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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
domingo, dezembro 30, 2012
Saúde de Chávez está melhorando, informa vice-presidente venezuelano
Nicolás Maduro criticou oposição por informes negativos sobre o estado de saúde do presidente
O vice-presidente de Venezuela, Nicolas Maduro, afirmou neste sábado (22/12) que Hugo Chávez segue em repouso e sua recuperação se encontra em fase de consolidação. Além disso, também criticou versões da imprensa opositora que afirmam que o chefe de estado venezuelano estaria à beira da morte ou que seu estado de saúde piorou.
“Rechaçamos plenamente esses comunicados mal-intencionados oriundos da direita, que é quem está por trás dessa guerra de fofocas iniciadas nas redes sociais”, disse Maduro, durante ato de juramentação do governador do Estado de Yaracuy, Julio León Heredia, no centro da Venezuela. “Essas versões da direita apenas fazem com que nos unamos ainda mais. Por isso pedimos e exigimos respeito ao presidente da República”, disse.
O pedido de Maduro foi repetido nesta manhã (23) pela filha do presidente, Maria Gabriela que. em sua conta no microblog Twitter, disse que estava ao lado de seu pai, em Havana, e pediu que se encerrassem as mentiras sobre seu estado de saúde.
Maduro também lembrou que, durante a última eleição presidencial, membros da aliança opositora MUD (Mesa da Unidade Democrática) chegaram a emitir um comunicado chamando Chávez de irresponsável por se apresentar nos comícios, e que este usava sua enfermidade com fins eleitorais
*Operamundi
“A lucidez passou a ser uma espécie de excepcionalidade, como se tratasse de um fenômeno de parapsicologia”.
Mauro Santayana
O Direito, a Liberdade e a missão do advogado
Via Jornal do Brasil
“A lucidez passou a ser uma espécie de excepcionalidade, como se tratasse de um fenômeno de parapsicologia”.
Mauro Santayana
Foi
a descoberta grega da ideia da liberdade que abriu o tempo para a
construção do Ocidente. Com essa fulgurante epifania mental, os
pensadores partiram para a especulação sobre a realidade física, a
natureza peculiar do homem e a vida social. É assim, como decorrência
natural de que a vida deve ser livre, para ser digna, que nasceram, sob
o rótulo comum de filosofia prática, as idéias da lógica, da ética, da
economia e (como instrumento de busca e realização da liberdade) a
política.
O artigo que publicou o advogado
Márcio Thomaz Bastos - nestes dias que, sendo de festas, devem ser de
meditação - sobre os deveres dos advogados, é documento grave e sério.
Ele deve ser entendido em sua seriedade e gravidade. Estamos perdendo,
como se os neurônios se dissolvessem sob o calor dos ódios e
preconceitos, a capacidade de pensar. A lucidez passou a ser uma espécie
de excepcionalidade, como se tratasse de um fenômeno de parapsicologia.
Mais do que isso: como aponta o ex-presidente da OAB, que se destacou
na luta contra o regime militar, a sociedade está imbuída da sanha
persecutória, conduzida pelo lema de vigiar e punir.
Mais
terrível do que a tirania do Estado, quando ele se encontra ocupado
pelos insanos, é a tirania das sociedades, conduzidas por demagogos
enfurecidos e suas contrafeitas idéias. Idéia, como sabemos, é a forma
que construímos em nossa mente, para identificar as coisas e os
fenômenos. Se perdemos essa capacidade de relacionar, com lógica, os
acontecimentos naturais e o sentimento humano – laço que nos une aos
de nossa mesma espécie – não há mais civilização, deserta-nos a razão,
evapora-se a inteligência. E se a sociedade perde o equilíbrio, o Estado
pode perecer, com o fim de todas as liberdades.
O dever absoluto da justiça é a proteção da liberdade, como condição inerente e irrecusável do ato de viver.
Quando
a justiça pune - qualquer tenha sido o crime – pune quem violou a
liberdade de outro, seja no exemplo radical do homicídio, seja em
delitos menores. Em razão disso, qualquer pessoa que seja levada diante
de um juiz necessita de advogado, que seja capaz de orientá-lo e
defendê-lo, a partir das leis e do direito consuetudinário. Desde que os
homens criaram os tribunais, sempre houve advogados e, não precisa ser
dito, por mais tenebroso possa parecer um crime, o direito de defesa é
sagrado.
Como expôs com clareza, em sua aula de
filosofia do Direito, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, por
mais evidente possa parecer a culpa de um suspeito, até que se conclua
plenamente o seu julgamento, a presunção é de inocência. Por uma
proposição lógica, cabe a quem o acusa fornecer as provas insofismáveis
da culpa.
Não se pode inverter o enunciado dessa
razão, e exigir do acusado que desfaça uma prova que ele mesmo
desconhece. Os juízes não devem decidir sobre provas secretas. Tivemos,
na ditadura, o absurdo ridículo de sermos obrigados a obedecer a
decretos sigilosos, mas o juiz está livre desses ucasses.
É
corajosa a advertência do conhecido advogado. Ele é apontado como um
profissional que aceita causas já tidas como perdidas, em razão do
clamor popular contra os acusados, da mesma forma que é elogiado por ter
defendido os perseguidos pelo regime autoritário, quando as idéias da
liberdade se encontravam sufocadas pelos juristas e juízes da Ditadura.
Mas, qualquer a opinião que dele se tenha, cumpre o seu dever de
defender os que o procuram - contra os clamores da ira, espontânea ou
conduzida , de parcelas da sociedade – até que todos os ritos
processuais se cumpram, na absolvição ou condenação do réu.
Por
tudo isso, o seu texto deve ser analisado cuidadosamente por todos os
cidadãos, especialmente pelos que, no exercício do mandato político, têm
a responsabilidade de governar o Estado em nome da sociedade. El Gobierno boliviano expropia cuatro filiales a la española Iberdrola
Via Russian Today
Evo Morales indicó que estas medidas pretenden equilibrar "las tarifas de servicio eléctrico"
El
presidente boliviano, Evo Morales, decretó la expropiación de las
acciones de la compañía española Iberdrola en dos distribuidoras de
energía eléctrica en las regiones de La Paz y Oruro, en una empresa de
servicios y en una gestora de inversiones.
“Nos
hemos visto obligados a tomar esta medida para que las tarifas de
servicio eléctrico sean equitativas en el departamento de La Paz y Oruro
y la calidad de servicio eléctrico sea uniforme en el área rural y
urbana”, afirmó Morales.
Las
compañías expropiadas son dos de las principales distribuidoras de
electricidad, la Empresa de Electricidad de La Paz (Electropaz) y la
Empresa de Luz y Fuerza de Oruro (Elfeo), además de la empresa de
servicios Edeser y una gestora de inversiones.
Las expropiaciones que se están llevando a cabo por Gobiernos valientes en América Latina que ponen por encima de los intereses del gran capital los intereses de su pueblo, creo que nos ayudan a avanzar”
Iberdrola,
a través de su filial Iberbolivia, posee el 89,5% de las acciones en
Electropaz y el 92,8% en Elfeo. Según el decreto leído por Morales, la
estatal Empresa Nacional de Electricidad asumirá el control de las
cuatro empresas nacionalizadas en representación del Estado boliviano.
Las decisiones que benefician al pueblo
El
profesor titular de Política Económica de la Universidad de Castilla La
Mancha, Gregorio López Sanz, está convencido de que las relaciones
entre Madrid y La Paz se deteriorarán, pero opina que la decisión de
Morales es valiente y beneficiará al pueblo boliviano. “Las
expropiaciones que se están llevando a cabo por Gobiernos valientes
en América Latina que ponen por encima de los intereses del gran
capital los intereses de su pueblo, creo que nos ayudan a avanzar”. “Los
políticos deben sentirse libres para tomar las decisiones que
benefician a su pueblo”, concluye.
Por su
parte, el Gobierno español de Mariano Rajoy lamentó la decisión de Evo
Morales de nacionalizar cuatro filiales de Iberdrola en Bolivia y
expresó su deseo de que la eléctrica española sea indemnizada de manera
"justa". En respuesta a esto, el Ejecutivo boliviano prometió entregar
la remuneración que merece a Iberdrola. Al igual que en anteriores expropiaciones,
se dispuso también que la compensación a Iberdrola provendrá de una
tasación realizada por una “empresa independiente (…) en el plazo de 180
días hábiles”.
Texto completo en: http://actualidad.rt.com/economia/view/82464-gobierno-boliviano-expropia-cuatro-filiales-espanola-iberdrola
"La Dolce Vita" de Yoani Sánchez em Cuba
Via Opera Mundi
Ao contrário do que afirma, dissidente possui padrão de vida inacessível para a imensa maioria dos cubanos
Wikimedia Commons
Ao
ler o blog da dissidente cubana Yoani Sánchez, é inevitável sentir
empatia por esta jovem mulher, que expressa abertamente sua oposição ao
governo de Havana. Descreve cenas cotidianas de privações e de penúrias
de todo tipo. “Uma dessas cenas recorrentes é a de perseguir os
alimentos e outros produtos básicos em meio ao desabastecimento crônico
de nossos mercados”, escreve em seu blog Generación Y. [1]
De
fato, a imagem que Yoani Sánchez apresenta dela mesma – uma mulher com
aspecto frágil que luta contra o poder estatal e contra as dificuldades
de ordem material – está muito longe da realidade. Com efeito, a
dissidente cubana dispõe de um padrão de vida que quase nenhum outro
cubano da ilha pode se permitir ter.
Mais de seis mil dólares de renda mensal.
A
SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa), que agrupa os grandes
conglomerados midiáticos privados do continente, decidiu nomeá-la
vice-presidente regional de sua Comissão de Liberdade de Imprensa e
Informação [2] por Cuba. Sánchez, que como de costume, é tão expressiva
em seu blog, manteve um silêncio hermético sobre seu novo cargo. Há uma
razão para isso: sua remuneração. A oposicionista cubana dispõe agora de
um salário de seis mil dólares mensais, livres de impostos. Trata-se de
uma renda bastante alta, habitualmente reservada aos quadros superiores
das nações mais ricas. Essa importância é ainda maior considerando que
Yoani Sánchez reside em um país de Terceiro Mundo em que o Estado de
bem-estar social está presente e onde a maioria dos preços dos produtos
de necessidade básica está fortemente subsidiada.
Em
Cuba, existe uma dupla circulação monetária: o CUC e o CUP. O CUC
representa aproximadamente 0,80 dólares ou 25 CUP. Assim, com seu
salário da SIP, Yoani Sánchez dispõe de uma renda equivalente a 4.800
CUC ou a 120.000 CUP.
O poder aquisitivo de Yoani Sánchez
Avaliemos agora o poder aquisitivo da dissidente cubana. Assim, com um salário semelhante, Sánchez poderia pagar, a escolher:
- 300.000 passagens de ônibus;
- 6.000 viagens de táxi por toda Havana [3]
- 60.000 entradas para o cinema;
- 24.000 entradas para o teatro;
- 6.000 livros novos;
- 24.000 meses de aluguel de um apartamento de dois quartos em Havana [4];
- 120.000 copos de garapa (suco de cana);
- 12.000 hambúrgueres;
- 12.000 pizzas;
- 9.600 cervejas;
- 17.142 pacotes de cigarro;
- 12.000 quilos de arroz;
- 8.000 pacotes de macarrão;
- 10.000 quilos de açúcar;
- 24.000 sorvetes de cinco bolas;
- 40.000 litros de iogurte;
- 5.000 quilos de feijão;
- 120.000 litros de leite (caso tenha um filho de menos de 7 anos);
- 120.000 cafés;
- 80.000 ovos;
- 60.000 quilos de carne de frango;
- 60.000 quilos de carne de porco;
- 24.000 quilos de bananas;
- 12.000 quilos de laranja;
- 12.000 quilos de cebola;
- 20.000 quilos de tomate;
- 24.000 tubos de pasta de dente;
- 24.000 unidades de sabão em pedra;
- 1.333.333 quilowatts-hora de energia [5];
- 342.857 metros cúbicos de água potável [6];
- 4.800 litros de gasolina;
-
um número ilimitado de visitas ao médico, dentista, oftalmologista ou
qualquer outro especialista da área de saúde, já que tais serviços são
gratuitos;
- um número ilimitado de inscrições a um curso de esporte, teatro, música ou outro (também gratuitos).
Essas
cifras ilustram o verdadeiro padrão de vida de Yoani Sánchez em Cuba e
dão uma ideia sobre a credibilidade da opositora cubana. Ao salário de
seis mil dólares pagos pela SIP, convém agregar a renda que cobra a cada
mês do diário espanhol El País, do qual é correspondente em Cuba, assim
como as somas coletadas desde 2007.
Com efeito,
no período de alguns anos, Sánchez recebeu múltiplas distinções, todas
financeiramente remuneradas. No total, a blogueira recebeu uma
retribuição de 250.000 euros, ou seja, 312.500 CUC ou 7.812.500 CUP,
quer dizer, uma importância equivalente a mais de 20 anos de salário
mínimo em um país como a França, quinta potência mundial.
A
dissidente, que primeiro emigrou à Suíça depois de optar por voltar a
Cuba, é bastante sagaz para compreender que o fato de adotar um discurso
a favor de uma mudança de regime agradaria aos poderosos interesses
contrários ao governo e ao sistema cubanos. E eles, por sua vez,
saberiam se mostrar generosos com ela e permitiriam gozar da dolce vita
em Cuba.
(*) Doutor em Estudos Ibéricos e
Latinoamericanos pela Universidade Paris Sorbonne-Paris IV, Salim
Lamrani é professor titular da Université de la Réunion e jornalista,
especialista das relações entre Cuba e Estados Unidos. Seu último livro é
intitulado Etat de siège: les sanctions economiques des Etats-Unis
contre Cuba, París, Edições Estrella, 2001, com prólogo de Wayne S.
Smith e prefácio de Paul Estrade. Contato: lamranisalim@yahoo.fr ;
Salim.Lamrani@univ-reunion.fr ; Facebook:
https://www.facebook.com/SalimLamraniOfficiel
Referências bibliográficas:
[1]
Yoani Sánchez, “Atacado vs varejo”, Generación Y, 5 de junho de 2012.
http://www.desdecuba.com/generaciony/ (site consultado em 26 de julho de
2012).
[2] El Nuevo Herald, “Yoani nomeada na Comissão da SIP”, 9 de novembro de 2012.
[3] De Havana Velha até o bairro Playa.
[4] 85% dos cubanos são proprietários de suas casas. Essa tarifa é reservada exclusivamente para os cidadãos cubanos da ilha.
[5] Até 100 quilowatt-hora, o preço é de 0,09 CUP a cada quilowatt-hora.
[6] 0,35 CUP por m³.
Quanto tempo demora até a guerra verbal virar guerra campal?
Publico este post não exatamente por conta do fato que noticiarei a seguir, mas por tal fato decorrer de um processo que vejo ir se materializando e que me preocupa porque já o vi ocorrer em países sul-americanos que visito a trabalho, com destaque para a Venezuela.
Não foi uma só vez em que fui ameaçado de espancamento ou de morte tanto via comentários aqui no Blog quanto no Twitter. A última aconteceu no site Brasil 247, em comentário a artigo de minha lavra publicado aqui e republicado lá.
Nunca dei maior importância a esses psicopatas. Apesar de achar que só fazem tais bravatas por trás de um computador, um deles foi munido de cartazes me caluniando ao encontro de blogueiros em Brasília, em 2010, e, em dado momento, fez menção de me agredir.
O mais grave é que um maluco é uma coisa, mas, naquela oportunidade, o pirado estava com um irmão tão pirado quanto ele. Ou seja, se eram doentes, a doença atingiu a ambos…
Claro que, tanto quanto as outras ameaças que recebi, esta também será enviada às autoridades devido à gravidade, pois o indivíduo, obviamente que oculto sob um pseudônimo, ameaçou me matar a tiros.
Tenho quase certeza de que é o mesmo sujeito de Brasília, o que deverá facilitar sua identificação pela Polícia. Confira, abaixo, a ameaça que me foi feita:
“GALEÃO CUMBICA 29.12.2012 às 19:35
So de pensar que esse tipo de animal com nome de gente, Eduardo Guimarães, financiado com dinheiro publico escreve um lixo desse calibre, da vontade de encontrar o sujeito e meter-lhe um balaço no meio da cara!!! (…)”
Particularmente, penso que é bravata. Nem acho que quis me intimidar. Apenas externou seu ódio, um ódio que não nasceu em si, mas que foi instilado pela mídia, pelos Reinaldos Azevedos, Augustos Nunes, Elianes Cantanhêdes e congêneres.
O problema, portanto, não sou eu ou esse pirado – nem os outros tantos que há por aí. O problema é que a direita midiática está desencadeando, no Brasil, um processo que vi, recentemente, em países vizinhos.
Até alguns poucos anos atrás eu viajava bastante à Venezuela e, lá, vi várias cenas de batalha campal. Certa vez, chavistas e antichavistas quebraram uma lanchonete em que eu estava. Cheguei a levar um murro no estômago ao tentar proteger uma moça empurrada por um dos brigões.
Vi essas coisas acontecerem, também, na Bolívia e no Equador.
No Brasil, tudo tem se resumido, salvo exceções, à internet, com os valentões bem escondidinhos por trás do computador, inclusive usando codinomes.
Mas o processo que me preocupa, é inexorável. Nos países em que a violência de origem política tem eclodido, ela começou na imprensa e na internet. Aqui, se não se conseguir convencer a direita midiática a parar de fomentar ódio, a guerra campal não vai tardar.
Depois não digam que não avisei.
Do Blog da Cidadania.
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