Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sexta-feira, dezembro 26, 2014
Surgiram provas do envolvimento do avião ucraniano na queda do Boeing em Donetsk
Screenshot: YouTube
A investigação obteve provas da participação de um avião militar ucraniano na queda do Boeing 777 malaio, informaram hoje representantes do Comitê de Investigação da Rússia.
“O detector de mentiras confirmou a veracidade das declarações da testemunha da catástrofe do Boeing na Ucrânia”, comunica essa organização.
Segundo Vladimir Markin, chefe do Comitê de Investigação da Rússia, este estuda a questão de conceder à testemunha segurança estatal conforme o respectivo programa.
Ontem o jornal russo Komsomolskaya Pravda publicou um artigo com o comentário de um funcionário da base aérea ucraniana sobre a catástrofe do Boeing malaio na região de Donetsk. Segundo ele o avião de assalto ucraniano Su-25 tinha levantado voo do aeródromo com mísseis ar-ar, mas retornou sem a carga de combate e o piloto estava muito assustado.
Os investigadores russos estabeleceram contato com este ucraniano e planejaram interrogá-lo como testemunha.
O avião, que fazia rota entre Amsterdã e Kuala Lumpur, caiu em 17 de julho, na região de Donetsk. A bordo do avião seguiam 298 pessoas, incluindo 43 cidadãos da Malásia. Todas elas morreram.
Procuradoria Geral da República denuncia Bolsonaro ao STF por incitar crime de estupro
Nesta segunda-feira (15), a vice-procuradora geral da República, Ela Wiecko, denunciou o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) por incitação ao crime de estupro. O motivo foi uma uma entrevista do parlamentar carioca ao jornal "Zero Hora", do Rio Grande do Sul, publicada no último dia 10 de dezembro. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que a deputada federal e ex-ministra de Direitos Humanos Maria do Rosário (PT-RS) "não merece ser estuprada porque é muito feia". Segundo a vice-procuradora, "ao dizer que não estupraria a deputada porque ela não 'merece', Bolsonaro instigou, com suas palavras, que um homem estupre uma mulher caso entenda que ela seja merecedora do estupro".
Wiecko disse que Bolsonaro, ao classificar o estupro como uma prática possível, "abala a sensação coletiva de segurança e tranquilidade". Para ela, esta sensação é garantida pela ordem jurídica a todas as mulheres, afirmando que elas não serão vitimas de estupro porque tal prática é coibida pela legislação penal.
Cuba sempre considerou que um governo democrata em segundo mandato – quando já não depende tanto da colônia cubana na Florida – era a maior possibilidade de que essa normalização se desse. Jimmy Carter não teve um segundo mandato. No final do segundo mandato de Bill Clinton, houve intensificação das ações terroristas contra Cuba – até com um avião jogando panfletos sobre Havana –, o que levou a que Cuba derrubasse um desses aviões, com a morte de dois tripulantes e, nos Estados Unidos, aprovação de leis ainda mais duras do bloqueio econômico.
Agora, intermediado por outros fatores – a prisão de um empresário norte-americano que levava materiais de comunicação a setores da oposição clandestina em Cuba e a campanha pela libertação de três dos cinco cubanos que ainda permaneciam nas prisões norte-americanas – confirmou-se a previsão: é um presidente democrata que protagoniza o restabelecimento das relações, no seu segundo mandato. A ruptura de relações e o bloqueio, já há mais de meio século, eram instrumentos com os quais os Estados Unidos achavam que asfixiariam o então novo governo cubano. Havia um dogma até aquele momento segundo o qual “sem cota, não há pais”. Isto é, se os Estados Unidos deixassem de comprar a cota de açúcar, o país faliria.
Quando os EUA suspenderam a compra do açúcar cubano, uma parte da burguesia do país trancou suas casas e foi para Miami esperar a queda do regime de Fidel Castro. Cuba sofreu duramente essas medidas. Todos os países da América Latina – com exceção do México, que manteve só relações diplomáticas com Cuba – fizeram o mesmo, rompendo relações com a ilha. Para qualquer compra que o país tivesse de fazer, teria de apelar para algum país europeu.
Cuba sofreu a tentativa de invasão de 1961, o cerco naval de 1962, uma enorme quantidade de ações de terrorismo, inúmeras tentativas de assassinato de Fidel, sanções econômicas que bloqueiam sua capacidade de desenvolvimento econômico. Mas conseguiu resistir.
Os Estados Unidos não contavam que a URSS os substituísse, comprando o açúcar cubano, além de fornecer o petróleo que Washington também deixava de entregar. A inesquecível imagem de um imenso navio soviético, com a foice o martelo, entrando no porto de Havana, era um gesto de audácia que começava a romper o bloqueio à ilha.
Com o passar do tempo, países da América Latina foram restabelecendo relações com o governo de Fidel, primeiro diplomáticas, depois comerciais, até que a situação se reverteu. Se Cuba havia estado isolada no começo do bloqueio, eram os EUA que passariam a estar isolados, de forma que nas votações da ONU de condenação do bloqueio, só contavam com o voto de Israel e de alguma ilha meio desconhecida do Pacífico; sendo a esmagadora maioria contra a posição de Washington. O isolador se tornava isolado.
Agora, ao mesmo tempo, Cuba consegue duas grandes vitorias: resiste ao bloqueio, rompe o bloqueio, não cede em nada frente às ameaças e ataques da maior potência imperial da história da humanidade, consegue o restabelecimento das relações diplomáticas, nos termos que sempre propôs – com o respeito entre iguais, como nações soberanas. E, ao mesmo tempo, consegue o retorno dos espiões cubanos que estavam presos nos Estados Unidos, condenados depois de serem descobertos em operações de investigações contra ações terroristas de anti-castristas da Flórida, com anuência de Washington.
Entre os temas das densas discussões que se desenvolverão a partir de agora, estará seguramente Guantânamo. Esse pedaço do território cubano apropriado pelos americanos quando desembarcaram em Cuba com o pretexto de pacificar o conflito entre a ilha e a Espanha, quando os cubanos estavam prestes a expulsar aos antigos colonizadores e se tornarem independentes. A apropriação de Guantânamo se deu no marco das sanções impostas pelos Estados Unidos à Espanha, junto com a incorporação das Filipinas e das Ilhas Gwan.
O que foi imposto como uma ocupação de um século, tornou-se permanente – diferentemente do Canal de Panamá, cuja soberania retornou aos panamenhos. Como a base militar de Guantânamo não tinha nenhuma importância, permanecia como presença soberba da potência imperial derrotada pelos cubanos. Até que mais recentemente tornou-se uma vergonhosa prisão fora de qualquer cobertura jurídica internacional para que os EUA procedessem aos selvagens interrogatórios e torturas que impuseram aos acusados – mesmo sem provas – de ações de terrorismo.
Agora não há nada mais que possa impedir que o presidente norte-americano transfira os mais de 160 presos que ainda permanecem lá, feche a base naval e devolva a Cuba o território que lhe pertence. Assim se terão normalizado totalmente as relações entre o país de Fidel e o de Obama.
Barack Obama teve de confessar que a estratégia norte-americana de tentar asfixiar a Cuba pelo bloqueio econômico e o assedio terrorista fracassaram. Os dois países voltam a ter relações diplomáticas, o imenso edifício voltado para Miami – na avenida costeira de Havana conhecida como Malecón – abrigará um novo embaixador dos Estados Unidos: e Cuba terá, no mesmo velho casarão, um embaixador no país vizinho.
Vira-se a última página da longa Guerra Fria do segundo pós-guerra. Talvez estejamos começando outra, com caráter e dimensões distintas, mas aquela agora está definitivamente terminada. E da melhor maneira possível para Cuba e para todos os que lhe apoiaram na luta contra o injusto bloqueio.
O documento responsabiliza mais dez funcionários da estatal pelas irregularidades
Relatório da comissão interna nomeada pela Petrobras para investigar irregularidades na construção da Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, acusa a ex-gerente executiva da diretoria de Abastecimento da Petrobras Venina Velosa da Fonseca de ser uma das responsáveis por falhas que elevaram o valor das obras em R$ 3,9 bilhões.
Concluído em novembro, o documento responsabiliza mais dez funcionários da estatal pelas irregularidades, entre eles os ex-diretores Renato Duque (Serviços) e Paulo Roberto Costa (Abastecimento), além do ex-gerente Pedro Barusco. Os três são acusados de integrar o esquema de corrupção investigado na operação Lava Jato.
Venina foi subordinada de Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento entre 2005 e 2009. Costa está preso sob suspeita de integrar o esquema de corrupção na Petrobras — ele cumpre prisão domiciliar após fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público.
A investigação da Petrobras sobre a refinaria começou em abril deste ano, após a operação Lava Jato ser deflagrada. Foram analisados 23contratos que somam R$ 22 bilhões (90% do custo da refinaria), entre eles os firmados com as empreiteiras suspeitas de integrar um “clube” que desviava recursos de obras.
A comissão menciona o esquema de cartel delatado por Costa à Justiça, mas alega não ter obtido cópia de depoimentos dele. O ex-diretor confessou, em regime de delação premiada, ter recebido propina de empreiteiras em troca de viabilizar contratos superfaturados. Barusco também tem colaborado com as investigações, visando a eventual redução de pena.
O relatório afirma que Venina e Pedro Barusco, também lotado na Diretoria de Abastecimento, elaboraram documento que instaurava processos de licitação e solicitava à Diretoria Executiva permissão para contratar as obras, entre abril de 2007 e outubro de 2009. Contudo, sustenta a comissão, os projetos básicos não estavam suficientemente detalhados.
Isso teria gerado questionamentos de empresas licitantes, obrigando a estatal a ajustar quantitativos e especificações técnicas. Devido às alterações, os contratos foram repactuados por meio de aditivos que aumentaram os custos.
Inicialmente, Abreu e Lima estava orçada em cerca de R$ 4 bilhões. O valor total dos contratos para construir e equipá-la alcança hoje R$ 24 bilhões. Venina e Barusco também são responsabilizados por dar encaminhamento ao Plano de Antecipação de Refinaria (PAR), que teria precipitado a contratação de obras e serviços com custos inflados. O relatório diz ainda que os dois incluíram numa licitação, fora do prazoprevisto, empresas que não cumpriam as regras impostas pela da Petrobrás para a participação.
Em novos vídeos sobre a lição deixada pelas eleições, ex-presidente ressalta a importância de se "reorganizar a base de alianças" com setores "mais à esquerda da sociedade"; se isso for feito nos próximos quatro anos, segundo ele, o PT volta a "ter grandes chances de continuar governando o País"; petista atribui vitória apertada de Dilma também à perda de apoio, como de Marina Silva e Eduardo Campos, que "foram para o outro lado"; e destaca o papel da sociedade para "se manifestar" e "ajudar a construir o Brasil que nós queremos"; sobretudo a juventude, afirma o ex-presidente, precisa "se mexer para construir seus sonhos"
24 DE DEZEMBRO DE 2014 ÀS 14:54
247 – O ex-presidente Lula defendeu, para os próximos quatro anos, a "reorganização da base de alianças" com setores "mais à esquerda da sociedade" como uma das soluções para que o PT continue no poder. Em novos vídeos em que aborda as lições deixadas pelas últimas eleições, o petista também ressalta a importância da participação da sociedade para mudar o País, sobretudo da juventude.
"A próxima eleição tem que se dar numa outra lógica política", afirmou Lula, defendendo com veemência a reforma política. "A reforma política passa a ser imprescindível, a começar pelo financiamento público, quem sabe pelo fim das coligações proporcionais, quem sabe pela lista apresentada por cada partido... Mas não pode continuar do jeito que está", disse.
Segundo ele, a eleição presidencial foi apertada também, com a vitória da presidente Dilma Rousseff, "pelo fato de que o PT já está no poder há 12 anos, tudo tem um processo de ascensão do outro lado". Além disso, os petistas perderam apoio, como de Marina Silva e Eduardo Campos, que "foram para o outro lado", como disse Lula. Os dois se candidataram à presidência pelo PSB em outubro.
Lula disse que é preciso "aproveitar esses quatro anos para tentar reorganizar a base de alianças nossas com os setores mais à esquerda da sociedade". Dessa forma, completou, "voltaremos a ter grandes chances de continuar governando o País".
Em um segundo vídeo, o ex-presidente destacou a importância do "papel da sociedade, de cada um de nós, não do governo, de onde a gente estiver se manifestar e começar a dizer como é que a gente quer que as coisas aconteçam nesse País. É preciso que a sociedade assuma para si a responsabilidade de ajudar a construir o Brasil que nós queremos construir", defendeu.
"Se você, que tem 20 anos, 22, 18 16, 17 não tem coragem de brigar, acha que vai ser um velho que vai ter coragem de brigar? É você que tem que brigar, meu caro, comece a se mexer para construir seus sonhos", convocou Lula, que completou: "Eu acho que o Brasil tá precisando muito mais da participação da nossa juventude".
Assista abaixo aos dois vídeos:
*247
China prontifica-se a ajudar Rússia na superação das dificuldades econômicas
Foto: RIA Novosti/Sergey Guneev
Na quinta-feira o Ministério das Relações Exteriores da China confirmou a sua disposição de prestar na medida das suas possibilidades ajuda à Rússia na superação das suas dificuldades econômicas.
“Vocês notaram que há alguns dias o ministro das Relações Exteriores da República Popular da China Wang Yi tinha feito uma declaração a respeito da atual situação na Rússia. A Rússia e a China são parceiros em mais diversas esferas. Sempre apoiamos e ajudamos mutuamente um a outro. Estamos certos de que a Rússia vai dominar, ela própria, os seus problemas econômicos atuais. Mas se a Rússia precisar, a China está pronta a prestar-lhe ajuda na medida das suas possibilidades”, declarou no briefing a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da República Popular da China Hua Chunying.
Antes disso o ministro das Relações Exteriores da República Popular da China Wang Yi tinha declarado que a China está pronta a prestar toda a ajuda possível caso a Rússia a pedir.
Deu na Folha de São Paulo, Obama elogia medicina cubana e diz que EUA deveriam mandar mais do que armas ao mundo.
Deu na Folha de São Paulo, Obama elogia medicina Cubana e diz que EUA deveriam enviar mais do que armas ao mundo:
"PORT OF SPAIN -- No último dia de sua primeira visita à América Latina, o presidente Barack Obama elogiou o trabalho dos médicos cubanos e sugeriu que os Estados Unidos deveriam seguir o exemplo e mandar mais do que armas à região e ao mundo como maneira de avançar os interesses americanos.
As declarações ocorreram ao final da Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago."
O que será que dirão o Conselho Federal de Medicina, os coxinhas que eram contra o Mais Médicos e todos aqueles que fizeram intensa campanha contra o programa ao chama lo de "eleitoreiro" e "pouco efetivo"?
Além do mais Obama deu o "braço a torcer" em tentar "mudar" a política externa norte americana fazendo uma comparação aos médicos cubanos e ás ajudas humanitárias dadas pela Ilha ao resto do mundo:
"Em relação a Cuba, citou o trabalho de médicos cubanos em países da região. Ele disse que eles são "uma lembrança" para os EUA, de que a interação com muitos países não pode ser "só a militar".
Matéria completa da Folha : http://www.agora.uol.com.br/mundo/ult10109u553316.shtml
Faustão, como se sabe, é da turma do “não vai ter Copa” ! Ele usou uma concessão pública, na frente de Martinho da Vila e do Zeca Pagodinho, para fazer um ataque à Copa e ao Brasil.
Neste domingo (8), levou o troco gentil, altivo, profissional, do repórter Tino Marcos.
Assista ao vídeo e veja como o Faustão se embrulha na própria lógica.