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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, agosto 30, 2010

ss ERRA






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*comtextolivre

Em entrevista coletiva no domingo, Dilma Rousseff (PT) falou do Plano Nacional de Banda Larga.


*amigosdapresidentaDilma

Se ou Fato ?


É muito comum ouvirmos nos discursos da oposição ao governo Lula que "se" não fosse a herança da "boa administração" de FHC-PSDB, Lula não teria obtido sucesso econômico. É "fato" ?

1 - Quando questionados que o governo tucano quebrou o país, tendo que 2 vezes ir pedir socorro ao FMI, que nos impôs, para conceder crédito, uma política de recessão (corte de investimentos, desviando o dinheiro para pagar altos juros aos especuladores financeiros), ouvimos dos tucanos: "O FHC não deu sorte. "Se" não tivesse acontecido tantas crises internacionais ..." . É "fato" ? Serviu de desculpa - para o desemprego, a estaganação social, e o aumento da dívida pública - a crise de "potências" como Turquia, Tailandia e México.

2 - Diante do sucesso econômico do governo Lula nos seus primeiros 5 anos, a oposição decretou: "Lula deu sorte, "se" tivesse que enfrentar alguma crise internacional..." . É "fato" ?

3 - No final de 2008, Lula enfrentou a maior crise econômica do mundo desde 1929, uma crise global cujo epicentro foi os Estados Unidos e a União Européia. Em pleno ano da crise, 2009, o Brasil gerou 1,7 milhões de empregos, promoveu forte ascenção social, e o tsunami que a oposição previa se transformou na marolinha que Lula vaticinou.

4 - Mas a soberba e consequente falta de auto-crítica não impediu a maledicência da oposição e de seus lacaios na imprensa golpista: "O Brasil cresceu, mas bem abaixo de China e India. "Se" o país fosse melhor administrado..." É "fato" ?

5 - As projeções indicam que o PIB do Brasil crescerá 7 % este ano. E, o que é muito melhor, com um tsunami de distribuição de renda e de ascenção social, quesitos em que a India e a China crescem como marolinhas se comparados ao Brasil.

6 - Nunca faltarão os "se"s, eterna desculpa dos azarados e dos incompetentes, daqueles que torcem contra, dos que se valem de factóides e não de "fatos". Mas nas urnas eles levarão a merecida surra dos "fatos", dos que presenciam cada vez mais um Brasil mais justo e soberano. É "fato" que Dilma será eleita a primeira mulher Presidente do Brasil.

Diniz Lima, comentário no Blog da Dilma.

domingo, agosto 29, 2010

Deleite

ss Erra






Fracassou a Operação Condor do ditador Serra contra a blogosfera

Todo mundo achou sinistro quando José Serra (PSDB) censurou a imprensa de acompanhar sua palestra no Clube da Aeronáutica.

As especulações despertaram teorias conspiratórias, mas no final tudo não passou de mais uma picaretagem, percebida pelos próprios militares, e mais um vexame do demo-tucano ao tentar negar seu passado, e recorrer a discurso golpista, para agradar a platéia.

Serra tentou fazer um discurso para, talvez, incitar declarações de militares contra a adversária, para criar um factóide de mal-estar com as Forças Armadas, que seria explorado no PIG (Partido da Imprensa Golpista).

Não deu certo. Há tempos que as Forças Armadas, por mais que um ou outro membro faça alguma declaração destemperada de vez em quando, não aceitam fazer o papel de bucha-de-canhão para projetos político-eleitorais, nem para lobistas.

Com um discurso assumindo posições contrárias aos direitos humanos expressos no PNDH III (Plano Nacional de Direitos Humanos), recorrendo a factóides das FARC's, do sigilo fiscal de tucanos envolvidos em escândalos de corrupção no FHC, disparando preconceitos ideológicos contra países vizinhos, o vexame de Serra chegou ao fundo do poço ao assumir teorias conspiratórias como uma suposta "república sindicalista" a ser combatida, o mesmo argumento usado por golpistas de 1964 para derrubar o presidente João Goulart:

"Em 64, uma grande motivação para a derrubada do Jango era a idéia da república sindicalista. Quem estava por dentro sabia que isso não tinha a menor possibilidade de acontecer. Mas, eles [do PT] fizeram agora a verdadeira república sindicalista. Mas, não é pra fazer socialismo, estatismo, nada disso. É para curtir, e é uma máquina poderosa, que conta com internet, etc" - disse Serra.

É lamentável que o demo-tucano, a esta altura da vida, em pleno século XXI, adote teses fascistas e seja contra sindicatos de trabalhadores livres e com direito de autonomia política. É também lamentável que queira alijar trabalhadores de participar do processo político e de governos democráticos.

Mas o mais curioso é sua menção a internet. Finalmente, quando segmentos sociais que nunca tiveram voz na imprensa, conseguem um lugar totalmente democrático, como a internet, onde podem soltar a sua voz, Serra considera isso uma ameaça?

A certa altura o tenente-brigadeiro Carlos Almeida Batista repreendeu Serra por "cometer os mesmos erros de Geraldo Alckmin na campanha passada", e indagou: "Por quê o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não engaja em sua campanha como faz o Lula com a Dilma?"

Serra respondeu que "são temas que não emocionam a população" e que "a internet é usada para a propagação da mentira"...

É curiosa a versão de Serra da internet, porque é onde a mentira tem pernas curtas. Simplesmente porque a informação não tem dono, não tem filtro que possa barrar. Ou mata-se a cobra e mostra a cobra morta, ou não tem como sustentar um factóide diante do contraponto que fatalmente, vem à tona. É o velho dito popular: "contra fatos não há argumentos".

Perde na internet quem não tem argumentos que correspondem aos fatos. Por isso Serra perde: sua competência é falsa, sua capacidade foi falsamente alardeada, sua biografia é falsa ao se apropriar de feitos alheios e negar o que fez. O que ele pensa de verdade, não é o que ele diz. Sua imagem era falsa, e a internet proporciona a verdade, a qualquer um que quiser pesquisar.

Não por acaso, o senador Eduardo Azeredo (PSDB), do mensalão tucano, do partido de Serra, tentou implantar o AI-5 digital na internet. Além disso, a turma do Serra denunciou ao Ministério Público Eleitoral para tentarem retirar nosso blog do ar.

Do discurso de Serra, fica a impressão de que ele considera a internet uma ameaça ao seu poder, antes exercido através do controle da imprensa. E fica a impressão de que gostaria de convocar as Forças Armadas para fazer uma espécie de "Operação Condor", para fazer desaparecer a blogosfera. (Com informações da Rede Brasil Atual)

*dosamigosdopresidenteLula


Tucano com sorte de urubu

Nada dá certo para o tucano José Serra. Ele anda com uma sorte de urubu. Hoje ele ia fazer uma demagogia barata posando para fotos junto do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo – lembra do tal “Cansei”? – para registrar a “virada” de R$ 800 bilhões em tributos. Mas aí…

Vou deixar a narrativa por conta da repórter Carolina Freitas, do “Radar Político” do Estadão:

“Em frente ao painel, localizado na região central da capital paulista, desde as 11h20, Serra esperava a virada, ao lado do candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, e de líderes do PSDB e DEM. Por volta do meio dia, quando faltavam cerca de R$ 7 milhões para a virada, o letreiro apagou. Serra ficou sobre um viaduto acenando para populares, enquanto o candidato a vice de Alckmin, Guilherme Afif Domingos, tentava solucionar o problema. Dez minutos depois, Afif trouxe a notícia: “o sistema que registra a arrecadação no Paraná caiu. Não foi aqui”. Com o painel apagado, Serra resolveu fazer uma curta caminhada pelo centro e tomar um café em uma lanchonete.”

Serra está com uma sorte danada. O site de campanha caiu, o impostômetro caiu, o Ibope caiu, o Datafolha caiu e, do jeito que vai, a casa caiu…

*Tijolaço

Padre Eunuco ou Fim do Celibato.






O legado da crise dos pedófilos, segundo Boff

Qual o legado da crise com os pedófilos na Igreja?

Leonardo Boff

No século XVI no auge do poder dos Papas renascentistas em Roma envoltos em escândalos de toda ordem, surgiu um clamor em toda a Igreja de "reforma na cabeça e nos membros". Esse clamor vinha dos leigos, do baixo clero e dos teólogos como Lutero, Zwinglio e outros. Em resposta veio a Contra-Reforma que transformou a Igreja Católica num baluarte contra o movimento dos Reformadores, enrijecendo ainda mais suas estruturas de poder.

Agora o escândalo dos padres pedófilos em vários países católicos fez com que surgisse também um vigoroso clamor por reformas estruturais na Igreja. Ele não vem apenas de baixo como no tempo da Reforma, mas principalmente de cima, de cardeais e bispos. Primeiramente, este pecado, este crime gerou uma desastrosa gestão do Vaticano. Inicialmente tentou-se desqualificar os fatos como "fofocas mediáticas"; depois, procurou-se ocultá-los, usando até o "sigilo pontifício" a pretexto de salvaguardar a presumida santidade intrínseca da Igreja; em seguida, minimizaram-se os fatos, ou criou-se o factóide de um complô de obscuras forças laicistas contra a Igreja e por fim, face à impossibilidade de qualquer via de desculpa e de fuga, a verdade incômoda veio à tona.

O Papa tomou medidas severas contra os pedófilos, consideradas insuficientes por muitos da própria Igreja. Pois, não basta a "tolerância zero" e as punições canônicas e civis. Tudo isso vem a posteriori, depois de cometido o delito. Nada se diz como evitar que tais escândalos se repitam e que reformas introduzir na vivência do celibato e na educação dos candidatos ao sacerdócio. Não se coloca como prioritária a salvaguarda das vítimas inocentes, muitas delas revelando um tenebroso vazio espiritual, fruto da traição que sentiram da Igreja, num misto de culpa e de vergonha.

Em seguida, as altas autoridades fizeram-se mutuamente graves acusações. O Card. Cristoph Schönborn de Viena acusou o Cardeal Angelo Sodano, quando era Secretário de Estado (o primeiro posto depois do Papa) de ter ocultado a pedofilia de seu antecessor na sede, o Card. Hans-Herrman Groër. Bispos alemães criticaram a conferência episcopal de não ter sido suficientemente vigilante face aos notórios abusos sexuais do bispo de Ausgburg Walter Mixa, obrigado a renunciar. O mesmo refere-se ao bispo de Bruges da Bélgica que abusou por 8 anos de um seu sobrinho.

Impactante é a autocrítica feita pelo arcebispo de Camberra Mark Coleridge, reconhecendo que a moral da Igreja concernente ao corpo e à sexualidade é rígida e de estilo jansenista, criando nos seminaristas uma "imaturidade institucionalizada", além da tendência à discreção e ao segredo face aos delitos, para manter o bom nome da Igreja, fruto de um hipócrita triunfalismo. O primaz da Irlanda Diarmuid Martin se perguntou sinceramente pelo futuro da Igreja em seu país, tal o número de pedófilos nas instituições e por muitos e longos anos. Reconhece que reformas são urgentes, pois, a Igreja "não pode ficar aprisionada em seu passado" mas deve introduzir mudanças fundamentais em sua estrutura que impeçam tais desvios. Talvez o documento mais lúcido e corajoso veio do bispo auxiliar de Camberra, Pat Power. Este cobra "uma necessária reforma sistêmica e total das estruturas da Igreja". Afirma que "na condução da Igreja, toda masculina, não reside toda a sabedoria, mas que ela deve ouvir a voz dos fiéis". Com coragem reconhece que "se as mulheres tivessem mais poder de decisão, não chegaríamos à crise atual".

Poderíamos aduzir outras vozes de altas autoridades eclesiásticas. Mas o importante é constatar que este escândalo que afetou o capital de ética e de confiança da Igreja-instituição, paradoxalmente deixou um legado positivo: suscitou a questão das reformas de base, aprovadas pelo Concílio Vaticano II. Estas, porém, foram boicotadas pela Cúria vaticana e pelos dois últimos Papas que se alinharam à uma visão conservadora e contrária à toda modernidade.

Os que amamos a Igreja com suas luzes e sombras queremos entender a atual crise como uma oportunidade suscitada pelo Espírito para que a Igreja-instituição, realmente, encontre a forma melhor de transmitir a boa-nova de Jesus e ajude a humanidade a enfrentar uma crise ainda maior, aquela do sistema-vida e do sistema-Terra, terrivelmente ameaçados.

Leonardo Boff é teólogo e professor emérito de ética da UERJ.

*LuisNassif

"PADRE EUNUCO OU FIM DO CELIBATO"

Nenhuma religião no Mundo Salva

Só Jesus Cristo Salva

Não existe nenhuma religião exceto a Romana que exija o celibato.

Mais de 12 mil familias de padre em plena Roma recentemente, as mulheres dos Padres fizeram um abaixo assinado reclamando suas pensões.

A reforma Protestante trouxe Luz ao mundo permitindo o acesso à Bíblia, o que fêz a igreja romana?

Colocou os livros apócrifos, que não são reconhecidos mas que lhes dão margem para práticas que não são são sagradas.

Estes alimentam o preconceito, a supertição a idolatria e o misticismo.

O papa apesar de ser um homem igual a mim ou a vc, é uma figura trágica se não fôsse cômica.

Ou será o inverso?!?

Vivemos cada vez mais a hora da verdade, não é possível que não aceitemos as mentiras do PIG Partido da Imprensa Golpista, e aceitemos tanta mentira em nome de Deus.

Sabemos dos lôbos em pele de cordeiro.

Quem em sã consciência, deixa seu filho menor ou filha ou neto(a), aos cuidados do Padre ao lado, por uma tarde?

'PADRE EUNUCO OU FIM DO CELIBATO

http://chebolas.blogspot.com/

Pra quem não viu


Reproduzo, para quem não pode assistir, o programa da noite de Dilma Rousseff. Pesquisa Datafolha – acho que, pelo prazo antecipado de entrega de, não deu para preparar o Ibope – e preocupação em mostrar que Dilma alia experiência e capacidade admnistrativa com preocupações sociais. A saúde, tecla monocórdia de Serra, foi o tema central, com projetos em andamento e suas perspectivas de ampliação, nada semelhante da exploração da doença de pessoas que o “coiso” leva ao ar. Bons argumentos para discutir com que, porventura, esteja se enganando com a exploração dos problemas de saúde no Brasil.
Aliás, Serra não tem um programa de saúde, tem um programa e doenças.

*Tijolaço


Desnutrição infantil vai ficando no passado

As políticas sociais e a melhor distribuição de renda nos últimos oito anos mudaram o padrão das crianças brasileiras. O país está praticamente livre da desnutrição infantil; o déficit de altura, ligado à subnutrição, caiu significativamente, e o problema agora é o peso das crianças, que ultrapassa os padrões internacionais e atinge a obesidade.

O excesso de peso e a obesidade são problemas sérios de saúde, mas o que a Pesquisa de Orçamentos Familiares (2008-2009) recém-divulgada pelo IBGE revela de forma positiva é que a desnutrição já não é mais uma chaga significativa em nosso país. A subnutrição infantil, que se mede pela relação peso-altura da criança, é responsável por mais de 50% das mortes infantis e sua prevenção é estratégica para o desenvolvimento humano.

Segundo os dados da seção de Antropometria e Estado Nutricional da POF, o déficit de altura das crianças entre 5 e 9 anos caiu de 29,3% (1974-75) para 7,2% (2008-09) entre os meninos e de 26,7% para 6,3% entre as meninas. A questão está bem resolvida na maior parte do país, mas ainda exige cuidados no meio rural da região Norte, onde os indicadores de déficit ultrapassam os dois dígitos, ainda: 16% dos meninos e 13,5% das meninas.

Os déficits de altura revelam atraso no crescimento linear da criança ocorrido em algum momento, que pode ser desde a gestação, com prevalência nos dois primeiros anos de vida. Portanto, o déficit de altura na faixa etária entre 5 e 9 anos na POF 2008-2009 reflete a desnutrição infantil na primeira metade da década de 2000.

Já o déficit de peso entre a mesma faixa etária foi baixo em todas as regiões do país, ficando em torno da média nacional de 4%.

A importância de dados como estes é que eles revelam que um novo Brasil, como dizia Darcy Ribeiro, começa dentro da barriga materna.

Crescemos habituados a ver a fome e a mortalidade infantil em várias regiões do país e isso parecia a muitos um problema inssolúvel. Já tinha 500 anos e nenhum governo o solucionara. Agora, finalmente estamos com indicadores positivos, que provam que as políticas sociais estão trazendo resultados.

Crescimento econômico, do maior número de empregos e da redução das desigualdades se reflete, sim, até fisicamente num povo. Não é só nossa alma que desempena e cresce. O corpo, também.

Já a economia da roda-presa, o déficit, o “apertem mais os cintos” que ouvimos durante tantos anos as elites dizerem ao povo, nos apequenaram. Mas não tanto que não pudéssemos nos erguer e lutar.

Quero Poder Público






Cuba é uma miséria só


Ex-menina de rua de SP estuda Medicina em Cuba


Graças a alguns “papa-hóstias”, como costumo chamar meus amigos da igreja, fiquei sabendo da história dela durante um agradável almoço na Feijoada da Lana, na Vila Madalena, a melhor da cidade. Repórter vive disso: tem que andar por aí, conversar com todo mundo para descobrir as novidades, ficar sabendo de personagens cuja vida vale a pena ser contada.

É este o caso da jovem Gisele Antunes Rodrigues, de 23 anos, ex-menina de rua de São Paulo, nascida em Ribeirão Pires, que deu a volta por cima e hoje está no terceiro ano de Medicina. Detalhe: ela estuda no Instituto Superior de Ciências Médicas de La Habana, em Cuba, onde estão matriculados outros 275 brasileiros.

Gisele veio passar as férias no Brasil e, na próxima semana, volta a Cuba. Como ela foi parar lá? Ninguém melhor do que a própria Gisele, que escreve muito bem, para nos contar como é a vida lá e como foi esta sua incrível travessia das ruas de São Paulo até cursar uma faculdade de Medicina em outro país.

A meu pedido, Gisele enviou seu depoimento nesta sexta-feira e eu pedi autorização para poder reproduzí-lo aqui no Balaio. Tenho certeza de que esta comovente história com final feliz pode servir de estímulo e inspiração a outros jovens que vivem em dificuldades.

Para: Ricardo Kotscho

Olá!!!

Autorizo o senhor a publicar essa história. Caso deseje, pode corrigir os erros. Mas, por favor, sem sensacionalismo. Tente seguir mais o menos o texto abaixo. Desculpa por escrever isso, mas eu já tive problemas.

Gosto do seu blog, vou tentar acessar nele em Cuba.

Abraços

Gisele Antunes

***

Só mais uma brasileira

Saí de casa com 9 anos de idade porque minha mãe espancava eu e meu irmão. Não tínhamos comida, o básico para sobreviver. Meu pai nunca foi presente. É um alcoólatra que só vi duas vezes na vida. Minha mãe é uma mulher honesta, mas que não conseguia educar seus filhos. Já foi constatado que ela tem problemas mentais.

Ela trabalhava como cigana na Praça da República. Quando eu fugi de casa segui esse caminho, e encontrei uma grande quantidade de meninos e meninas de rua. Apresentei-me a um deles, este me ensinou como chegar em um albergue para jovens, e a partir desse momento passei a ser menina de rua. Só comparecia nessa instituição para comer, tomar banho e ter um pouco de infância (brincar). No meu quinto dia na rua, comecei a cheirar cola e depois maconha.

Alguns educadores preocupados com a minha situação tentavam me orientar, mas de nada valia. Foi quando me apresentaram a uma religiosa, a irmã Ana Maria, que me encaminhou para um abrigo, o Sol e Vida. Passei uns três anos lá e deixei de usar dogras. Esta instituição não era financiada pelo governo. Quando foi fechada, me encaminharam a outros abrigos da prefeitura, entre eles o Instituto Dom Bosco, do Bom Retiro. E assim foi, até os 17 anos.

Para alguém que usa droga, não era fácil seguir regras. Foi por muita persistência e um ótimo trabalho de vários educadores que eu consegui deixar a drogas, sair da desnutrição e recuperar a saúde após anemia grave.

Na infância, era rebelde, não queria aceitar a minha situação. Apenas queria ter uma família. Mas havia algo que eu valorizava _ a escola e os cursos que eu fazia na adolescência. Aos 14 anos de idade, comecei a jogar futebol, tive a minha primeira remuneração. Aos 16 anos, entrei em uma empresa, a Ericsson, que capacitava jovens dos abrigos para o mercado de trabalho. Essa empresa financiou meu curso de auxiliar de enfermagem e o inicio do técnico. O último não foi possível concluir.

Explico: existe uma lei nas instituições públicas segunda a qual o jovem a partir dos 17 anos e 11 meses não é mais sustentado pelo governo, tem que se manter sozinho. Como eu não tinha contato com a minha família, quando se aproximou a data de completar essa idade, entrei em desespero.

A sorte foi que a entidade, o Instituto Dom Bosco Bom Retiro, criou um projeto denominado Aquece Horizonte. Este projeto é uma república para jovens que, ao sair do abrigo, podem ficar lá até os 21 anos. Os coordenadores e patrocinadores acompanham o desenvolvimento do jovem neste período de amadurecimento.

As regras mais básicas da república são: trabalhar, estudar e querer vencer na vida. No segundo ano de república, eu desejava entrar na universidade, mas sabia que não tinha condições de pagar a faculdade de enfermagem ou conseguir passar na universidade pública.

Optei então por fazer a faculdade de pedagogia. É uma área que me encanta, e a única que podia pagar. No primeiro semestre da faculdade de pedagogia, um educador do abrigo, o Ivandro, me chamou pra uma conversa e me informou sobre um processo seletivo para estudar medicina em Cuba. Fiquei contente e aceitei participar da seleção.

Passei pelo processo seletivo no consulado cubano e estou desde 2007 em Cuba. Dou inicio ao terceiro ano de medicina no dia 06 de setembro de 2010. São 7 anos no país, sendo 6 de medicina e um de pré-médico.

Ir a Cuba foi minha maior conquista. Além de aprender sobre a medicina, aprendo sobre a vida, a importância dos valores. Antes de ir, sempre lia reportagens negativas sobre o país, mas quando cheguei lá, não foi isso que vi. Em Cuba, todos têm direito a educação, saúde, cultura, lazer e o básico pra sobreviver.

Li em muitas revistas que o Fidel Castro é um ditador, e descobri em Cuba, que ele é amado e idolatrado pelos cubanos. Escrevem que Cuba é o país da miséria. Mas de que tipo de miséria eles falam? Interpreto como miséria o que passei na infância. Em casa, não tinha água encanada, luz, comida.

Recordo que tinha dias em que eu, meu irmão e minha mãe não conseguíamos nos levantar da cama devido a fraqueza por falta de alimento. Tomávamos água doce pra esquecer a fome. Então, quando abro uma revista publicada no Brasil e nela está escrito que Cuba é um país miserável, eu me pergunto: se em Cuba, onde todos têm os direitos a saúde, educação, moradia, lazer e alimento, como podemos denominar o Brasil?

Temos um país com riqueza imensa, que conquistou o 8º lugar no ranking dos países mais ricos, mas sua riqueza se concentra nas mãos de poucos, com uns 60 % da população vivendo em uma miséria verdadeira, pior que a miséria da minha infância.

Cuba sofre um embargo econômico imposto pelos estados Unidos por ser um país socialista e é criticado por outros governos. No entanto, consegue dar bolsa para mais de 15 mil estrangeiros de vários países, se destaca na área da saúde (gratuita), educação (colegial, médio, técnico e superior gratuito para todos) e esporte (2º lugar no quadro de medalhas, na historia dos Jogos Panamericanos), é livre de analfabetismo.

A cada mil nascidos vivos morrem menos de 4. Vivenciando tudo isso, eu queria também que o Brasil fosse miserável como Cuba, como é escrito em varias revistas. Acho que o brasileiro estaria melhor e não seria tão comum encontrar tantos jovens sem educação, matando, roubando e se drogando nas ruas.

Vou passar mais quatro anos em Cuba e não quero deixar o curso por nada. Desejo concluir a faculdade e ajudar esse povo carente que sonha com melhoras na área da saúde, quero ajudar outros jovens a realizar os seus sonhos , como me ajudaram. Também pretendo apoiar meu irmão, que deseja estudar direito.

Tenho meu irmão como exemplo de superação. Saiu de casa com 13 anos de idade, mas não foi para uma instituição governamental. Morou em um cômodo que seu patrão lhe ofereceu. Enquanto eu estudava e fazia cursos, ele estava trabalhando para ter o pão de cada dia. Hoje, ele é um homem com 25 anos de idade, casado e tem uma filha linda, e mesmo assim encontra tempo pra me apoiar e me dar conselhos.

Foi muito bom visitar o Brasil. Depois de longos 13 anos tive um tipo de comunicação com a minha mãe. Isso pra mim é uma vitoria. Quero estar próxima dela quando voltar.

Conto um pouco da minha história, mas sei que muitos brasileiros ultrapassaram barreiras piores, até realizarem seus sonhos. Peço ao povo brasileiro que continue lutando. É período de eleições, peço também que todos votem com consciência, escolha a pessoa adequada pra administrar o nosso país tão injusto.

Gisele Antunes Rodrigues

Ser culto é o único modo de ser livre (José Martí)

FONTE: http://colunistas.ig.com.br/ricardokotscho/2010/08/27/ex-menina-de-rua-de-sp-estuda-medicina-em-cuba/

Mercantilização e Poder Econômico serão coisas do passado. Aqui anunciado o início do seu fim., Por uma sociedade livre e cuidada pelo poder Público.









Drogas descriminalizar tratar identificar usuários






*Brasilmobilizado

FHC panfleta em ajuda à campanha de Serra em São Paulo

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso resolveu dar um apoio ao candidato de seu partido, José Serra (PSDB) e, no dia em que o Datafolha mostrou forte de liderança de Dilma Rousseff (PT) em São Paulo, resolveu ganhar as ruas do centro da capital para fazer o que há muito tempo não fazia: panfletar. Ele pretende repetir o gesto no Centro da capital paulista, ao lado do governador Alberto Goldman e outros correligionários, nos próximos dias.
Para continuar lendo, Correio do Brasil
A reportagem só não fala onde FHC vai pafletar, com certeza não será na cracolândia, símbolo das gestões tucanas de São Paulo.
Cracolândia: onde Saroba, Hilda, Celso Jardim e eu, passamos ao ir visitar instalações do antigo DOPS

Questão da droga é séria demais para blefes de "ss Erra"*

O tráfico de drogas, a violência por ele desencadeada e a economia que movimenta são problemas extremamente complexos, que exigem ampla colaboração internacional para que se chegue a um nível razoável de eficácia. Só uma mente simplória como a de José Serra acha que a questão se resolve com patrulhamento de fronteiras e acusação aos vizinhos.

Agora mesmo, o mundo ficou chocado com o massacre de 72 imigrantes pelo cartel das drogas no México, entre os quais estava ao menos um brasileiro. E esse cartel atua pesadamente na zona de fronteira com os Estados Unidos, por onde entra a maior parte da cocaína, maconha e anfetaminas consumidas nos EUA. Sea solução fosse tão simples como prega Serra, os EUA, com seu poderio militar e de inteligência já teria resolvido a questão.

Mas o que se verifica é justamente o oposto. Segundo o Washington Post, os governos dos EUA e do México chegaram à conclusão de que o tráfico de drogas na frinteira entre os dois países movimenta de US$ 20 bilhões e a US$ 25 bilhões por ano e apenas 1% dessa renda é apreendida.

Como em toda atividade ilegal, existem muitos setores interessados nessas operações, e se as drogas consumidas pelos norte-amercanos entram no país via México, as armas e munições nas mãos dos cartéis mexicanos são compradas nos EUA, onde os cartéis têm representação em 200 cidades.

O dinheiro do tráfico é lavado no sistema bancário internacional, mas apesar do Pacto da Basiléia, em que os banqueiros concordaram em colaborar com o combate a essa movimentação, quase nada foi feito, como conta jurista Wálter Maierovitch, no Terra Magazine.

Será que Serra pretende atuar também sobre o sistema financeiro e atacar os bancos como coniventes com o tráfico de drogas, como fez em relação à Bolívia? O problema das drogas é grande e sério demais para ser tratado com blefes e falsas soluções como prega o tucano. Aliás, se essa questão realmente o aflige, e como suas perspectivas para as eleições não são das melhores, ele poderia se juntar a Fernando Henrique Cardoso, que participou de uma Comissão Latino-americana sobre Drogas e Democracia, para conhecer o que vem sendo feito no continente e ver se areja um pouco mais suas idéias.

*Brizolaço

*Chebola