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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, maio 17, 2014

Thatcher e Reagan são os pais da desigualdade moderna



Naomi Klein
Uma aula brilhante de mundo moderno. É uma maneira sintética de definir o livro A Doutrina do Choque, da escritora, jornalista e ativista canadense Naomi Klein, 44 anos.
Vou colocar, no pé deste artigo, um documentário baseado na obra, com legenda em português. Recomendo que seja visto, e compartilhado.
Naomi, como é aceito já consensualmente, identifica em Reagan e Thatcher, cada um num lado do Atlântico, um movimento que levaria a uma extraordinária concentração de renda no mundo.
Ambos representaram administrações de ricos, por ricos e para ricos. Os impostos para as grandes corporações e para os milionários foram sendo reduzidos de forma lenta, segura e gradual.
Desregulamentações irresponsáveis feitas por Reagan e Thatcher, e copiadas amplamente, permitiram a altos executivos manobras predatórias e absurdamente arriscadas com as quais eles, no curto prazo, levantaram bônus multimilionários.
O drama se viu no médio prazo. A crise financeira internacional de 2007, até hoje ardendo mundo afora, derivou exatamente da ganância irresponsável e afinal destruidora que as desregulamentações estimularam nas grandes empresas e nos altos executivos.
No epicentro da crise estavam financiamentos imobiliários sem qualquer critério decente nos Estados Unidos, expediente com o qual banqueiros levantaram bônus multimilionários antes de levar seus bancos à bancarrota com as previsíveis inadimplências. (Ruiria, com os bancos, também a ilusão de que o reaganismo e o thatcherismo fossem eficientes.)
Tudo isso, essencialmente, é aceito.
a8
Thatcher e Reagan
O engenho de Naomi Klein está em recuar alguns anos mais para estudar a origem da calamidade econômica que tomaria o mundo a partir de 2007.
O marco zero, diz ela, não foi nem Thatcher e nem Reagan. Foi o general Augusto Pinochet, que em 1973 deu, com o apoio decisivo dos Estados Unidos, um golpe militar e derrubou o governo democraticamente eleito de Salvador Allende no Chile.
Foi lá, no Chile de Pinochet, que pela primeira vez apareceria a expressão “doutrina de choque”. O autor não era um chileno, mas o economista americano Milton Friedman, professor da Universidade de Chicago.
Frieman dominou a economia chilena sob Pinochet
Um programa criado pelo governo americano dera, na década de 1960, muitas bolsas de estudo para estudantes chilenos estudarem em Chicago, sob Friedman, um arquiconservador cujas ideias beneficiam o que hoje se conhece como 1% e desfavorecem os demais 99%.
Dado o golpe, os estudantes chilenos de Friedman, os “Chicago Boys”, tomaram o comando da economia sob Pinochet e promoveram a “Doutrina do Choque” – reformas altamente nocivas aos trabalhadores, impostas pela violência extrema da ditadura militar.
Da “Doutrina do Choque” emergiria, no Chile, uma sociedade abjetamente iníqua que anteciparia, como nota Naomi Klein, o que se vê hoje no mundo contemporâneo.
O Brasil, de forma mais amena, antecipara o Chile: o golpe militar, também apoiado pelos Estados Unidos (e pelas grandes empresas de jornalismo, aliás), veio nove anos antes, em 1964. Tivemos nossos Chicago Boys, mas em menor quantidade, como Carlos Langoni, que foi presidente do Banco Central.
Com sua sinistra “Doutrina do Choque”, Friedman, morto em 2006, é o arquiteto do mundo iníquo tão questionado e tão merecidamente combatido em nossos dias.
Um dos méritos de Naomi Klein é deixar isso claro – além de lembrar a todos que situações de grande desigualdade são insustentáveis a longo prazo, como a guilhotina provou na França dos anos 1790.



*DCM

IDENTIFICAÇÃO POLICIAL

Do álbum: Fotos da linha do tempo
De Advogados Ativistas



████████████████ Existe um histórico dentro da coorporação militar que quando a Tropa de Choque vai entrar em cena para "arrepiar", os policiais retiram imediatamente o velcro com a identificação pessoal. Os crimes que sucedem após a retirada do velcro denotam a premeditação e a predisposição à violência por parte do Estado. Armados e não identificados, os agentes de segurança pública ganham carta branca para fazer o que bem entenderem, com a certeza de que serão recompensados pela missão cumprida.

Uniformizados, encapuzados, sem identificação pessoal e totalmente despersonificados, a instituição militar transforma os seus soldados em máquinas de violência, sem qualquer possibilidade de responsabilidade dos seus agentes. Esse fato não é novo, e é amplamente noticiado pela mídia e já foi objeto de diversos ofícios dos Advogados Ativistas encaminhados à Secretaria de Segurança Pública.

É dever do Policial Militar estar devidamente identificado, de forma nítida, visível, através do seu nome e número do batalhão e isso não é pedir muito, é lei. A alteração dos nomes por códigos, como por exemplo - SD1420t20u1 - denotam total violação aos princípios da legalidade moralidade e publicidade na administração pública.

Estamos diante de um sério problema de Segurança Pública no Estado de São Paulo, onde aqueles que deveriam combater o crime, saem às ruas para cometê-lo. Se não bastasse a falta de identificação que sempre fora corriqueira por parte de alguns batalhões da PM, o Estado age com má-fé substituindo os nomes dos policiais por códigos de dez dígitos.

Com códigos indecoráveis, as identificações que estampam os uniformes militares são de baixíssima nitidez, visto que a cor cinza do uniforme e do bordado com o código do policial são quase da mesma cor. Nem mesmo as fotografias das câmeras mais modernas conseguem captar a identificação dos policiais quando estão em ação.

Respaldados politicamente, os Policiais Militares estão sendo incentivados a agirem com violência legitimados pelo próprio Estado que os permitem atuar sem a devida identificação pessoal. Assim, o militar se sente à vontade não só para praticar abusos, bem como tem a certeza da impunidade, que é assegurada pelos mais altos escalões do Poder Público.

Para aqueles que acompanham as ruas é cristalino que atuação violenta da polícia e a falta de identificação pessoal dos policiais estão sendo legitimadas pela Secretaria de Segurança Pública, que combatem as manifestações populares como se estivessem em um Estado de Guerra.

A identificação pessoal de um agente do Estado é a garantia mínima do cidadão de se proteger da violência policial, é princípio básico de administração pública e faz bem para a democracia.

“TV Revolta”, o fenômeno da pregação de ódio seletivo na internet





Por que se fala tanto da TV Revolta, página que detona os direitos humanos, os pobres, os "preguiçosos e vagabundos que dependem de programas sociais", enquanto defende Sheherazade, Bolsonaro e afaga a polícia?

joão revolta tv revolta
João Vitor Almeida Lima, criador do TV Revolta, se define como um “rapaz de 30 anos indignado com o sistema”
“Ponha um cretino fundamental em cima da mesa e você manda ele falar, ele dá um berro e, imediatamente, milhares de outros cretinos se organizam, se arregimentam e se aglutinam”, disse Nelson Rodrigues. “O cretino fundamental raspava a parede da sua humildade e na consciência da sua inépcia. Mas, agora, conseguiram finalmente pela superioridade numérica. Porque para um gênio, você tem um milhão de imbecis.”
João Vitor Almeida Lima, sonoplasta barbudo da rede Bandeirantes, é o criador da chamada TV Revolta, que virou notícia pela quantidade de seguidores. Ele tem um canal no YouTube e uma página no Facebook com quase 3 milhões de curtidas em que o que faz é reverberar ódio patológico.
É um fenômeno de audiência. De cima de seu banquinho, Lima conseguiu reunir uma multidão de gente como ele, supostamente indignada com “tudo isso que está aí”. Aparece em vídeos babando na gravata, falando palavrões, batendo na mesa, despejando sua intolerância mortal — seletiva, claro. Há memes, ilustrações, frases, o que for, contra cotas raciais, o funk, o Bolsa Família, a saúde, a Copa.
Deságua nos Grandes Satãs: o PT, Lula e Dilma. Não entra nada, absolutamente nada, sobre nenhum outro partido.
No meio da ignorância, das ofensas e das simplificações, aparecem posts sobre cães abandonados, com ameaças aos donos que cometem essa crueldade, e frases de auto-ajuda. Lima usa um alter ego, “João Revolta”, para gravar seus depoimentos. João é, em sua descrição, um “rapaz de 30 e poucos anos indignado com o sistema global”.
Detona os direitos humanos, os pobres, os preguiçosos e vagabundos que dependem de programas sociais, enquanto defende Rachel Sheherazade, idolatra Joaquim Barbosa, afaga a polícia. Recentemente, ele afirmou que foi denunciado no YouTube e sua conta suspensa por alguns dias. Voltou mais animado ainda, desta vez alegando que foi censurado pelo governo. Governo comunista, claro.
A raiva online polui o ambiente da internet e se espalha de maneira viral. A página do Guarujá Alerta é um exemplo das consequências desse tipo de mentalidade num ambiente já envenenado. Qual o limite? O Facebook, sempre pronto a retirar do ar fotos de Scarlett Johansson, permite que abjeções como a TV Revolta continuem a mil.
Essa violência virtual é compartilhada por 3 milhões de cidadãos. Christopher Wolf, diretor de uma entidade internacional especializada em combater discursos de ódio na net, disse uma vez que o “Holocausto não começou com câmaras de gás. Tudo se inicia com palavras e estereótipos”.
Sob esse ponto de vista, a TV Revolta está no caminho certo.
*pragmatismopolitico
Vai ter COPA   
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10 MENTIRAS QUE LHE DISSERAM SOBRE A COPA, E VOCÊ ACREDITOU
1) Os Estádios não ficarão prontos para o evento.
Não, todos tiveram as estruturas necessárias perfeitamente concluídas. A Arena da Baixada, em Curitiba, a Arena Pantanal, em Cuiabá, e a Arena Corinthians, em São Paulo, seguem com obras de acabamento. Estruturas complementares para a imprensa e instalações temporárias estão em fase final de montagem, como em qualquer grande evento do gênero.
2) O governo está torrando dinheiro público com os estádios.
Falso. O investimento total do país em estádios totalizou R$ 8 bilhões de reais. Desse montante, R$ 4,4 bilhões foram obtidos com financiamentos junto ao BNDES, que o oferece a qualquer empresa privada, há décadas. Esses valores retornarão, com juros, aos cofres públicos. Nenhum recurso do Orçamento da União, foi desviado da saúde ou da educação para a construção das praças esportivas.
3) O governo gasta bilhões com a Copa, retirando recursos das áreas sociais e de infraestrutura.
Rematada mentira. Não existe recurso orçamentário da União para as entidades organizadoras da Copa. Os investimentos públicos são realizados em portos, aeroportos, malha viária urbana e capacitação profissional. São um legado para toda a população.
Desde 2007, quando o Brasil ganhou o direito de sediar a Copa, os investimentos em educação e saúde cresceram de forma consistente. O governo brasileiro destinou R$ 311,6 bilhões para educação e R$ 447 bilhões para saúde no período.
Os investimentos totais do governo na Copa, a maior parte em infraestrutura permanente, atingem R$ 30 bilhões. Ou seja, o valor do evento equivale a apenas 3,9% do que foi investido nessas duas áreas.
4) O Governo removeu mais de 150 mil famílias de seus lares para realizar a Copa do Mundo.
Não é verdade. O número de famílias deslocadas foi de 6.652 famílias. Todas elas foram incluídas no programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, ou em algum programa local de moradia. Todas as remoções foram realizadas para permitir obras de mobilidade urbana, que visam, sobretudo, a ampliar o transporte coletivo. Não houve nenhum em função da construção dos novos estádios.
5) Somente a FIFA ganha com a Copa do Mundo e o Brasil e os brasileiros não tem retorno algum.
É uma mentira, propagada por órgãos de imprensa interessados em obter dividendos eleitorais para seus candidatos. A obras em aeroportos, portos, mobilidade urbana e nos próprios estádios resultarão em equipamentos públicos modernos que servirão para todos os brasileiros após o evento.
Para realização destas obras, foram contratados diretamente 213 mil trabalhadores, gerando emprego e renda para os brasileiros.
O Brasil receberá pelo menos 375 mil turistas estrangeiros no período. Todos eles necessitarão de hospedagem, alimentação e locomoção. Esse dinheiro fica no Brasil, com os brasileiros.
No total, 275 mil brasileiros estarão em trânsito pelo país para acompanhar a competição, contribuindo para movimentar ainda mais o setor de comércio e serviços.
6) A Copa das Confederações deu prejuízo ao Brasil.
Não, de forma alguma. No total, 250 mil pessoas se tornaram consumidoras de produtos associados ao evento. Desses, 20 mil eram estrangeiros. O impacto na economia foi de R$ 470 milhões, conforme levantamento da Embratur.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) registrou, no período, um acréscimo de US$ 1,8 bilhão em novos negócios para as empresas nacionais. Somente na ocasião, as micro e pequenas empresas associadas direta ou indiretamente ao evento faturaram R$ 100 milhões.
7) A Copa do mundo vai deixar uma dívida enorme para o país.
Não deixa dívida alguma. Pelo contrário, na mais modesta estimativa, a empreitada agrega à economia um total de R$ 183 bilhões. O número de empregos diretos e indiretos chega a 332 mil, no período de 2009 a 2014. Em tributos totais, o país recolhe R$ 16,8 bilhões.
8) Um estádio não gera nada para o país.
Pelo contrário. Um estádio novo, moderno, gera receita para seu controlador privado e também para o município, para o Estado e para a União. A Arena Corinthians, por exemplo, deve movimentar R$ 300 milhões por ano, em suas diversas atividades. Pelo menos 20% desse valor, ou seja, R$ 60 milhões se transformam em impostos. Considerando-se que os governos gastaram R$ 2,24 mil/ano por aluno na educação básica (MEC, 2013), a Arena sustentará 26.700 estudantes por ano.
9) A Copa do Mundo foi feita para o brasileiro vê-la fora dos estádios.
Mentira. Pelo menos 65% dos ingressos foram adquiridos por brasileiros. Além disso, garantiu-se atendimento especial a cadeirantes, pessoas com mobilidade reduzida e obesos.
10) A Copa foi feita para servir eleitoralmente ao governo.
A Copa foi feita para gerar recursos e oportunidades para o povo brasileiro. E cumpriu seu objetivo. Alvo de feroz campanha negativa da mídia e dos partidos oposicionistas, que se valem de falsidades e dados adulterados em suas campanhas de sabotagem, a Copa somente prejudica eleitoralmente o governo.
*VaiTerCopa

10 razões para amar o presidente uruguaio José Pepe Mujica

Por Redação  Revista Fórum



Veja também

Entre outras coisas, o ex-guerrilheiro marxista legalizou a maconha, o aborto e rejeita os benefícios da presidência. Em um mundo faminto por alternativas, suas inovações colocaram o Uruguai no mapa como uma das governanças progressistas e criativas mais empolgantes
Por Medea Benjamin, em Alternet | Tradução: Vinicius Gomes
O presidente uruguaio José “Pepe” Mujica, um ex-guerrilheiro marxista de 78 anos – passando 14 deles na prisão e em sua maioria na solitária, recentemente visitou os EUA para um encontro com o presidente Barack Obama, no qual falaram sobre variados assuntos. Ele disse à Obama que os norte-americanos deveriam fumar menos e aprender mais idiomas. Discursou para uma sala cheia de empresários na Câmara do Comércio dos EUA sobre os benefícios na redistribuição de riqueza e aumento do salário para a classe trabalhadora. Falou aos estudantes da American University que não existem “guerras justas”. Qualquer que fosse a audiência, ele falava espontaneamente e com uma honestidade tão brutal que ficava difícil não amar o cara.
Aqui estão as 10 razões para você também amar o presidente Mujica.
1. Ele vive com simplicidade e rejeita os benefícios da presidência: Mujica se recusou a viver no Palácio Presidencial ou ter um “cortejo motorizado”. Ele vive em uma casa de apenas um quarto na fazenda de sua esposa e dirige um fusca de 1978. “Houve muitos anos em que eu ficaria feliz em apenas ter um colchão”, disse Mujica, se referindo a seu tempo na prisão. Ele doa mais de 90% de seu salário de 12 mil dólares à caridade – o que o coloca no mesmo patamar de renda de um cidadão uruguaio comum. Quando o taxaram de “o presidente mais pobre do mundo”, ele também refutou o rótulo: “Uma pessoa pobre não é aquela que tem pouco, mas aquela que precisa sempre de mais e mais e mais. Eu não vivo na pobreza, vivo com simplicidade. Necessito de poucas coisas para viver”.
2. Ele apoiou a pioneira legalização da maconha em seu país: “Em nenhuma parte do mundo a repressão ao consumo de drogas trouxe resultados. É hora de tentar algo diferente”, disse Mujica, na época. Então, nesse ano, o Uruguai se tornou o primeiro país a regular legalmente a produção, venda e consumo de maconha. A lei permite que indivíduos cultivem certo montante por ano e o governo controla o preço da maconha vendido nas farmácias. A lei exige que consumidores, vendedores e distribuidores que tenham uma licença emitida pelo governo. A experiência uruguaia almeja tirar o mercado dos traficantes de drogas e tratar o vício às drogas como um assunto de saúde pública. O experimento promete ainda ecoar por todo o mundo.
3. Em 2013, Mujica assinou a lei que transformou o Uruguai a ser o segundo país da América Latina (depois da Argentina) a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo: Ele disse que legalizar o casamento homossexual é simplesmente reconhecer a realidade: “Não tornar isso legal seria uma tortura desnecessária para algumas pessoas”. Recentemente, o Uruguai também avançou na questão de permitir que homossexuais – até casais – sirvam nas forças armadas.
4. Ele não tem medo de bater de frente com os abusos de grandes corporações, como deixa evidente a batalha épica de seu governo contra o gigante do tabaco norte-americano, Philip Morris: Um ex-fumante, Mujica disse que o tabaco é um matador que deve ser mantido sob controle. Mas a Philip Morris está processando o Uruguai em 25 milhões de dólares no Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos, pois as rígidas leis do país sobre o cigarro proíbem que se fume em espaços públicos fechados e requerem rótulos de advertência – incluindo imagens gráficas sobre os efeitos na saúde (quase igual ao Brasil). A Philip Morris é a maior empresa da indústria do cigarro nos EUA, possui enormes interesses comerciais ao redor do mundo e um muito bem pago exército de advogados. A batalha do Uruguai contra esse Golias norte-americano também terá repercussões globais.
5. Ele apoiou a legalização do aborto no Uruguai (seu antecessor havia vetado a lei): A lei é bem limitada, comparada às dos EUA e da Europa. Ela permite o aborto dentro das 12 primeiras semanas de gestação e exige que a mulher se encontre com uma banca de médicos e assistentes sociais para esclarecer os riscos e possíveis efeitos colaterais de um aborto. Mas essa lei é a mais liberal sobre o aborto na católica e conservadora sociedade latino-americana e é um passo claro na direção certa para os direitos reprodutivos da mulher.
6. Ele é um ambientalista tentando limitar a necessidade do consumo. Na conferência Rio+20, de 2012, ele criticou o modelo de desenvolvimento advogado pelas sociedades ricas: “Nós podemos reciclar praticamente tudo hoje. Se vivêssemos dentro de nossas necessidades –ao ser prudente – as 7 bilhões de pessoas no mundo teriam tudo o que elas precisam. As políticas globais deveriam caminhar nessa direção”, disse ele. Recentemente, Mujica também rejeitou um projeto conjunto com o Brasil que iria fornecer a seu país energia barata vinda do carvão, por conta de seus receios em relação a dano ambiental.
7. Ele tem focado na redistribuição da riqueza nacional, alegando que sua administração reduziu a pobreza de 37% para 11%. “Empresários apenas querem aumentar seus lucros; cabe ao governo garantir que eles distribuam o suficiente desses lucros para que os trabalhadores tenham dinheiro para consumir os bens que produzem”, ele discursou na Câmara do Comércio dos EUA. “Não é mistério algum que menos pobreza, mais comércio. O investimento mais importante que podemos fazer está nos recursos humanos”. As políticas de redistribuição de seu governo incluem estabelecer os preços em bens essenciais como leite, por exemplo, e o fornecimento de computadores e educação para todas as crianças, de graça.
8. Ele se ofereceu para receber os detentos libertados de Guantánamo: Mujica chamou a prisão norte-americana na Baía de Guantánamo, em Cuba, como uma “desgraça” e insistiu que o Uruguai tomasse a responsabilidade em ajudar o fechamento do centro de detenção. A proposta é impopular no Uruguai, mas Mujica, que foi um prisioneiro político por 14 anos, disse que ele “está fazendo isso pela humanidade”.
9. Ele se opõe à guerra e ao militarismo. “O mundo gasta 2 milhões de dólares a cada minuto em recursos militares”, exclamou horrorizado aos estudantes da American University. “Eu costumava pensar que haviam guerras nobres e justas, mas eu não acredito mais nisso”, disse o ex-guerrilheiro. “Hoje, acho que a única solução são negociações. A pior negociação é preferível à melhor guerra, e a única maneira de garantir a paz é cultivar a tolerância”.
10. Ele tem uma adorável cadela de três patas: Manuela perdeu uma pata quando Mujica acidentalmente a atropelou com um trator. Desde então, Mujica e Manuela são praticamente inseparáveis.
A influência de Pepe Mujica vai muito além de ser o líder de um pequeno país de 3 milhões de pessoas. Em um mundo faminto por alternativas, as inovações que ele e seus colegas estão promovendo colocaram o Uruguai no mapa como uma das governanças progressistas e criativas mais empolgantes
Essa TV Revolta só sabe fazer isso...
Discordo de quem esta denegrindo a imagem da minha Pátria, BRASIL bem como a imagem de TODO POVO BRASILEIRO. A oposição imperialista sionista direitista militarista contra Governo de Dilma Rousseff/Lula/PT tem agido contra o Brasil e contra o Povo Brasileiro. Inadmissível isso! Infelizmente, a mídia comandada por esses, "lava o cérebro" dos desinformados, dos infelizes, dos pessimistas com essas ondas de terror. Agem como TERRORISTAS, incitando o desprezo pela Pátria, a desunião do povo, a violencia entre as forças do governo e os civis, etc.. etc.. ...Falta de patriotismo daqueles que concordam. Isso é de doer... sabem por quê? Vi Iraquianos, Líbios e, agora recentemente, Sírios defenderem o solo onde pisam com tanto ardor, chegando ao ponto de doarem suas vidas em amor à Pátria. Triste ver que há no Brasil esses infiltrados imperialistas terroristas "fazendo a cabeça" do nosso povo e, que há uma parcela, que se deixa levar e concorda em denegrir o Brasil. Esses são os "do contra", os que torcem contra, vivem no Brasil mas prefeririam viver fora, mesmo que isso significasse ter que se submeter em terras estranhas.
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*bernardetebaronti

sexta-feira, maio 16, 2014

Presidente de Palestina visita Venezuela


Os comparsas: Teixeira,
Havelange e Marinho

Livro revela o lado sujo do futebol brasileiro e a conexão com a exclusividade da Globo.
A capa da revista Carta Capital desta semana dá notícia do livro “O lado sujo do futebol”, de Amaury Ribeiro Jr, autor do best-seller “Privataria Tucana”, Leandro Cipoloni e Luiz Carlos Azenha, ambos da TV Record, e Tony Chastinet, que foi da Record e hoje está na Band.

O livro chega às livrarias neste sábado e foi editado pela Planeta.

O livro já teria encomendas que chegam a 15 mil exemplares.

Além de descrever as maracutaias em família – Havelange, o sogra, Teixeira, o genro, a ex-mulher e a amante – vai às origens da ligação com a Globo Overseas.

E aos contratos de exclusividade para transmitir a Copa – que a Globo hoje boicota.

Daí, surge a evasão fiscal que criou o movimento de âmbito nacional – “mostra o DARF”- , de efeitos mais concretos do que as “manifestações contra a Copa”- clique aqui para ler “assim, dá pra ter duas copas !”.

Leia a seguir sublime momento que descreve a ligação ente Roberto Marinho e Havelange:


Quando Ricardo Teixeira assumiu a CBF, em 1989, a TV Globo já mandava no futebol. E no País. No final daquele ano, a emissora conseguiu manipular a primeira eleição presidencial após a redemocratização do Brasil. Ao longo da campanha, favoreceu o candidato Fernando Collor de Mello, sócio da Globo em Alagoas, onde tinha sido governador. Com apoio da grande imprensa e do empresariado, Collor foi ao segundo turno contra o ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva. No dia seguinte ao debate final da campanha, transmitido pela emissora, a direção determinou que o “Jornal Nacional”, principal telejornal do país, exibisse uma edição favorável a Collor. O “caçador de marajás”, como o político era conhecido em Alagoas, foi eleito.

Ao neófito cartola, portanto, era prudente fazer a política de boa vizinhança – ou, em português claro, rezar a cartilha da família Marinho. O mais importante, àquela altura, era não mexer na galinha dos ovos de ouro: os direitos de transmissão dos jogos da seleção brasileira. Desde 1978, quando deu aquela mãozinha para João Havelange na transmissão do Mundial da Argentina, a Globo detinha os jogos da Copa do Mundo. O sogro já havia instruído seu pupilo de que a parceria com a família era antiga – e deveria ser cuidada com carinho.

A aproximação havia começado dois anos antes, no início de 1976, para tratar da transmissão da Copa. A pedido de Havelange, Roberto Marinho e o seu então superintendente de Produção e Programação, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, receberam o presidente da Fifa para um almoço na sede da emissora, no Rio. Em sua biografia, Havelange descreve Marinho como “um homem de personalidade e palavra”. A recíproca desse carinho ficou marcada na memória do cartola por um episódio que ocorreu muitos anos depois. Em 1994, um amigo de Havelange e Boni foi preso: o bicheiro Castor de Andrade. Acusado de contravenção, Castor esteve foragido até ser preso no meio do Salão do Automóvel de São Paulo, disfarçado com bigode postiço e peruca preta.

Naquela época, o diretor da Globo e o presidente da Fifa eram mais que amigos: “Tenho no Boni um irmão mais novo”, definiu o cartola. Os três viviam grudados. Boni ficou próximo de Castor pelo samba – o bicheiro, morto em abril de 1997, foi patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel e ajudou a criar a Liga das Escolas de Samba do Rio. Havelange conheceu Castor no futebol, como já contamos, como patrono do Bangu – e se tornaram amigos do peito: reportagem do próprio jornal “O Globo”, de 9 de abril de 1994, chamou o presidente da Fifa de “avalista moral de Castor” e lembrou que, segundo o Ministério Público, o cartola apareceu na lista de propinas do bicheiro – que andava com um “atestado de idoneidade” assinado de próprio punho pelo presidente da Fifa.

Quando o bicheiro foi preso, a dupla foi ao presídio prestar solidariedade. “Doutor Roberto” descobriu, pela imprensa, a visita de seu diretor a um contrabandista num presídio e ficou incomodado. No livro sobre a vida de Havelange o episódio é narrado assim:

“Assim que soube, Roberto Marinho chamou Boni à sua sala, no décimo andar da sede da TV Globo:

– Boni, eu estou muito aborrecido com o fato de você ter ido visitar o Castor.

– Mas, doutor Roberto…

– Não precisa explicar, não. Eu sei que você foi lá por causa do Carnaval.

– Eu não fui lá por causa do Carnaval, não, doutor Roberto. Eu fui pra lá por causa do João Havelange.

– Bom, então pelo menos nós temos aí uma boa desculpa pra eu não me zangar com você. Eu adoro o João Havelange.”

Foi nesse ambiente do “tudo junto e misturado” que o cartola Ricardo Teixeira foi formado. Ganhou blindagem de todos os lados. Era protegido, bajulado, paparicado. Até o dia em que mexeu onde não devia. Já seguro de si, com mais de uma década no comando da CBF, resolveu crescer os olhos sobre os direitos de transmissão da seleção brasileira
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(Clique nas imagens para ampliar e facilitar a leitura.)








*PHA

Requião manda Globo e Veja para "pqp"


Requião perdeu a paciência com a velha mídia e mandou Veja e Globo para a ‘Puta Que Pariu’. Senador chamou de “safado” um repórter da Globo que o incluía entre investigados por corrupção. “Mando também o Augusto Nunes da Veja”

requiao globo veja
Sem papas na língua, Requião manda Globo e Veja pra ‘Puta Que Pariu’ (Pragmatismo Político)
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) anda às turras com a Veja e Globo, que tentam colocá-lo no rol de parlamentares processados por corrupção. Redes sociais reverberam nesta terça (13) que o peemedebista mandou repórter da Globo, que o abordou na saída do plenário, para ‘Puta Que Pariu’.
Em setembro do ano passado, do plenário, Requião classificou reportagem d’O Globo como ‘molecagem’ dos filhos de Roberto Marinho — o dono da Globo já morto. A matéria “Embargos infringentes podem beneficiar 84 parlamentares no STF” incluía o senador na lista dos possíveis “beneficiados” em ações penais que tramitam no Supremo Tribunal Federal.
Em fevereiro deste ano, Requião pediu cessação imediata dos direitos da Globo sobre a Globo São Paulo, adquirida em processo de deslavada fraude, como comprovado na Justiça. O requerimento destaca as ilegalidades cometidas à época, que prejudicaram 672 acionistas da antiga TV Paulista, hoje TV Globo.
Na semana passada, Requião comemorou vitória judicial contra o jornalista Ricardo Boechat, da Band e da rádio BandNews, condenado a seis meses e 16 dias de prisão por ofendê-lo e caluniá-lo.
“Se nossos deputados federais votarem amanhã o direito de resposta o Brasil porá freio na imprensa marrom”, defendeu Requião, cujo projeto foi aprovado pelo Senado.
*pragmatismopolitico