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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quinta-feira, maio 01, 2014
Ucrânia: golpistas de Kiev-EUA reconhecem derrota
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
John Brennan |
Estimulado
pelo diretor da CIA Brennan e pelo vice-presidente Biden dos EUA, o
governo ucraniano em Kiev tentou
duas vezes usar força militar contra os federalistas,
no leste. Na segunda vez, quando tentou bloquear a cidade de Slovyansk, a
Federação Russa anunciou manobras das tropas de fronteira e ameaçou intervir.
Kiev retrocedeu e os federalistas ocuparam prédios do governo ucraniano em mais
cidades no leste. Cerca de 23 cidades e vilas na região do Donbass, que gera
1/3 do PIB da Ucrânia, estão já controladas pelos federalistas. Espera-se que,
amanhã, esse número aumente.
Oleksandr Turchynov |
Pelo menos
por hora, o governo golpista em Kiev entregou
os pontos:
O presidente da Ucrânia advertiu, na 4ª-feira
(30/4/2014), que sua polícia e forças de segurança são “impotentes” para conter
os tumultos no leste do país, onde militantes pró-Rússia tomaram prédios do
governo em mais uma cidade.
“Serei franco: hoje, as forças de segurança não
conseguem retomar rapidamente o controle da situação nas regiões de Donetsk e
Luhansk” – disse o presidente “interino” Oleksandr Turchynov ...”
A
imprensa-empresa “ocidental” insiste em chamar os manifestantes do leste de
“separatistas” ou “pró-Rússia”. [1] São expressões ERRADAS.
Diferente da
Crimeia, nessas áreas não há maioria que deseje unir-se à Federação Russa. Aí,
as pessoas querem
estados autônomos dentro da Ucrânia,
com governos eleitos localmente e algum controle sobre as próprias relações
exteriores. Querem uma Ucrânia federal, com governo central fraco, que não
interfira nos assuntos das regiões.
Joe Biden |
Com as coisas
seguindo como até aqui, é possível que consigam o que eles – e a Rússia –
querem. E, sem autoridade sobre o leste e sem forças de segurança confiáveis, o
governo de Kiev nada pode fazer para impedir que aconteça.
A opinião
pública nos EUA é contra mais intervenção dos EUA na Ucrânia; e, a
seis meses das eleições de meio de mandato, não há dúvidas de que a opinião
pública será levada em conta, pelo menos por enquanto. Tampouco se vê qualquer
apoio vindo da Europa para a novas sanções contra a Rússia. O ‘ocidente’ e
seus sabujos em Kiev ficaram sem ferramentas para fazer avançar os próprios
planos.
O plano dos
neoconservadores, de capturar para a OTAN o porto Sebastopol no Mar Negro foi
derrotado no momento em que a Rússia apoiou o referendo dos (então, ainda)
ucranianos, que se manifestaram a favor da reintegração da Crimeia à Rússia.
Henry Kissinger |
O plano da
OTAN, de incluir a Ucrânia em seu anel “de contenção” em torno da Rússia,
fracassou. E jaz em cacos o plano da União Europeia, para devorar o que resta
das riquezas naturais da Ucrânia.
A Ucrânia se
converterá, como recomendava há dois meses, um
velho político (e criminoso de guerra), Henry Kissinger, uma nação
federal finlandizada, entre o leste e
o oeste.
Mas ainda há
fatores complicadores possíveis. Os intervencionistas humanitários
neoconservadores ficarão furiosos com a perda, e podem ainda inventar algum
neogolpe ou neocrime. Podem, usando suas conexões com os fascistas da Ucrânia,
iniciar uma guerra civil na Ucrânia. Se para mais não servir, servirá para
manter a Rússia ocupada, e desatenta, talvez, a outras questões.
*redecastorfoto
EGITO - LIÇÃO AMARGA: DITADURA MILITAR MANDA FUZILAR O POVO QUE A COLOCOU NO PODER
Líder da Irmandade Muçulmana e 682 islamitas são condenados à morte no Egito
Do lado de fora da corte, familiares dos réus condenados à morte choram após saber da sentença
Um tribunal egípcio
condenou à morte nesta segunda-feira (28/04) 683 supostos membros da
Irmandade Muçulmana, incluindo o líder supremo do grupo, Muhammad Badie.
É a segunda condenação em massa deste tipo emitida pelo Judiciário
egípcio. Em março, outros 529 islamitas já haviam sido sentenciados à
morte por seu envolvimento com a organização do presidente deposto
Mohammed Mursi, afastado e preso pelo Exército do Egito em julho de
2013.
O procedimento jurídico
no Egito estabelece, entretanto, que as penas sejam avaliadas pela
liderança religiosa e, então, confirmadas pela corte. Assim, dos 529
condenados à morte em março, somente 37 tiveram a pena capital
confirmada pelo juiz na sessão de hoje. Os demais réus foram
sentenciados a 25 anos de prisão.
Advogados de alguns dos
réus questionaram a legitimidade da decisão judicial. Muitos dos
defensores boicotaram a audiência e exigiram que o juiz fosse
substituído, chamando-o de "açougueiro". Um dos advogados, Mohamed Abdel
Waheb, que representa 25 réus, afirmou que o veredicto foi entregue em
uma sessão que durou menos de cinco minutos.
A emissão de penas
capitais em massa não tem precedentes na história do Egito, fazendo
despertar críticas de países ocidentais e organizações de direitos
humanos.
"Essa sentença matou a
credibilidade do sistema judiciário do Egito", disse um pesquisadora da
ONG Anistia Internacional, Mohamed Elmessiry. Os 623 réus foram
considerados culpados da morte de um policial na região do sul do país,
em agosto do ano passado.
Movimento 6 de abril banido
Em outro episódio do
Judiciário egípcio, um tribunal do Cairo decidiu banir o Movimento 6 de
Abril, grupo da juventude egípcia e um dos protagonistas do levante
popular que saiu às ruas e pediu a deposição do governante Hosni
Mubarak, em 2011.
Jovem ostenta bandeira do Movimento 6 de Abril, grupo liberal cuja atuação foi central nos
levantes que depuseram Mubarak
Um porta-voz da
organização afirmou que a sentença evidencia a extensão da
"contrarrevolução" egípcia. "Isso mostra que o alvo não são apenas os
islamitas, mas também grupos liberais como nós", disse Ahmad Abd Allah. E
completou: "O governo vai continuar até o fim a interditar todas as
forças democráticas. O que mais você pensava que um golpe militar
faria?".
No início do mês, um
tribunal do Cairo confirmou a pena de prisão de três anos ditada em
dezembro passado contra Ahmed Maher e Mohammed Adel, fundadores do
Movimento 6 de Abril, e do blogueiro Ahmed Duma, por organizar um
protesto ilegal e causar distúrbios em 30 de novembro de 2013. A
manifestação não contava com a permissão das autoridades, como exige a
polêmica lei de protestos aprovada pelo governo nesse mesmo mês, que
limita o direito a se manifestar.
GLOBO DESABA FANTASTICAMENTE
Singela homenagem do Bessinha aos filhos do Roberto Marinho. 13% num ano. 30% em dez
anos … Melhor subir a escadaria da Penha !
Saiu no “Outro Canal”, da Folha (outra que desaba …) , de Keila Jimenez:
“Globo perde público rápido e se aproxima da Record”
Só a Copa pode salvar a Globo, que perde audiência “vertiginosamente”, diz a Keila!
(Aqui
pra nós, amigo navegante, se o destino dos filhos do Roberto Marinho –
eles não têm nome próprio – está nas mãos do Galvão, melhor subir a
escadaria da Penha … E isso tudo sem mostrar o DARF).
(Clique aqui para ler “o PT deve uma Ley de Medios ao Brasil”.)
A Globo deve encerrar abril com média diária de 13 pontos.
Contra 13,6 de março.
A diferença entre ela e a Record nunca foi tão pequena.
A Record tem 6,6 e o SBT, 5,5.
“A líder não consegue estancar a fuga de Globope anual, perdendo cerca de 13% de audiência nos últimos doze meses”
13% em doze meses.
E 30% em dez anos !
Não
fosse uma empresa para-estatal, que vive de BV, já tinha caído todo
mundo: dos filhos do Roberto Marinho ao Gilberto Freire com “ï”.
A última do “i” foi o desastre retumbante do “relançamento” do Fantástico:
“Mudança
na forma não melhora o Fantástico – recauchutado, o programa marcou
17,7 pontos de audiência, abaixo da média alcançada este ano”, diz
Mauricio Stycer, na “Crítica – Televisão”, da mesma Folha.
Será que o Globope resolveu “acertar a margem de erro”, logo agora que o instituto alemão de pesquisa está para chegar ?
Qualquer dia desses um dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – vai culpar o Globope …
Fonte: Conversa Afiada
Todo NEGRO cristão, espírita ou mórmon é um traidor do seu povo, dos seus antepassados. É um ignorante da história.....
Todo NEGRO cristão, espírita ou mórmon é um traidor do seu povo, dos seus antepassados. É um ignorante da história.......
"Praticamente toda a população adulta da Africa foi submetida à degradante situação de serem levados como gado para trabalhar como escravos, como seres inferiores, para produzir riquezas para a elite branca europeia. O destino da África ficou comprometido pelo colonialismo, pela escravidão e pelas diversas formas de imperialismo. Foi também vítima privilegiada do racismo, da discriminação contra os negros, disseminada pela elite branca por todo o mundo." Emir Sader (UERJ)
http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=660
"Praticamente toda a população adulta da Africa foi submetida à degradante situação de serem levados como gado para trabalhar como escravos, como seres inferiores, para produzir riquezas para a elite branca europeia. O destino da África ficou comprometido pelo colonialismo, pela escravidão e pelas diversas formas de imperialismo. Foi também vítima privilegiada do racismo, da discriminação contra os negros, disseminada pela elite branca por todo o mundo." Emir Sader (UERJ)
http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=660
Supremacia da raça branca: A violenta tradição da extrema-direita americana
Ao contrário dos grupos islâmicos, cuja vigilância
custa bilhões de dólares às agências de segurança norte-americanas, os
grupos que defendem a supremacia da raça branca desfrutam de grande
liberdade para vomitar o seu ódio e promover a ideologia racista
Por Amy Goodman. Tradução para português de Carlos Santos para Esquerda.net. Foto de capa Library of Congress/Wikimedia Commons.
Frazier Glenn Miller, ex-líder de um ramo do Ku Klux Klan, é acusado de ter assassinado três pessoas em frente a dois centros comunitários judeus nos subúrbios de Kansas City [a 13 de abril de 2014]. Enquanto era arrastado para um carro da polícia, gritou “Heil Hitler!”. Ao contrário dos grupos islâmicos, cuja vigilância custa milhares de milhões de dólares às agências de segurança norte-americanas, os grupos que defendem a supremacia da raça branca desfrutam de grande liberdade para vomitar o seu ódio e promover a ideologia racista. Frequentemente, os seus ataques assassinos são considerados como atos de dementes “solitários”. Estes grupos aparentemente marginais estão, na realidade, bem organizados, interligados e gozam de renovada popularidade.
Em abril de 2009, o Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS, na sigla em inglês) publicou um estudo sobre grupos extremistas de direita. O relatório de dez páginas inclui conclusões como: “A crise econômica e a eleição do primeiro presidente afro-norte-americano são condições únicas para a radicalização e o recrutamento dos grupos de extrema-direita”. Também faz a polémica conjetura de que veteranos de guerra que regressam do Iraque e do Afeganistão poderiam ser recrutados para se juntarem aos grupos que incitam o ódio. O relatório provocou uma onda de críticas, especialmente de grupos de veteranos. Obama tinha assumido o Governo apenas há alguns meses, e a recém nomeada secretária de Segurança Interna, Janet Napolitano, retirou o relatório e pediu desculpa por ele durante uma audiência sobre o orçamento no Congresso.
Por Amy Goodman. Tradução para português de Carlos Santos para Esquerda.net. Foto de capa Library of Congress/Wikimedia Commons.
Frazier Glenn Miller, ex-líder de um ramo do Ku Klux Klan, é acusado de ter assassinado três pessoas em frente a dois centros comunitários judeus nos subúrbios de Kansas City [a 13 de abril de 2014]. Enquanto era arrastado para um carro da polícia, gritou “Heil Hitler!”. Ao contrário dos grupos islâmicos, cuja vigilância custa milhares de milhões de dólares às agências de segurança norte-americanas, os grupos que defendem a supremacia da raça branca desfrutam de grande liberdade para vomitar o seu ódio e promover a ideologia racista. Frequentemente, os seus ataques assassinos são considerados como atos de dementes “solitários”. Estes grupos aparentemente marginais estão, na realidade, bem organizados, interligados e gozam de renovada popularidade.
Em abril de 2009, o Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS, na sigla em inglês) publicou um estudo sobre grupos extremistas de direita. O relatório de dez páginas inclui conclusões como: “A crise econômica e a eleição do primeiro presidente afro-norte-americano são condições únicas para a radicalização e o recrutamento dos grupos de extrema-direita”. Também faz a polémica conjetura de que veteranos de guerra que regressam do Iraque e do Afeganistão poderiam ser recrutados para se juntarem aos grupos que incitam o ódio. O relatório provocou uma onda de críticas, especialmente de grupos de veteranos. Obama tinha assumido o Governo apenas há alguns meses, e a recém nomeada secretária de Segurança Interna, Janet Napolitano, retirou o relatório e pediu desculpa por ele durante uma audiência sobre o orçamento no Congresso.
Mark Potok é um investigador do Centro Legal contra a Pobreza no Sul
(SPLC, na sigla em inglês) que há anos vem investigando grupos de
extrema-direita que incitam ao ódio e Frazier Glenn Miller, em
particular. Potok afirmou a respeito do relatório: “Temos tido um
verdadeiro problema com o Departamento de Segurança Interna, desde que
foi divulgado à imprensa um relatório sobre grupos de extrema-direita em
abril de 2009, pode dizer-se que o Departamento, de algum modo, se
acobardou. Basicamente, destruíram a unidade de investigação do
terrorismo nacional não islâmico”.
O Centro Legal contra a Pobreza no Sul foi co-fundado em 1971 pelo advogado de direitos civis Morris Dees. Nos anos 80, começou a apresentar processos em tribunal contra grupos da supremacia da raça branca. Representava clientes que tinham sido ameaçados, espancados ou perseguidos pelos grupos. Potok descreve assim Frazier Glenn Miller: “Foi um dos ativistas da supremacia da raça branca mais conhecidos no país durante muito tempo. Esteve ativo no movimento durante mais de 40 anos. Juntou-se a eles, era ainda adolescente muito jovem, participou em grupos como o Partido pelos Direitos dos Estados Nacionais, herdeiro do Partido Nazi dos Estados Unidos”. Miller formou o seu próprio ramo do Ku Klux Klan, que marchava em público vestindo uniforme militar. Relacionava-se com outro grupo da supremacia da raça branca, denominado The Order, que lhe deu 200.000 dólares dos mais de 4 milhões roubados em assaltos a bancos e carros blindados.
Depois de ser processado pelo SPLC, Frazier Glenn Miller chegou a acordo no tribunal, mas violou as condições do acordo e foi considerado culpado de desrespeito penal. Enquanto se encontrava em liberdade sob fiança, desapareceu e emitiu uma grosseira “Declaração de Guerra”, em que expressava a sua vontade de assassinar Morris Dees. Finalmente, foi preso. Potok disse-me: “Inicialmente, acusaram-no de conspiração, com acusações muito graves, em 1987, pelas quais poderia ter sido condenado a prisão durante 20 ou 30 anos. Mas, de fato, conseguiu um acordo com o governo federal e concordou em testemunhar contra … os seus companheiros. Isso teve como consequência uma condenação de apenas cinco anos, da quais unicamente cumpriu três”.
Frazier Glenn Miller cooperou com os promotores federais e testemunhou contra 13 líderes da supremacia da raça branca. Foi libertado da prisão e suspeita-se que recebeu ajuda do Programa federal de proteção de testemunhas, já que se mudou para o Nebraska e mudou o seu apelido para “Cross”. Frazier Glenn Miller, também conhecido como Frazier Glenn Cross, perdeu credibilidade entre os outros defensores da supremacia da raça branca e desapareceu da cena pública, relativamente. Concorreu a cargos políticos no Missouri em duas ocasiões e emitiu na rádio anúncios de campanha abertamente racistas. Finalmente, cometeu o massacre desta semana. Mark Potok aponta: “Talvez, se ele tivesse estado preso em todos estes anos, em vez de se converter em testemunha naquele julgamento, que terminou num fracasso total, não tivesse acontecido o que vimos em Kansas City no outro dia”.
Mark Potok e o Centro Legal contra a Pobreza no Sul encarregam-se de investigar o recente ressurgimento dos grupos de extrema-direita que incitam ao ódio. Quando o questionei sobre a perseguição que o FBI faz a grupos de defesa dos direitos dos animais e a grupos ambientalistas, respondeu: “A ideia de que os eco-terroristas, como lhe chamam, são a principal ameaça terrorista do país, é ridícula. Esta ideia foi, de fato, explicitada por vários líderes do FBI várias vezes no Congresso durante o Governo Bush. Acho que é algo absurdo. Ninguém foi assassinado por um ativista do movimento radical de defesa dos direitos dos animais nem do movimento ambientalista. É verdade que há grupos que estão envolvidos em coisas como largarem fogo a estabelecimentos concessionários de veículos utilitários, mas nunca morreu ninguém, e isso é um grande contraste com o que pessoas como Glenn Miller têm feito”. O SPLC publicará em breve um relatório que vincula membros registados em dois destacados fóruns na internet da supremacia branca com mais de cem homicídios nos Estados Unidos, só nos últimos cinco anos.
Enquanto os muçulmanos que respeitam a lei se veem forçados a esconder-se nas suas casas e os ativistas dos direitos dos animais são considerados terroristas por filmar de forma encoberta o tratamento abusivo nos estabelecimentos industriais de criação de gado, os extremistas de direita que incitam ao ódio têm liberdade para se organizarem, para se manifestarem, armarem até aos dentes e assassinarem com uma frequência assustadora. Já é hora da nossa sociedade enfrentar esta verdadeira ameaça.
Artigo publicado em Truthdig em 16 de abril de 2014. Denis Moynihan colaborou na produção jornalística desta coluna. Texto em inglês traduzido por Mercedes Camps e Inés Coira para espanhol.
*Forum
O Centro Legal contra a Pobreza no Sul foi co-fundado em 1971 pelo advogado de direitos civis Morris Dees. Nos anos 80, começou a apresentar processos em tribunal contra grupos da supremacia da raça branca. Representava clientes que tinham sido ameaçados, espancados ou perseguidos pelos grupos. Potok descreve assim Frazier Glenn Miller: “Foi um dos ativistas da supremacia da raça branca mais conhecidos no país durante muito tempo. Esteve ativo no movimento durante mais de 40 anos. Juntou-se a eles, era ainda adolescente muito jovem, participou em grupos como o Partido pelos Direitos dos Estados Nacionais, herdeiro do Partido Nazi dos Estados Unidos”. Miller formou o seu próprio ramo do Ku Klux Klan, que marchava em público vestindo uniforme militar. Relacionava-se com outro grupo da supremacia da raça branca, denominado The Order, que lhe deu 200.000 dólares dos mais de 4 milhões roubados em assaltos a bancos e carros blindados.
Depois de ser processado pelo SPLC, Frazier Glenn Miller chegou a acordo no tribunal, mas violou as condições do acordo e foi considerado culpado de desrespeito penal. Enquanto se encontrava em liberdade sob fiança, desapareceu e emitiu uma grosseira “Declaração de Guerra”, em que expressava a sua vontade de assassinar Morris Dees. Finalmente, foi preso. Potok disse-me: “Inicialmente, acusaram-no de conspiração, com acusações muito graves, em 1987, pelas quais poderia ter sido condenado a prisão durante 20 ou 30 anos. Mas, de fato, conseguiu um acordo com o governo federal e concordou em testemunhar contra … os seus companheiros. Isso teve como consequência uma condenação de apenas cinco anos, da quais unicamente cumpriu três”.
Frazier Glenn Miller cooperou com os promotores federais e testemunhou contra 13 líderes da supremacia da raça branca. Foi libertado da prisão e suspeita-se que recebeu ajuda do Programa federal de proteção de testemunhas, já que se mudou para o Nebraska e mudou o seu apelido para “Cross”. Frazier Glenn Miller, também conhecido como Frazier Glenn Cross, perdeu credibilidade entre os outros defensores da supremacia da raça branca e desapareceu da cena pública, relativamente. Concorreu a cargos políticos no Missouri em duas ocasiões e emitiu na rádio anúncios de campanha abertamente racistas. Finalmente, cometeu o massacre desta semana. Mark Potok aponta: “Talvez, se ele tivesse estado preso em todos estes anos, em vez de se converter em testemunha naquele julgamento, que terminou num fracasso total, não tivesse acontecido o que vimos em Kansas City no outro dia”.
Mark Potok e o Centro Legal contra a Pobreza no Sul encarregam-se de investigar o recente ressurgimento dos grupos de extrema-direita que incitam ao ódio. Quando o questionei sobre a perseguição que o FBI faz a grupos de defesa dos direitos dos animais e a grupos ambientalistas, respondeu: “A ideia de que os eco-terroristas, como lhe chamam, são a principal ameaça terrorista do país, é ridícula. Esta ideia foi, de fato, explicitada por vários líderes do FBI várias vezes no Congresso durante o Governo Bush. Acho que é algo absurdo. Ninguém foi assassinado por um ativista do movimento radical de defesa dos direitos dos animais nem do movimento ambientalista. É verdade que há grupos que estão envolvidos em coisas como largarem fogo a estabelecimentos concessionários de veículos utilitários, mas nunca morreu ninguém, e isso é um grande contraste com o que pessoas como Glenn Miller têm feito”. O SPLC publicará em breve um relatório que vincula membros registados em dois destacados fóruns na internet da supremacia branca com mais de cem homicídios nos Estados Unidos, só nos últimos cinco anos.
Enquanto os muçulmanos que respeitam a lei se veem forçados a esconder-se nas suas casas e os ativistas dos direitos dos animais são considerados terroristas por filmar de forma encoberta o tratamento abusivo nos estabelecimentos industriais de criação de gado, os extremistas de direita que incitam ao ódio têm liberdade para se organizarem, para se manifestarem, armarem até aos dentes e assassinarem com uma frequência assustadora. Já é hora da nossa sociedade enfrentar esta verdadeira ameaça.
Artigo publicado em Truthdig em 16 de abril de 2014. Denis Moynihan colaborou na produção jornalística desta coluna. Texto em inglês traduzido por Mercedes Camps e Inés Coira para espanhol.
*Forum
VISITA A DIRCEU PRODUZIU DESMORALIZAÇÃO GERAL
Legislativo ficou mal na foto, porque se prestou a humilhar um preso ao
fazer imagens de José Dirceu em sua cela; Judiciário, idem, porque não
tomou providências; e a imprensa reproduziu um vídeo feito
criminosamente; "Por fim, já percebendo que este país não passa de uma
republiqueta bananeira em que leis valem tanto quanto a seriedade de
parlamentares e da imprensa, o cidadão vê o Judiciário não tomar
providências contra um episódio que desmoralizou ainda mais instituições
cuja imagem nunca foi das melhores. O Brasil poderia ter passado sem
essa pantomima", escreve Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania
Por Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania
Visita de deputados a Dirceu desmoralizou Legislativo, Judiciário e imprensa
Matéria da Folha de São Paulo sobre a comitiva de deputados federais que
foi investigar as condições de encarceramento de José Dirceu no
presídio da Papuda, em Brasília, publicada na terça-feira passada no UOL
e no dia seguinte no jornal impresso, produziu um factoide asqueroso
que tenta enganar a sociedade enquanto infringe descaradamente a lei.
Comecemos pela lei. O inciso VIII do artigo 41 da lei 7.210/84, que
regula a Execução Penal no país, é claro quanto à exploração da imagem
de pessoas mantidas em regime de privação de liberdade: é garantido aos
presos "proteção contra qualquer forma de sensacionalismo".
Ora, o que foi a matéria da Folha sobre as condições de encarceramento
de José Dirceu se não uma clara violação da lei 7.210/84, que proíbe que
sejam feitas e divulgadas imagens de presos no ambiente de
confinamento? A lei impediu a Folha de usar imagens feitas por um membro
da comitiva de deputados que visitou o ex-ministro em sua cela?
Se a Folha deu uma banana para a lei e publicou vídeo gravado
ilegalmente por algum membro da comitiva que adentrou o presídio, parte
dessa comitiva esbofeteou o país com relatos sobre regalias de Dirceu
que foram contestados não por partidários do ex-ministro, mas por
deputados de oposição ao PT que também participaram da visita.
Quatro membros daquela comitiva se destacaram pelas declarações sobre o
que viram na Papuda: a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), o deputado
Arnaldo Jordy (PPS-PA), a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) e o deputado
Jean Wyllys (PSOL-RJ).
Detalhe: os quatro deputados são de partidos de oposição ao governo
Dilma e ao PT. Contudo, diferenciaram-se entre si por demonstrarem ou
não espírito público e entendimento do que é fazer oposição.
A deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) disse que Dirceu recebe tratamento
diferenciado por sua cela ser "mais ampla e iluminada", por ter
televisão e micro-ondas, utensílios que afirmou que outros presos não
têm e que, depois se soube, é mentira, pois vários presos com "bom
comportamento" têm esses e outros utensílios. Inclusive, Dirceu tem uma
pequena tevê antiga e há presos com tevês de plasma.
Já o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) relatou à imprensa, em tom de
denúncia, que Dirceu assistia ao jogo entre Bayern de Munique e Real
Madrid no momento em que os deputados chegaram à sua cela...
As declarações desses deputados ganharam as manchetes principais dos
jornais do dia seguinte à visita (quarta-feira). Contudo, havia as
declarações de Erundina e Wyllys, que foram solenemente ignoradas pelos
repórteres que esperam a comitiva parlamentar na saída da Papuda.
Jean Wyllys deu a seguinte declaração: "A gente veio verificar se havia
regalias. Pela nossa visita, que a gente fez às celas, e pelas conversas
que nós tivemos com os agentes penitenciários, os gestores e o diretor
do complexo, a gente viu que não há regalias. Não há privilégio [a
Dirceu]".
Luiza Erundina declarou que viu "Uma cela modesta, uma cela
malconservada, cheia de infiltrações, gotejando água no corredor, na
porta da cela". E que o tratamento que dão a Dirceu na Papuda lhe tira
"Aquilo que é dado a outros presos".
Entre dois pares de declarações tão contraditórias, adivinhe, leitor,
que versão ganhou as manchetes... A dos que enxergaram "regalias",
claro. A manchete da Folha reproduziu a declaração de Mara Gabrilli, mas
depois se soube que ela não entrou na cela de Dirceu por ser cadeirante
e sua cadeira-de-rodas não passar pela porta.
Sobre a deputada tucana de São Paulo, aliás, vale uma informação pessoal
deste que escreve. Essa deputada vem se elegendo há anos usando sua
condição de deficiente física. Seu mandato atua junto a famílias de
deficientes, as quais ela transformou em massa de manobra.
Há alguns anos, Gabrilli era vereadora na capital paulista. A esposa
deste blogueiro vinha tentando conseguir vaga em uma instituição
municipal para nossa filha, portadora de paralisia cerebral. Como não
havia vaga na instituição, sugeriram a ela que procurasse a vereadora
tucana.
Gabrilli impôs uma condição à minha esposa, para ajudá-la: teria que se
unir ao "movimento" que essa parlamentar coordenava. Consultado pela
esposa, recomendei que não se aproximasse desse tipo de gente. O
desespero de mãe, porém, vendo a saúde de nossa filha Victoria se
deteriorar, falou mais alto.
A mãe de minha filha doente se animou com a promessa, que quase foi
cumprida. Gabrilli chegou a comunicar a ela que conseguira a vaga para a
menina. Marcou dia e hora para Cristina ir buscar uma "carta" da
parlamentar para a instituição.
Quando minha esposa foi procurar a assessora de Gabrilli para ir retirar
a tal "carta" ouviu que a vaga "não tinha dado certo", mas que a
vereadora ficara sabendo que este blogueiro era o pai da criança e que,
por eu ser "ligado ao PT", seria "fácil" para mim conseguir vaga para
minha filha em alguma instituição federal.
O resultado é que minha esposa passou meses protestando contra a minha
atividade de blogueiro, que estaria prejudicando nossa filha. Mas, ao
fim, consegui convencê-la de que não era eu que estava errado por
exercer minha liberdade de expressão, mas a parlamentar que usara sua
posição para perseguir inimigos políticos.
Não espanta, pois, que Gabrilli tenha dito o que disse após a visita à Papuda. Esse tipo de conduta é a cara dela.
Seja como for, o fato é que quem tenta se posicionar sobre esse caso
fica num dilema. Em quem acreditar? Claro que o cidadão que tem posições
políticas definidas acreditará no que quer, mas quem procura somente a
verdade fica desalentado ao ver a contradição entre quatro parlamentares
que viram a mesma coisa, mas relatam fatos tão diferentes.
Esse mesmo cidadão fica sabendo que é proibido captar imagens de
presidiários para exploração jornalística, vê que um dos membros da
comitiva de deputados infringiu a lei ao gravar tais imagens, vê que a
Folha divulgou o que é proibido e conclui que o jornal e os deputados
estão se lixando para a lei.
Por fim, já percebendo que este país não passa de uma republiqueta
bananeira em que leis valem tanto quanto a seriedade de parlamentares e
da imprensa, o cidadão vê o Judiciário não tomar providências contra um
episódio que desmoralizou ainda mais instituições cuja imagem nunca foi
das melhores. O Brasil poderia ter passado sem essa pantomima.
O Dia do Trabalhador com frases de Karl Marx
- "Na relação com a mulher, como presa e servidora da luxúria coletiva, expressa-se a infinita degradação na qual o homem existe para si mesmo, pois o segredo desta relação tem sua expressão inequívoca, decisiva, manifesta, desvelada, na relação do homem com a mulher e no modo de conceber a relação imediata, natural e genérica." [Karl Marx]
- "O tempo é o campo do desenvolvimento humano." [Karl Marx]
- "Sem sombra de dúvida, a vontade do capitalista consiste em encher os bolsos, o mais que possa. E o que temos a fazer não é divagar acerca da sua vontade, mas investigar o seu poder, os limites desse poder e o caráter desses limites." [Karl Marx]
- "Do mesmo modo que não podemos julgar um indivíduo pelo que ele pensa de si mesmo, não podemos tampouco julgar estas épocas de revolução pela sua consciência, mas, ao contrário, é necessário explicar esta consciência pelas contradições da vida material, pelo conflito existente entre as forças produtivas e as relações de produção." [Karl Marx]
- "Tudo o que é sólido se desmancha no ar." [Karl Marx]
- "De nada valem as idéias sem homens que possam pô-las em prática." [Karl Marx]
- "O capitalismo gera o seu próprio coveiro." [Karl Marx]
- "O trabalhador só se sente a vontade no seu tempo de folga, porque o seu trabalho não é voluntário, é imposto, é trabalho forçado." [Karl Marx]
- "Os filósofos se limitaram a interromper o mundo de diversas maneiras; o que importa é modificá-lo." [Karl Marx]
- "A história de toda a sociedade até hoje tem sido a história das lutas de classe." [Karl Marx]
- "Ser radical é agarrar as coisas pela raiz, e a raiz para o homem é o próprio homem." [Karl Marx]
- "O povo que subjuga outro, forja suas próprias cadeias." [Karl Marx]
- "O homem faz a religião, mas a religião não faz o homem." [Karl Marx]
- "O primeiro requisito da felicidade dos povos é a abolição da religião." [Karl Marx]
- "As revoluções são a locomotiva da história" [Karl Marx]
- "Os homens fazem a sua própria história, mas não o fazem como querem... a tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos. " [Karl Marx]
- "Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência." [Karl Marx]
- "Se o bicho da seda tecesse para ligar as duas pontas, continuando a ser uma lagarta, seria o assalariado perfeito." [Karl Marx]
- "O que distingue uma época econômica de outra, é menos o que se produziu do que a forma de o produzir." [Karl Marx]
- "A tortura deu lugar às descobertas mecânicas mais engenhosas, cuja produção dá trabalho a uma imensidade de honestos artesãos. " [Karl Marx]
- "Uma ideia torna-se uma força material quando ganha as massas organizadas." [Karl Marx]
- "Quanto menos comes, bebes, compras livros, vais ao teatro e ao café, pensas, amas, teorizas, cantas, sofres, praticas esporte, etc., mais economizas e mais cresce o teu capital. «És» menos, mas «tens» mais. Assim, todas as paixões e atividades são tragadas pela cobiça. " [Karl Marx]
- "Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é modificá-lo." [Karl Marx]
- "O dinheiro é a essência alienada do trabalho e da existência do homem; a essência domina-o e ele adora-a." [Karl Marx]
- "O caminho do inferno está pavimentado de boas intenções." [Karl Marx]
- "A religião é o ópio do povo." [Karl Marx]
- "A religião é o suspiro da criança acabrunhada, o coração de um mundo sem coração, assim como também o espírito de uma época sem espírito. Ela é o ópio do povo." [Karl Marx]
- "A propriedade privada tornou-nos tão estúpidos e limitados que um objeto só é nosso quando o possuímos." [Karl Marx]
- "Os operários não têm pátria. " [Karl Marx]
- "As idéias dominantes numa época nunca passaram das idéias da classe dominante." [Karl Marx]
- "A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes." [Karl Marx]
- "O povo que subjuga outro, gera suas próprias cadeias!" [Karl Marx]
- "Os princípios sociais do cristianismo justificaram a escravidão antiga, glorificaram a servidão medieval e sabem da necessidade de aprovar a opressão do proletariado." [Karl Marx]
- "Os comunistas não ocultam suas opiniões e objetivos. Declaram abertamente que seus fins só serão alcançados com a derrubada violenta da ordem social existente. Que as classes dominantes tremam diante de uma revolução comunista. Os proletários não têm nada a perder nela, além de seus grilhões. Têm um mundo a conquistar. Trabalhadores de todos os países, uni-vos!" [Karl Marx]
EUA: o estudo que não fazia falta
Eis um típico caso de descoberta da água quente.
Segundo uma reflexão dos professores Martin Gilens e Benjamin Page, das Princerton University e da Northwastern University, os Estados Unidos estão longe de ser uma democracia, como a maioria dos americanos e da população mundial acredita. Na verdade, a federação norte-americana fica mais perto duma oligarquia corporativa.
Nãoooooo!!! Quem diria? É preciso mesmo trabalhar em Princerton para entender certas coisas.
Os pesquisadores examinaram 1.800 medidas políticas que cobrem um período de 20 anos do governo dos EUA. Espantem-se: os dados revelaram uma mudança substancial em favor dos interesses de uma pequena classe dominante, a elite, composta por membros poderosos que exercem um total controle sobre a população. O governo dos EUA representa, portanto, o cidadão rico e poderoso, já não o cidadão comum.
Nesta altura o Leitor estará pasmado, à beira de cair da sua cadeira. Mas agarre-se e esforce-se para acreditar: é verdade, são dois professores que dizem isso!
E explicam que as políticas implementadas entre 1981 e 2002, mostram a forte atitude da classe política americana em favor dos grandes capitais em detrimento do cidadão comum, com o objectivo de proteger os interesses dos indivíduos ricos e manter as coisas tais como elas estão.
Mah...isso parece muito estranho, serio, quase impossível eu diria. Será que os dois trabalhavam num filme de ficção científica?
Segundo uma reflexão dos professores Martin Gilens e Benjamin Page, das Princerton University e da Northwastern University, os Estados Unidos estão longe de ser uma democracia, como a maioria dos americanos e da população mundial acredita. Na verdade, a federação norte-americana fica mais perto duma oligarquia corporativa.
Nãoooooo!!! Quem diria? É preciso mesmo trabalhar em Princerton para entender certas coisas.
Os pesquisadores examinaram 1.800 medidas políticas que cobrem um período de 20 anos do governo dos EUA. Espantem-se: os dados revelaram uma mudança substancial em favor dos interesses de uma pequena classe dominante, a elite, composta por membros poderosos que exercem um total controle sobre a população. O governo dos EUA representa, portanto, o cidadão rico e poderoso, já não o cidadão comum.
Nesta altura o Leitor estará pasmado, à beira de cair da sua cadeira. Mas agarre-se e esforce-se para acreditar: é verdade, são dois professores que dizem isso!
E explicam que as políticas implementadas entre 1981 e 2002, mostram a forte atitude da classe política americana em favor dos grandes capitais em detrimento do cidadão comum, com o objectivo de proteger os interesses dos indivíduos ricos e manter as coisas tais como elas estão.
O ponto principal que emerge da nossa pesquisa é que as elites económicas e os grupos organizados que representam os interesses das empresas têm um impacto substancial sobre as políticas do governo dos Estados Unidos, enquanto que os grupos de interesse de massa e dos cidadãos comuns têm pouca ou nenhuma influência.
Os americanos desfrutam de muitos recursos para a governação democrática, como as eleições regulares, a liberdade de expressão e de associação. Mas acreditamos que, se a política é dominada por organizações empresariais poderosas e por um pequeno número de indivíduos ricos, as pretensões americana de ser uma sociedade democrática estão seriamente ameaçada.
Não, desculpem, isso parece-me demais: se houver eleições como pode
faltar a Democracia? Isso não faz sentido nenhum: é um conceito básico,
até dois professores deveriam perceber isso.
Nos Estados Unidos, como os nossos resultados indicam, a maioria não manda - pelo menos não no sentido de realmente determinar os resultados das políticas. Quando a maioria dos cidadãos não concorda com as elites económicas e/ou com os interesses organizados, geralmente perdem.
Além disso, por causa da forte tendência de imobilidade do sistema político dos EUA, mesmo quando uma razoavelmente grande maioria dos americanos favorecem a mudança de políticas, geralmente não conseguem.
Não há mudanças? Então, Bush não era branco e Barack Obama não é preto?
Eu acho que estes dois são simplesmente terroristas, que tentam apenas
desestabilizar o berço da Liberdade e da Democracia. Deveriam ficar sem
fundos para trabalhar.
E provavelmente irão ficar.
Ipse dixit.
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