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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, setembro 15, 2013

Lula: São Paulo merece dar chance de tirar tucanos do governo estadual 

 


O ex-presidente Lula, afirmou na manhã deste sábado que os paulistas merecem dar uma chance para o Estado "tirando os tucanos do governo de São Paulo". Ele fez a declaração ao lado  lado do ministro da Saúde, Alexandre Padilha durante o Encontro da Região Metropolitana, promovido pelo partido no centro da capital paulista. "São Paulo não pode ficar nas mãos de um passarinho que tem voo curto e bico grande", disse ele, se referindo ao símbolo do PSDB, que completa 20 anos de poder no Estado no próximo ano. "É o seguinte. Espero que não me multem porque não falei de eleição"
 
Em seguida, ele chamou a militância para ir às ruas. "Precisamos voltar a ter orgulho do nosso partido. Usar nossa bandeira vermelha, colocar a estrela no peito. As críticas que fazem ao PT é pelas nossas virtudes, não pelos nossos defeitos. Não se ganha nada se ficarmos cochilando", disse o ex-presidente. E completou. "Já fui multado por falar de eleições antes da hora. Saíram 15 mil do meu bolso", disse.

 Lula cobrou da militância uma participação mais ativa na vida do País, lembrando das manifestações que se iniciaram em julho nas principais capitais do Brasil. "O partido é que poderia estar puxando esses movimentos. E não é contra o Haddad, a Dilma, o Lula. É a favor deles. Em vez de achar que isso é ruim, tem de achar que é bom", disse ele. "Não importa de que partido, de que religião, mas era o povo brasileiro. 


Foi às ruas clamar por melhores condições de vida." Para Lula, o partido não pode ficar à margem da vida política do Brasil. "Se tem um partido que não tem medo de se esconder é o Partido dos Trabalhadores", disse, recebendo os aplausos das cerca de 500 militantes que compareceram ao encontro. Homenagem a Gushiken Lula lembrou ainda do ex-ministro da Secretaria de Comunicação de seu primeiro governo, Luiz Gushiken, que morreu na noite de ontem em São Paulo. "Quando soube da notícia, fiquei em dúvida se faríamos o encontro. Eu tinha ido visitar o Gushiken anteontem. A gente convive desde 1978", lembrou. 

 Sobre a visita, disse que ficou consternado ao ver o amigo em uma situação bastante difícil. "Era um cadáver em cima de uma cama a espera de um descanso. Não merecia ter sofrido o quanto sofreu. Em 2002, quando eu fui candidato, ele tinha tirado uma parte do estômago, do intestino. Ele me levou à vitória nas eleições de 2002", disse. Mesmo absolvido no escândalo do Mensalão, Gushiken foi injustiçado, de acordo com o ex-presidente. "Ele (Gushiken) foi vítima de uma mentira de uma parte da imprensa desse País. Eu sei o que ele sofreu com as infâmias que levantaram contra ele. O (jornalista) irresponsável não leva em conta a história dessas pessoas, que tem família. Ele sofreu muitos anos, de um lado com a doença e de outro com a perseguição. A imprensa que o acusou deveria ter pedido desculpas ao Gushiken. 

O jornalista canalha deveria ter pedido desculpas. Eu te acusei porque o meu chefe mandou te acusar. Porque acreditei na mentira de outra pessoa. Ele se foi enquanto matéria. Mas a coisa boa é que as ideias não morrem", completou. O ex-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) no governo Lula tinha 63 anos e morreu na noite de sexta-feira no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O corpo será enterrado às 16h deste sábado no cemitério do Redentor, no Sumaré, zona oeste de São Paulo. Ele está sendo velado no mesmo local desde o início da manhã.No Terra
*ajusticeiradeesquerda

José Dirceu no cinema: dois filmes narrarão as perseguições e as injustiças cometidas contra o homem que elegeu Lula presidente

José Dirceu no cinema: dois filmes narrarão as perseguições e as injustiças cometidas contra o homem que elegeu Lula presidente, que tirou milhões da miséria e da pobreza, e que está sendo moralmente linchado pela direita brasileira com a farsa covarde do "mensalão"


DIRCEU: BEM LONGE DE SER O "VILÃO DA REPÚBLICA"

do Brasil 247

Renato Dias, autor de livros sobre a esquerda brasileira e repórter especial de política do Diário da Manhã, produziu um alentado perfil sobre o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, que terá seu destino decidido na próxima quarta-feira, pelo ministro Celso de Mello; Dias ouviu a cineasta Tatá Amaral, que produz o documentário "O vilão da República", sobre os últimos meses do réu mais notório do País, e o ator José de Abreu, que também fará um filme sobre o julgamento da Ação Penal 470; saiba mais sobre esse personagem que desperta admiração e ódio

15 DE SETEMBRO DE 2013 ÀS 12:55


por Renato Dias, da editoria de política do Diário da Manhã


(texto cedido para o 247)


Dois filmes, uma história. É a vida de José Dirceu de Oliveira e Silva, líder estudantil das revoltas de 1968 no Brasil, exilado em Cuba, dirigente do Molipo, arquiteto da chegada do PT ao palácio do Planalto e réu na Ação Penal 470.

Diretora do celebrado ‘Hoje’, longa que aborda os ‘fantasmas’ dos anos de chumbo da ditadura civil e militar no Brasil (1964-1985), a cineasta Tata Amaral, com a Tangerina Filmes, sua produtora, quer lançar no mercado “O Vilão da República”.

Por meio da Lei Rouanet, ela poderá captar, em renúncia fiscal, R$ 1,5 milhão para produzir o documentário. A realizadora já possui 20 horas de gravação. Não há data definida para ainda para a sua chegada aos cinemas do País.

Tata Amaral revela a O Estado de S. Paulo que o ponto de partida é a pergunta: “Como José Dirceu se transformou no vilão da República?”. A produção abordará a sua passagem pela Casa Civil, sob a gestão de Lula, até o julgamento final da ação.

O Vilão da República seria uma espécie de documentário do gênero “filme de observação”, diz. As câmeras irão monitorar o comportamento do personagem polêmico, que é amado e odiado, na mesma intensidade, em um momento importante de sua história.

Não se trata apenas de um filme de entrevistas, jornalístico, avisa ela. A cineasta Tata Amaral, que também fez o longa de ficção “Antônia”, viajará para os Estados Unidos, Cuba, Venezuela. O ex-presidente Lula poderá participar do filme

Nas telas

Já o filme “AP-470 – O golpe jurídico” terá a participação do ator de telenovelas José de Abreu. Ele, que compõe o elenco da nova novela da Globo Joia Rara, anunciou a celebração do contrato pelo Twitter. Registro: na última terça-feira. 

O seu personagem será um dos ministros do Supremo tribunal Federal. José de Abreu trabalhará ainda na produção. Amigo do ex-ministro-chefe da Casa Civil e ex-presidente nacional do PT José Dirceu, o ator começará a pesquisa já no ano de 2014.

“Não sei qual ministro vou fazer, não temos roteiro ainda. Eu só publiquei para ser a primeira notícia. Não registramos ainda na Ancine (Agência Nacional do Cinema) nem na Biblioteca Nacional. Não tem roteiro, argumento, nada”, disse ao Zero Hora.

“Sou muito amigo do Zé Dirceu, vou ter acesso a coisas importantes. Tem muita coisa pública. O Supremo Tribunal Federal (STF), quando publicar o acórdão, trará mais informações públicas. Os advogados do Dirceu também podem ajudar”, explica.

José de Abreu afirma que a ideia do filme é o julgamento. “É pegar o Palácio do Planalto, a Casa Civil, e depois pular já para o julgamento”, dispara. Para apimentar, ele promete histórias de bastidores. “Tem de ter bastidor”, fuzila. 

Não se trata de documentário, garante. É um filme de ficção, frisa. Os antecedentes históricos farão parte do roteiro. “A mudança do PT que perdia a eleição para o PT que ganha a eleição”, atira. Ele informa já ter feito pesquisas.

“Alguém falou que houve pagamento mensal? Nem o Joaquim Barbosa [presidente do Supremo Tribunal Federal] falou em pagamento mensal. São essas coisas que a gente têm de discutir, mas tudo isso dramaticamente. Tem de ser uma coisa ficcionada”. 

O ator não revela a angulação do filme. Ainda não acabou o julgamento, analisa. É cedo pra falar, completa. “Se você ler o Paulo Moreira Leite, o Jânio de Freitas, vai ver que existem vozes que levantaram-se contra esse julgamento”, destaca.

A ideia central é que a base do filme seja o julgamento, com flashbacks. Veja a questão do televisionamento ao vivo de um julgamento penal, diz.“Vamos tentar chegar o mais perto possível da verdade. A verdade para um não é a verdade para outro”. 

Ao jornal Zero Hora, José de Abreu afirma não temer ficar estigmatizado com um petista raivoso. “Se você entrar na página da novela Joia Rara, tem uma matéria sobre mim dizendo: ‘Esquerdista José de Abreu vai fazer papel que é o seu oposto’. Eles assumiram que eu sou de esquerda sem o menor problema”, diz. 

Saiba mais sobre o ex-ministro da Casa Civil

José Dirceu, um personagem controverso

Depois de orquestrar o aggiornamento do PT de 1995 a 2002, que moderou seu discurso, mudou a sua práxis e atraiu novos aliados para Luiz Inácio Lula da Silva e cia. Ltda chegarem ao poder, José Dirceu de Oliveira e Silva, “o capitão do time”, assume, em janeiro de 2003, o cargo de ministro da Casa Civil.

A sua passagem pelo coração do Palácio do Planalto durou exatos 30 meses. Ele deixou o cargo na crise política de 2005. Um apartamento de três quartos na Vila Madalena, em São Paulo, e uma casa em Vinhedo (SP). Esse era o seu patrimônio quando despediu-se da “camarada de armas” Dilma Vana Rousseff. 

Nada incompatível com os rendimentos de um advogado formado na Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), que havia exercido os mandatos de deputado estadual (1986), três vezes de deputado federal (1990, 1998 e 2002) e de presidente nacional do PT, de 1995 a 2002, uma função tradicionalmente remunerada no partido.

Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por peculato e formação de quadrilha, o seu patrimônio particular no ano em que foi cassado pela Câmara dos Deputados é uma demonstração de que ele não teria desviado recursos públicos para bolsos privados, muito menos se enriquecido de forma ilícita. 

História

Não custa lembrar: preso, em 1968, no Congresso da UNE de Ibiúna (SP), José Dirceu passou exatos 10 meses e 24 dias na cadeia. Acabou libertado após a captura, não sequestro como aponta Otávio Cabral [Mais uma disputa pela memória],  do embaixador dos EUA no Brasil, o liberal Charles Burke Elbrick. 

Com o ato complementar 64, foi banido do Brasil. Antes, exibiu as algemas após conclamação de Flávio Tavares em fotografia histórica. Ele foi o quinto a pisar em solo mexicano. Em 30 de setembro de 1969, com mais 12 comunistas de linhagens diversas, embarca para Cuba, onde foi recepcionado por Fidel.

Em Havana, adota o codinome Daniel. Ele funda o Molipo, uma dissidência da ALN. Com a Anistia, retorna ao Brasil. É um dos 111 signatários da ata de fundação do Partido dos Trabalhadores. Em 1990, muda-se para a Capital da República e constitui-se em um dos líderes do movimento de impeachment de Fernando Collor. 

PMDB

Ao assumir a Casa Civil, em 2003, defende acordo político com cargos para o PMDB. Lula veta. José Dirceu faz pacto com o “príncipe da privataria” Fernando Henrique Cardoso, como define Palmério Dória, e não investiga casos de corrupção em sua gestão nem adota medidas para rever a farra de privatizações(1997-2002) 

Em 2004, estoura o escândalo Waldomiro Diniz, cujo pedido de propina é de 2002. Uma gravação que teria sido feita pelo araponga Dadá e repassada a Policarpo Júnior, amigo de Carlinhos Cachoeira,vai parar na Veja e surta Roberto Jefferson. O cardeal do PTB diz que o PT pagava mesada aos deputados da base aliada. 

Mas nos mapeamentos das votações no Congresso não há relação entre a liberação dos recursos e os votos nas mensagens. Paulo Moreira Leite frisa que tratam-se de acertos de campanhas eleitorais. Aristides Junqueira admite Caixa 2. José Dirceu cai da Casa Civil em 16 de junho de 2005 e perde o mandato por 293 a 192.

Novo capítulo

Com a quebra dos seus sigilos bancários, telefônicos e fiscais nada é encontrado. Ao contrário do caso Demóstenes Torres. Ministro do STF, Ricardo Lewandowisk admite que a imprensa acuou o STF. O mesmo STF que extraditou Olga Benario e abençoou o golpe de 1964 fez, então, o “maior julgamento de sua história”. Nada mais falso. Novo capítulo ocorrerá quarta-feira. (Renato Dias)


ALERTA! Rato em garrafa de Coca Cola - Homem adquiriu doença




Brasileiro sofre com danos em saúde provocados por veneno e cabeça de rato em Coca-Cola saída de fábrica. Coca-Cola vendida no Brasil tem 67 vezes mais de uma substância cancerígena do que na Coca-Cola comercializada na Califórnia. Justiça brasileira se mostra inoperante no caso.

*opensadordaaldeia 

QUANDO A VOYAGER SAIU DO SISTEMA



Sonda Voyager 1 deixa Sistema Solar e chega ao espaço interestelar

Em uma disputa acadêmica que promete entrar para os anais da ciência, a NASA admitiu oficialmente que a sonda Voyager 1 deixou o Sistema Solar.
 
Lançada em 1977, agora a uma distância de quase 20 bilhões de quilômetros do Sol, a Voyager 1 é o primeiro objeto fabricado pelo homem a chegar ao chamado espaço interestelar, fora da zona de influência da nossa estrela.
 
Os dados indicam que a sonda espacial deixou a chamada heliosfera, a "bolha" de partículas carregadas e quentes que envolvem o Sistema Solar, entrando em uma região mais fria.
 
Os instrumentos da Voyager indicam que a densidade do plasma ao seu redor agora é consistente com as previsões teóricas sobre como deve ser o espaço interestelar.
 
Os dados coletados entre 9 de abril e 22 de maio deste ano indicam que a Voyager 1 está em uma região do espaço com uma densidade de elétrons de 0,08 por centímetro cúbico - os modelos descrevem o espaço interestelar com uma densidade entre 0,05 e 0,22 elétrons por centímetro cúbico.
 
Contudo, os dados mostraram leituras semelhantes desde agosto de 2012 - a conclusão final da equipe é que a Voyager 1 deixou o Sistema solar exatamente no dia 25 de agosto de 2012.
 
É aí que a controvérsia começa.
 
Controvérsia acadêmica
Em maio deste ano, Frank Mcdonald (Universidade de Maryland) e William Webber (Universidade do Novo México) publicaram um artigo afirmando exatamente isso, que a Voyager 1 deixara o Sistema Solar no dia 25 de agosto de 2012.
 
Surpreendentemente, a NASA veio a público e negou a alegação em nota oficial, na qual o cientista-chefe da missão, Edward Stone, afirmava que "é consenso da equipe científica Voyager que a Voyager 1 ainda não saiu do Sistema Solar e nem alcançou o espaço interestelar."
 
Não seria ainda o fim da polêmica.
 
Em agosto de 2013, outra equipe da Universidade de Maryland publicou um artigo revisando os modelos sobre a heliosfera e defendendo que a Voyager 1 saíra do Sistema Solar em 27 de Julho de 2012.
 
Novamente a NASA veio à carga, publicando nota que afirmava que a "Voyager 1 continua dentro da nossa bolha solar".
 
Agora, alguns meses depois, com a publicação de um artigo por seus "cientistas oficiais", com base exatamente nos mesmos dados, a NASA reconhece que a Voyager 1 realmente deixou o Sistema Solar.
 
Quem levará o crédito definitivo pela revelação da nossa primeira nave interestelar, isto só a história dirá.
 
(...)
Naves interestelares terrestres
A irmã-gêmea da nossa primeira sonda interestelar, a Voyager 2, foi lançada um pouco antes, mas ainda não saiu do Sistema Solar - a Voyager 2 foi lançada em 20 de agosto de 1977 e a Voyager 1 subiu ao espaço em 5 de Setembro de 1977.
 
Agora a Voyager 2 está a cerca de 15 bilhões de quilômetros do Sol, mas na direção oposta.
 
Além disso, devido a uma conjunção muito rara de planetas, que permitiram que a Voyager 1 pegasse diversos impulsos gravitacionais, ela viaja mais rápido - cerca de 61.100 km/h, enquanto a Voyager 2 segue a 56.300 km/h.
 
Como ambas são alimentadas por plutônio, elas terão energia para viajar por pelo menos mais uma década, quando então deixarão de transmitir dados e passarão a vagar pelo espaço.
 
As duas sondas levam discos de ouro com descrições do ser humano e da localização do Sistema Solar e da Terra, além de gravações de sons humanos, incluindo saudações em 60 idiomas. (Fonte: aqui).
Sobre os discos de ouro levados pelas duas sondas, pesquei no Google: 
As sondas Voyager 1 e 2 enviaram para o espaço um disco fonográfico (e a respectiva agulha) de cobre revestido a ouro, intitulado "Sounds of the Earth" (Sons da Terra), com 1.30 minuto, contendo 35 sons naturais (vento, pássaros, água etc.) e saudações em 55 línguas, incluindo portuguesa (de Portugal e do Brasil) Foram também incluídas músicas étnicas, obras de Beethoven e Mozart, e o clássico de rock'n'roll "Johnny B. Goode", de Chuck Berry.
O disco traz instruções de uso e a frase "For makers of music of all worlds and all times" (Para os fazedores de música de todos os mundos e todos os tempos). 
*jornalggn.com.br/noticia/voyager-1-sai-do-sistema-solar-e-chega-ao-espaco-interestelar
*dodomacedo 

IMAGINE, DE JOHN LENNON, NA ARTE DE PABLO STANLEY


Pablo Stanley*educaçãopolitica

sábado, setembro 14, 2013

"O ataque dos EUA à Síria já começou e já acabou. Tudo aconteceu no instante em que foram disparados aqueles dois mísseis balísticos,

"O ataque dos EUA à Síria já começou e já acabou. Tudo aconteceu no instante em que foram disparados aqueles dois mísseis balísticos, que ninguém sabia o que eram, porque Israel negava e a Rússia confirmava.[1] A Rússia neutralizou os dois mísseis: um foi destruído em voo e o segundo foi desviado para o mar.
_______________________________
Fonte diplomática bem informada disse ao jornal As-Safir que
“a guerra dos EUA contra a Síria começou e acabou no instante em que foram disparados aqueles dois mísseis balísticos, que ninguém sabia o que eram, porque Israel negava e a Rússia confirmava, até que surgiu uma declaração oficial dos israelenses, que dizia que teriam sido disparados no contexto de um exercício militar conjunto EUA-Israel, e que os mísseis caíram no mar e que nada tinham a ver com a crise síria.”
A fonte também informou ao diário libanês que
“os EUA dispararam os dois mísseis de uma base da OTAN na Espanha. Os mísseis foram instantaneamente detectados pelos radares russos e foram repelidos pelos sistemas russos de defesa: um deles foi destruído em voo e o outro foi desviado em direção ao mar.”
Nesse contexto, disse a fonte, “é que surgiu a declaração distribuída pelo Ministério de Defesa russo. A declaração falava sobre a detecção de dois mísseis balísticos disparados na direção do Oriente Médio, mas nada dizia nem sobre de onde os mísseis foram disparados os mísseis, nem que haviam sido abatidos. Por quê?
Porque no momento em que a operação militar estava sendo lançada, o chefe do Serviço de Inteligência da Rússia telefonou à inteligência dos EUA e disse que:
“atacar Damasco significa atacar Moscou. Nós omitimos na nossa declaração oficial a expressão “os dois mísseis foram derrubados”, para preservar as relações bilaterais e para impedir qualquer tipo de escalada. Assim sendo, é imperioso que os EUA reconsiderem suas políticas, abordagens, movimentos e intenções sobre a crise síria, porque os EUA já podem ter certeza de que não conseguirão eliminar nossa [dos russos] presença no Mediterrâneo.”
A mesma fonte continuou:
“Essa confrontação direta entre Moscou e Washington, que não foi divulgada, aumentou ainda mais a confusão reinante no governo Obama e a certeza de que o lado russo insistirá no alinhamento ao lado dos sírios. E, também, a evidência de que os EUA já não tinham outra saída, se não pela iniciativa dos russos, que ‘salvaria’ a imagem dos EUA.”
Desse ponto de vista, a mesma fonte diplomática explicou que
“para evitar confusão ainda maior nos EUA, e depois que Israel negara saber do disparo dos dois mísseis (o que é verdade), Washington pediu que Telavive assumisse que teria disparado os mísseis, para não ferir a imagem dos EUA ante a comunidade internacional, sobretudo porque aqueles dois mísseis eram o primeiro movimento do ataque dos EUA à Síria e o anúncio do início das operações militares. O plano original previa que, depois do ataque, o presidente Obama viajaria para o encontro do G-20 na Rússia, para negociar o destino do presidente sírio Bashr Al-Assad. De fato, como depois se verificou, Obama teve de ir à Rússia para negociar o fim do impasse em que se viu preso.”
A mesma fonte disse também que
“depois desse confronto EUA-Rússia, Moscou já trabalha para aumentar o número de especialistas militares, e já ampliou a presença se unidades de guerra e destróieres no Mediterrâneo. Os russos também decidiram marcar para depois do G-20 o anúncio de sua iniciativa para conter a agressão à Síria, depois de se criar um contexto de contatos às margens daquela reunião, e depois de duas visitas sucessivas dos ministros de Relações Exteriores do Irã e da Síria, nos quais se acertaram detalhes de um acordo com os russos, que incluía o anúncio, pela Síria, de que aceitava pôr suas armas químicas sob supervisão internacional e preparar a Síria para assinar o tratado de não proliferação de armas químicas.”
Por fim, aquela fonte diplomática comentou que
“Um dos primeiros resultados do confronto militar EUA-Rússia foi a rejeição, na Câmara dos Comuns britânica, de qualquer envolvimento na guerra contra a Síria. Em seguida vieram as posições europeias, todas na mesma direção, a mais significativa das quais foi a da chanceler alemã Angela Merkel."
12/9/2013, Daoud Rammal, Al-Manar, Líbano – http://www.almanar.com.lb/english/adetails.php?eid=110043&cid=31&fromval=1&frid=31&seccatid=71&s1=1

Obama teve que recuar...Sem apoio para bombardear Síria Obama ‘redescobre’ a diplomacia


 


Sem condições para a cruzada punitiva, Obama dos drones diz agora que diálogo é “luz no fim do túnel”

Na noite de terça-feira Obama apareceu na
TV americana exibindo um outro tom. Agora já não se tratava mais da chuva de mísseis Tomahawks a partir de destroyers fundeados a leste do Mediterrâneo sobre a Síria, para “punir” Bashar Al Assad.

O carniceiro de Benghazi agora, saindo do Salão Oval da Casa Branca, falava em “luz no fim do túnel” e “dar vez à diplomacia”.

A votação no Congresso para autorizar o ataque está – pelo menos por agora – suspensa.
Mas se a Rússia vem insistindo na chamada “iniciativa de Genebra” há mais de ano, por que só agora surgiu a tal da via diplomática? O que mudou?

A Casa Branca mandou seu secretário de Estado, John Kerry, ao Congresso para discorrer sobre o suposto massacre à base do gás Sarin que as Forças Armadas sírias teriam perpetrado.

A exemplo de David Cameron diante do parlamento inglês, nenhuma prova foi mostrada. Disse que as evidências colhidas pela ‘inteligência’ eram ‘extremamente convincen-tes’. Quando deputados, a exemplo do democrata Kucinich, as pediu, disse que ‘razões de segurança’ impediam que ele as apresen-tasse. Foi a gota d’água.

No dia anterior, a Reuters, através de pesquisa do Instituto Ipsos, divulgava que 63% dos norte-americanos eram contra o ataque e que só 16% estavam a favor da ‘solução Tomahawk’. Mesmo quando a pergunta era estimulada na direção do apoio à agressão, ou seja, quando se vinculava o ataque a massacres com gás Sarin, o apoio ao ataque não passava de 26%.

As reportagens sobre a tendência dos congressistas norte-americanos apontavam para uma derrota de Obama. Davam conta de 149 deputados contra a intervenção enquanto que 102 já diziam que não votariam a favor da proposta. Número suficiente para barrar a decisão. Só 23 afirmavam sua decisão de votar a favor do ataque no Senado. Isso significava que 28 dos 39 indecisos teriam que se definir a favor do bombardeio para que este passasse na Câmara alta.

O governo inglês tentara ajudar, mas o parlamento lhe negou autorização, derrotando o premiê, de corpo presente.

Hollande – ridicularizado por chargistas e demais humoristas como o lacaio-mor dos EUA, de plantão na Europa – que no primeiro momento havia dito que estava com armas e bagagens na refrega, já falava em participação militar somente com apoio do Conselho de Segurança da ONU.

Em meio a protestos nos quatro cantos do mundo, inclusive em Washington, Nova Iorque e nas principais cidades dos EUA, Obama entrou mal no G-20 e saiu pior ainda.

Para ele o assunto da Síria não seria nem ventilado em São Petersburgo (local onde o encontro se realizou, desta vez). Mas os cruzadores já singravam os mares Negro e Báltico para reforçar a frota russa nas costas da Síria quando Putin abriu o encontro declarando-se contra o ataque “a menos que fossem apresentadas provas diante do Conselho de Segurança da ONU” – as mesmas que Kerry não conseguiu apresentar no Congresso de seu próprio país – e destacando que a ideia de que o governo sírio teria atacado com gás Sarin nas cercanias de Damasco, assim que a missão de investigação da ONU acabara de chegar ao país “fugia a qualquer noção de senso comum” e alertando para as imprevisíveis consequências de um ataque deste tipo que “ultrapassaria fronteiras e incendiaria o Oriente Médio”.

De todos os países presentes ao encontro dos G-20, só quatro se disseram engajados na aventura mediterrânea de Obama: a Arábia Saudita, França, Turquia e Canadá. Só que, logo depois Hollande (como já vimos) começou a titubear e o Canadá passou a apoiar a ação diplomática. Pelo menos é o que jurou de pés juntos o seu ministro do Exterior, John Baird, “desde o início dissemos que o único caminho para deter a violência na Síria era através de uma solução política”.

BRICS

Todos os BRICS, durante o G-20, se colocaram fora do ataque, sem passar pela ONU.
Todos os que querem a paz e defendem o direito do povo sírio à decisão soberana sobre seu destino, se perguntam sobre a extensão do recuo de Obama; se seria uma manobra tática para um ataque logo a seguir. Não temos a bola de cristal capaz de decifrar este futuro, mas o que não pode restar mais dúvida é que a suspensão do bombardeio se dá num quadro em que a estratégia norte-americana de apear o presidente Bashar Assad do poder pela força sofre mais uma derrota. Primeiro foi e tem sido a virada sobre os dezenas de milhares de mercenários treinados pela CIA. Até a mídia norte-americana dá conta de que eles estão perdendo terreno – aliás a corrida aos Tomahawk não é por outro motivo. Segundo, a rápida desmoralização da farsa com as armas químicas sem provas (um filme dejá vu antes do ataque de Bush ao Iraque). Terceiro, assim que Kerry falou em “uma semana para que Assad entregue as armas químicas”, desde Moscou, os ministros do Exterior da Rússia (Lavrov) e Síria (Moallem) deram declaração conjunta sobre a disposição síria de submeter as armas químicas do país à supervisão internacional para posterior destruição. Por fim, a decisão internacional crescente de uma saída política e diplomática para a crise que os EUA, via CIA e petromonarquias do Golfo, instalaram na Síria.

Por via das dúvidas, Putin foi firme em artigo no New York Times desta quarta: “É alarmante que intervenções militares em conflitos internos em países estrangeiros tenha se tornado lugar comum para os Estados Unidos. É este o interesse de longo prazo dos EUA? Eu duvido”.

NATHANIEL BRAIA
http://www.horadopovo.com.br/
*Bernardetebaronti

Novo secretário do Vaticano coloca celibato em discussão



por  Sébastien Maillard
para o jornal La Croix
Pietro Parolin
Dom Pietro Parolim: "Pode-se falar, refletir se
aprofundar essa tema, que não é um dogma"
Lembrando a um jornal venezuelano que o celibato dos padres "não é um dogma da Igreja", dom Pietro Parolin (foto), que se tornará no dia 15 de outubro o primeiro colaborador do papa Francisco, enquadra o celibato presbiteral na "tradição eclesiástica".
O que dom Parolin quis dizer exatamente? Nomeado no dia 31 de agosto passado secretário de Estado da Santa Sépelo Papa Francisco, dom Pietro Parolin, atualmente núncio apostólico na Venezuela, concedeu uma entrevista ao jornal venezuelano El Universal.

Nessa entrevista em espanhol, publicada on-line no último domingo, ele responde à pergunta se o celibato é um dogma intocável.

"Não, não é um dogma da Igreja e pode ser discutido, porque é uma tradição da Igreja".

"O esforço que a Igreja fez para instituir o celibato eclesiástico deve ser considerado", lembra ele. "Pode-se falar, refletir e aprofundar sobre esses temas que não são de fé definida e pensar em algumas modificações, mas sempre a serviço da unidade e tudo segundo a vontade de Deus", acrescenta.

Citando o exemplo da "escassez do clero", dom Parolin enumera os critérios a serem levados em consideração para uma decisão a respeito: "A vontade de Deus, a história da Igreja, assim como a abertura aos sinais dos tempos".

O que disseram os papas anteriores? Retomando uma tradição da Igreja do Ocidente que remonta ao século IV, o Concílio de Trento (século XVI) estabeleceu solenemente a obrigação do celibato para os padres, inscrito na direito canônico. Essa obrigação, que não se aplica às Igrejas do Oriente, foi reafirmada pelo Papa Paulo VI na sua encíclica Sacerdotalis caelibatus, de 1967.

De uma coisa oportuna, a Igreja fez uma necessidade, argumentada teologicamente, particularmente sob João Paulo II, em vários textos. Bento 16 também confirmou o seu apego ao celibato, particularmente em um discurso aos cardeais no fim de 2006: "A fé em Deus se torna concreta nessa forma de vida que tem sentido unicamente a partir de Deus".

O que o papa Francisco pensa a respeito? Desde a sua eleição, há cerca de seis meses, o papa não se pronunciou sobre esse assunto. Em um livro-entrevista publicado em 2010, quando ele era arcebispo de Buenos Aires (Sobre o céu e a terra), o ainda cardeal Bergoglio lembrava que era, "por enquanto (...) sou a favor de que se mantenha o celibato, com os prós e os contras que tem, porque são dez séculos de boas experiências mais do que falhas" . "É uma questão de disciplina, não de fé. Pode mudar", concluiu, condenando qualquer "vida dupla".

Alguns cardeais convidaram, às vezes em voz alta, a uma evolução dessa disciplina .


*Paulopes

Dilma pode dar o bolo no Tio Sam

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Um assessor direto da presidência da República confirmou à imprensa presente ao velório do ex-ministro Luiz Gushiken, realizado hoje em São Paulo. Dilma pretende cancelar a viagem que faria aos EUA, no dia 23 de outubro, caso a Casa Branca não apresente respostas muito mais satisfatórias. Ela teme que novas revelações de Snowden aumentem o já insuportável constrangimento de ter sido pessoalmente espionada pelo serviço secreto americano.
As explicações oficiais enviadas pelos EUA até agora não convenceram. O governo brasileiro, além disso, não quer apenas mais esclarecimentos, e sim um mínimo de sinceridade entre os dois países, que sempre foram amigos, apesar da histórica participação dos EUA na preparação e manutenção do golpe militar.
Segundo Monica Bergamo, em sua coluna de hoje, a presidenta foi orientada a cancelar a ida aos Estados Unidos por seu novo conselho político, do qual fazem parte o ex-ministro Franklin Martins e o presidente do PT, Rui Falcão. Além de Lula, é claro, com quem ela se encontrou ontem em Brasília.
Ainda segundo Bergamo, no dia 23 de setembro, na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, a presidente Dilma fará um duro discurso contra a espionagem americana.
O “bolo” de Dilma em Obama é merecido; sobretudo nesse momento, em que o titular da Casa Branca quer iniciar outra aventura de guerra sem autorização da comunidade internacional.
Por: Miguel do Rosário
*Tijolaço