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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, junho 02, 2015

Carl Seagan 12 reflexões

 (Foto: Kalina Wilson/flickr/creative commons)
Carl Sagan foi um cientista que, definitivamente, não teve medo de especular. É claro que ele sabia muito bem separar o que era ciência do que era especulação. Mas o jeito irresistível através do qual relacionava conceitos científicos com conteúdos imaginativos pertinentes tornava seu pensamento único e fascinante para o público leigo. Não é à toa que ele é considerado um dos maiores divulgadores de ciência de todos os tempos. Além de inspirar toda uma geração de novos cientistas (em grande medida com a série Cosmos), Sagan também adotava um tom poético e filosófico nos assuntos que discutia, tornando suas reflexões ao mesmo tempo belas e dotadas de elementos capazes de despertar uma consciência humanista nas pessoas.
Se fôssemos apresentar todas as frases de impacto do astrônomo que têm o potencial de tornar uma pessoa melhor, provavelmente teríamos de escrever um livro. Mesmo assim, resolvemos escolher algumas citações e pensamentos de Carl Sagan que sintetizam certos aspectos centrais da visão que ele tinha das coisas. Se “somos todos poeira de estrelas” é a única referência que você tem sobre as ideias de Sagan, então os tópicos abaixo podem lhe ajudar a se aprofundar um pouco mais no jeito tão especial que ele tinha de encarar o cosmos – e nós mesmos. Confira:
dente de leão: a nave da imaginação de 'Cosmos' (Foto: Reprodução)
A ciência é muito mais do que um corpo de conhecimentos. É uma maneira de pensar. A afirmação é fundamental para entender a forma como o cientista enxergava o próprio ofício. Completamente apaixonado pelo que fazia, para ele ciências como a física ou a astronomia não se limitavam a um punhado de fórmulas frias e conceitos abstratos. Muito pelo contrário, eram ferramentas poderosas e fascinantes que nos permitiam sondar o desconhecido, além de expandir nosso entendimento sobre a realidade da maneira mais confiável possível.
Toda criança começa como uma cientista nata, e então nós arrancamos isso delas. Entre as características que ele valorizava em um cientista e em qualquer outra pessoa estão a curiosidade e a imaginação, traços típicos das crianças. Para o astrônomo, pensar cientificamente era algo como interrogar de forma metódica diversos aspectos da natureza, o que não deixa de ser uma forma de curiosidade aplicada. A respeito da imaginação, ele acreditava ser um dos motores fundamentais do conhecimento humano.
Um livro é a prova de que os humanos são capazes de fazer mágica. Além da forte inclinação por especular, Sagan também era um intelectual com enorme capacidade de relacionar diferentes áreas do conhecimento – e fazia isso excepcionalmente bem. Para conseguir esta naturalidade em transitar por diversos repertórios, é preciso muita leitura e erudição multidisciplinar. Cosmos, por exemplo, é repleto de narrativas sobre a história da ciência, e em vários momentos o astrônomo declara sua admiração pelos livros.
Nós somos uma maneira de o cosmos se autoconhecer. Se somos feitos de poeira de estrelas sistematicamente organizada para formar seres dotados de consciência, então podemos dizer que somos o universo pensando sobre si próprio. A abordagem se insere na convicção de que nós, humanos, não somos tão diferentes assim da realidade física que nos cerca, e de que interagimos com ela constantemente – de formas que estamos apenas começando a entender. Em outras palavras, você e o cosmos estão intimamente conectados. O astrônomo costumava citar mitos de nossos antepassados que nos concebiam como filhos tanto do céu quanto da terra.
Nossa obrigação de sobreviver e prosperar é devida não apenas a nós mesmos, mas também ao cosmos, antigo e vasto, do qual surgimos. Sagan possuía um profundo senso de reverência com relação à vida e ao ser humano. Ele acreditava que estar vivo e ter uma consciência era não apenas um privilégio, mas também uma grande responsabilidade. Como salientou em diversos momentos, nossa espécie atingiu um ponto crítico de sua história, no qual tem o próprio destino nas mãos. Todo o conhecimento e bagagem evolutiva que acumulamos nestes poucos milênios podem ser usados de forma a engrandecer nossa civilização – ou então destruí-la por completo, se insistirmos nos erros do passado.
Discursos apaixonados de grandes cientistas dão vida e beleza a conceitos abstratos da ciência (Foto: Sérgio Bernardino/flickr/creative commons)
Cada um de nós é, sob uma perspectiva cósmica, precioso. Se um humano discorda de você, deixe-o viver. Em cem bilhões de galáxias, você não vai achar outro. A reflexão segue a mesma linha do raciocínio apresentado acima – a vida inteligente é rara. Nosso conhecimento sobre o Universo ainda é limitado, é verdade, mas pelo pouco que exploramos já conseguimos chegar a esta conclusão. Sob esta perspectiva, a vida na Terra, principalmente a humanidade, ganha um status quase que sagrado, pois é fruto de um processo contínuo de evolução que se arrasta há 4,5 bilhões de anos. Todos carregam esta bagagem compartilhada dentro de si. Quando enxergamos a vida desta forma, o ato de matar qualquer ser vivo ganha novas e gigantescas proporções.
Diante da vastidão do espaço e da imensidão do tempo, é uma alegria dividir um planeta e uma época com Annie. A frase é adereçada a Ann Druyan, esposa do astrônomo, mas poderia muito bem se aplicar a qualquer outra pessoa. A constatação é de um poder imenso. Apenas pense em como é improvável, nos termos de uma perspectiva cósmica, você e outro amontoado de átomos que formam um ser consciente terem a chance de interagir um com o outro, em um minúsculo planeta chamado Terra e em um período de tempo específico. Reflita: são mais de 100 bilhões de galáxias em nosso Universo, que existe há pelo menos 13,8 bilhões de anos.
Nós somos, cada um de nós, um pequeno universo. Um assunto abordado com frequência por Carl Sagan era a dimensão das coisas muito pequenas, como aquelas que compõem nossos corpos. Ele frequentemente colocava o minúsculo em escala com o gigantesco, equiparando, por exemplo, a quantidade de átomos em uma molécula de DNA com a de estrelas em uma galáxia típica. É uma forma elegante de demonstrar como somos muito pequenos e muito grandes ao mesmo tempo. Em uma outra comparação do gênero, dizia que existem mais estrelas no Universo do que grãos de areia em todas as praias da Terra.
O Universo não parece nem benigno nem hostil, mas meramente indiferente às preocupações de criaturas tão insignificantes como nós. O cientista defendia que era melhor tentar se agarrar à realidade do jeito que ela realmente é do que persistir em ilusões, por mais reconfortantes que elas sejam. No fundo, ele queria dizer que, por menos acolhedor e mais adverso que o cosmos possa nos parecer, a verdade é que ele opera independentemente de nossos desígnios. Seremos nós que sempre vamos precisar nos adaptar ao Universo se quisermos sobreviver nele, e não o contrário. A chave para esta adaptação estaria em tentar constantemente entender a natureza das coisas por meio da ciência.
O que sobrou da supernova SN1006c (Foto: nasa)
O céu nos chama. Se não nos autodestruirmos, um dia vamos nos aventurar pelas estrelas. A exploração espacial era um tópico especialmente caro a Sagan, e ele próprio participou de diversos projetos da NASA, como o da sonda Voyager 1, que deixou recentemente o Sistema Solar. Em sua concepção, os poucos milênios de vida sedentária da humanidade não apagaram nosso instinto por explorar novos lugares e expandir nossos horizontes, traços típicos das sociedades voltadas para a caça e coleta. Ele acreditava que o gosto pela exploração era uma herança evolutiva para aumentar as chances de sobrevivência de nossa espécie, e que portanto, cedo ou tarde, vamos nos espalhar pelo espaço.
Toda civilização sobrevivente é obrigada a se tornar viajante espacial, pela razão mais prática que se pode imaginar: manter-se viva. A ideia da expansão pelo espaço no pensamento do astrônomo não se reduzia a um capricho meio romântico ou então à tendência humana de explorar. Ela tinha mais a ver com uma espécie de instinto de sobrevivência. Não é tão difícil de entender este argumento: se a humanidade inteira está confinada na Terra e algo acontece com o planeta, estamos condenados à extinção. Asteroides são uma grande ameaça, mas nosso próprio sol pode nos engolir daqui a 5 bilhões de anos, quando seu combustível acabar e ele virar uma gigante vermelha.
Uma das grandes revelações da era da exploração espacial é a imagem da Terra, finita e solitária, de alguma forma vulnerável, transportando a espécie humana inteira pelos oceanos do espaço e do tempo. Entre as mensagens inspiradas pela ciência mais belas da história certamente está Pale Blue Dot(pálido ponto azul), de autoria de Carl Sagan. Pouco depois de a sonda Voyager  1 ultrapassar Saturno, foi ele quem deu a ideia de tirar uma foto da Terra, que dali aparecia como um pixel azul suspenso em um raio de sol. Ou então um grão de areia suspenso no céu da manhã, como ele mais tarde interpretou. Entre as muitas formas que podemos enxergar nosso frágil planeta, uma delas é como uma nave, que sempre nos transportou pelo espaço e pelo tempo.

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Ícone da banda Pink Floyd, Waters O músico diz, no documento, sonhar com o dia em que todos os artistas que defendem um mundo mais justo poderão se apresentar na “terra santa” para comemorar a liberdade do povo palestino.

Roger Waters pede a Caetano e Gil que cancelem show em Israel


Roger Waters pede a Caetano e Gil que cancelem show em Israel

Ícone da banda Pink Floyd, Waters escreveu aos artistas brasileiros para que integrem o movimento de boicote ao sionismo de Israel e cancelem apresentação marcada para o dia 28 de julho na cidade de Telavive
O músico inglês Roger Waters, ícone da banda Pink Floyd, escreveu uma carta endereçada a Caetano Veloso e Gilberto Gil pedindo que os dois artistas brasileiros cancelem o show agendado para o dia 28 de julho em Telavive, em Israel.
Na carta, o músico cita a resistência de artistas do mundo todo em apoio a Nelson Mandela durante o período do apartheid na África do Sul, fala também sobre a luta dos músicos brasileiros pela redemocratização de nosso país e pede que Caetano e Gil integrem esse movimento de boicote ao sionismo de Israel.
Waters faz parte do movimento não-violento de Boicote, Desinvestimentos e Sanções (BDS) pela liberdade, justiça e igualdade dos palestinos. O músico diz, no documento, sonhar com o dia em que todos os artistas que defendem um mundo mais justo poderão se apresentar na “terra santa” para comemorar a liberdade do povo palestino.
Apesar do apelo, as assessorias de Caetano e Gil informaram que o show será mantido.
Leia a carta na íntegra:
Caros Caetano e Gilberto,
Quando olho para suas fotos, escuto suas músicas, leio a história de suas lutas pessoais e profissionais, lembro de todas as lutas de todos os povos que resistiram a um domínio imperial, militar e colonial através do milênio, que lutaram pelos aprisionados e pelos mortos. Nunca foi fácil, mas sempre foi certo.
Em uma de suas músicas, Gil, você menciona o arcebispo Desmond Tutu. Eu não falo português, mas assumo que vocês dois aplaudam a resistência do arcebispo Tutu ao racismo e ao apartheid que acabaram derrubados na África do Sul. Eram dias impetuosos, quando a comunidade mundial de artistas estava lado a lado com seus irmãos e irmãs oprimidos na África. Nós, os músicos, lideramos o levante naquele momento, em apoio a Nelson Mandela, a ANC, ao povo africano oprimido e a todos os aprisionados e mortos.
Estamos diante de uma oportunidade igualmente significativa agora. Estamos em um ponto culminante. Aqueles de nós que estamos convencidos que o direito a uma vida humana decente e à autodeterminação política devem ser universais estamos, em consonância com 139 nações da Assembleia Geral da ONU, focados na Palestina.
Após o ataque brutal de Israel à população palestina de Gaza, no último verão, a opinião pública, acertadamente, pendeu a favor das vítimas, a favor dos oprimidos e dos sem privilégios, a favor dos aprisionados e mortos.
O primeiro-ministro de Israel, Netanyahu, com seu governo de extrema-direita, lembra-me da história da “Nova roupa do imperador”; com certeza nunca houve um gabinete mais exposto em sua calúnia como este. Eles se condenam mais a cada fôlego, a cada discurso racista. “Olha, mamãe, o imperador está nu!”
Tive a oportunidade, recentemente, de escrever uma carta a um jovem artista inglês, Robbie Williams; eu compartilhei com ele o destino de quatro jovens palestinos que jogavam futebol numa praia de Gaza, mortos por artilharia israelense. Por que eu traria à tona uma praia e futebol? Por quê? Porque eu amo o Brasil, eu tenho a praia de Ipanema nos olhos da minha mente; eu lembro de shows que fiz em São Paulo,Porto Alegre, Manaus e Rio. Como poderia esquecê-los? Eu tenho uma camiseta de futebol, assinada: ‘para Roger, de seu fã Pelé’.
Quando estive aí pela última vez, uma criança inocente tinha acabado de ser morta, arrastada por um carro dirigido por criminosos que escapavam da cena do crime. O remorso nacional era palpável, era todo abrangente, vocês, todos vocês, importavam-se com aquela pobre criança. De tantas maneiras, vocês são um foco de luz para o resto do mundo.
Como vocês sabem, artistas internacionais preocupados com direitos humanos na África do Sul do apartheid se recusaram a atravessar a linha de piquete para tocar em Sun City. Naqueles dias, Little Steven, Bruce Springsteen e cinquenta ou mais músicos protestaram contra a opressão cruel e racista dos nativos da África do Sul.
Aqueles artistas ajudaram a ganhar aquela batalha, e nós, do movimento não-violento de Boicote, Desinvestimentos e Sanções (BDS) pela liberdade, justiça e igualdade dos palestinos, vamos ganhar esta contra as políticas similarmente racistas e colonialistas do governo de ocupação de Israel. Vamos continuar a pressionar adiante, a favor de direitos iguais para todos os povos da Terra Santa. Do mesmo modo que músicos não iam tocar em Sun City, cada vez mais não vamos tocar em Tel Aviv. Não há lugar hoje no mundo para outro regime racista de apartheid.
Quando tudo isso acabar, nós iremos à Terra Santa, cantaremos nossas músicas de amor e solidariedade, olharemos as estrelas através das folhas das oliveiras, sentiremos o cheiro da madeira queimando das fogueiras de nossos anfitriões, estimaremos essa lendária hospitalidade.
Mas, até que isso termine, até que todos os povos sejam livres, nós vamos fincar nosso emblema na areia, há uma linha que não cruzaremos, nós não vamos entreter as cortes do rei tirano.
Caros Gilberto e Caetano, os aprisionados e os mortos estendem as mãos. Por favor, unam-se a nós cancelando seu show em Israel. (Roger Waters)
*Forum

Parabéns aos pais bem-resolvidos que desde cedo educam seus filhos contra a hipocrisia.

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Publicado em 01/06/2015 | por Mary
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Saiba como foi a Marcha da Maconha Florianópolis 2015

Em sua oitava edição, a Marcha da Maconha Florianópolis 2015 foi a mais vazia – porém, não menos animada – que já se viu na capital catarinense. Triste dizer isso, considerando-se a população total de mais de 400 mil pessoas, dentre elas milhares de maconheiros facilmente encontrados durante qualquer rolê pelas ruas e praias da cidade.
Mas, dessa vez, mesmo sem chuva e com um lindo entardecer de outono, pouco mais de 300 cabeças compareceram ao evento, que aconteceu na Avenida Beiramar Norte.
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Antes da marcha iniciar seu percurso, Lucas Lichy, presidente do Instituto da Cannabis e organizador do evento, mencionou a importância de se posicionar contra a guerra às drogas – sejam usuários ou não.
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Galera reunida no trapiche da Avenida Beiramar Norte, ponto de partida para a Marcha da Maconha Florianópolis desde 2008, quando ocorreu a primeira edição do evento na cidade.
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Durante a concentração rolou também a manufatura do tradicional “baseadão”.
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Apesar da boa intenção e do empenho da galera, não vamos negar: o “baseadão” estava mais pra “pastelzão”. 😀
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Apesar do belo e agradável fim de tarde de outono, a Marcha da Maconha Florianópolis 2015 reuniu menos pessoas do que as duas edições anteriores, quando choveu. Será que a Ilha da Magia está ficando careta? Ou os maconheiros locais são muito preguiçosos e/ou enrustidos?
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Ainda resta esperança! Enquanto muito adulto covarde prefere se enrustir – e ainda ostenta um certo “orgulho” em dizer que não participa desse tipo de manifestação, mas também não faz nada para ajudar além de fumar prensado escondido – a nova & linda geração fez questão de marcar presença! Parabéns aos pais bem-resolvidos que desde cedo educam seus filhos contra a hipocrisia.
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Praticamente sem polícia na área – exceto por dois simpáticos agentes da Polícia Militar que não criaram nenhum problema – os manifestantes seguiram animados & enfumaçados pelo calçadão da Avenida Beiramar Norte.
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Na metade do caminho, manifestantes deitaram-se no chão e fizeram 1 minuto de silêncio em honra aos mortos na guerra às drogas.
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Um dos momentos mais lindos da Marcha da Maconha de Floripa foi o acender do “baseadão” – ou “pastelzão”. Provando que a união faz a força, vários maconheiros cederam seus isqueiros para ajudar a carburar o beque gigante em frente ao Hotel Majestic, um dos ícones da burguesia local.
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Enquanto a marcha passava, infelizmente alguns maconheiros se contentaram em apenas observar ao invés de se juntarem à massa.
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Ao final, foi impossível evitar o sentimento de frustração expressado por um dos gritos de guerra entoado pelos presentes: “Ah, mas que vergonha/Nem cem pessoas/ Na Marcha da Maconha”. Sim, desta vez os maconheiros de Floripa deixaram a desejar – exceto, é claro, pelo lindo público presente, que hempresentou com faixas, cartazes e muitos baseados acendidos a cada instante.
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Mas a omissão dos covardes e preguiçosos não invalida – e muito menos desanima – a militância canábica catarinense. “O que importa não é apenas a quantidade, mas a qualidade do público presente”, lembrou Lucas Lichy ao final do evento, quando rolou uma roda gigante com muitos baseados vindo de todos os lados.
Lichy aproveitou a ocasião para convidar a todos para a próxima manifestação canábica em Floripa, que deve acontecer em 27/11, no Dia pela Legalização da Maconha no Brasil.
*Fotos: Marcelo Groo (Instituto da Cannabis)

Rede Globo está envolvida no esquema de sonegação da HSBC



O maior escândalo financeiro da história mundial, com contas secretas de brasileiros no banco HSBC em paraísos fiscais, a cada dia ganha mais um capítulo, ledo engano à cada hora.

Por Redação

A Rede Globo comprou em pleno centro de Road Town, capital das Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe, em 2001 uma empresa por cerca de 220 milhões de dólares. O que poderia haver de tão valioso no Caribe para que a Rede Globo fizesse um investimento deste porte?
O esconderijo para um tesouro é a resposta mais apropriada. Exatamente como no tempo dos piratas, que por sinal fizeram história por aqui, como o lendário Barba Negra. E para piratas no passado, assim como para sonegadores de impostos, corruptos, traficantes de drogas e de armas no presente, o melhor lugar do mundo é onde se pode guardar a riqueza ilícita longe dos olhos das autoridades. Um paraíso. Isso é Ilhas Virgens.
A imprensa internacional divulgou o caso SwissLeaks com dados que foram retirados do banco em 2007 pelo ex-técnico de informática do banco Hervé Falciani. Estes dados revelam que durante novembro de 2006 e março de 2007, quase US$ 180 bilhões teriam transitado por contas do HSBC em Genebra, para fraudar o fisco, lavar dinheiro sujo ou financiar o terrorismo internacional.
Os bilhões de dólares pertencentes a mais de 100.000 clientes e 20.000 pessoas jurídicas teriam transitado por estas contas de Genebra, dissimuladas, entre outras, por estruturas offshore no Panamá e nas Ilhas Virgens britânicas, EXCLUSIVO: Nas Ilhas Virgens, nosso enviado conta como funcionava a empresa de fachada da Globo .
É notório de todos que o Banco HSBC envolvido no maior escândalo financeiro da história mundial é um dos maiores patrocinadores da Rede Globo de Televisão, chegando a ganhar prêmios pela emissora. O HSBC chega a manter uma página dentro do G1, principal site de notícias da Organização Globo.


Confira o artigo original no Portal Metrópole: http://www.portalmetropole.com/2015/02/rede-globo-esta-envolvida-no-esquema-de.html#ixzz3bs2rYWhb


Operação Zelotes e caso HSBC: o estranho silêncio da mídia sobre os R$ 40 bilhões sonegados

Operação Zelotes e caso HSBC: o estranho silêncio da mídia sobre os R$ 40 bilhões sonegados

A sonegação estimada em uma operação é de cerca de R$ 19 bilhões e no outro escândalo foram identificados R$ 21 bilhões de correntistas brasileiro, o que equivale ao orçamento previsto para o Bolsa Família em 2015

Por Fernando Marroni*no Viomundo

Recentemente, dois escândalos de sonegação vieram à tona no Brasil: o deflagrado pela Operação Zelotes; e o das contas de brasileiros no HSBC da Suíça. Na Zelotes, estão envolvidas grandes empresas brasileiras; inclusive, empresas que controlam a grande imprensa brasileira. A sonegação estimada é de cerca de R$ 19 bilhões.
No escândalo do HSBC, foram identificados 8.667 correntistas brasileiros que possuíam, em 2006 e 2007, cerca de US$ 7 bilhões depositados na filial suíça do HSBC, o que corresponde a R$ 21 bilhões. Vejam bem: R$ 21 bilhões é o orçamento previsto para o Bolsa Família em 2015. Ou seja, os ilustres brasileiros podem ter sonegado um orçamento do Bolsa Família na Suíça — e ainda chamam de Bolsa Esmola?
Recentemente, participei de uma audiência pública, aqui na Câmara dos Deputados, com o jornalista Fernando Rodrigues, único jornalista brasileiro a receber a documentação completa sobre as contas secretas. Saí convencido de que existem três crimes nesse escândalo: evasão fiscal, lavagem de dinheiro e sonegação. Acredito, ainda, que os integrantes da lista, de alguma forma, podem estar envolvidos com outros tipos crime, como tráfico de drogas ou tráfico de pessoas.
A partir dessa audiência e de outras com órgãos do governo, a Câmara pode propor legislação mais rígida, porque o sistema financeiro mundial não aguenta mais essa evasão fiscal e lavagem de dinheiro. Penso que o Brasil deve enfrentar esse tema com maior rigor possível. As investigações e apurações devem apontar os culpados. Esses culpados deverão ser punidos e os recursos repatriados.
Estamos falando de R$ 40 bilhões sonegados. Esse é o tamanho do escândalo. O mais impressionante é que a maior parte da mídia está calada; e a oposição, por sua vez, não move uma palha para obter mais informações. (Nenhum senador do PSDB assinou a CPI do HSBC, no Senado).

Por quê?


Confira o artigo original no Portal Metrópole: http://www.portalmetropole.com/2015/05/operacao-zelotes-e-caso-hsbc-o-estranho.html#ixzz3bs33zgym

segunda-feira, junho 01, 2015

A velhacaria que envolve o mundo do esporte tem incentivos cínicos de empresas e isso deve ser dito

Juca Kfouri: A velhacaria que envolve o mundo do esporte tem incentivos cínicos de empresas

Via Viomundo

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Promiscuidade
A velhacaria que envolve o mundo do esporte tem incentivos cínicos de empresas e isso deve ser dito
A FIFA cometeu dois erros fatais ao negar as duas próximas Copas do Mundo ao ainda poderoso império americano e ao velho império inglês. Note que, desde então, jamais teve paz.
Primeiro caíram os velhos cardeais corruptos e agora os que os substituíram.
Não sejamos seletivos na indignação, porém.
Havelange, Teixeira, Hawilla, Leoz, Marin, o que menos importa é o nome do bicho.
Importa denunciar o mundo à parte que inventaram, no qual se vive nababescamente e depois corre-se o risco da desmoralização, da prisão e da humilhação. Vale a pena? Cada um sabe de si.
Lava-se dinheiro e joga-se bruto no esporte desde que o esporte virou o negócio que virou.
Certa de sua impunidade, a cartolagem da Fifa jamais deu bola aos que a investigavam.
Preferiu sempre negar-lhes credenciamentos, processá-los ou ignorá-los.
A polícia do mundo é a polícia do mundo e as três letrinhas do FBI golearam as quatro da Fifa. Porque, como sempre, alguém precisa botar um mínimo de ordem nesta zorra.
Zorra que gera a promiscuidade incapaz de separar jornalismo de propaganda ou de entretenimento.
Promiscuidade que atinge até o Poder Judiciário, que vira e mexe dá razão a tais figuras.
Ou permite que comunicadores e executivos frequentem os mesmos convescotes que tais cartolas e os protejam e homenageiem.
Dia desses mesmo, na festa da FPF, o número 1 da Globo Esporte, Marcelo Campos Pinto, se desmanchou em elogios ao “eterno presidente Marin” –e o homem já não tem mais nem o nome no edifício que mandou construir a toque de caixa, por R$ 70 milhões!
“2015 vai entrar para a história do futebol brasileiro como um grande ano, o ano em que José Maria Marin passou o bastão ao presidente Marco Polo Del Nero”, disse Campos Pinto. De fato!
Não satisfeito, acrescentou, emocionado, a Marin: “O senhor escreveu o seu nome na história do futebol brasileiro, tendo sucedido um outro grande presidente, que foi o Ricardo Teixeira”.
Nero foi saudado como “excelentíssimo senhor com o qual tenho o privilégio de conviver assiduamente há mais de 11 anos”.
Esta promiscuidade também precisa acabar porque não há autocrítica que dê conta quando o interesse do negócio suplanta a ética e os bons costumes.
O que vale para a GM, Visa, Ambev, Itaú etc.
Uma coisa é a polidez numa cerimônia pública, outra é a cumplicidade subserviente porque, enfim, tudo resulta no mesmo, em comissões, bônus ou corrupção.
Finalmente é preciso salientar que mais que novas CPIs da CBF, será fundamental aprovar a Medida Provisória do Futebol, esta sim com novos métodos de governança que podem mudar os hábitos que vigoram há décadas em nosso futebol.
Para que não sigamos ouvindo de um Hawilla o que eu já ouvi, há anos, de um Odebrecht: “Preferiria que fosse diferente. Mas o jogo é o jogo, não posso mudar o mundo”.
Todos podemos.

Grecia busca unirse al Banco de Desarrollo del BRICS


  
Grecia está preparando una solicitud de participación en el nuevo Banco de Desarrollo del BRICS y ya cuenta con el apoyo de Rusia para ese fin, afirmó el ministro griego de Reconstrucción Productiva, Medioambiente y Energía, Panagiotis Lafazanis.
"Durante mi encuentro con el viceministro de Finanzas ruso Serguéi Storchak hemos ganado el decisivo apoyo ruso a la solicitud de Grecia de participar en el nuevo Banco de Desarrollo de los países BRICS", dijo el ministro a la agencia de noticias ANA-MPA.
"Dicha solicitud… será simbólica y se pagará a plazos, y con el comienzo de las operaciones, Grecia podrá recibir apoyo financiero", agregó Lafazanis.
El ministro relató que las partes discutieron también un crédito que será facilitado por bancos rusos a la empresa helena que construiría el segmento griego del gaseoducto en el marco del proyecto Turkish Stream.
"El reembolso del préstamo ruso se efectuará usando las ganancias del gaseoducto", dijo.  
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