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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, maio 08, 2014

evangelicos pagam tratamento de in Feliciano a base de ouro

Feliciano faz tratamento estético com gel à base de ouro em SC

  • O pastor evangélico e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) mostra o gel à base de ouro usado em seu tratamento em uma centro de estética em Balneário Camboriú (SC) O pastor evangélico e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) mostra o gel à base de ouro usado em seu tratamento em uma centro de estética em Balneário Camboriú (SC)
O pastor evangélico e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) escolheu um centro de estética para um longo tratamento de rejuvenescimento da pele do rosto, usando gel à base de ouro. A primeira sessão foi realizada na sexta (2). Feliciano, de 42 anos, se submeterá a mais três sessões, a R$ 1.450 cada uma, num período de 120 dias.
O centro de estética Linda Sempre está localizado em Balneário Camboriú (80 km de Florianópolis). A profissional que o atende é Patrícia Souto.
Ela se disse surpresa com a repercussão do tratamento que o deputado faz: "Ele é um amigo e cliente especial", mas afirmou que "qualquer pessoa pode fazer a mesma coisa".
Segundo Patrícia, o peeling (nome em inglês do processo de rejuvenescimento da pele) é um procedimento sugerido para quem passou dos 25 anos, "que é quando a pele do rosto começa a ficar enrugada".
Ela disse que desenvolveu sua própria fórmula de gel de ouro: "Esse metal precioso tem um princípio ativo que estica a pele da pessoa". A matéria-prima é produzida em laboratórios europeus e importada.  
Patrícia distribuiu fotos de Feliciano no centro de estética, como faz quando recebe clientes famosos. A ex-paquita Andréia Sorvetão é a garota-propaganda da Linda Sempre. Procurado por meio de sua assessoria na Câmara, o deputado não quis comentar o tratamento.

Luis Nassif: Na presidência do STF, um desequilibrado

"Não se sabe até quando outros Ministros – e autoridades do Judiciário – aceitarão passivamente um comportamento que compromete todo o judiciário"

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa resolveu protelar mais uma vez a autorização para José Dirceu cumprir a pena em regime semiaberto.
Encaminhou ao Procurador Geral da República os argumentos da promotora de Brasília, que alegou ter recebido denúncia  anônima sobre supostas ligações de Dirceu pelo celular.
(Nelson Jr./SCO/STF)
(Nelson Jr./SCO/STF)
Tem-se na presidência da mais alta corte uma pessoa notoriamente desequilibrada, apossando-se dos poderes conferidos à presidência para desmoralizar amplamente a casa e a própria imagem da Justiça.
Não se sabe até quando outros Ministros – e autoridades do Judiciário – aceitarão passivamente um comportamento que compromete todo o sistema judiciário, que passa à opinião pública a ideia de que a Justiça é seletiva e o magistrado pode recorrer a toda sorte de chicana contra os adversários e a favor dos apaniguados.
Mesmo que Barbosa se escude da forma mais indigna nos poderes constitucionais de presidente do Supremo, nada impede a manifestação pessoal de pessoas que respeitam e prezam o Judiciário.

Escrito por: Redação

quarta-feira, maio 07, 2014

Raquel Sheherazade e o discurso do ódio


O que Sheherazade pretende com esse discurso maluco, criminoso e mentecapto?


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Foram identificados, pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, os dois primeiros suspeitos de terem torturado e amarrado um jovem nu a um poste na Avenida Oswaldo Cruz, no Flamengo. Os dois, embora presumidos inocentes, apresentam extensa folha de registros criminais. João Vitor é acusado de estupro, lesão corporal, furto em um condomínio e ameaça. Raphael responde por uso de drogas e por recusa ao serviço eleitoral. Parafraseando a linguagem chula e apologeticamente criminosa de Sheherazade, "estão mais sujos do que pau de galinheiro". Seriam, portanto, segundo seu padrão aético e imoral de ver o mundo, "marginais" que estariam prontos para serem "adotados". Ela deveria dar o primeiro exemplo.
Testemunhas afirmam que o espancamento foi feito por 30 pessoas. Todos seriam, conforme a linguagem apologética, criminosa e bandida de Sheherazade, "cidadãos de bem", "desarmados" (coitadinhos indefesos!), que estariam apenas cumprindo a lei e se defendendo na condição de "legítimos representantes da sociedade civilizada". Não há que se falar em excesso porque esse tipo de vingança e de violência dos "justiceiros de classe média", como ela sublinhou, "é compreensível".
O que Sheherazade pretende com esse discurso maluco, criminoso e mentecapto? Para além de ganhar Ibope, da forma mais irracional possível (que falta lhe faz a leitura dos racionalistas do Iluminismo), o que ela e tantos outros adeptos da bandidagem midiática ou social querem é a nossa cumplicidade. Como explica Calligaris (Todos os reis estão nus), "gritam o seu ódio na nossa frente para que, todos juntos, constituamos um grande sujeito coletivo [imbecil] que eles representariam: nós, que não matamos [nem roubamos, nem furtamos, nem estupramos, nem nos drogamos], nós, que amamos e respeitamos as leis e as pessoas de bem, nós que somos diferentes desses outros [desses negrinhos], nós temos que linchar os culpados".
Esses agitadores e bandidos, tanto sociais como midiáticos, querem nos levar de arrastão para a dança da violência identitária, tal como faziam "os americanos da pequena classe média, no sul dos EUA, no século XIX, que saíam para linchar os negros procurando uma só certeza: a de eles mesmos não serem negros, ou seja, a certeza da diferença social" (Calligaris, cit.). Sheherazade faz na TV a mesma inescrupulosa apologia dos alemães que saíram pelas ruas para saquear os comércios dos indefesos judeus na Noite dos Cristais. O que ela, os justiceiros da classe média, os alemães saqueadores e os pequenos burgueses americanos querem ou queriam? Afirmar a sua diferença. Eles representam uma coisa que desgraçadamente está dentro de nós, que não é justiça, sim, vingança. A necessidade tresloucada de nos diferenciar dos outros nos leva mentecaptamente a massacrá-los, dando ensejo a uma violência infinita. Barbárie ou civilização: eis o dilema do século XXI!
Acompanhe levantamentos e mais artigos no Instituto Avante Brasil
Luiz Flávio Gomes
Publicado por Luiz Flávio Gomes
Jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz...

Linchamentos não são aleatórios e atingem mais pobres, defende pesquisadora

Por Redação maio 

Linchamentos não são aleatórios e atingem mais pobres, defende pesquisadora
Para Ariadne Natal, do NEV-USP, pessoas com maior poder aquisitivo gozam de uma rede de proteção mais eficiente. “Tanto que é muito raro identificarmos uma vítima de classe média entre as vítimas de linchamento. E não porque não haja, entre a classe média, quem cometa crimes”
Por Alex Rodrigues, da Agência Brasil
Ao contrário do que aponta o senso comum, linchamentos como o que vitimou a moradora de Guarujá (SP), a dona de casa Fabiane Maria de Jesus, não podem ser vistos meramente como uma ação irracional. A conclusão é da pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), Ariadne Natal, autora de tese sobre casos de justiçamentos sumários ocorridos na cidade de São Paulo e região metropolitana, entre 1980 e 2009.
“Qualquer pessoa que tenha participado do linchamento da Fabiane vai dizer que tinha certeza de que a dona de casa era o mal encarnado. Que era preciso linchá-la para expiar o mal que atribuíam a ela. Ou seja, estão equivocadas ao acreditarem fazer justiça, mas não estão agindo irracionalmente”, sustentou a pesquisadora, em entrevista à Agência Brasil.
Destacando o fato de que a defesa do uso da violência como solução para os conflitos é prática recorrente na sociedade brasileira, Ariadne Natal defende que o caso da dona de casa deve servir de exemplo. “Exemplo de que a justiça não pode ser feita sumariamente. De que cabe apenas às instituições do Estado fazer justiça. E se essas instituições não estiverem fazendo isso a contento, o que a sociedade tem que fazer é aperfeiçoá-las”.
Após estudar 385 casos de linchamento que foram noticiados pela imprensa, entre 1º de janeiro de 1980 e 31 de dezembro de 2009, a pesquisadora concluiu que os participantes da ação acreditam em suas justificativas e não agem de forma aleatória, ao escolher aqueles que devem ser “justiçados”.
“Não é qualquer pessoa que pode ser desumanizada e, portanto, linchada. As potenciais vítimas de linchamento carregam consigo a marca daquele que pode, em última análise, ser eliminado”, aponta Ariadne, sugerindo que pessoas com maior poder aquisitivo suspeitas de cometer crimes semelhantes ao atribuído à dona de casa agredida, na noite do último sábado (3), gozam de uma rede de proteção mais eficiente. “Tanto que é muito raro identificarmos uma vítima de classe média entre as vítimas de linchamento. E não porque não haja, entre a classe média, quem cometa crimes”.
Ela destaca que a análise das causas de justiçamentos devem levar em conta dinâmicas macrossociais, como a falta de políticas de infraestrutura e habitacionais, que podem levar moradores de determinadas áreas a buscarem mecanismos privados para a resolução dos problemas.
Fabiane morava com o marido e dois filhos no bairro de Morrinhos, localidade que concentra famílias das classes C e D, e possuía alguma espécie de transtorno mental, conforme divulgado pela imprensa. Situação comum a outros casos analisados no estudo de Ariadne Natal. “São pessoas cujas atitudes os outros têm dificuldades para compreender”, aponta a pesquisadora.
“Lógico que nada disso é explicitado. Há diferentes justificativas para os casos de linchamento ao longo do tempo”. Na década de 1980, por exemplo, as motivações dos participantes estavam mais relacionadas a crimes contra a propriedade. Já na década de 1990, houve mais casos ligados a crimes contra a vida e os costumes, como o estupro.
Além disso, a partir da década de 1990, a polícia, quando acionada, passou a atender mais rapidamente esse tipo de ocorrência, reprimindo-a. “Por isso o número de casos de linchamentos que resultaram em morte eram maiores na década de 1980”. Quando a pesquisadora defendeu sua tese, em 2013, ainda não havia informações precisas sobre a primeira década deste século. Mesmo assim, Ariadne afirma que o perfil das vítimas de linchamentos mudou pouco ao longo do tempo. Embora o número de mulheres alvos dessas ações tenha aumentado, a partir dos anos 2000, os homens jovens continuam sendo as vítimas mais recorrentes. E quase a totalidade dos casos ocorre em regiões periféricas.
“O que está relacionado ao acesso que os moradores dessas áreas têm às instituições de Estado. Não só em termo de presença, mas, principalmente, quanto à qualidade dos serviços prestados por essas instituições. A tese da ineficiência do Estado é, portanto, um dos componentes que ajudam a explicar esses crimes. Mas há também a própria dinâmica das relações sociais nesses locais, onde as pessoas se conhecem e as informações transitam com maior facilidade”.
Outro diferencial é que, hoje, os linchamentos são frequentemente filmados e exibidos na imprensa e na internet. Foi o que aconteceu no caso de Fabiane. As cenas das agressões sofridas pela dona de casa vêm chocando o país. “O linchamento é sempre um evento público com caráter de exemplaridade. Faz parte do processo de humilhar a vítima expô-la sendo agredida. Como, hoje, há sempre alguém filmando, o que no passado ficaria restrito a um contexto local ganha uma maior dimensão. Essas imagens são fortes, mas a reação de quem as vê depende muito do filtro da percepção de cada um. Há muitos que, ao verem as imagens de um garoto algemado a um poste, sentiram-se satisfeitos e acharam pouco. A diferença no caso da Fabiane é que essas mesmas pessoas se comovem ao saber que uma pessoa inocente foi morta. Se ela de fato tivesse sequestrado uma criança, a reação seria diferente. E não deveria ser, pois estranho é o linchamento”.
A pesquisadora conclui que “Numa democracia, o que se espera é que as pessoas se mobilizem para melhorar as instituições e não para fazer justiça de forma sumária, sem dar aos suspeitos o direito à defesa. E, com isso, no afã de tentar fazer uma suposta justiça, comete-se grandes injustiças. E mesmo que a vítima tenha de fato cometido algum crime, isso não diminui o aspecto lamentável de um linchamento”.
Foto de capa: Reprodução
*forum

    Blogueiro é detido após bate-boca com senador do PSDB " Grassi abordou o senador para questioná-lo sobre a função das comissões parlamentares de inquérito e sobre a postura de seu partido, o PSDB, a respeito de investigações na Assembleia Legislativa de São Paulo."



CLIQUE PARA VER O VÍDEO
BOMBA!!!!
BOTANDO PILHA DESMASCARA a "Liberdade de Imprensa" do Senador Aloysio Nunes do PSDB!!!
www.justicaemfoco.com.br/?pg=desc-noticias&id=87876

Blogueiro é detido após bate-boca com senador do PSDB


Um bate-boca com o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) resultou na detenção do blogueiro Rodrigo Grassi hoje (6), pela Polícia do Senado. Grassi abordou o senador para questioná-lo sobre a função das comissões parlamentares de inquérito e sobre a postura de seu partido, o PSDB, a respeito de investigações na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Inicialmente solícito, Aloysio Nunes se irritou com uma pergunta de Grassi sobre o suposto envolvimento dele com desvio de verbas para a construção do metrô de São Paulo. “Um jovem me abordou a pretexto de fazer uma entrevista a respeito de CPIs. Eu parei para falar com ele e, no meio da entrevista, ele me fez uma ofensa muito grave. Eu então tentei segurá-lo para chamar a segurança e ele saiu correndo. Depois, quando eu estava saindo do Senado, ele voltou a me abordar e foi preso”, contou o senador.
Rodrigo alega que apenas fez perguntas a Aloysio. O blogueiro divulgou um vídeo em sua página no Facebook com a discussão. “Eu fiz três perguntas e ele se irritou, começou a me xingar e me agredir. Como foi na saída do Senado, a Polícia veio e me prendeu. Me pegaram dentro do ônibus já, quando eu estava indo embora”, contou.


    Quem precisa de um Carlinhos Cachoeira?


Por Najla Passos, no site Carta Maior:

A parceria entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira, políticos de oposição e veículos de imprensa ruiu, depois que uma CPI Mista, instalada em 2012 pelo Congresso Nacional, desmascarou a que interesses ela servia. Carlinhos Cachoeira foi preso, o ex-senador pelo DEM Demóstenes Torres perdeu seu mandato, mas a imprensa continuou impune. E sem punição, transformou o mal feito em escola: a velha fórmula de obtenção ilegal de imagens permanece sustentando pretensas reportagens dos jornalões.

Em 2011, o ex-ministro José Dirceu teve sua intimidade violada, no hotel em que residia, em Brasília, por imagens publicadas pela revista Veja. A “justificativa” da revista era mostrar que, mesmo afastado do governo, ele continuava a receber autoridades da República para “conspirar” contra a presidenta Dilma Rousseff, acusação que a reportagem José Dirceu mostra que ainda manda em Brasília em nada contribui para comprovar, em um texto todo ele baseado em ilações. 

O repórter Gustavo Ribeiro até que tentou conseguir algum fato concreto para sustentar a manchete, só que por meio de prática criminosa. Chegou a ser denunciado à Polícia pela direção do hotel, que o flagrou tentando invadir o quarto de Dirceu. Não deu em nada. Só mais tarde, com a explosão das denúncias contra a quadrilha de Cachoeira, ficou claro que a organização clandestina teve participação na obtenção das imagens veiculadas por Veja, assim como influiu no enfoque de várias outras reportagens.

Escutas obtidas com autorização judicial comprovaram que Policarpo Junior, diretor da sucursal da revista em Brasília, mantinha contato periódico com Cachoeira e outros membros da quadrilha para discutir pautas da revista. O assunto foi fartamente explorado pela CPI criada para investigar as relações escusas de Cachoeira com políticos. Os jornalistas envolvidos com a máfia chegaram a ser apontados no parecer do relator, deputado Odair Costa (PT-MG), conforme noticiou Carta Maior na reportagem “Quem são e o que fazem os jornalistas de Cachoeira”. No relatório final, porém eles foram isentos de responsabilidades.

Na semana passada, o mesmo José Dirceu, que agora cumpre pena no Complexo Penitenciário da Papuda, foi novamente vítima da publicação de imagens ilegais, obtidas durante uma visita da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, dessa feita publicadas pelo jornal Folha de São Paulo. E de forma ainda mais grave, já que a Lei de Execuções Penais é clara ao determinar que a intimidade do preso deva ser preservada. Além de que a juíza da Vara de Execuções Penais, Débora Valle de Brito, havia autorizado a visita com a condição de que não fossem feitos registros em fotos ou vídeos.

O Governo do Distrito Federal (GDF) abriu sindicância para apurar responsabilidades, mas é certo que o autor entrou na unidade penitenciária junto com os parlamentares que fizeram a visita. Em ofício encaminhado à juíza para esclarecer os fatos, a CDH descreve quem eram os membros da comitiva, entre deputados e assessores, e aponta quais dos últimos atenderam à determinação de aguardar na sala do diretor, enquanto apenas os parlamentares se deslocavam até a cela de Dirceu. O documento deixa claro que um deles descumpriu a ordem.

Trata-se do assessor técnico da Liderança do PPS, Wiliam Pereira dos Passos, que, na ocasião, acompanhava o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PR). Dois dos cinco deputados presentes afirmaram à Carta Maior que viram um assessor de Jordy na cela de Dirceu. Houve uma confusão inicial em relação ao nome do suspeito, visto que o secretário parlamentar de Jordy, Vicente Bezerra, também participou da comitiva. Mas os outros assessores que aguardaram na sala da direção confirmaram que Bezerra estava com eles. William, não.

William, assessor do PPS, é casado com uma jornalista da Rádio CBN, que é amiga do repórter fotográfico da Folha de S. Paulo, Alan Marques, que assina a reportagem que apresentou o vídeo ao país. O episódio, certamente, não será pauta de nova CPI. Mas os resultados da investigação conduzida pelo GDF serão encaminhados à Corregedoria da Câmara, que poderá ou não determinar punição para o culpado. No máximo, a responsabilidade recairá sobre um dos elos da parceria que resultou na publicação do vídeo.

A imprensa, sem dúvida, seguirá com as mesmas práticas. No Brasil, como se sabe, não há nenhuma lei que regulamente o exercício profissional do jornalismo. Sequer o direito de resposta, princípio sagrado da profissão, está respaldado. Também não há nenhum controle dos veículos de comunicação, nem mesmo daqueles que são concessões públicas, os canais de rádio e TV. A imprensa brasileira é, cada vez mais, uma terra sem lei, onde certos agentes políticos e jornalistas assumem práticas ilícitas como coisa corriqueira. E se entendem entre si, sem sequer precisar terceirizá-las para bandos ou quadrilhas, como no passado. Em um cenário desses, quem precisa de um Carlinhos Cachoeira?


terça-feira, maio 06, 2014

MORRER DE INDIFERENÇA!!
Lisboa já tem 2.000 pessoas sem abrigo..!!!
É este Pais que faz parte da União Europeia ???

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MORRER DE INDIFERENÇA!!
Lisboa já tem 2.000 pessoas sem abrigo..!!!
É este Pais que faz parte da União Europeia ???

Plena cidade de Lisboa!
Num túnel.
Os carros deixam um rasto de fumo.
Alguns tossem à sua passagem.
Mas ali não chove.
E os motores dos carros sempre aquecem um pouco.
Medo de morrer intoxicado?
é uma opção apenas.
Podemos morrer de fome,
de doença,
de frio,
de violência,
de indiferença.
Mas morremos assim, apenas..

Dona de casa espancada após boatos no Facebook morre no hospital




As agressões contra a dona de casa ocorreram após um boato ter se espalhado no Facebook de que havia uma sequestradora de crianças na região. Fabiane Maria deixa duas filhas, uma de 13 e outras de 1 ano

A dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, espancada por um grupo de moradores do Guarujá, litoral paulista, na noite de sábado, morreu na manhã desta segunda-feira. Ela foi amarrada e agredida porque teria sido confundida com uma mulher que havia sequestrado uma criança no bairro Morrinhos. Pragmatismo Político divulgou o episódio anteriormente aqui.
Segundo a equipe de investigação da delegacia do Guarujá, a vítima apresentava problemas mentais e não consta qualquer ocorrência ou acusação contra Fabiane. Também não há nenhum registro desses sequestros de crianças.
A agressão teria sido motivada por uma publicação em uma rede social. Na mensagem postada, o “Guarujá Alerta” mostrava a foto de uma mulher parecida com a que foi agredida. A imagem já foi retirada. Em sua página, os administradores do “Guarujá Alerta” afirmam que estão colaborando com as investigações da polícia e que não vão se manifestar. Vários seguidores estão comentando, indignados, a morte da dona de casa após a publicação da foto.
Leia também: Marido de mulher assassinada por “justiceiros” diz que vai processar perfil do facebook que espalhou boatos
O responsável pela página se apresentou à polícia na manhã desta segunda-feira e vai prestar depoimento.
A violência, registrada em vídeo por uma moradora, revoltou amigos e familiares da vítima que seria portadora de transtorno bipolar e passa por acompanhamento médico. Fabiane sofreu traumatismo craniano, chegou a ficar internada na UTI de um hospital no Guarujá, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com vizinhos, a mulher tinha duas filhas, uma de 13 anos e uma de apenas um ano.

Pink Floyd pede aos Rolling Stones: "Boicotem Israel"



Roger Waters e Nick Mason pedem que Mick Jagger e sua banda não façam show programado para 4 de julho em Tel Aviv. “É o equivalente moral a se apresentar em Sun City no auge do apartheid sul- africano”

Por Igor Carvalho e Anna Beatriz Anjos, na Revista Fórum



Reprodução
Roger Waters, do Pink Floyd, esteve na Palestina e acompanhou o drama dos cidadão que sofrem com a ocupação israelense. Roger Waters, do Pink Floyd, esteve na Palestina e acompanhou o drama dos cidadão que sofrem com a ocupação israelense.
Dois dos fundadores da banda Pink Floyd, Roger Waters e Nick Mason, escreveram uma carta pedindo que os Rolling Stones e outras bandas reconsiderem sobre a decisão de tocar em Israel no ano de 2014.

“Tocar em Israel agora é o mesmo que tocar em Sum City no ápice do apartheid”, insistem os roqueiros do Pink Floyd. No documento, os músicos explicam que ao se apresentarem aos israelenses, estas bandas, incluso os Rolling Stones, vão “fornecer propaganda que será usada pelo governo israelense em suas tentativas de encobrir as políticas de seu regime injusto e racista.”

Waters e Mason pedem, na carta, colaboração à causa da Palestina. “Estamos nos aproximando do ponto de inflexão na consciência global em que a negação dos direitos dos palestinos terá um impacto devastador sobre gerações e eles precisam do nosso apoio agora mais do que nunca.”

Os Rolling Stones confirmaram que no dia 4 de julho irão se apresentar em Tel Aviv, contrariando o apelo dos músicos do Pink Floyd.

*tvvermelho