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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, maio 13, 2014

SABESP acionistas privilegiados consumidor paga

Sabesp segue Sanepar, privilegia os acionistas e prejudica consumidores


Por Lúcia Rodrigues, 
A falta de água em São Paulo não pode ser atribuída à ausência de chuvas no último período. A principal causa para o esvaziamento do sistema Cantareira, maior reservatório da região metropolitana, se deve à falta de investimentos do governo do Estado na ampliação de novos mananciais. Essa é a conclusão do professor aposentado da Escola Politécnica da USP e engenheiro de hidráulica e saneamento Julio Cerqueira Cesar, um dos maiores especialistas na área.
Ele explica que estiagens são comuns em outros países e nem por isso a população fica sem água potável nas torneiras. “O que está acontecendo em São Paulo, acontece em qualquer lugar do mundo. Faz parte do ciclo hidrológico. A chuva não é a culpada. O problema é que o sistema de abastecimento de água tem de ter a capacidade de suprir essa variação na precipitação, e isso não ocorreu aqui”, enfatiza.
Sistema Cantareira (Viomundo)
Sistema Cantareira (Viomundo)
“O governo não investiu na ampliação de mananciais, são os mesmos de 30 anos atrás. Nesse período, a população cresceu em 10 milhões de pessoas (saltou de 12 milhões para 22 milhões). Os mananciais existentes não são capazes de atender a essa demanda. Essa é a grande causa da falta de água em São Paulo”, ressalta.
A falta de investimento na ampliação de novos mananciais tem explicação. Segundo o professor Julio, até o início da década de 1990, o objetivo da companhia era atender a população com saneamento básico, para manter a saúde pública em níveis adequados. “Até 90, a companhia era comandada por engenheiros sanitaristas, depois disso a Sabesp aderiu ao lucro de corpo e alma. Deixou de se preocupar com seus usuários e passou a se preocupar com seus acionistas. Hoje quem comanda a Sabesp são economistas e advogados. O objetivo da empresa mudou. É para dar lucro para os acionistas.”
Para o geólogo e deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP), líder da minoria (PT – PSOL – PCdoB) na Assembleia Legislativa de São Paulo, a lógica do lucro na Sabesp é anterior à década de 90, e remonta à época da ditadura militar. “Vem desde o Maluf, mas os tucanos intensificaram a mercantilização da água ao abrir o capital da Sabesp em Bolsa. Isso agudizou o problema, porque os acionistas não querem abrir mão do lucro para se fazer os investimentos necessários, por exemplo, na ampliação dos mananciais.”
Apesar de não ter sido privatizada nos moldes tradicionais, na prática a Sabesp deixou de ser pública. Em 2000, a companhia teve inclusive seu capital acionário aberto na Bolsa de Nova York. “Com a abertura do capital, a companhia deixou de ser uma empresa de saúde pública e virou um balcão de negócios. Só se preocupa com o lucro dos acionistas, que estão muito satisfeitos”, afirma o professor Julio.
Com faturamento anual na casa dos R$ 10 bilhões e lucro líquido em torno de R$ 2 bilhões, a Sabesp tem repassado anualmente a seus acionistas aproximadamente R$ 500 milhões. “Os acionistas estão dando risada, enquanto os usuários choram”, ironiza o professor, ao se referir à falta de água que atinge os moradores da região metropolitana de São Paulo.
O professor conta que dez anos após o capital da companhia ter sido aberto na Bolsa de Nova York, a Sabesp foi premiada nos Estados Unidos por ser a empresa que mais se valorizou no período. “Sucesso financeiro e fracasso completo em saúde pública…”, sentencia.
Lucro X Investimento
Para ele, a abertura das ações na Bolsa de Nova York é um dos principais motivos da falta de investimento na ampliação dos mananciais para o abastecimento de água da população de São Paulo. “Não investe porque só quer ter lucro para repassar aos acionistas. Estar na Bolsa de Nova York é sintomático. A Sabesp entrou na lógica do lucro, deixou de se preocupar com água e saneamento básico, para se preocupar com seus acionistas.”
O deputado petista destaca que o comportamento da Sabesp é diametralmente oposto ao da Petrobras, que também tem ações em Bolsa, mas não abriu mão de investir. “A Petrobras não deixou de fazer os investimentos necessários, tanto é que descobriu o pré-sal”, alfineta. Adriano Diogo também é critico em relação ao valor da tarifa cobrada dos usuários pela Sabesp. “É uma das contas de água mais caras do mundo. Isso é para dar lucro para os acionistas.”
Para o ex-governador do Paraná, senador Roberto Requião (PMDB-PR), “o aumento da tarifa e a fantástica distribuição dos lucros nas bolsas” são consequências da privatização do interesse público. “O objetivo não é mais o saneamento básico e a purificação da água, mas dar lucro aos acionistas. Transformaram a água numa commodity [mercadoria]”, critica.
Requião afirma que o resultado de uma empresa de água deve ser medido pelo serviço que presta à população e não pelo lucro que gera a seus acionistas. Ele teme que seus adversários também abram o capital acionário da Sanepar, a companhia de água e saneamento do Paraná, em Bolsa. Parte dela já havia sido vendida por seu antecessor.
“Empresa de água tem de ser pública. Quando saí do governo, deixei em caixa na Sanepar R$ 1 bilhão. O Beto Richa (atual governador do Estado) chegou e aumentou a participação (dos acionistas) de 25% para 50% e passou a não fazer mais investimentos. O Estado não tem de tirar dinheiro da empresa, tem de reinvestir.”
O governador Beto Richa, do Paraná, é do mesmo partido de Geraldo Alckmin, seu colega paulista: PSDB.
Medo da eleição
Mas a falta de investimentos em novos mananciais devido à preponderância na valorização dos interesses dos acionistas em detrimento do bem-estar da população está se tornando o grande pesadelo do governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB).
A falta de água representa um risco real à sua reeleição. “O governador não assume o racionamento porque quer ser reeleito e acha que se fizer, não será. Está empurrando a crise da água em São Paulo, com a barriga, politicamente… É impressionante a desproporção entre o tamanho do problema e a pequenez das soluções adotadas pelo governo”, critica o professor.
Além da crise que atinge os moradores da região metropolitana neste momento, três milhões de pessoas já sofriam com a falta de água antes desse problema. “A Sabesp faz ligação de rede pra todo mundo, porque assim cobra a tarifa, só que depois não leva a água até a casa das pessoas. Diz que o cano furou… Infelizmente são os pobres que pagam…”
Ele revela que há um déficit de 13 metros cúbicos de água por segundo entre o que é oferecido pela Sabesp e o que é demandado pela população. Os reservatórios fornecem em torno de 72 metros cúbicos por segundo, quando deveriam liberar 85.
A situação é gravíssima. Um técnico da companhia que não quer se identificar com medo de represálias, porque a Sabesp persegue quem aponta seus erros, reforça a preocupação do professor. “Este ano há o risco de um colapso.”
“A Cantareira seca no próximo mês”, frisa Julio. “E o Alto Tietê deve secar até no máximo novembro, se as coisas continuarem do jeito que estão”, completa o funcionário.
Desperdício
Um dos problemas levantados pelo técnico para o agravamento da crise é o desperdício de água pela própria Sabesp, que hoje ultrapassa os 30% do volume produzido, segundo dados da Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp). Esse percentual de desperdício é suficiente para abastecer uma cidade como Campinas.
Os vazamentos em grande medida são fruto da política adotada pela companhia, que optou por terceirizar parte de seus serviços. “Isso tem reflexo na qualidade do serviço prestado. Não dá pra comparar o trabalho de um funcionário da Sabesp com o de uma (empresa) terceirizada. Quem é terceirizado não recebe a mesma formação que nós, a rotatividade dessas empresas é muito grande. Por isso, não é raro que logo depois de se instalar uma rede, ela esteja vazando”, explica.
Ele revela como essa política também pode aumentar drasticamente o valor da conta de água. “Quando falta água, entra ar nos canos e o hidrômetro começa a girar que nem louco. Isso faz com que a conta de água aumente muito, sem a pessoa saber o porquê. Se são técnicos da Sabesp, fazem ventosas no sistema para retirar esse ar, mas os terceirizados não fazem isso…”, lamenta.
Racionamento vai perdurar
Para o professor Julio, a população vai pagar pelo erro do governo do Estado de São Paulo. Ele considera inevitável o racionamento no curto e médio prazo. O próximo ano deve ser ainda mais difícil. Ele prevê que o racionamento dure em torno de dois anos.
“Se (Alckmin) quisesse resolver tecnicamente o problema, já deveria ter começado o racionamento em dezembro do ano passado e tomado uma série de providências, mas não fez isso. O governador quer empurrar o problema para depois das eleições.”
“A boa notícia é que temos água em condição de ser trazida para as cidades, o problema é que essas obras demoram muito para serem concluídas.”
O professor se refere à bacia hidrográfica localizada no Vale do Ribeira. “Lá há pouca gente e uma quantidade enorme de água. Não vai afetar em nada a vida dos moradores.”

Escrito por: Redação
*viomundo

segunda-feira, maio 12, 2014

Igreja Católica só se lembra do lado positivo de sua história


por Headbanger Ateu a propósito de

A Igreja Católica, mais uma vez, mostra seu irracional medo de se ver como crença extinta. E sabe que, com seu caráter imperialista e governista, "regeu" nações na Idade Média e "ajudou" a moldar outras na América. Bem como tentou se estender rumo ao Oriente.

Como não há jeito de esconder a realidade, é uma igreja sangrenta, governista, opressora e que conhece muito bem seu caráter imperial. Que só foi permitido graças a concílios envolvendo imperadores gananciosos dos tempos romanos e que resultaram em um longo período de perseguição e mortes que atravessou a Idade Média.


Também dizimou ou catequizou povos como os Maias, Incas, Astecas e outros ameríndios ao longo dos séculos que se passaram após o descobrimento da América. Foi uma das responsáveis - sob forma de diversos pretextos - pela escravização de índios e negros no Brasil.

Agora, alega encontrar-se ameaçada de cessar sua hegemonia pela falta de "leigos". De adeptos. Pois sabe que a ciência, as leis e a humana liberdade natural do pensar tendem a inovar cada vez mais. Isso faz com que religiões, mitos e irrealidades sejam questionados. Com a ampla possibilidade, de também ser questionada pelos próprios "leigos" os quais tal instituição considera ser.

Usa-se de toda a sua história apenas abarcando o lado positivo dela. Esquecendo-se do negativo e apenas admitindo-o por meio de sua autoridade máxima.

Esse lado positivo significa dizer que são as culturas que ela transformou, os países que aceitaram suas morais como guias sociais, influências na arte, costumes.

Por não ter contato algum com a realidade, apenas com o logro, o engano e até mesmo, a perseguição e carnificina, a Igreja Católica hoje tem a certeza de seu declínio que já ocorre de maneira lenta e gradativa. Seus costumes, morais e personagens já são deveras questionados e abandonados. E suas influências sociais, já postas em xeque desde os tempos iluministas.

A ICAR ainda não corre o risco de perder completamente seus adeptos, como é fruto de seu temor. Mas está seriamente condicionada a ser vista, em um futuro próximo, como um mero aspecto histórico do passado e que não tem significação alguma com a realidade atual.

Continuará a perder mais adeptos pela própria condição racional humana. E ainda carregará o fardo da realidade: ser vista como instituição demagoga por conta de seu sanguinário, corrupto e controverso currículo histórico.


Paulopes informa que reprodução deste texto só poderá ser feita com o CRÉDITO e LINK da origem. 


Minha viagem a Coreia do Norte


O jornalista Marcel Cartier visitou a Coreia socialista e corrigiu os equívocos e as informações falsas que a mídia ocidental propaga sobre o país. Em artigo publicado no jornal Liberation News, dos EUA, ele esclarece vários mitos e conta fatos e verdades surpreendentes. "Tive a oportunidade única de pas­sar vários dias em três partes diferentes da República Popular Democrática da Coreia, mais comumente referida apenas como Coreia do Norte. Aqui estão algu­mas coisas sobre o país que podem sur­preendê-lo."

MINHA VIAGEM A COREIA DO NORTE: 13 EQUÍVOCOS CORRIGIDOS

Por Marcel Cartier, em 21/04/2014
1. Os americanos não são odiados, mas bem-vindos
O alto nível de consciência de classe dos coreanos faz com que eles não con­fundam o povo estadunidense com o seu governo. Os coreanos não fazem segredo quanto ao seu desprezo pelo imperialis­mo dos EUA, mas se você diz que é um estadunidense, a conversa geralmente gira muito mais em torno de temas cul­turais ou relacionados a esportes do que de política. Na biblioteca The Grand Pe­ople’s Study House, localizada em Pyon­gyang, o CD mais popular é o Greatest Hits, dos Beatles, embora Linkin Park também seja bastante solicitado entre a juventude local. Os jovens parecem fasci­nados pela NBA e sabem muito mais so­bre a liga de basquete e seu campeonato do que apenas sobre o ex-jogador Den­nis Rodman.
2. Fronteira e alfândega
Muitos dos ocidentais que viajaram de Pequim para Pyongyang comigo es­tavam preocupados que o procedimen­to de imigração seria longo e intenso. Todos pareciam muito surpresos que os passaportes foram carimbados, sem perguntas, e que apenas um punhado de passageiros teve alguns itens de su­as malas olhados.
Antes de viajar, é al­tamente recomendável por empresas de turismo que as pessoas não tragam qualquer livro sobre a Guerra da Coreia ou itens que estampem bandeiras dos Estados Unidos. Este pode ser um con­selho sólido, mas a imigração realmente não parece muito preocupada com o que é trazido para o país.
3. Pyongyang é bonita, limpa e colorida
Provavelmente uma das cidades mais lindas do mundo, Pyongyang está incrivel­mente bem conservada. Considerando­-se que toda a cidade foi bombardeada pelas forças dos EUA na Guerra da Co­reia (que eles chamam de Guerra de Li­bertação Pátria) e que apenas dois edi­fícios permaneceram em pé em 1953, é uma realização impressionante. As es­tátuas e grandes edifícios são inspira­dores, assim como são os grandes espa­ços verdes, onde você pode ver as pesso­as relaxando. Há muitos novos prédios surgindo em toda a cidade, mas mesmo os que são evidentemente mais antigos são bem mantidos. Costuma-se dizer que Pyongyang durante a noite é escura, e embora possa ser comparada a uma ci­dade ocidental, ela tem belas luzes que iluminam muito o centro da cidade.
4. Cabelo a la Kim Jong-Un
Quando eu estava a caminho do aero­porto para o centro da cidade, vi apenas um homem usando o “corte de cabelo a la Kim”, que, aliás, não me pareceu na­da bom. Os rumores quanto à obrigato­riedade de todos os homens da Coreia do Norte em idade universitária terem de usar o mesmo corte do líder norte-core­ano surgiram após a BBC e a Time vei­cularem a história de um tabloide sul-co­reano. Essa história não só não é verda­de, assim como também não é a alegação de que os homens no país só teriam um número seleto de cortes para escolher na barbearia, sancionado pelo Estado.
5. Norte-coreanos sorriem muito
A pergunta que você deve estar se per­guntando é: “Mas eles não sorriem por­que são forçados a isso?”. Isso seria um grande feito se para todos os risos genu­ínos que eu compartilhei com os corea­nos, eles estiverem apenas rindo “para inglês ver”.
6. Ideologia monolítica não significa personalidade monolítica
Este é um bom lembrete quanto ao fato de individualismo e individualidade não serem a mesma coisa. Na realidade, ob­servando as pessoas interagirem umas com as outras me deu a impressão que a diversidade de tipos de personalidade é tão forte quanto o é no “liberado” Oci­dente. As pessoas têm uma divergência de interesses, desde esportes à cultura, e são livres para escolher o que eles gostam e desgostam.
7. As pessoas se vestem incrivelmente bem no país todo
Até mesmo no campo, os coreanos se vestem de maneira muito digna. Não houve um só lugar que viajei onde as pes­soas parecessem malvestidas ou vestindo roupas que parecessem ser velhas. Ho­mens e mulheres também não vestem o mesmo estilo de roupa, como somos con­dicionados a pensar. É comum ver mu­lheres usando roupas bem brilhantes, in­cluindo ternos e vestidos tradicionais co­reanos de cor pink. Os homens usam gra­vata, camisas de cola e ternos, mas tam­bém não é incomum vê-los em roupas mais casuais, como moletons, dependen­do da ocasião.
8. As crianças começam a aprender inglês aos 7 anos
O domínio da língua inglesa, particu­larmente pela geração mais nova, im­pressiona. Nas décadas anteriores, a época de aprender inglês era no cole­gial. Mas isso foi mudado para a tercei­ra série do ginásio agora. Embora muitas crianças sejam tímidas (no final das con­tas, elas não veem muitos estrangeiros), muitas delas apertaram minhas mãos e até mesmo trocaram poucas palavras em inglês comigo. Entre as línguas popula­res estudadas no colegial estão o chinês e o alemão.
9. O turismo será incentivado num futuro próximo
Um dos aspectos da economia que se­rão priorizados no futuro parece ser o tu­rismo. No momento, todo o aeroporto de Pyongyang está em obras – e sendo ex­pandido. Os coreanos estão dispostos a se abrir para o mundo, mas também es­tão certos de fazerem isso de maneira di­ferente da dos chineses (após ter estado em Pequim e visto a onipotência de al­guns dos piores aspectos da cultural oci­dental, isso os dá toda a razão para te­rem cuidado a esse respeito). A compa­nhia Air Koryo, a qual foi concedida ape­nas 1-estrela pela companhia SkyTrax, na realidade, foi muito melhor em ter­mos de serviço e conforto do que ao me­nos um dúzia de outras companhias aé­reas que já voei. Eles têm uma nova fro­ta de aviões russos que voam entre Pyon­gyang e Pequim, proveem entretenimen­to a bordo ao longo de toda a viagem (o desenho para crianças Clever Raccoon Dog é hilário) e servem um “hambúr­guer” (que não é muito bom, mas comí­vel) e uma variedade de bebidas (café, chá, cerveja e suco). Toda a experiência valeria no mínimo 3 estrelas se tivésse­mos que avaliá-la para valer.
10. Coreanos estão dispostos a falar sobre seu país de maneira aberta
As pessoas estão bem abertas para fa­lar a respeito dos problemas que o país enfrenta e não se furtam em discutir al­guns dos mais difíceis aspectos da vida. Por exemplo, eles falam sobre a “Marcha Árdua” (pense no “Período Especial” em Cuba) quando seca, fome e enchentes so­madas à perda da maioria dos parceiros comerciais do país causaram grandes re­trocessos ao país que até os anos de 1980 tinha uma qualidade de vida mais alta do que a da sua vizinha Coreia do Sul. Eles também discutem as narrativas em rela­ção à Guerra da Coreia e estão dispostos a um melhor relacionamento com a Co­reia do Sul na esperança que aconteça a reunificação. Entretanto, também são bem firmes quanto ao fato de que nunca irão renunciar seus princípios socialistas para facilitar essa reunificação.
11. Cerveja e microcervejarias
Quase todos os distritos do país agora têm uma cervejaria local que provê cer­veja para os arredores. Há uma varieda­de de diferentes tipos que são bebidas por todo o país e a maioria das refeições são servidas com uma pequena quantidade de cerveja. No Kim Il Sung Stadium, on­de a maratona de Pyongyang começou e terminou não era incomum ver locais be­bendo cerveja enquanto observavam as partidas-exibição entre os times de fute­bol do país. Pense no estádio dos Yanke­es, sem a agressividade do público.
12. Tabloides
Havia ao menos 100 estaduniden­ses ao mesmo tempo que eu em Pyon­gyang, em grande parte devido aos cor­redores amadores estrangeiros que tive­ram a permissão de competir pela pri­meira vez na maratona. Um casal disse ser esta sua segunda visita ao país, após o terem visitado no ano passado. Eles mencionaram como estavam um pou­co asssustados quando vieram pela pri­meira vez porque isso foi bem depois de uma história que tinha ganhado as man­chetes sobre Kim Jong – um ter mata­do sua namorada e outras pessoas por terem aparecido em uma fita pornô. O casal falou de como eles entraram em uma ópera em Pyongyang e assim que sentaram perceberam que a mesma mu­lher que devia estar morta estava sen­tada bem na frente deles. De fato, uma walking dead. Outras histórias recentes que saíram na mídia ocidental via tab­lóides sul-coreanos em relação a execu­ções em massa em estádios ou ao tio de Kim Jong – um ter servido de alimen­to para um bando de cachorros famin­tos também são ditas como sem senti­do por ocidentais que viajam frequente­mente para lá e conhecem bem a situa­ção do país. Isto não é para nada dizer sobre a existência de campos de reedu­cação política ou prisões, mas para fa­lar sobre uma campanha de demoniza­ção contra o país que o distorce comple­tamente e que não ajuda em nada o po­vo coreano
13. Os coreanos não hesitaram em fazer com que você se divirta com eles
Aconteceu uma série de eventos orga­nizados em Pyongyang por ocasião do aniversário de Kim Il Sung, que é um fe­riado nacional quando as pessoas ficam dois dias sem trabalhar. Alguns foram or­ganizados publicamente, como as mass dances, em que centenas de pessoas dan­çam em grandes praças ao som de mú­sicas populares coreanas. Outros even­tos envolveram famílias no parque fazen­do piquenique enquanto crianças com­pravam sorvete e vovós bêbadas dança­vam de forma hilária porque tinham tido muito soju caseiro. Mas, como em qual­quer outro Estado autoritário, você tem que participar! Intimidar-se não é uma opção, já que eles vão te puxar pelo bra­ço e te ensinar a dançar todos os passos mesmo que eles próprios não os estejam fazendo de maneira correta.
Em resumo, eu achei os coreanos do Norte uns dos mais acolhedores e mais autênticos seres humanos que já tive a chance de interagir. Seria tolo referir-se ao país como um “paraíso dos trabalha­dores” devido à profundidade de pro­blemas que enfrenta. Como em todas as sociedades, existem aspectos positi­vos e negativos. Entretanto, consideran­do que eles têm superado séculos de do­minação imperial, a perca de quase um quarto de sua população na Guerra da Coreia e continuam a manter seu siste­ma social diante de um continuado esta­do de guerra, eles têm se dado tremen­damente bem. Os sucessos em educa­ção gratuita por meio da Universidade, a não existência de sem-teto e um po­vo orgulhoso e digno deveriam ser apre­sentados no sentido de se ganhar uma imagem do país mais completa e com mais nuances.
Tenho de dizer que a Coreia do Norte pintada pela mídia ocidental na verdade fala mais sobre a eficiência de nosso aparato de propaganda e de téc­nicas de lavagem cerebral do que do de­les. O fato que eu até tenho que escrever sobre as coisas surpreendentes que tes­temunhei é a evidência da séria falta de compreensão que temos sobre o país. Os problemas enfrentados pela Coreia nun­ca são contextualizados como deveriam ser – como uma nação oprimida com o objetivo de libertar-se da servidão das grandes potências que têm a intenção de devorar cada Estado restante livre de uma unipolaridade que morre.
Ah, e eu quase estava esquecendo so­bre as armas nucleares! Bem, vamos considerar se os militares norte-core­anos estivessem realizando exercícios militares anualmente ao largo da cos­ta de Nova Iorque, simulando o bom­bardeio de Manhattan e a ocupação da totalidade do país, o qual já controla a metade ocidental.
Não seria sensato dado o contexto pa­ra os estadunidenses desenvolverem um arsenal nuclear? Os coreanos não são fa­mintos por guerra ou até mesmo “obce­cados” com o exército ou forças militares. No entanto, dado a forma como a situa­ção na Líbia foi jogada, eles ainda estão mais convencidos – com razão – de que a única razão pela qual o seu Estado inde­pendente continua a existir é devido ao Songun (a política “militares em primei­ro lugar”) e a existência de capacidades nucleares. Para ter certeza, eles não têm a intenção de usá-lo a menos que os colo­quem na posição de ter de fazê-lo.
É meu desejo sincero que exista um continuado intercâmbio cultural e inter­pessoal no futuro próximo entre as pes­soas da Coreia do Norte e os países oci­dentais. Praticamente todas as pessoas que viajaram comigo de volta a Pequim estavam em êxtase de quão diferente sua experiência foi, comparado ao que eles esperavam. Eles – como eu – ganharam muito com a experiência humanizado­ra de interagir com os coreanos. Embora os ocidentais sejam relativamente livres para viajar muito mais do que os cida­dãos da Coreia do Norte, é irônico como os coreanos aparentemente sabem muito mais sobre nós do que nós sabemos so­bre eles. Isso terá que mudar nos próxi­mos anos.
*Flavialeitao

Ogra do cerrado quer ser presidenta do Brasil

Via O Eco
"Rainha da motosserra" brasileira ataca ambientalistas


Jonathan Watts* - 09/05/14
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Fora da estufa política de Brasília, provavelmente, há poucos que conhecem o nome do chefe do poderoso lobby agrícola do Brasil, no entanto, a mulher em questão, Kátia Abreu, está rapidamente se tornando a política brasileira mais interessante, importante - e perigosa.
A senadora e fazendeira do Tocantins foi uma força influente no enfraquecimento do Código Florestal do Brasil, responsabilizado por muitos pelo recente aumento do desmatamento da Amazônia. Seu apoio - no parlamento e em uma ácida coluna de jornal - por mais estradas através da Amazônia, controle do Congresso sobre demarcação de reservas indígenas, monoculturas mais eficientes e "sementes exterminadoras" geneticamente modificadas lhe rendeu a ira dos ambientalistas, que a chamavam de "senhorita desmatamento", "rainha da motosserra" e "Face do mal".
Abreu, no entanto, se mantém desafiadora, e diz que se prepara para um dia disputar a presidência e quer ajudar o Brasil a superar os EUA como o maior produtor de alimentos do mundo. "Concorrer à presidência não é um plano, é destino. Estou me preparando para isso, caso esse seja o meu destino", disse ela em uma entrevista concedida em seu escritório em Brasília. "A crítica dos ambientalistas radicais é a melhor forma de endosso. Isso me dá satisfação. Isso mostra que estou no caminho certo e fazendo o papel certo".
Formada em psicologia, Abreu assumiu a fazenda da família depois que seu marido morreu em 1987, e se tornou a mais ferrenha defensora do agronegócio no Brasil. Ela dirige a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e lidera seu lobby político, que reivindica ter ao seu lado mais de 250 senadores e membros do Congresso.
Seu principal objetivo é aumentar a produção agrícola, a qual representa 23% da economia do Brasil, fração que continua crescendo. As safras de soja e outros produtos aumentaram nos últimos anos, colocando o país - de acordo com Abreu - a caminho de superar os EUA, mesmo sem novos desmatamentos. "Nós temos todos os elementos essenciais: água em abundância, tecnologia avançada e abundância de terra para a produção. Com essa base, podemos nos tornar o número um sem derrubar árvores".
Sua agressiva mensagem sobre os agronegócios é sustentada por um nacionalismo do tipo abraçado à bandeira do país e que ataca qualquer grupo acusado de tentar retardar o crescimento da agricultura brasileira. Isto inclui os ambientalistas, grupos indígenas e camponeses sem terra, os quais ela alega - sem provas – trabalham para interesses estrangeiros. "Eu não tenho provas concretas disso, mas tenho uma forte impressão de que este é o caso", disse ela.
A retórica e o estilo intransigente de Abreu lembram os de Margaret Thatcher. Quando menciono a comparação, a senadora se anima.
"Obrigado! Margaret Thatcher foi uma das maiores mentes defensora das políticas liberais. Ela construiu um conjunto de princípios que mudou o mundo. Só lamento não ter tido a oportunidade de conhecê-la".
Como Thatcher na década de 1980, Abreu está engajada em uma luta com potencial de mudar o mundo. Enquanto a batalha da Primeira-Ministra britânica contra os mineiros na década de 1980 marcou o início de um período de divisão social e capitalismo descontrolado, o ataque de Abreu ao movimento ambientalista tem enorme potencial de causar desdobramentos para o clima global e a oferta de alimentos. Ela parece estar ganhando. À medida que a economia brasileira tornou-se mais dependente do agronegócio, a influência de seu lobby no parlamento aumentou ao ponto em que ela pode ter um peso decisivo nas vitórias ou derrotas da agenda do governo.
Abreu disse que seu sucesso foi, em parte, resultado das melhorias de estilo de vida que a indústria trouxe para o povo brasileiro. "Quarenta anos atrás, o brasileiro médio gastava 50% de sua renda em alimentos. Agora, a proporção é de cerca de 18%".
A situação era muito diferente há uma década, quando a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, introduziu uma série de medidas que reduziram o desmatamento, e prometeu mais território para grupos indígenas e camponeses sem terra.
Abreu disse que agora a mesa virou. "Por muitos anos, o ambientalismo chegou a um ponto extremo e nós, no setor do agronegócio, fomos tratados como criminosos", disse, mas agora "nosso setor do agronegócio pode influenciar a escolha dos reis e rainhas no Brasil. No passado, só exercíamos influência econômica. Agora temos também o poder político".
Apoio à Dilma
"Eu só quero que ela esteja disposta a entender a nossa situação, para ter uma ideia dos problemas que o setor agrícola enfrenta e ajudar a resolver esses problemas, para que possamos continuar crescendo (...)"
Na eleição presidencial em outubro, Abreu disse que apoiaria a atual presidente, Dilma Rousseff, que ela descreveu como "mais interessada em agricultura" do que seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar de estarem ostensivamente em lados opostos da divisão ideológica, Abreu disse que trabalharia com Rousseff por um preço: "Eu só quero que ela esteja disposta a entender a nossa situação, para ter uma ideia dos problemas que o setor agrícola enfrenta e ajudar a resolver esses problemas, para que possamos continuar crescendo e para que o Brasil possa chegar ao número um na produção de alimentos".
É provável que isso signifique uma maior erosão dos direitos indígenas, leis ambientais mais fracas e menos restrições sobre sementes geneticamente modificadas -- todos objetivos pelos quais o lobby de Abreu luta no Congresso.
"Não podemos descansar sobre os louros alcançados. Há muitas coisas freando o progresso: a questão ambiental, a questão indígena e outras. Mas mesmo assim continuamos obtendo altos índices de produtividade. Imagine o quão alto eles poderiam chegar sem esses obstáculos", disse Abreu.
*Esse artigo é publicado em parceria com a Guardian Environment Network, da qual ((o))eco faz parte. A versão original (em inglês) foi publicada no site do Guardian. Tradução de Eduardo Pegurier
Antalogia de Kátia senhora feudal Abreu
Kátia Abreu faz palestra em encontro de juízes patrocinado pela CNA
Kátia demofeudal Abreu é o suprassumo da estupidez e da ganância
Kátia 'demo feudal' Abreu é o mal
imageKatia demo feudal Abreu terá de pagar por terras tomadas na mão grande



*GilsonSampaio

ALOYSIO NUNES QUEBRA O DECORO EM REDE MUNDIAL - E OS CORPORATIVISTAS, NÃO FAZEM NADA?




Todas as famílias que formam o conjunto da sociedade brasileira, sentem-se bastante desrespeitadas quando um representante de um poder importante como é o legislativo, no caso o  senado federal, obriga a população do País a ler e assistir um servidor público - que deve o seu salário aos contribuintes -  proferir este tipo de palavreado de baixo calão, ao vivo e a cores em rede mundial. 

Merecia sim, esta criatura desequilibrada para o alto cargo que exerce em nome da Democracia, sofrer a perda do seu mandato pela gritante falta de decoro parlamentar. 
Lamentavelmente uma parte da Esquerda é corporativista, e a outra é niilista; caso contrário, estaria mobilizadas para tal. 






Curiosidades do Brasil...

Aqui no Pará, de acordo com o dicionário popular, existem três tipos de denominação para as pessoas que apresentam sintomas de descontrole moral, emocional ou ético. Diria-se então que, fulano,  da cabeça esta... 

A) DESCAMBIMBADO      - Se fosse na fase inicial do 'destempero' e os sintomas malévolos fossem circunstanciais, espaçados ou virtuais; 

B) DESCAÇETADO            - Caso os sintomas nocivos fossem de médio porte ofensivo, mas ainda reversíveis; e, por último: 

C) DESCARALHADO      - Diagnóstico popular definitivo, que valeria para casos tidos como totalmente 'perdidos'.  

O caso de Aloysio se enquadraria em que letra?

Juiz acolhe ação contra a Globo pelo episódio das crianças de Monte Santo



Luis Nassif

É provável que sequer passe em segunda instância. Mas a sentença do juiz Sérgio Fernandes (titular da 2a Vara Civel de Indaiatuba) contra a Rede Globo de Televisão e O Boticário, mais dois jornalistas da emissora, é um marco nas discussões sobre os limites da imprensa – especialmente das concessionárias de serviço público.
Raquel ficou mais conhecida depois que virou sinônimo de intolerância e prepotência

Shows, programas sensacionalistas, apologia ao crime, apologia à discriminação e ao preconceito, todos esses crimes – previstos no Código Penal - foram colocados debaixo do tapete da liberdade de imprensa. Até classificação indicativa entrou nesse espaço.
Diversos crimes de imprensa, como a falsa entrevista do apresentado Gugu com o PCC, as campanhas da TV Record contra as religiões afro, a apologia ao crime de Rachel Sheherazade, do SBT foram bloqueados na Justiça em nome de falsa interpretação do direito à informação.
No ano passado, provavelmente para alavancar a novela “Salve Jorge” – que versava sobre tráfico de pessoas – a Globo deu início a uma série de reportagens manipuladas sobre a adoção de crianças em Monte Santo (Bahia). Na novela, o personagem principal tem a filha, menor de idade, seqüestrada por uma quadrilha internacional de prostituição
Famílias foram expostas, crianças foram sacrificadas em nome do show e, pior que isso, estigmatizou-se o instituto da adoção – essencial em um país que mal sabe cuidar das suas crianças. Esse jogo sensacionalista recebeu a adesão imprudente da própria Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, chefiada por Maria do Rosário, parlamentar gaúcha.
O juiz acolheu a ação na qual os autores requerem indenização de R$ 144 milhões pela reportagem veiculada no dia 14 de outubro de 2012 no “Fantástico.”
A ação é por danos morais e coletivos e foi movida por um casal de Indaiatuba que detinha a guarda provisória de uma das cinco crianças.
As crianças viviam em situação de risco e foram colocadas em um lar substituto, por medida de segurança, requerida pelo próprio Ministério Público da Bahia e deferida pelo Juiz de Direito.
O repórter José Raimundo, do “Fantástico” é acusado por quebra de sigilo processual, por ter mostrado em rede nacional o processo de guarda do menor, que é sigiloso.
O casal alega ter sido acusado de forma sensacionalista de traficar crianças, sem receber o espaço proporcional para o direito de resposta, “como assegura a legislação sobre a concessão dos canais de comunicação”.
Segundo os autores, a jornalista Eleonora Ramos, que fez a denúncia, é coordenadora e fundadora do Projeto Proteger, trabalha no CEDECA-BA, que recebe dinheiro do Projeto Criança Esperança, apoiado pela Rede Globo de Televisão.
Além da indenização, é pedida uma multa de R$ 144 milhões destinados à criação e veiculação de campanha publicitária nacional, “visando restabelecer a credibilidade do Instituto da Adoção”.
Faltou incluir na ação a ex-Ministra Maria do Rosário, que ajudou a estimular o linchamento moral contra as famílias e o preconceito contra a adoção.
Leia as matérias produzidas sobre o caso: O caso das adoções de Monte Santo

domingo, maio 11, 2014

Hitler: o principal “aliado” dos EUA







Hitler: o principal “aliado” dos EUA
Desde a Segunda Guerra Mundial, os EUA usam da mesma tática de demonização de seus “inimigos da vez”, comparando-os com líder nazista
Por Redação
Se existe uma fórmula que é praticamente infalível para os sucessivos governos norte-americanos na formação da opinião pública mundial, para o lado dos EUA, é chamar o inimigo da vez de “novo Hitler”.
Se Hillary Clinton comparou Putin com Hitler; John Kerry também o fez com Assad; John McCain com Raúl Castro; George W. Bush com Saddam Hussein e Donald Rumsfeld com o presidente Hugo Chávez, da Venezuela.
O professor norueguês Floyd Rudmin seguiu com a lista de “Hitlers” na visão dos EUA: Allende (Chile), Noriega (Panamá), Ortega (Nicarágua), Milosevic (Sérvia), Arafat (Palestina), Qaddafi (Libia), Ahmadinejad (Irã), and Kim (Coreia do Norte). O que torna Putin apenas o “Hitler do momento”.
No entanto, como o escritor Vicenç Navarro bem apontou, “classificar o presidente da Rússia como Hitler já alcança nível recorde, mostrando o grau de ignorância e de insensibilidade dos EUA, pois foram a Rússia e as outras repúblicas da União Soviética que derrotaram Hitler. Ao contrário do que Hollywood mostrou, as tropas nazistas foram derrotadas predominantemente pelas tropas da União Soviética e não pelas dos Estados Unidos”.
A campanha de desinformação e propaganda dos EUA e seus aliados no entanto não se limita apenas à “hitlerização” de Putin – ela tem tem alcançado níveis extremos de falta de comprometimento com a verdade e omissão dos fatos . O renomado jornalista Robert Parry, por exemplo, acusou o The New York Times de “deturpar sistematicamente a informação sobre os acontecimentos na Ucrânia” e cita a tragédia desse final de semana em Odessa,  que tirou a vida de mais de 40 pessoas em um incêndio criminoso após manifestantes contra o governo de Kiev terem se refugiado no prédio da Casa dos Sindicatos, tentando escapar de uma armadilha promovida pelos ultra-nacionalistas do Setor Direita. O jornal sequer mencionou isso no seu artigo, deixando sem explicação quem foi queimado vivo dentro do prédio e quem fez os partidários da federalização ficar por trás.
No vídeo abaixo ainda é possível ver que os sobreviventes ainda foram agredidos pelos grupos de extrema direita. Todavia, essa parte da notícia falhou em alcançar as manchetes na mídia ocidental, da mesma maneira que a comparação de Putin com Hitler deixa para trás – convenientemente – o fato dos rivais ucranianos do líder russo, serem assumidamente neonazistas.

*Forum

         O MITO DO 1%




Dias atrás escrevi um artigo acusando a Igreja Católica de ser "uma organização criminosa que montou um esquema sórdido para acobertar predadores sexuais". Encontrei hoje, num livro que li há bastante tempo, O poder e a glória, do historiador inglês David Yallop, um trecho que gostaria de partilhar com vocês:

O MITO DO 1%


"De sua história pessoal consta o ingresso voluntário - ao contrário das afirmações de Ratzinger, a convocação não foi compulsória - no movimento da juventude de Hitler. Seu próprio relato das atividades posteriores da Wehrmacht também é obscuro.
Como chefe da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal Ratzinger em várias ocasiões recusou-se a investigar denúncias repetidas incluindo depoimentos juramentados de que o fundador dos Legionários de Cristo, Marcial Maciel, com frequência abusava sexualmente de membros jovens de sua organização. O cardeal sabia muito bem da alta consideração que o papa João Paulo II tinha por Maciel. Com Wojtyla morto e Ratzinger devidamente eleito como seu sucessor, as provas contra Marcial Maciel, durante anos negligenciadas, finalmente foram consideradas. Em 19 de maio de 2007, o Vaticano anunciou que, após um exame intensivo das várias acusações, a Congregação para a Fé, sob a direção de seu novo prefeito, cardeal William Levada, decidiu, 'levando em conta a idade avançada do reverendo Maciel e sua saúde delicada, não tomar qualquer atitude contra ele'. Preferiu convidá-lo a levar 'uma vida reservada de oração e penitência, renunciando a todo ministério público'. Este, porém, não era o sinal de que as muito necessárias reformas relacionadas ao abuso sexual por parte de membros do clero estivessem prestes a ser implementadas. Consta também que Ratzinger emitiu uma advertência por escrito para todos os bispos católicos do mundo sobre as penalidades rígidas que estavam sendo enfrentadas por aqueles que encaminhassem acusações de abuso sexual às autoridades civis. Desse modo ele garantia que o desejo de seu predecessor de que as Igreja encobrisse essas atividades – um ponto de vista que Karol Wojtyla havia expressado aos bispos austríacos em 1998: 'como toda casa que tem quartos especiais que não são abertos aos convidados, a Igreja também precisa de locais para conversas que requerem privacidade' – continuasse a ser a política oficial." (página 549)
Como eu disse antes, não se trata de 1%... E para aqueles que acham que Yallop é ateu, veja como ele encerra o seu livro (página 550): "Deus ajude a Igreja Católica Apostólica Romana".
*euracional
O livro negro do cristianismoAqui: Em PDF Dois mil anos de crimes em nome de Deus
Parte 1 & 2
Parte 3
Parte 4
Apêndices 1 & 2
Apêndices 3 & 4

Apêndice 5 & Notas

*onipresente