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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, dezembro 30, 2012

El Gobierno boliviano expropia cuatro filiales a la española Iberdrola

Evo Morales indicó que estas medidas pretenden equilibrar "las tarifas de servicio eléctrico"

El presidente boliviano, Evo Morales, decretó la expropiación de las acciones de la compañía española Iberdrola en dos distribuidoras de energía eléctrica en las regiones de La Paz y Oruro, en una empresa de servicios y en una gestora de inversiones.
“Nos hemos visto obligados a tomar esta medida para que las tarifas de servicio eléctrico sean equitativas en el departamento de La Paz y Oruro y la calidad de servicio eléctrico sea uniforme en el área rural y urbana”, afirmó Morales.
Las compañías expropiadas son dos de las principales distribuidoras de electricidad, la Empresa de Electricidad de La Paz (Electropaz) y la Empresa de Luz y Fuerza de Oruro (Elfeo), además de la empresa de servicios Edeser y una gestora de inversiones.
Las expropiaciones que se están llevando a cabo por Gobiernos valientes en América Latina que ponen por encima de los intereses del gran capital los intereses de su pueblo, creo que nos ayudan a avanzar”
Iberdrola, a través de su filial Iberbolivia, posee el 89,5% de las acciones en Electropaz y el 92,8% en Elfeo. Según el decreto leído por Morales, la estatal Empresa Nacional de Electricidad asumirá el control de las cuatro empresas nacionalizadas en representación del Estado boliviano.
Las decisiones que benefician al pueblo
El profesor titular de Política Económica de la Universidad de Castilla La Mancha, Gregorio López Sanz, está convencido de que las relaciones entre Madrid y La Paz se deteriorarán, pero opina que la decisión de Morales es valiente y beneficiará al pueblo boliviano. “Las expropiaciones que se están llevando a cabo por Gobiernos valientes en América Latina que ponen por encima de los intereses del gran capital los intereses de su pueblo, creo que nos ayudan a avanzar”. “Los políticos deben sentirse libres para tomar las decisiones que benefician a su pueblo”, concluye.
Por su parte, el Gobierno español de Mariano Rajoy lamentó la decisión de Evo Morales de nacionalizar cuatro filiales de Iberdrola en Bolivia y expresó su deseo de que la eléctrica española sea indemnizada de manera "justa". En respuesta a esto, el Ejecutivo boliviano prometió entregar la remuneración que merece a Iberdrola. Al igual que en anteriores expropiaciones, se dispuso también que la compensación a Iberdrola provendrá de una tasación realizada por una “empresa independiente (…) en el plazo de 180 días hábiles”.

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