconfiança do método adotado, não é mais possível manter a confiança”.
“Eu devo ser muito claro, não posso discutir aqui as questões operacionais”, disse, por sua vez, o secretário Kerry, ao afirmar que por causa dos atentados de 11 de setembro o Congresso dos EUA aprovou a criação de um programa, supervisionado pelo Judiciário, que permite aos Estados Unidos fazerem as investigações seguindo padrões legais. “Nosso serviço de inteligência protege nossa nação, assim como acontece com outros povos. Por isso, vamos continuar fazendo”, afirmou.
Depois, o secretário pediu que se separe um tema do outro. “Peço ao povo brasileiro que se concentre nas realidades importantes entre os nossos países, que compartilham valores democráticos”, disse, citando programas nas áreas de educação, meio ambiente, ciência e tecnologia e comércio exterior. “Vamos nos esforçar para que esse problema (espionagem) não interfira sobre todas essas coisas”, apelou.
EDA 60 anos - Super Hornet apresentação 1 domingo - foto 6 Nunão - Poder Aéreo
A Presidente Dilma Rousseff deve decidir ainda este ano entre a americana Boegin F-18E/F, a francesa Dassault a Rafale F3 e a sueca Saab Gripen NG. Segundo o Itamaraty o assunto não seria tratado na visita de Kerry, mas fontes do governo afirmam que a presidente, que estava fortemente propensa a optar pela Boeing, ficou com o pé atrás desde as denúncias de espionagem foram divulgadas e deve colocar o tema na reunião que terá com Barack Obama em outubro, nos Estados Unidos.
Ontem, o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do ar Juniti Saito, disse, em audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado, que a escolha da presidente Dilma terá como base não apenas questões técnicas, mas também geopolíticas. Saito se recusou a manifestar sua preferência, “já que primeiro é preciso ouvir a decisão da presidente”.
O comandante informou que a decisão sairá “no curto prazo”, o que deve acontecer até o fim deste ano, porque os atuais Mirage 2000 serão desativados até dezembro. “Tenho muita expectativa de que a presidente anuncie a decisão no curto prazo”, disse, informando ainda que em constantes reuniões das quais participa, com a presença do ministro da Defesa, Celso Amorim, “a presidente Dilma tem sinalizado diversas vezes que também está preocupada”.
A compra dos caças vem se arrastando desde 2001, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso decidiu substituir os Mirage III BR. As negociações foram paralisadas em 2005, por razões econômicas, e retomadas em 2008. Em 2010, quando o governo Lula estava para se definir por comprar os Rafale da França, o negócio parou novamente.
EDA 60 anos - Super Hornet da USN taxiando após apresentação sob chuva - foto 5 Nunão - Poder Aéreo
FONTE: Brasil Econômico (reportagem de Edla Lula), via Notimp
*Nassif

Presidente do Senado, Renan Calheiros, a Fernando Henrique Cardoso, denunciando pressões do então governador Mario Covas, do PSDB, por negócios.

Denúncia de 1999 alcança investigações do "propinoduto"

 

  Sugestão de Webster Franklin
Do Tijolaço

Nos trilhos do propinoduto, surge o caso Renan-tucanos-”Português”

Por Fernando Brito

Na imagem aí de cima, você vê a capa da Istoé de 22 de setembro de 1999.
Nela, uma carta (aqui, na íntegra) escrita em linguagem desabrida pelo hoje Presidente do Senado, Renan Calheiros, a Fernando Henrique Cardoso, denunciando pressões do então governador Mario Covas, do PSDB, por negócios. Várias, uma delas a deste trecho:
“A irritação do governador paulista com minhas atitudes chegou ao ápice quando revoguei a Concorrência nº 02/97 – DPF, consubstanciada no processo 08200007434/97-55, no valor de 170 milhões de reais, de interesse da Empresa Tejofran Saneamento e Serviços Gerais Ltda., muito ligada a ele e a seu filho, um certo Zuzinha, que detinha 20% do consórcio. Após ganhar a licitação, essa gente passou a exigir um escandaloso indexador em moeda americana com o obscuro objetivo de reajustar seus preços. Rejeitei a trama lesiva aos cofres públicos.”
Mas o que tem a ver isso com a possível coleta de fundos para o tucanato paulista?
A Tejofran é uma simples empresa de serviços gerais, nascida como um empresa de limpeza de escritórios e comprada em 1975 por Antonio Dias Felipe, o Português, amigo de Mario Covas e padrinho de seu filho Mario Covas Neto, o Zuzinha.
Um homem discretíssimo, do qual a única imagem que se pôde obter é aquela, pequena, que colocamos junto com a de seu afilhado.
Porque uma empresa deste tipo foi parar numa lista com gigantes como a Siemens, a Alston, a Mitsui e  a Bombardier?
Simples: a Tejofran está espalhada por todo o governo do Estado de São Paulo, prestando serviços a um número inimaginável de empresas em todos os governos tucanos,
Faz a leitura da maioria dos medidores da Sabesp, da Comgás e da Eletropaulo.
Faz medições em obras públicas.
Operou ou opera, desde os tempos do governo Covas, a arrecadação de pedágios nas rodovias administradas pelo Dersa/DER.
Faz a segurança do Metrô, opera unidades do Poupatempo.
E também  dos prédios onde funcionam pelo menos 10 secretarias e órgãos estaduais paulistas, inclusive o Metrô e a CPTM.
Na CPTM, onde começou fazendo a varrição e limpeza dos vagões, hoje é sócia da Bombardier na reforma e modernização de trens, e tem a mesma sociedade no Metrô.
Em 1997, quando surgiram as primeiras denúncias de favorecimento ao dono da Tejofran, Antonio Dias Felipe, Mario Covas reagiu indignado, segundo o Diário Popular, citado no site do presidente do Tribunal de Contas de São Paulo, Antonio Roque Citadini:
“Ninguém vai acusar o Governo do Estado de falcatruas Descubro pelos jornais que estão colocando em dúvida pequenos contratos do Estado com um amigo meu”.
Os “pequenos contratos”, que já nem eram tão pequenos assim, ficaram imensos e somaram bilhões com Geraldo Alckmin e José Serra.
Os trinta mascarados que resolveram acampar em frente à casa de Renan Calheiros, em Brasília, esta tarde, bem que podiam fazer um acordo: eles levantam acampamento, desde que o presidente do Senado conte tudo o que ele sabe – e é muito – sobre as ligações do tucanato paulista com a Tejofran e o gênio das finanças Antonio Dias Felipe, o Português tucano…
Por: Fernando Brito

A busca iniciada pelos jovens ajudará na mudança de cenário







Enviado por Assis Ribeiro
Da Carta na Escola
“Junho de 2013 não acabou”
Para o filósofo Marcos Nobre, a juventude foi vanguarda ao buscar novas de protesto e, ao questionar o sistema político, irá ajudar na mudança do cenário, inclusive partidário
Por Flávia Rodrigues
O professor de filosofia política Marcos Nobre, 48, assistiu às manifestações populares de junho no Brasil como uma “erupção democrática” surpreendente pela qual, paradoxalmente, ele esperava há muito tempo.

Para o pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), não há dúvidas de que as “revoltas de junho” - termo que prefere - foram uma resposta da sociedade a um sistema político amorfo, sem forças reais de situação ou oposição, incapaz de responder às demandas de representação e de mudança no Brasil.  Não à toa, ele diz, um dos motes dos protestos foi a rejeição dos partidos.

A tese de Nobre se baseia em sua leitura da transição política brasileira pós-redemocratização, de 1979 para cá. Do grande “acordão” feito para chegar à democracia chegou-se ao “acordão” da Constituinte. Depois do choque com a queda de Fernando Collor, em 1992, foi a vez do protagonismo do PMDB como grande fiador da governabilidade – quando se instala de vez o que ele chama de “pemedebismo”. No segundo governo Lula (2007-2011), e após a crise do “mensalão”, o PT vira administrador do “condomínio pemedebista”, incorpora o “acordão”. É nesse momento, diz o professor da Unicamp, que o sistema deixa de ser polarizado e produz o mal-estar que foi às ruas.



Foram essas ideias que Nobre levou para “Choque de Democracia – Razões da Revolta”, ensaio que inaugurou, em junho, o selo de "instant e-books" (obras sobre temas "do momento", lançados só em versão eletrônica) da editora Companhia das Letras. A obra, produzida em dez dias, está desde então na lista dos mais vendidos do gênero.

Na entrevista abaixo, Nobre discute o papel dos jovens e da educação política que tiveram nas revoltas e é otimista sobre os resultados futuros do fenômeno.

Carta na Escola: Qual é o papel dos jovens nas “revoltas de junho”?

+ http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-busca-iniciada-pelos-jovens-ajudara-na-mudanca-de-cenario

Bomba ! Funcionária foi “bode expiatório” da Globo


Janot, como é que funcionária na “lista negra” some com R$ 615 milhões da Globo Overseas ?


O Conversa Afiada reproduz bomba que o Tijolaço deposita no colo da Vênus Platinada:


Fraude! Servidora foi “bode expiatório” no sumiço de autuação da Globo




O Ministério Público Federal está desafiado a mostrar que a atribuição a Cristina Maris Meinick Ribeiro do desaparecimento dos autos do processo de sonegação fiscal da Globo não foi uma armação destinada a lançar nas costas de um “bode expiatório” a supressão daqueles documentos.

Porque há provas sólidas disso.

Esse sumiço, na prática, dilatou até a edição do Refis a declaração de inadimplência da Globo com o Fisco e, por conseguinte, a sua condição legal de receber publicidade estatal.

Cristina Maris Meinick Ribeiro, a agente administrativa da Receita Federal condenada a 4 anos e 11 meses de prisão por ter desaparecido com este processo, não poderia tê-lo feito.

Pelo simples motivo de que não poderia ter acesso a um processo deste valor em janeiro de 2007, por estar respondendo, desde 2006, a processo administrativo disciplinar (PAD) grave, investigação que acarretaria até mesmo a cassação de sua aposentadoria.

Há uma prova incontestável de que, na data em que é acusada do sumiço do processo da Globo, Cristina já estava na lista negra da Receita.



Todos já sabiam que ela traficava processos para obter vantagens, portanto, ao  valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública.
É o PAD nº 10070.000868/2006-33 do Ministério da Fazenda, usado como base para o ato que cassou, em 2010 – antes, portanto, da sentença condenatória criminal – a aposentadoria da servidora.

Está reproduzido acima, enquanto ao lado a gente reproduz as datas do crime atribuído a Cristina, meses depois do PAD por improbidade.

Ou seja, na data em que Cristina é acusada de colocar na bolsa o processo de R$ 615 milhões da Globo, ela já não poderia ter acesso a estes documentos, porque é pacífico o afastamento de servidores acusados de locais onde tenham praticado os desvios, conforme decisão do Superior Tribunal de Justiça:

STJ, ‘Habeas Corpus’ nº 7.309: “Ementa: Não constitui hipótese de constrangimento ilegal a proibição de que funcionários envolvidos em sindicância acerca do desaparecimento de processos, e suspensos de suas atividades, continuem a circular no local aonde teriam ocorrido os eventuais ilícitos.”


Traduzindo mais claramente: Cristina já era, no momento em que sumiu o processo da Globo, acusada de sumir com processos e fazer lançamentos falsos nos sistemas da Receita.

Ofende a inteligência de um poste que esta servidora possa pegar e sumir com um processo que, pelo seu valor e seu autuado – a Globo –  pudesse ser tratado como um recibo falso de dentista.

É nos chamar de estúpidos achar que uma funcionária pode levar “para passear” um processo de R$ 615 milhões, e nos chamar de estúpidos ao cubo que uma funcionária que responde a um processo administrativo por improbidade possa fazê-lo.

O sumiço do processo da Globo foi lançado nas costas de Cristina como nas delegacias se manda um criminoso “assinar” outros crimes, para resolver um “problema”.

Ela não podia ter roubado algo a que não poderia ter acesso, a menos que a Receita Federal queria assumir ser uma “casa de mãe joana”, o que não é nem poderia ser.

O nosso Ministério Público Federal, se não é cúmplice de uma escandalosa omissão, o quseia impensável,  está sendo, no mínimo, incapaz de ver o óbvio.

Recusou a quebra do sigilo fiscal e telefônico de Cristina, está nos autos. Recusou a presença da Polícia Federal, está nos autos.

E não viu, ou fez que não viu, que ela já estava sob investigação e processo – ou seja, tinha ciência da investigação – no momento em que teria roubado os autos.

A sua prova é o depoimento de servidores que a reconheceram transportando um volume, mas o que era esse volume não está consignado nos autos.

Poderia ser um pacote de fraldas descartáveis ou um processo. E qualquer processo, não necessariamente o da Globo.

Mas dizer que foi o da Globo resolveu todos os problemas.

O “bode” ficou para ela.

Estou à procura de advogados corajosos para provocar o novo chefe do Ministério Público, Dr. Rodrigo Janot, a elucidar a questão. Não há sigilo fiscal envolvido nisso.

E para, segunda feira, pedir acesso aos autos do Processo Disciplinar, para saber de que Cristina Maris era acusada antes do sumiço do processo da Globo. É preciso esclarecer se o sumiço dos papéis da Globo não foram convenientemente lançados às suas costas para encobrir os verdadeiros culpados.

Por: Fernando Brito


Em tempo:
essa é a mesma Casta Vênus que quer constranger as ministras Rosa Weber e Carmen Lucia.

Sobre episódio correlato, parecido com o sumiço da fraude da Globo, há uma história em quadrinhos muito divertida, com a presença ilustre do indefectível Gilmar Dantas (*).


(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo… 

*PHA

A águia como símbolo do Poder. Passou por Roma , Hitler, Mussollni... agora está em Washington. Passando..

Todo o Poder Emana do Povo?

A águia como símbolo do Poder.  Passou por Roma , Hitler, Mussollni...
     agora está em Washington. Passando..
Acompanho pelo noticiário a querela entre o Ministro Barbosa e o Ministro Lewandovski.
Poderosos entre os demais.
Salomão em sua sabedoria diz que não devemos nos meter na discussão dos outros. Mas essa é uma discussão que afeta todo o Sistema de Justiça do País.
Ainda assim volto-me sim  para a reflexão sobre o Poder.
Todo Poder Humano é passageiro.
O mais terrível é que todos nós, humanos, sabemos disto e continuamos procurando o Poder como uma fonte eterna.
Tudo passa. Alguns viram História, mas passam como também passam os que não serão lembrados pela História. E muitos viram história vergonhosa e motivo de chacota pelos séculos à fora.
Vivemos no ego e só no ego. Alguns, ou muitos, desesperadamente tentam mortificar a carne para repreender o egoísmo.
Uma luta cansativa, contínua, em que não se pode sequer distrair-se.
O Poder não pertence a ninguém, ele é mediúnico,  ele atravessa as pessoas que tentam em vão mantê-lo.
Presidentes, reis, juízes togados, cientistas, místicos, heróis populares, os ídolos pops, as vedetes da tv...tudo e todos passam... serão pó em poucos anos.
Você mesmo que me lê: em três gerações seus descendentes não lembrarão mais de ti, nem saberão quem fui eu, ou você.
Humildade e aceitação do mistério da Vida é o que me torna poderoso, porque é o que posso hoje.
E ainda assim passarei.
Passo relembrando o grande poeta Mario Quintana:
"Todos estes que aí estão Atravancando o meu caminho, Eles passarão. Eu passarinho!"
Bemvindo Sequeira
*comtextolivre

Presidenta Dilma indica o novo procurador-geral da República

A presidenta Dilma Rousseff indicou, neste sábado (17), Rodrigo Janot para o cargo de procurador-geral da República. Mais votado por seus pares na eleição da Associação Nacional dos Procuradores, Janot tem uma brilhante carreira no Ministério Público. Procurador da República desde 1984, Janot é mestre em direito pela Universidade Federal de Minas Gerais, com especialização em direito do consumidor e meio ambiente pela Escola Superior de Estudos Universitários de S. Anna, na Itália.
A presidenta Dilma Rousseff considera que Janot reúne todos os requisitos para chefiar o Ministério Público com independência, transparência e apego à Constituição.
*comtextolivre

Segundo a Academia Portuguesa de Letras, "CARALHO" é a palavra com que se denominava a pequena cesta


História da palavra CARALHO
O que significa a palavra “CARALHO”?
Segundo a Academia Portuguesa de Letras, "CARALHO" é a palavra com que se denominava a pequena cesta que se encontrava no alto dos mastros das caravelas, de onde os vigias prescrutavam o horizonte em busca de sinais de terra.
O CARALHO, dada a sua situação numa área de muita instabilidade (no alto do mastro) era onde se manifestava com maior intensidade o rolamento ou movimento lateral de um barco.
Também era considerado um lugar de "castigo" para aqueles marinheiros que cometiam alguma infração a bordo.
O castigado era enviado para cumprir horas e até dias inteiros no CARALHO e quando descia ficava tão enjoado que se mantinha tranquilo por um bom par de dias. Daí surgiu a expressão:
“MANDAR P’RÓ CARALHO"
Hoje em dia,CARALHO é a palavra que define toda a gama de sentimentos humanos e todos os estados de ânimo.
Ao apreciarmos algo de nosso agrado, costumamos dizer:
“ISTO É BOM COM’Ó CARALHO”
Se alguém fala conosco e não entendemos, perguntamos:
Mas que CARALHO é que estás a dizer?
Se nos aborrecemos com alguém ou algo, mandamo-lo p’ró CARALHO.
Se algo não nos interessa dizemos: NÃO QUERO SABER NEM PELO CARALHO.
Se, pelo contrário, algo chama a nossa atenção, então dizemos:
ISSO INTERESSA-ME COM’Ó CARALHO.
Também são comuns as expressões: Essa mulher é boa com’ó CARALHO (definindo a beleza);
Essa gaja é feia com’ó CARALHO(definindo a feiura);
Esse filme é velho com’ó CARALHO (definindo a idade);
Essa mulher mora longe com’ó CARALHO (definindo a distancia);
Enfim, não há nada que não se possa definir, explicar ou enfatizar sem juntar um “CARALHO”.
Se a forma de proceder de uma pessoa nos causa admiração dizemos:
"ESTE TIPO É DO CARALHO"
Se um comerciante está deprimido pela situação do seu negócio, exclama: “ESTAMOS A IR P’RÓ CARALHO”.
Se encontramos um amigo que há muito não víamos, dizemos:
PORRA, POR ONDE CARALHO É QUE TENS ANDADO?
É por isso que lhe envio este cumprimento do CARALHO e espero que o seu conteúdo lhe agrade com’ó CARALHO, desejando que as suas metas e objetivos se cumpram, e que a sua vida, agora e sempre, seja boa com’ó CARALHO
A partir deste momento poderemos dizer "CARALHO", ou mandar alguém p’ró "CARALHO" com um pouco mais de cultura e autoridade académica ...
Envie esta mensagem para alguém de quem goste com’ó “CARALHO”.
E TENHA UM DIA FELIZ!
“UM DIA DO CARALHO”
Mais Informações em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Caralho

*Dan.A.

Robert Fisk: Outro “estadista” que falasse como John Kerry seria tratado como ladrão





Tzip Livni (E), John Kerry (C) e Mahmoud Abbas (D)
John Kerry não tem vergonha?  Primeiro, se agarra aos dois lados, palestinos e israelenses, e anuncia a renovação de um “processo de paz” em que os palestinos não confiam e que os israelenses não querem. Em seguida, Israel anuncia que construirá 1.200 novas moradias para judeus – e só para judeus – em terra palestina ocupada. E, agora, Kerry diz aos palestinos – os fracos e ocupados palestinos – que já praticamente não têm mais tempo, se querem estado palestino.
Qualquer outro “estadista” envolvido em qualquer disputa que dissesse a povo submetido a ocupação que, se não fizer a paz, seus ocupantes roubarão ainda mais terras deles, seria visto como marginal, ladrão, criminoso potencial. Mas não. John Kerry anuncia que colônias ilegais para judeus – ou “assentamentos” como prefere chamar as colônias ilegais, acompanhado pela imprensa-empresa ocidental subserviente a Israel – são “ilegítimas”. Talvez quisesse dizer internacionalmente “ilegais”. Mas não importa.
Nos primeiros dez anos do “processo” de Oslo, o número de israelenses que vivem em terra palestina dobrou: já são 400 mil. Nem surpreende que Kerry tenha dito que o mais recente anúncio de roubo de terras pelos israelenses foi “em certa medida [sic] esperado”.
É claro que era esperado. Israel há décadas enrola  governos norte-americanos covardes, ignorando o embaraço que gera em Washington cada vez que empreende mais um roubo de terra palestina. Os acordos de Oslo, lembrem, previam um período de cinco anos, durante os quais israelenses e palestinos comprometiam-se a não empreender “quaisquer passos unilaterais” que pudessem “prejudicar o resultado das negociações”. Israel simplesmente ignorou essa parte do acordo. E continua a ignorar. E o que Kerry aconselha aos palestinos? Que não “reajam adversamente”.
É absurdo! Kerry tem de saber – como a ONU e a União Europeia sabem – que não há sequer alguma remota chance de haver “Palestina” como estado, porque os israelenses já roubaram terra demais dos palestinos, na Cisjordânia. Quem ande em torno dos territórios palestinos vê imediatamente (a menos que seja politicamente cego) que há tanta probabilidade de construir-se algum estado na Cisjordânia – cujo mapa de colônias e distritos não colonizados parece um parabrisas estilhaçado – quanto de se recriar o Império Otomano.
E Kerry? É homem cujas declarações, todas elas, têm de ser colonizadas pela palavra “sic”. Vejam essa, por exemplo: “Sempre soubemos [sic] que haveria uma continuação de alguma [sic] construção [sic] em alguns [sic] locais, e creio que os palestinos entendem isso.” E acho que também seria preciso meter um “sic” depois de “entendem”.
Em seguida, vem Kerry e conta que “o que isso” – “isso”, de que Kerry fala aí é “roubo de terras” – “mostra, realmente [mais um “sic”], é a importância de sentar à mesa... e rápido.” Em outras palavras, o que ele agora está dizendo é façam o que estamos dizendo que façam – ou deixaremos que os israelenses rapinem o que resta da propriedade de vocês. No mundo real, chama-se chantagem.
E veio então a mentira mãe de todas as mentiras: que a “questão dos assentamentos” fica “mais bem resolvida, resolvendo-se o problema da segurança e das fronteiras”. É conversa fiada. As colônias – os “assentamentos” como Kerry insiste em chamar aqueles roubos continuados de terra – não são ocupadas por Israel por causa de “segurança” ou de “fronteiras”, mas porque a Direita israelense, que continua a controlar o governo com Netanyahu, deseja para si aquela terra. Muitos israelenses não querem aquela terra. Muitos israelenses veem a vileza daquele roubo continuado de terras e o condenam. Eles merecem a paz e a segurança que o mundo lhes deseja. Mas que não alcançarão pela colonização, e sabem disso. Pois Kerry não está do lado desses israelenses.
Kerry trabalha pela “paz” nos termos do governo israelense. E os palestinos – “cercados, atados, confinados” [1] – têm de calar e aceitar o que lhes restar. Receberão alguns poucos cacos. 26 prisioneiros idosos serão libertados hoje. Migalhas para Mahmoud Abbas e seus escudeiros. Mas mais colônias para Israel, país que sequer disse, até hoje, nem a John Kerry nem a nós, onde, diabos, está sua fronteira leste. Na velha “linha verde” de 1967? Na “linha” colonial leste de Jerusalém? No rio Jordão? Mas para Kerry, é: “rápido, rápido, rápido”. Reservem logo seus ingressos, que vai lotar. O que a “Palestina” terá ainda de pagar?
_______________________

[*] Robert Fisk é filho de um ex-soldado britânico da Primeira Guerra Mundial, Robert Fisk estudou jornalismo na Inglaterra e Irlanda. Trabahou como correspondente internacional na Irlanda - cobrindo os acontecimentos no Ulster - e Portugal. Em 1976, foi convidado por seu editor no The Times para substituir o correspondente do jornal no Oriente Médio. Fisk trabalhou para The Times até 1988, quando se mudou para The Independent - após uma discussão com seus editores sobre modificações feitas em seus artigos, sem seu consentimento.
Fisk cobriu a guerra civil do Líbano, iniciada em 1975; a invasão soviética do Afeganistão, em 1979; a guerra Irã-Iraque (1980-1988), a invasão israelense do Líbano, em 1982), a guerra civil na Argélia, as guerras dos Balcãs e a Primeira (1990-1991) e a Segunda Guerra do Golfo Pérsico, iniciada em 2003. Fisk notabiliza-se também pela cobertura ao conflito israelo-palestino. Ele é um defensor da causa palestina e do diálogo entre os países árabes, o Irã e Israel.
Considerado como um dos maiores especialistas nos conflitos do Oriente Médio, Fisk contribuiu para divulgar internacionalmente os massacres na guerra civil argelina e nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, no Líbano; os assassinatos promovidos por Saddam Hussein, as represálias israelenses durante a Intifada palestina e as atividades ilegais do governo dos Estados Unidos no Afeganistão e no Iraque. Fisk também entrevistou Osama bin Laden, líder da rede terrorista Al-Qaeda (em 1993, no Sudão, em 1996 e em 1997, no Afeganistão).
Robert Fisk é o correspondente estrangeiro britânico mais premiado. Recebeu o Prêmio Correspondente Internacional Britânico do Ano sete vezes (as últimas em 1995 e 1996). Também ganhou o Prêmio à Imprensa da Anistia Internacional no Reino Unido em 1998 e 2000.
______________________________
Nota dos tradutores
[1] Orig. cabined, cribbed, confined. É expressão de Shakespeare, em MacBeth.

Com apoio dos EUA, Exército já matou mais de 700 pessoas no Egito


Ditadura no EgitoApós derrubar um ditador há 30 anos no poder, eleger um novo presidente, primeiro chefe de Estado egípcio a ser eleito democraticamente, e também o primeiro islamita e o primeiro civil a dirigir o país, os egípcios, um ano depois, voltam a viver o mesmo pesadelo anterior.
Destituído por um golpe militar, com ligações ao imperialismo americano, Mohamed Morsi não conseguiu governar com as forças que o elegeram, além de manter diversos membros do regime deposto pelo povo em órgãos governamentais, numa clara tentativa de conciliação com as forças de Hosni Mubarak. Bastou essa traição e as inúmeras atitudes contra as reivindicações políticas e sociais proclamadas nas ruas pelos que o elegeram para serem criadas condições dos conspiradores armarem um golpe e devolver o país à ditadura dos partidários de Mubarak.
Morsi toma posse em 30 de junho de 2012 e, em novembro do mesmo ano, abre uma crise política ao baixar um decreto em que estende seus poderes e os coloca acima de qualquer controle judicial. Em novembro, também, aprova um projeto de Constituição pela Comissão Constitucional, que foi boicotada pela oposição de esquerda e laica, assim como pelos círculos cristãos.
Inicia-se, assim, uma série de protestos, com violentos confrontos entre opositores e adeptos do regime. Os protestos, além de causarem as primeiras mortes sob o novo regime (7), não param mais e, ao contrário, vão se intensificando. Morsi estabelece alianças à direita, aprofunda contradições religiosas ao querer governar somente para seu grupo, os islâmicos, e se separa da esquerda, dos cristãos e demais forças que se opuseram organizadamente à ditadura de Hosni Mubarak e a todas as atrocidades cometidas pelo seu regime.
No entanto, enquanto as forças de esquerda e democráticas encontravam-se nas ruas, protestando e exigindo publicamente que Morsi voltasse a governar para o povo e não para os interesses daqueles que o traiu, as forças da reação se utilizavam dos mecanismos jurídicos e institucionais do antigo regime, que não foram desmontados, para encurralar e submeter o presidente recém eleito.
Assim, após seguidas operações parlamentares e judiciais bem sucedidas, promovidas pelos inimigos derrotados, inúmeras manifestações contrárias ao governo que resultaram em centenas de mortos pelo país, o Exército, demagogicamente, exigiu que as “demandas do povo fossem atendidas”, estabelecendo uma virtual e oportunista aliança com os opositores que já reivindicavam a saída de Morsi.
Não demorou a, em 3 de julho de 2013, o presidente ser deposto pelo Exército, preso em local secreto e os confrontos entre militantes islâmicos e forças de segurança passarem a ocorrer, deixando mortos e feridos em vários pontos do país ao longo dos meses seguintes.
As acusações contra Morsi, agora, são de ter cometido atrocidades de todo tipo enquanto defendia seu governo contra as mobilizações da oposição, incluindo a ajuda que teria recebido do Hamas para escapar de uma prisão, quando havia sido detido pelo governo de Mubarak no início de 2011.
A realidade é que o povo do Egito foi mais uma vez traído pelo Exército, que prometeu novas eleições e a revisão da Constituição, mas só fez aprofundar as contradições internas e banhou o país em sangue, para submetê-lo ao imperialismo americano e europeu. Mas, os mais de 700 mortos também são fruto da falta de uma organização revolucionária que unifique as forças democráticas, patrióticas e revolucionárias do país, criando condições para o desenvolvimento das relações políticas entre mulçumanos e demais grupos religiosos; e que aponte, também, os caminhos da revolução socialista para tornar o Egito independente e autossuficiente, política e economicamente, da influência do capital multinacional e dos governos a seu soldo, que vêem nessa região do Oriente Médio um verdadeiro caldeirão revolucionário, que pode levar seus enormes interesses a serem transformados em pó.
*Averdade