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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, agosto 01, 2010

Para ninguém dizer que eu não ajudo o Serra

Bomba, bomba !
Brizola apoia Serra !


Alô, alô, dra. Cureau

Guinada dramática na campanha presidencial.

Serra recebe apoio que pode ser decisivo.

Extraído do Tijolaço:

Para ninguém dizer que eu não ajudo o Serra

A campanha de Serra na internet lançou a versão on-line dos “esquadrões serristas” que estão percorrendo o país em busca de “boatos” sobre o que ele considera mentiras a seu respeito.

Para não dizerem que eu só falo mal do “coiso”, já ofereço logo a minha contribuição sobre notícias falsas que se andam espalhando sobre o candidato tucano.

1- Serra está nas frentes das pesquisas: Boato difundido por um certo instituto Datafolha, com sede na Av. Barão de Limeira, em São Paulo;

2- Serra é o pai dos genéricos: Notícia evidentemente falsa, uma vez que o próprio Serra acabou dizendo que “nem sabia que existia genérico” quando entrou no Ministério da Saúde. A fonte do boato é o programa de propaganda eleitoral do PSDB, como pode ser visto aqui ;

3- Serra defende a privatização: Boato espalhado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em entrevista ao site da revista Veja.;

4- Aécio Neves está fazendo corpo mole na campanha de Serra e se vingando da rasteira que tomou quando o ex-governador paulista vetou a realização de prévias no PSDB: A fonte desta matéria notóriamente inverídica é o jornal “A Folha de São Paulo”, na sua edição de ontem;

5- O vice I. da Costa foi enfiado goela abaixo de José Serra:
Mentira: Como o próprio Serra disse, da Costa é “um rapaz de quem eu gostava especialmente”, embora só o tenha encontrado uma vez antes da designação, assim mesmo numa mesa de churrascaria durante o jogo do Brasil com a Coréia do Norte. Todos sabem que a grita do DEM, as reuniões que vararam madrugadas, e o anúncio público de que o vice seria Álvaro Dias foram só brincadeirinha;

6- Os pedágios paulistas são caríssimos: Todos sabem que isso não passa de “trololó” dos petistas e do jornalista Heródoto Barbeiro, que perdeu seu emprego na TV cultura por espalhar a informação inverídica. O governador Geraldo Alckmin também é um dos boateiros, pois admitiu que é preciso rever o valor dos pedágios estaduais;

7- A cratera do metrô não foi resultado de obras mal executadas durante a gestão tucana: Qualquer criança sabe que ela foi destruída por um disparo de raio laser vindo de uma galáxia distante;

8- O Jardim Romano não passou quase dois meses debaixo de água: O alagamento das ruas na verdade foi uma obra performática para que os pobres pudessem ver o reflexo de sua própria situação.

9- Serra não é de esquerda: Calúnia. É uma afirmação que se desmonta com a simples constatação de que seus aliados são Paulo Maluf, Orestes Quércia, Kátia Abreu, os Bornhausen, Jair Bolsonaro, a Globo e a Folha.

10- José Serra têm chances de ganhar a eleição: Boato que qualquer Brasileiro sabe, não tem a menor possibilidade de ser verdade.

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Serra leva sexta multa. Onde estão as críticas?

Com as duas multas aplicadas ontem, por uso irregular das inserções do PSDB, José Serra igualou o mesmo número de multas – seis – já aplicadas contra o Presidente Lula e superou as sanções feitas contra Dilma Rousseff pelo tribunal. Com o agravante que as multas de Serra foram todas por uso indevido de instrumentos de comunicação de massa, enquanto as aplicadas a Lula, como se sabe, incluiram até um comentário, sobre esperar que “a voz do povo fosse a voz de Deus” quando a multidão gritava o nome de Dilma.
O comportamento de Lula valeu-lhe as mais severas críticas dos colunistas e dos editoriais da grande imporensa. Até o NY Times meteu sua colher torta para dizer que Lula havia “passado das medidas” e desrespeitado a lei eleitoral. A vice-Procuradora sandra Cureau, além de dizer, desrespeitosamente, que o presidente não conseguia “ficar de boca calada”. Muito bem,vamos imaginar, apenas como exercício, que todos estivessem agindo de boa-fé.
Onde estão, agora, as colunas, os editoriais, as entrevistas, as ameaças de impugnação que se fizeram contra a candidatura Dilma pelas transgressões sobre as quais alguns colunistas disseram “faltar coragem” à Justiça Eleitoral para aplicar à candidata do Governo.
Onde está a Dra. Sandra Cureau que, há poucos dias, afirmou que “o PSDB tem demonstrado mais zelo e respeito à Lei Eleitoral do que o PT.”?
E olhem que as três mais graves e objetivas transgressões de Serra – a utilização indevida dos programas do DEM, do PTB e do PPS em rede nacional de rádio em televisão, nunca é demais insistir, atropelando o Art. 45,parágrafo 1°, inciso I da Lei 9,096 – não foram julgadas e, duas delas, ao que eu saiba, sequer ajuizadas. Há farta jurisprudência no TSE sobre serem mais graves as transgressões quando elas se dão por meio capaz de influenciar pessoas em número suficiente para influir no resultado eleitoral.
A parcialidade – não, não, o engajamento – da grande imprensa com a oposição a Lula e Dilma não é novidade. Foi expressa com todas as letras pela diretora da Folha e presidente da associação de donos de jornais, sra. Judith Brito, ao dizer que pelo fato de ser de a oposição “estar muito fragilizada” o seu papel seria desempenhado pelos jornais.
O que é novidade é uma procuradora da república, diante de um número de decisões judiciais contra os dois lados principais da disputa, vir a público manifestar críticas a um e elogiar o outro.
Se isso não for parcialidade, o que será?
PS.Os fatos expostos aqui são objetivos. Não são ilações. Exigir que sejam examinados não é intimidação ao Ministério Público. Ao contrário, representam respeito e zelo com uma instituição que está acima do comportamento eventual de seus integrantes. Reagir a isso com corporativismo, sim, é que é subverter o princípio republicano de respeito às instituições e do direito de crítica a seus integrantes.

dotijolaço


Mídia golpista trama estratégia para beneficiar Serra


Os institutos de pesquisas apontam o crescimento de Dilma, que aparece a frente de Serra cinco pontos no Ibope, proporcional ao número de eleitores a sete milhões de votos, e oito no Vox Populi equivalente a 11 milhões de votos, e para tentar impedir que Dilma suba mais ainda e aumente a diferença a mídia golpista já está em campo.
As matérias e fotos de destaque sobre as coberturas da campanha eleitoral traz Serra e Marina em contato com a população, mesmo sendo uma imagem fechada para esconder a pouca presença de pessoas nos comícios e caminhadas pelas ruas que é uma caracteristica dos movimentos em locais públicos de Serra.
Nesses 25 dias de campanha as fotos da aparições públicas da candidato tucano não passam de 500 pessoas, como foi em Curitiba na Boca Maldita, enquanto Dilma levou no último fim de semana mais de 12 mil pessoas na tradicional praça do centro da capital paranaense.
Nas fotos podemos comparar o número do público presente na mesma praça em Curitiba, cerca de 500 no comício de Serra e mais de 12 mil pessoas presentes com Dilma.
Nenhum dos jornais da mídia golpista mostra as fotos da multidão que tem comparecido nos comícios de Dilma, o de abertura em Porto Alegre com 5 mil pessoas, nem as fotos da praça da Sé, com mais de 15 mil pessoas, da Candelária no Rio de Janeiro com 20 mil, do Gigantinho em Porto Alegre com 10 mil. Veja aqui as fotos que a mídia golpista não mostra.
As fotos que o PIG traz de Dilma são apenas com foco fechado no palanque ao lado dos candidatos, ao contrário de Serra que sempre aparece com foco fechado dos 50 ou 100 militantes contratados e assim aconteceu no Paraná, quando a própria imprensa disse que o comício estava desorganizado e não tinham 500 pessoas.
Na Bahia foi preciso suspender o comício em Itabuna porque não tinha público, e as fotos foram tiradas dentro de um ponto comercial no centro onde tinha gente, ao contrário dos comícios de Dilma quando a população vai a praça, Serra é que vai atrás dos locais com concentração de pessoas.
Outro fato lamentável desta campanha é que a candidata Marina Silva com uma bela história de vida está sendo usada para evitar o risco que corre a candidatura Serra, como apontam as pesquisas, de ver a eleição decidida no 1º turno.
Seria uma mancha em seu histórico de vida pública a imagem de Marina ser usada como linha auxiliar dos demotucanos, os quais sempre combateu a vida inteira, e pior ainda a estratégia é alimentada por quem representa o atraso e o ranço da direita retrograda, César Maia (DEM) ex-prefeito do Rio de Janeiro.
Além da traição de seu companheiro de partido Fernando Gabeira (PV/RJ) que faz campanha de braços dados com José Serra (PSDB/SP) no Rio de Janeiro, e ao lado de César Maia (DEM), que deu uma declaração dizendo, com todas as letras, que Marina é apenas linha auxiliar: "Agora um voto na Marina no primeiro turno é um voto no Serra no segundo - descartando qualquer possibilidade de Marina ser candidata para valer, a ponto de chegar o segundo turno".
Independente do resultado desta eleição essas páginas escritas por mãos sujas na campanha de Marina Silva, vão manchar o livro de sua história de vida e sua participação na vida pública do país.

Alberto Goldman nega que atentados sejam uma nova versão dos que atingiram SP em 2006






Ministério da Segurança Pública da República Tucana de São Paulo INFORMA:

Não é o PCC, deve sr coisa do PT e das FARC
Em todo caso, vamos aguardar o pronunciamento do Ministro Marcola, do Ministério Paralelo da Insegurança Pública de São Paulo

Governador de SP descarta ligação dos ataques à Rota com facção criminosa

Alberto Goldman nega que atentados sejam uma nova versão dos que atingiram SP em 2006
O governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), afirmou que não existe ligação entre os ataques feitos à Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), grupo de elite da Polícia Militar, com ação de facção criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas. A declaração foi feita neste domingo (1º), durante um evento em Campos do Jordão, à rádio Jovem Pan.
De acordo com Goldman, os ataques à base do grupo de elite, ocorridos na madrugada deste domingo, e ao tenente-coronel Paulo Telhada, no sábado (31), são fatos isolados.
Ele descarta que essas ações sejam uma nova versão dos ataques ocorridos em maio de 2006, em que o grupo agiu em todo o Estado e assustou a população. Os crimes começaram com os ataques de uma facção criminosa que atua nos presídios paulistas a bases policiais que provocaram reação da polícia.
- Estamos preparados e não acredito que possa, de qualquer forma, se repetirem os episódios que nós tivemos em 2006.
À época, dados do Cremesp (Conselho Regional de Medicina) apontaram que 493 pessoas morreram vítimas de arma de fogo na semana de 12 a 20 de maio de 2006 - 47 eram agentes de segurança pública.
Em nota emitida neste domingo, a Polícia Militar afirmou que, em conjunto com as “demais instituições e órgãos de segurança pública, prosseguem com as investigações para o completo esclarecimento dos disparos efetuados”.
Por volta das 13h50, não havia informações sobre a localização dos autores dos crimes, que não deixaram vítimas.
Carros
O Corpo de Bombeiros afirmou, na tarde deste domingo (1º), que durante esta madrugada foram incendiados dez carros em pontos diferentes da zona leste de São Paulo. As primeiras informações contabilizavam sete. Nâo houve registro de vítimas nos incêndios.
By: Língua de Trapo/ comtextolivre

PCC ataca em São Paulo

Imprensa faz silêncio para não atrapalhar campanha dos tucanos Serra/Alckmin
A maior facção criminosa do estado de São Paulo, o PCC, que nasceu dentro dos presídios paulistas há 16 anos dentro do governo tucano está de volta e em grande estilo.
Em 2008, o então governador tucano de São Paulo, hoje candidato a presidente, declarou a imprensa que a organização criminosa havia acabado.
Acho que está havendo algum problema entre os tucanos e os jornais paulista. Ainda que sem mencionar nome da facção criminosa para não prejudicar a campanha Serra/Alckimin notícias foram publicadas neste final de semana que PCC existe e domina São Paulo.Nem o Terra magazine teve coragem de falar a palavra PCC.
As matérias publicadas mostram como o PCC está dominando grande parte dos bairros da periferia da Capital paulista.
Entre a 0h e as 3h40 deste domingo os Bombeiros, foi acionado para combater as chamas em dez carros incendiados em regiões diferentes da zona leste de São Paulo.
Também nesta madrugada, o quartel da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo, na Luz, região central da capital paulista, sofreu um atentado, por volta das 3h50 deste domingo.
PCC também atacou no sábado
Na manhã de sábado, outro episódio contra a Rota foi registrado. O tenente-coronel Paulo Telhada, comandante da tropa, sofreu uma tentativa de homicídio. Segundo a corporação, ele foi alvo de disparos por volta das 11h, na zona norte da capital. Nenhum tiro acertou o oficial. Leia todas as notícias do ataque ao PCC aqui neste link

sábado, julho 31, 2010

Cinema documento






Filme - Atirar num Elefante [To Shoot An Elephant]




Os ataques israelenses não poupam ninguém, crianças, mulheres, ambulâncias e tudo o que se mova pode ser alvo da covardia e brutalidade de um dos exércitos mais truculentos do mundo.
O documentário To Shoot An Elephant (TSAE) narra, do interior da Faixa de Gaza, os acontecimentos durante aqueles dias.
Convertido em narração direta e privilegiada dos bombardeios, quer ser ferramenta para fazer frente à propaganda israelense e ao silêncio internacional.
Áudio - Legenda PT/BR
Formato Vídeo - AVI


Chomsky: “Os EUA são o maior terrorista do mundo”

Noam Abraham Chomsky, intelectual estadunidense, pai da linguística e polêmico ativista por suas posturas contra o intervencionismo militar dos Estados Unidos, visitou a Colômbia para ser homenageado pelas comunidades indígenas do Departamento de Cauca. Falou com exclusividade para Luis Angel Murcia, do jornal Semana.com, em 21 de Julho de 2010. O morro El Bosque, um pedaço de vida natural ameaçado pela riqueza aurífera que se esconde em suas entranhas, desde a semana passada tem uma importância de ordem internacional. Essa reserva, localizada no centro da cidade de Cauca, muito próxima ao Maciço colombiano, é o cordão umbilical que hoje mantêm aos indígenas da região conectados com um dos intelectuais e ativistas da esquerda democrática mais prestigiados do planeta.

Noam Abraham Chomsky. Quem o conhece assegura que é o ser humano vivo cujas obras, livros ou reflexões, são as mais lidas depois da Bíblia. Sem duvida, Chomsky, com 81 anos de idade, é uma autoridade em geopolítica e Direitos Humanos.

Sua condição de cidadão estadunidense lhe dá autoridade moral para ser considerado um dos mais recalcitrantes críticos da política expansionista e militar que os EUA aplica no hemisfério. No seu país e na Europa é ouvido e lido com muito respeito, já ganhou todos os prêmios e reconhecimentos como ativista político e suas obras, tanto em linguística como em análise política, foram premiadas.

Wikileaks: cortina de fumaça política?






Os documentos militares no Wikileaks: cortina de fumaça?

Por carloslbf

Posto este Comunicado de la Red Voltaire sobre o episódio dos documentos militares revelados pelo Wikileaks - seria uma distração, uma cortina de fumaça? Com que objetivos?


Comunicado da Rede Voltaire (29 de julio de 2010)

Wikileaks: cortina de fumaça política?

O site Wikileaks entregou há várias semanas uma série de documentos militares de caráter confidencial a três veículos de imprensa (The New York Times, The Guardian y Der Spiegel) para que pudessem examiná-los antes de publicar-los.

Em 25 de julho de 2010, o site publicou os 92.000 documentos originais e os três jornais mencionados publicaram simultaneamente seus próprios artigos. Trata-se do maior vazamento de documentos militares em toda a história.

Estes documentos foram utilizados pelas tropas envolvidas no Afeganistão. Alguns são relatos de combate, outros contêm relatórios de inteligência. O seu nível de confiabilidade não é alto (o que significa que passaram por muitas mãos), mas seu número é bastante elevado (o que implica em poucas pessoas com potencial de reuni-los). Sua autenticidade não está sendo questionada. A imprensa internacional e muitos líderes mundiais comentaram sobre as conclusões dos três jornais, considerando que tratam-se de informações seguras.

Nossos detratores esperam que a Rede Voltaire congratule-se com esses vazamentos e explore esses documentos contra as forças norteamericanas, para acusá-las de crimes e incompetência. Nós não vamos fazer nada disso.

Tudo indica que esses vazamentos foram organizados por um setor do aparato norteamericano que deseja impor seus próprios pontos de vista simultaneamente à destituição do general McChrystal pelo presidente Obama. E o fato de que este último parou de realizar qualquer investigação interna destinada a identificar a fonte dos vazamentos mostra que ele próprio conhece sua origem, que não quer enfrentá-la e que a aprova.

Estes documentos não descrevem a realidade no terreno, mas constituem um testemunho do grau de auto-envenenamento das forças americanas. Os relatos de inteligência afegãos, nas quais se baseam as operações das tropas da aliança no Afeganistão apenas relatam fofocas tão estúpidas, que não se pode deixar de perguntar como é possível que esses informantes tenham sido recrutados. É particularmente ridículo apresentar um oficial paquistanês de 74 anos, o general aposentado Hamid Gul, como o manipulador oculto dos insurgentes e único responsável pelo fracasso militar da OTAN.

Não nos surpreende que os três jornais escolhidos, conhecidos por seu alinhamento cego com o bloco do atlântico, estejam participando de uma operação de distração cujo objetivo é criticar um general que acaba de ser destituído para justificar as responsabilidades políticas desta catástrofe humana.

Em qualquer caso, é preocupante a unanimidade da grande mídia, que vem repetindo constantemente ao longo de anos as mentiras de Washington.

A guerra do Afeganistão é ilegal. Independente de gostarmos deles ou não, os insurgentes exercem seu direito fundamental e legítimo em defender o próprio país contra a ocupação estrangeira. Quando se fala de crimes não se trata apenas dos excessos cometidos por esta ou aquela unidade militar, mas de todas as operações que estão sendo desenvolvidas nesse país e da presença em si das tropas estrangeiras.

A pedido de muitos leitores, a Rede Voltaire acredita que é importante situar o debate em seu verdadeiro contexto. A Rede Voltaire denuncia, por meio desta, uma manobra de distração midiática e reafirma que a guerra no Afeganistão é ilegal.

Diante do otimismo de todos, Dilma pregou humildade e disse que é preciso continuar o trabalho e a militância, sem salto alto






20 mil pessoas no comício da vitória em Curitiba


O comício em Curitiba, com Dilma, Lula, Osmar, Gleisi e Requião arrastou uma multidão estimada em 20 mil pessoas.



Depois dessa demonstração de popularidade e de força, fica mais difícil acreditar nos números do Ibope, que apontam uma vantagem de 15 pontos para Serra na região Sul. Sem essa folga no Sul, a vantagem nacional para Dilma iria muito além dos 5 pontos.

Para dar esse resultado, faltou ao Ibope combinar com o povo. Basta ver a multidão em Curitiba, neste sábado, e em Porto Alegre, na quinta-feira.

No discurso de Lula, o presidente pediu atenção também no voto para senadores e deputados:

- Peço a Deus que essa companheira [Dilma] não tenha o Senado que eu tive. Um Senado que ofenda o governo, como eu fui ofendido.

Os candidatos ao Senado pelo Paraná que lideram as pesquisas são Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB), ambos apoiando Dilma.

Osmar Dias (PDT) disse que esse ano ele ganha, porque Lula está do lado dele, e brincou: "Na eleição passada, esse danado [Lula] veio aqui e disse para vocês votarem no Requião. E lá se foi minha eleição"...

Diante do otimismo de todos, Dilma pregou humildade e disse que é preciso continuar o trabalho e a militância, sem salto alto, nem clima de ‘já ganhou’.
dosamigosdopresidentelula

O compromisso de Dilma com a escola pública






O sonho americano é a América Latina






No século XXI, Espanha segue ganhando dinheiro na América

A região está se convertendo na tábua de salvação das companhias espanholas. A crise européia pôs em xeque seus negócios na península e agora eles dependem cada vez mais dos países a que até há pouco denunciavam por sua suposta falta de segurança jurídica. A YPF informou que seus lucros foram de 3,093 bilhões só no primeiro semestre, 195,4% maior que há um ano. Santander, BBVA e Telefônica também tiveram desempenhos muito bons. O artigo é de Fernando Krakowiak, do Página 12.

A América Latina está se convertendo na tábua de salvação das principais empresas espanholas. A crise européia pôs em xeque seus negócios na península e agora eles dependem cada vez mais dos países a que até há pouco denunciavam por sua suposta falta de segurança jurídica. O Banco Santander, primeiro grupo financeiro da Espanha, divulgou um lucro líquido de 4,445 bilhões de euros, mas a análise em separado de cada região mostra que na Europa seus lucros caíram 6% e na América Latina cresceram 20%, em especial no Brasil. O BBVA experimentou uma situação similar. Seus lucros caíram 9,7% em nível global, mas cresceram 7,6% na América do Sul.

Os bons resultados da gigante petroleira Repsol também se explicam em grande parte pelo que se passou deste lado do Atlântico. A companhia divulgou que obteve 1,740 bilhões de lucro no primeiro semestre e 44,8% desse total foi aportado pela filial argentina YPF, que ganhou o triplo do ano passo neste ano. O mapa se completa com a Telefónica, que declarou lucros de 3,775 bilhões de euros, 9,4% a mais que no mesmo semsetre de 2009, sendo Brasil e Argentina duas de suas principais fontes de rendimentos.

Há uma década, os bancos espanhóis miravam a América Latina com desconfiança. Na Argentina o "corralito" bancário tinha pulverizado o sistema financeiro e os temores de que o Brasil seguisse o mesmo caminho motivaram uma ordem expressa de baixar a exposição [dos bancos] ao mínimo [= restrição máxima ao crédito]. Nesse período, inclusive, acrescentaram-se rumores sobre uma fuga para horizontes melhores, seguindo os passos do canadense Scotiabank, o francês Crédit Agricole, o Bank Boston e West LB. Contudo, conseguiram superar a tormenta financeira com a ajuda incondicional dos governos nacionais e, agora, paradoxalmente, blindam-se frente às consequências do tremor europeu acumulando lucros na região.

O diretor da Divisão América do Santander, Francisco Luzón, disse em 13 de julho, numa entrevista ao jornal El País, de Madri, que este ano 45% dos lucros do grupo virão da América Latina. “Deveríamos enviar pequenas, médias e grandes empresas espanholas para a região, porque lá é mais fácil de fazer negócios do que a China, o sudeste asiático ou a Rússia”, sustentou. De fato, a expectativa é aumentar a forte participação nos próximos anos. “A razão crédito/PIB, que se conhece como bancarização, na América Latina na casa de 29% frente a 59% da Ásia. Deveríamos aumentar a taxa até 54% em dez anos. Se nos impusermos a meta num prazo mais curto, teríamos que elevar a bancarização em 12 pontos percentuais nos próximos 5 anos. Isso supõe dobrar a poupança e os créditos”, concluiu.

No que concerne a Argentina, Luzón disse que controlam 11% do mercado, mas prevêm subir para 15% no curto prazo. A evolução dos ganhos do sistema financeiro local justifica essa aposta. Segundo dados do Banco Central, em 2005 os bancos ganharam 1, 78 bilhões de pesos; no ano seguinte, 4,306 bilhões; em 2007 caíram para 3,905; em 2008 subiram para 4,773 bi e no ano passado superaram suas próprias expectativas ao embolsarem 8,048 bilhões de dólares.

O BBVA também aposta na América Latina. Há dez anos, quando se fundiram BBV e Argentaria, tinha 16% da cota do mercado na Espanha, mas ultimamente reduziu sua participação a 11%, ao mesmo tempo em que começou na região, fundamentalmente no México.

A Telefónica também aposta em seguir se expandindo na América Latina. Suas receitas na região cresceram 10,2% no primeiro semestre, até chegar a 12,063 bilhões de euros. No Brasil, seu principal mercado, gerou 40,4% do lucro, seguido da Argentina (11,9%), Venezuela (9,8%), Chile (8,5%), Peru (7,9%) e México (7,7%).

Com respeito ao Brasil, a operadora destacou a “fortaleza” do mercado impulsionado pelo momento econômico positivo. Ademais, na terça-feira desta semana jogou forte ao desembolsar 7,5 bilhões de dólares para adquirir 50% da Brasilcel, a sociedade que controla 60% da Vivo, a líder da telefonia. Aí a empresa competirá por um mercado de 200 milhões de clientes com a Oi, o consórcio Claro e Embratel e a filial Telecom Itália.

Na Argentina a Telefónica também vem crescendo forte. Há pouco menos de dez anos a companhia denunciou o estado argentino no Ciadi pela pesificação das tarifas posterior à desvalorização e amargou com a queimada de pontes. Contudo, em fevereiro de 2006 renegociou seu contrato e suspendeu a demanda, que foi definitivamente retirada em outubro do ano passado. O movimento de sua mudança de atitude foi produto dos notáveis lucros que veio acumulando nos últimos anos, sobretudo no âmbito da telefonia celular, que se encontra desregulada. Sua matriz informou ontem que sua receita no país, durante o primeiro semestre chegou a 1, 442 bilhões de euros, 14,6% a mais que no mesmo período de 2009.

Os lucros que os ganhos da YPF representam para a espanhola Repsol são mais conhecidos, mas não menos impactantes. No ano passado o lucro líquido foi de 3,486 bilhões de pesos e em 30 de abril repartiu os dividendos por 2,163 bilhões. Agora, a companhia informou que o lucro foi de 3, 093 bilhões só no primeiro semestre, 195, 4% a mais que no mesmo período em 2009. Num comunicado enviado à Bolsa de Comércio, a companhia reportou que no primeiro semestre suas vendas totalizaram 18, 953 bilhões de pesos (4, 786 bilhões de dólares), o que representa uma melhora de 31, 4% em relação ao mesmo período de 2009. Na Espanha, a Repsol informou que o aumento global de seus números se explica “principalmente pela alta dos preços do petróleo cru e do gás, em relação ao mesmo período do ano passado, pelo reinício da atividade química e pelos melhores resultados da YPF”.

Tradução: Katarina Peixoto

docartamaior

Ayres Britto autoriza usar
frase em Encontro de Blogueiros

Ayres Britto: "A liberdade da internet é ainda maior que a liberdade de imprensa”

O Conversa Afiada reproduz e-mail que Conceição Lemes, organizadora do Primeiro Encontro de Blogueiros Progresistas, recebeu da chefe de gabinete do Ministro Ayres Britto , do Supremo Tribunal Federal:

“A chefe de gabinete substituta telefonou no final da tarde. O ministro realmente não poderá vir. Desejou sucesso. Ficou feliz ao saber que gostaríamos de usar a frase dele como lema do encontro. Ele corrigiu-a. Podemos usar apenas a primeira parte (sugestão do PH na última reunião, pintei em amarelo). Sem problema. Mas ele complementou-a.

Achei legal, simbólico, o ministro Ayres Britto ter autorizado.”

abs

Conceição Lemes

De: Gabinete do Sr. Ministro AYRES BRITTO
Para: Sra. Conceição Lemes

Prezada Sra.,
Conforme solicitação, encaminho frase revisada pelo Sr. Ministro AYRES BRITTO:
“A liberdade da internet é ainda maior que a liberdade de imprensa, na medida em que a imprensa compreensiva do rádio e da televisão se define como serviço público sob regime de concessão ou permissão, ao passo que a internet se define como instância de comunicação inteiramente privada.”
Atenciosamente,
Ederlúcia Mendes de Oliveira Prado
Chefe de Gabinete-Substituta

Em tempo: como diria o Chacrinha, “alô, alô, Gilmar Mendes !”. Clique aqui para ler “Presidente do Supremo perde na Justiça; o que isso significa”.

Paulo Henrique Amorim