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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, novembro 07, 2015

São inúmeras ofensas que ferem a dignidade da presidenta e a nossa.como cidadão


MAIS UMA VEZ
Não bastassem os adesivos machistas para carros feitos há alguns meses, a grosseria e o desrespeito à presidenta Dilma Rousseff voltou. Agora exibem uma tatuagem com o rosto da presidenta fazendo sexo oral.
São inúmeras ofensas que ferem a dignidade da presidenta e a nossa.
Isso tem de parar.
Não vamos nos calar.



Um pouco de História não faz mal a ninguém... Aliás, é urgente.


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Jandira Feghali
Um pouco de História não faz mal a ninguém...
Aliás, é urgente.
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‪#‎PrivatizaçãoNÃO‬ ‪#‎APetrobrasÉNossa‬

Maior esquema de corrupção do Brasil é a sonegação de impostos


Sonegometro10
Apenas em 2015, já foram sonegados R$426 bilhões, valor que supera desvios na Petrobras, pagamento do Bolsa Família e ajuste fiscal.
Pedro Rafael Vilela, via Brasil de Fato em 3/10/2015
É muito comum a afirmação de que no Brasil a carga tributária é alta, mas pouco se fala sobre o tamanho do rombo nas contas públicas causado pela sonegação de impostos. Levantamento do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) indica que o país soma mais de R$1,162 trilhão em débitos tributários inscritos na Dívida Ativa da União. É tudo aquilo que o Estado brasileiro tem que receber judicialmente de pessoas físicas e jurídicas que deixaram de recolher seus impostos.
A maior parte desses débitos (62% ou R$723,3 bilhões) são de cerca de 12 mil empresas. O segmento que lidera o ranking dos maiores débitos tributários do país é o industrial, seguido pelo comércio e atividades financeiras.
“Quem sonega imposto no Brasil não são pobres, trabalhadores e classe média. Esses pagam na fonte, o salário já vem descontado, ou então pagam imposto indireto quando adquirem um bem ou quando pagam um serviço. A sonegação é praticada basicamente por grandes empresas, que têm verdadeiros exércitos de advogados para driblar a legislação e deixar e recolher tributos devidos”, explica João Sicsú, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Os dados do levantamento do Sinprofaz revelam que débitos tributários representam mais de 580 vezes os valores desviados da Petrobras, segundo a Operação Lava-Jato, oito mil vezes os valores apurados no mensalão e mais de 60 vezes as cifras citadas na Operação Zelotes.
SonegômetroApesar dos valores astronômicos da sonegação, apenas cerca de 1% é recuperado aos cofres públicos. “Isso é muito pouco. Recuperamos por ano cerca de R$13 bilhões. Um investimento maior de cobrança dessa dívida poderia fazer o orçamento da União crescer muito”, sustenta João Sicsú, da UFRJ.
A campanha Quanto “Custa o Brasil para Você?”, do Sinprofaz, mantêm o painel Sonegômetro, que registra, segundo a segundo, o montante sonegado no Brasil. Em outubro, esse valor já passou dos R$426 bilhões e vai chegar R$500 bilhões até o fim do ano, o que representa mais de 10% da economia do país.
Segundo o sindicato dos procuradores da Fazenda Nacional, “cerca de 80% [desse valor] passou por mecanismos sofisticados de lavagem de dinheiro”.
Em recente entrevista, o presidente do Sinprofaz, Achilles Frias, comparou os R$426 bilhões em impostos sonegados com a meta de ajuste fiscal de R$66 bilhões perseguido pelo governo federal. “Se analisarmos os números trazidos pelo painel da sonegação verificamos como é injusta e desnecessária toda essa recessão imposta à população”, avaliou.
“O que gasta com saúde, educação, habitação, Bolsa Família e seguro-desemprego não chega a R$300 bilhões por ano. E o Brasil, só esse ano, além de pagar R$500 bilhões em juros da dívida pública para banqueiros e empresários, ainda vai deixar de cobrar outras centenas de bilhões em impostos sonegados. Nós precisamos repensar os gastos do governo, de arrecadação, mas também de cobrança”, argumenta o professor de economia João Siscú.
*http://limpinhoecheiroso.com/2015/11/03/maior-esquema-de-corrupcao-do-brasil-e-a-sonegacao-de-impostos/

Hoje na História: 1917 - Bolcheviques tomam o poder na Rússia


A Revolução russa de 1917 foi um momento decisivo na História, e pode ser considerada como o grande acontecimento do século XX
Atualizada em 07 de novembro de 2014, 
A data mais importante da Revolução Russa, que instaurou o primeiro Estado socialista da História, foi o 7 de novembro de 1917 - que, por ser equivalente a 25 de outubro no calendário juliano (então em vigor na Rússia), ficaria conhecida como a Revolução de Outubro.
Naquele momento, o isolamento político do chefe do governo provisório russo (instalado em fevereiro), Aleksandr Kerensky, a perda de apoio popular e o fortalecimento dos bolcheviques acabariam conduzindo ao levante decisivo de outubro. Assim como a Revolução de Fevereiro derrubara a autocracia czarista substituindo-a por um sistema liberal–burguês, a de Outubro implantou o regime operário-socialista. A entrada dos guardas vermelhos no Palácio de Inverno, em Petrogrado, onde o governo provisório se reunia, marcou o triunfo dos bolcheviques.
Wikicommons

Reunião do Partido Bolchevique em 1920
A Revolução russa de 1917 foi um momento decisivo na História, e pode ser considerada como o grande acontecimento do século XX. Como a Revolução Francesa, continuaria polarizando a opinião por longo tempo, sendo saudada por uns como um marco na emancipação da humanidade e denunciada por outros como um crime e um desastre.
Foi um movimento inspirado por uma onda de entusiasmo imenso e por visões utópicas da emancipação das cadeias de um poder distante e despótico. Para o povo russo, eram inúteis os princípios ocidentais de democracia parlamentar e governo constitucional, proclamados pelo governo provisório. Os sovietes (conselhos locais de trabalhadores e camponeses) surgiram por toda a Rússia. Comissões de trabalhadores, nas fábricas, reivindicaram o exercício exclusivo da autoridade em suas áreas. Os camponeses ocuparam as terras e as dividiram. E tudo mais foi obscurecido pela exigência de paz, de um fim aos horrores da guerra que a Rússia lutava, com enormes baixas, contra a Alemanha e a Áustria.
Para os bolcheviques, derrubar o vacilante governo provisório não era tudo. Colocar-se no seu lugar, estabelecer o controle efetivo do caos que se havia generalizado pelo vasto território do império e criar uma nova ordem social voltada para as aspirações das massas de trabalhadores e camponeses eram tarefas muito mais complexas.
O desenrolar dos acontecimentos naqueles meses de 1917 exigia inteligência, determinação e coragem das lideranças, de lado a lado. Em maio e junho, o governo provisório estava de mãos atadas: não podia satisfazer as reivindicações dos trabalhadores nem nacionalizar as terras. O lema dos bolcheviques ganhava as consciências: “Todo o poder aos sovietes! Paz, pão e terra!”.
Em abril, dezenas de milhares de trabalhadores e soldados saíram às ruas, atendendo à convocação dos bolcheviques. Cresceu o descontentamento no campo. Nas cidades, as greves se sucederam.Em julho, uma tentativa de insurreição popular em Petrogrado (atualmente e até 1915, São Petersburgo) foi reprimida violentamente pela polícia por ordem de Kerensky. A repressão se abateu contra os bolcheviques e o líder da facção, Vladimir Lenin, foi obrigado a fugir para a Finlândia.

Chanceler russo diz que resultado das eleições na Ucrânia será reconhecido

Resultado de eleição legislativa reforça intenção da Ucrânia de se unir à União Europeia

Kiev pune separatistas por realizar eleições e corta repasse de verbas para leste da Ucrânia

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Em setembro, o governo encarregou o general Lavr Kornilov de restabelecer a ordem. O militar aproveitou e preparou um golpe de Estado. Diante do perigo, os bolcheviques se organizaram e mobilizaram a população. O golpe foi contido antes de acontecer. O povo perdeu totalmente a confiança no governo provisório, e os bolcheviques saíram do episódio fortalecidos.
Wikicommons

O Bolchevique, de Boris Kustodiev
Em 7 de outubro, Lenin voltou do breve exílio, clandestinamente. Os bolcheviques tornaram-se força majoritária nos sovietes de Petrogrado e de Moscou. O cenário levou os revolucionários a preparar a insurreição. Trabalhadores formaram milícias armadas em favor da revolução – os guardas vermelhos. Grande número de soldados do exército russo desertou e passou para as fileiras bolcheviques. Um comitê militar revolucionário foi criado pelo soviete de Petrogrado. Kerensky se viu forçado a entrincheirar-se no Palácio de Inverno, sob a proteção de centenas de cadetes e de um batalhão de soldadas mulheres.
Em 13 de outubro, a frota do Báltico se submeteu ao comando do comitê militar revolucionário. Em 18 de outubro, a guarnição de Petrogrado declarou não reconhecer mais o governo. Cada regimento do exército, cada batalhão dos guardas vermelhos recebeu uma missão simples a cumprir. O cruzador , ancorado no rio Neva (agora sob o comando dos revolucionários), apontou os canhões para o Palácio de Inverno.
Ao meio-dia de 25 de outubro (sempre no calendário juliano), o banco do Estado, a central elétrica, os correios e a agência telegráfica foram ocupados pelos guardas vermelhos. Uma massa de soldados e trabalhadores armados cercou o Palácio de Inverno. Às 18h, os bolcheviques lançaram um ultimato contra o governo provisório. Sem resposta, os guardas vermelhos ocuparam a ala norte do edifício. Às duas da madrugada, os defensores do Palácio se renderam.
Na manhã de 26 de outubro, um novo governo foi formado. O Conselho de Comissários do Povo foi presidido por Vladimir Lenin. Alguns dias depois, o poder dos sovietes se firmaria em Moscou e se espalharia gradualmente pela imensidão de “todas as Rússias”.
*operamund

“em linha” com a visão do Sciences Po de que o mérito pessoal não deve vir de um diploma universitário.

Imprensa Brasileira vai à França reclamar de prêmio Honoris Causa de Lula e passa vergonha
Segundo o relato do jornalista argentino do Pagina/12, Martín Granovsky, não ficou por aí. Perguntas ainda piores seriam feitas.

311e33e0-bcfa-46fa-af43-e8109efa8ac1 (1)Alguns órgãos de imprensa brasileira como Jornal O Globo mandaram repórteres a França para questionar prêmio do ex-presidente recebido no País
Não pode passar batido um dos momentos mais ridículos do jornalismo brasileiro. Acredite quem quiser, mas órgãos de imprensa brasileiros como o jornal O Globo mandaram repórteres à França para reclamar com Richard Descoings, diretor do instituto francês Sciences Po, por escolher o ex-presidente Lula para receber o primeiro título Honoris Causa que a instituição concedeu a um latino-americano.
A informação é do jornal argentino Pagina/12 e do próprio Globo, que, através da repórter Deborah Berlinck, chegou a fazer a Descoings a seguinte pergunta: “Por que Lula e não Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor, para receber uma homenagem da instituição?”.
No relato da própria repórter de O Globo ,que fez essa pergunta constrangedora, havia a insinuação de que o prêmio estaria sendo concedido a Lula porque o grupo de países chamados Bric’s (Brasil, Rússia, Índia e China) estuda ajudar a Europa financeiramente, no âmbito da crise econômica em que está mergulhada a região.
A jornalista de O Globo não informa de onde tirou a informação. Apenas a colocou no texto. Não informou se “agrados” parecidos estariam sendo feitos aos outros Bric’s. Apenas achou e colocou na matéria que se pretende reportagem e não um texto opinativo. Só esqueceu que o Brasil estar em condição de ajudar a Europa exemplifica perfeitamente a obra de Lula.
Segundo o relato do jornalista argentino do Pagina/12, Martín Granovsky, não ficou por aí. Perguntas ainda piores seriam feitas.
Os jornalistas brasileiros perguntaram como o eminente Sciences Po, “por onde passou a nata da elite francesa, como os ex-presidentes Jacques Chirac e François Mitterrand”, pôde oferecer tal honraria a um político que “tolerou a corrupção” e que chamou Muamar Khadafi de “irmão”, e quiseram saber se a concessão do prêmio se inseria na política da instituição francesa de conceder oportunidades a pessoas carentes.
Descoings se limitou a dizer que o presidente Lula mudou seu país e sua imagem no mundo. Que o Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula. E que por ele não ter estudo superior sua trajetória pareceu totalmente “em linha” com a visão do Sciences Po de que o mérito pessoal não deve vir de um diploma universitário.
O diretor do Science Po ainda disse que a tal “tolerância com corrupção” é opinião, que o julgamento de Lula terá que ser feito pela história levando em conta a dimensão de sua obra (eletrificação de favelas e demais políticas sociais). Já o jornalista argentino perguntou se foi Lula quem armou Khadafi e concluiu para a missão difamadora da “imprensa” tupiniquim: “A elite brasileira está furiosa”.
Por Eduardo Guimarães

ESTE É "O CARA"... O RESTO É BLÁ...BLÁ...BLÁ

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sexta-feira, novembro 06, 2015

Mais um tijolinho na construção do edifício social.

Horácio Conde adicionou 2 novas fotos.
Mais um tijolinho na construção do edifício social. Mais um passo rumo à transformação do país em um lugar melhor. Um sonho de mais de 10 anos da Advocacia Trabalhista de São Paulo e, em apenas 10 meses de gestão, nós conseguimos: inauguramos nossa nova sede da AATSP, próxima ao maior fórum do Brasil, que é trabalhista. Sonho realizado. Mais um compromisso de campanha cumprido. Trabalho duro, pessoas comprometidas e respeito por cada voto recebido. É assim que se faz.

MINERAÇÃO DESTRÓI NOSSOS RIOS E AGORA MATA NOSSO POVO


Brigadas Populares - Minas Gerais
12 h
MINERAÇÃO DESTRÓI NOSSOS RIOS E AGORA MATA NOSSO POVO
O rompimento de uma barragem de rejeitos de minério de ferro da empresa Samarco Mineradora S.A. inundou, na tarde de quinta-feira (5), Bento Rodrigues, o subdistrito de Santa Rita Durão e distrito de Mariana - MG. De acordo com dados do Comitê Brasileiro de Barragens, o rompimento ocorrido hoje pode ser o mais grave já registrado no Brasil.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Extração de Ferro e Metais de Mariana (Metabase), são estimados 15 mortos e 45 desaparecidos no subdistrito de Bento Rodrigues. Ainda segundo dados do Corpo de Bombeiros de Ouro Preto, há gente soterrada e ilhada.
A água lamacenta e contaminada invadiu Bento Rodrigues, chegou também no distrito de Santa Rita Durão e há indícios de que tenha atingido outros distritos na região. Para o coordenador das Promotorias de Defesa do Meio Ambiente de Minas Gerais, Carlos Eduardo Ferreira, ‘trata-se de uma tragédia sem precedentes na história de Minas”.
A falta de responsabilidade e preocupação socioambiental das empresas responsáveis pelas atividades mineradoras, entretanto, é recorrente. Moradores de Mariana passam por problemas constantes de falta d’água, nuvem de poeira, especulação imobiliária e uma série de outros transtornos gerados pela mineração na região. Importante frisar também que essas mesmas empresas utilizam nossas águas de forma irresponsável em pleno momento de crise hídrica no país e violam, diariamente, uma série de direitos humanos em atividades que priorizam apenas o lucro.
Em nota ao G1, a empresa Samarco afirmou que não é possível confirmar a causa e extensão do ocorrido. De acordo com o coordenador do Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais do Ministério Público, Carlos Eduardo Ferreira Pinto, barragem não se rompe por acaso. O Ministério Público pretende instaurar um inquérito civil para apurar as causas do rompimento e propor uma ação contra os responsáveis.
A barragem fica localizada a cerca de 25 km do centro da cidade de Mariana e os desabrigados estão sendo encaminhados para a Arena Mariana. Colchões, roupas, fraldas descartáveis, água mineral e produtos de higiene pessoal estão sendo recolhidos no local.
Os distritos que margeiam as áreas de mineração, como é o caso de Bento Rodrigues, são regiões duramente abandonados pelo poder público e pelas grandes empresas mineradoras. As assistências mais básicas não percorrem a distância que separa esses lugares do resto do mundo. Quando chegam, ficam pouco, vão logo embora para não mais voltar. Os moradores de Bento Rodrigues foram brutalmente atravessados pela lama do capital, da ignorância, da fúria sem nome que respiramos assiduamente nos dias de agora. É sintoma de um mundo desenfreado que não sabe para onde vai, assim como a água suja e tóxica que derrubou paredes tão frágeis e inocentes.
Posted: 05 Nov 
Olga 2O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), que sempre vem trazendo como propostas para as suas redações questões sociais, mais uma vez surpreende a sociedade com a temática: “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”. O trabalho escravo e a publicidade infantil foram temas abordados, mesmo não sendo assuntos recorrentes nos meios de comunicação, como a TV Globo. Além disso, alguns sites, comoeducação.uol, apostavam em temas para 2015, como a intolerância religiosa e a redução da maioridade penal, entretanto, a escolha para a redação foi de outro tema importante para a construção social e que contribuirá com a reflexão de milhões de pessoas sobre à violência contra as mulheres.
É preciso que todos os espaços disponíveis pautem a casa como o lugar mais inseguro para a mulher, onde 48% das mulheres são agredidas (no caso dos homens, apenas 14% foram agredidos no interior de suas casas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE, 2009). E onde não há espaços disponíveis, é necessário criá-los para que se diga que, em 2014, do total de 52.957 denúncias de violência contra a mulher, 27.369 corresponderam a denúncias de violência física (51,68%), 16.846 de violência psicológica (31,81%), 5.126 de violência moral (9,68%), 1.028 de violência patrimonial (1,94%), 1.517 de violência sexual (2,86%), 931 de cárcere privado (1,76%) e 140 envolvendo tráfico (0,26%) e, principalmente, para que esses atos não fiquem impunes, para que as mulheres se organizem e lutem por uma sociedade justa.
Outros dados, do portal Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – A lei é mais forte, ainda chamam a atenção: dos atendimentos registrados em 2014, 80% das vítimas tinham filhos, sendo que 64,35% presenciavam a violência e 18,74% eram vítimas diretas juntamente com as mães. Fica claro, não só por a mulher ser maioria, que esse tipo de violência prejudica a sociedade como todo, mas também por afetar diretamente uma grande quantidade de crianças (são vários futuros adultos que terão dificuldades educacionais e nos relacionamentos interpessoais) e a economia do país (por perca de produtividade e aumento do uso de serviços sociais).
Diante desse quadro alarmante, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou neste ano um estudo sobre a efetividade da Lei Maria da Penha, mostrando que a Lei fez diminuir em apenas cerca de 10% a taxa de homicídio contra as mulheres dentro das residências. O que deixa o Brasil no 7º lugar no ranking de países nesse tipo de crime. Junte-se ao Movimento de Mulheres Olga Benário!
 Rita Silva, estudante de Letras da UFRPE.
*AVerdade