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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, novembro 25, 2010

Com um discurso simples e objetivo, a agricultura Hilda Maria de Rezenda Santos emocionou a todos hoje durante 3º Seminário Nacional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)




Com um discurso simples e objetivo, a agricultura Hilda Maria de Rezenda Santos emocionou a todos hoje durante 3º Seminário Nacional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) realizado em Brasília (DF). No palco, Lula tentava em vão conter as lágrimas, que também escorriam pelas faces da ministra Márcia Lopes (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e outros convidados. No púlpito, que ocupou após quebrar o protocolo e pedir a Lula para falar, Hilda explicou ao presidente e à plateia de mais de 800 pessoas o que representava o programa de aquisição de alimentos do governo para os pequenos agricultores do município de Custódia, sertão de Penambuco.

“As minhas palavras são de agradecimento. Falo em nome de um povo sofrido. Se não fosse este programa, as crianças não teriam um litro de leite para tomar. E se hoje elas vão bem na escola é porque tomam leite todo dia. Então, Pernambuco agradece ao presidente Lula. E mais: estou certa que a presidente Dilma [Rousseff] irá continuar o programa. Ela é uma mulher correta. Vi isso nas entrevista que deu durante a eleição”, contou Hilda ao Blog do Planalto.

Presidente da Associação Comunitária Rural de Custódia, Hilda Santos chegou a um hotel em Brasília como muitas outras mulheres e homens. Do Recife para Brasília, conforme revelou, os momentos foram de apreensão: “Andei de avião pela primeira vez. Foi muito bom.” Junto com outros agricultores, ela recebeu a missão de entregar uma cesta com produtos da lavoura dos pequenos agricultores ao presidente, mas acabou se empolgando e pedindo para falar no evento.

Ela contou ainda que as 200 famílias de agricultores de Custódia sobreviviam da venda de carvão. A renda familiar varia entre R$ 100 a R$ 150 a cada mês. Porém, com o programa de aquisição de alimentos, o agricultor passou a um orçamento mensal entre R$ 700 a R$ 800. Este programa começou a ser implantado há seis meses naquele município pernambucano.
Você nem imagina a cara de felicidade da pessoa que chega na nossa associação para receber este dinheiro. Isso melhorou muito a vida das pessoas.

Não deu outra, Serra achava que mineiro é coió


Paulista e com toda a propriedade de neto e sobrinho de mineiros posso dizer que muitos paulistas, ou melhor serristas, ainda acham que todo mineiro é coió, e enganam-se profundamente, basta ver que a história conta a coisa não é bem assim.
Durante muito tempo na política do país a presidência da república vivia da disputa café com leite, ora um paulista, ora um mineiro ocupava a cadeira do Palácio do Catete, quando a capital do país era no Rio de Janeiro. Os rumos começaram a mudar um pouco em 1951 na eleição do gaúcho Getúlio Vargas, e em 1956, quando foram eleitos o mineiro JK e seu vice, o gaúcho João Goulart, na época se votava em vice separadamente.
Os paulistas foram oposição e lideraram pelo seu partido mais forte a UDN o movimento contra o presidente das causas populares e do modernismo, Getúlio Vargas e também de JK e Jango. 
A direitona paulista voltou ao poder quando o grande líder da UDN, Carlos Lacerda, o corvo, lançou a candidatura de Jânio Quadros, o biruta. Jânio Quadros era desconexo e estranho líder paulista que ora condecorava Ché Guevara, o líder dos movimentos sociais da América Latina, ora proibia uso de biquíni (ou melhor, maiô de duas peças) nas praias.
Os paulistas da UDN depois da frustrada, decepcionante e curta permanência de Jânio na presidência, que após 7 meses  renunciou alegando que estava sendo pressionado por "forças ocultas", tão ocultas que até hoje ninguém viu ou conheceu, não desistiram. Não se deram por vencido e depois de 2 anos de Jango na presidência lideraram o movimento que levou ao golpe militar de 64.
Depois de 21 anos voltaram a carga e viram seu maior orgulho, Paulo Maluf, ser derrotado pelo mineiro Tancredo Neves, no colégio eleitoral que elegeu Tancredo para evitar que a tragédia Maluf se espalhasse pelo país. A maioria dos paulistas entrou em outra barca furada, e outra grande decepção da UDN, que já tinha outro nome, PFL, e hoje DEM, com o apoio maciço nas eleições que elegeu Fernando Collor.
Nas eleições de 2006 ficou muita clara a dobradinha eleitoral, não-oficial, em Minas, Lula e Aécio, o voto Lulécio,  e o que os paulistas herdeiros da UDN, os demotucanos mais temem é que se repita agora com o voto, Dilmécio, Dilma para presidente e Aécio para Senador.
Porque o mineiro não tem esse perfil que os conservadores paulistas ainda apontam, de coió, que por definição pode ser, um peixe muito liso, ou um moço sem reação, um boboca, ou coió como se dizia naqueles tempos. Hoje todo mineiro sabe que José Serra jogou contra a realização da convenção para escolher o candidato dos tucanos, Aécio ou Serra.
E se tem uma coisa que mineiro não leva para casa é o desprezo, e não perdoa quem o ofende e debocha do seu jeito de ser, que é bem um pouco do Brasil. E uma virtude que ninguém tira dos mineiros é sua maneira e habilidade de fazer política.
Cuidado José Serra quando alguém despreza mineiro não fica impune, não estranhe se ouvir nas esquinas mineiras perto dos locais de votação, "É, na hora de apertar o botão fui de Dilmécio". Escrevi este em post em março deste ano e não deu outra, Serra pedeu para Dilma em Minas Gerais, repetindo a surra de Alckmin, e aprendeu que miniero é mais esperto do que ele pensa.

quarta-feira, novembro 24, 2010

Depois do Comunismo




Como reza o Manual do Bom Blogueiro, Capitulo 4:
Quando a maioria dos leitores é de esquerda, é estúpido escrever um artigo que menospreza o Comunismo.
Eu sei, eu sei.
Doutro lado, se fosse um blogueiro esperto, nesta altura teria um blog que fala de reality show, com milhares de leitores e publicidade.

A culpa não é minha: ligo a televisão e oiço os representantes da Esquerda que utilizam termos como "luta de classe", "povo trabalhador", "patronato" ou até "Comunismo". É licito perguntar: ainda faz sentido?


Fósseis

Se olharmos para a História recente, temos de admitir que o Comunismo faliu.
A União Soviética já pertence ao passado, a China está em plena transformação.
Sobram a Coreia do Norte e Cuba quais últimos redutos.

Por isso seria simples acabar o discurso com uma simples constatação: o Comunismo foi um fracasso.

Mas não é esta a verdade.

Não é difícil demonstrar que nunca houve um País realmente Comunista, pois nunca houve um governo do povo.
Houve capitalismo de Estado ou oligarquias, como no caso da URSS; e houve (e ainda há) ditaduras militares ou regimes que acabam inevitavelmente num culto da personalidade (Coreia do Norte e Cuba).

Por isso, afirmar que o Comunismo falhou não é correcto: é mais sincero afirmar que falharam os Países que tomaram o Comunismo como próprio ideal.

Em qualquer caso, o facto de que todos os Países que tomaram o Comunismo como ideal falharam (e, com toda a boa vontade do caso, não se pode negar que Coreia do Norte e Cuba não representam sucessos estrondosos) deve fazer reflectir. Afinal falharam porquê?

Provavelmente porque foram ultrapassados pela História.
Uma breve cronologia dá para perceber que houve um período ao longo do qual o Comunismo encontrou a adesão (voluntária ou forçada, como no caso de algumas zonas da Europa de Leste) e uma fase posterior na qual os Países abandonaram o Comunismo.

O primeiro período parte da Revolução de Outubro, na Rússia (1917), e chega até os meados da década dos anos '70.
O segundo período parte com o desmoronamento da União Soviética (1991) e acaba, como vimos, com os últimos sobreviventes: as já citadas Coreia do Norte, Cuba, mais o Laos (que todavia já aceita a liberalização do mercado), o Vietname e a Eritreia.

Acho não ser um mero acaso o facto da cronologia do Comunismo seguir, grosso modo, a do Fascismo. Ambos os movimentos surgiram como reacção perante as condições criadas ao longo do século XIX e que tinham encontrado o apogeu na primeira metade do XX.

Hoje os partidos abertamente inspirados no Marxismo-Leninismo são poucos, mesmo a nível global, e com resultados eleitorais irrisórios na maior parte dos casos.

Uma vez eram centenas, hoje são os seguintes:

Partido Comunista Chinês
Partido Comunista Cubano
Partido Comunista Francês
Partido Comunista Chileno
Partido Comunista Moldavo
Partido Comunista Maoista Nepalês
Partido Comunista Português
Partido Comunista da Federação Russa
Partido Comunista da Eslováquia
Partido do Trabalho (Suíça)
Partido Comunista Japonês

Em alguns Países os partidos comunistas e/ou símbolos do Comunismo são fora de lei:

Estónia
Letónia
Lituânia
Roménia
Polónia
Hungria

O que aconteceu às centenas de partidos que até bem pouco tempo costumavam definir-se "comunistas"?
Simplesmente evoluíram. Perceberam que o Comunismo tinha acabado o próprio percurso e que era chegada a altura de encontrar novos rumos.




O Comunismo? Está na Bíblia

Isso significa que o Comunismo desapareceu para sempre?

Provavelmente não, pois a História gosta de se repetir. O Comunismo não tinha sido inventado por Marx, Engels ou Lenine, os quais estigmatizaram e definiram alguns aspectos que já estavam presentes na sociedade, que tinham sido vislumbrados ou até já aplicados ao longo dos séculos.

Até no Cristianismo são presentes aspectos comunistas. Reparem nesta passagem do Actos dos Apóstolos:
Todos os que se tinham tornado crentes ficavam juntos e mantinham tudo em comum; quem tinha propriedades e substâncias vendia-as e tornava-as parte de todos, segundo a necessidade de cada um. Cada dia, todos iam juntos ao templo e partiam o pão em casa tomando a comida com alegria e singeleza de coração, louvavam a Deus a cada dia e gozavam da simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que eram salvos.
(Actos dos Apóstolos, 2,44-48)
Os mesmos ideias estavam presentes em muitos conventos monásticos, enquanto a ideia de abolir a propriedade privada e outros ideais de tipo comunista foram a base da Deutscher Bauernkrieg (Guerra dos Camponeses) de 1524-26, na Alemanha.

Mais tarde, Tomás Moro com Utopia (séc. XVI) e Tommaso Campanella em Civitas solis (A Cidade do Sol, séc. XVII) descreveram lugares com ideais comunistas.

Nem o Iluminismo fugiu ao chamariz da que hoje definimos como Esquerda: filósofos e não só foram influenciados neste aspecto e podemos lembrar Jean-Jacques Rousseau, o Abbé de Mably, Étienne-Gabriel Morelly e o revolucionário Jean Paul Marat.

Sem esquecer as reducciónes do Paraguai, existentes desde o século XVII.

Fica evidente que o Comunismo não nasceu com Carl Marx e talvez um dia as ideias possam voltar a ganhar novo alento, devidamente modificadas, como escolha ou como necessidade.

Mas não no actual contexto histórico.
O Comunismo, por enquanto, perdeu a própria razão de ser e os irredutíveis Comunistas de hoje são obrigados a viver de lembranças, slogans e dos discursos dos últimos fosseis viventes. O Mundo e a História não pararam, nem para esperar os Marxistas-Leninistas.

Tudo perdido então?
Talvez não.

Rússia e China: recados para o futuro?


Se o Comunismo fracassou, o Capitalismo não está muito melhor.
E Informação Incorrecta nunca se subtrai à tarefa de assinalar os erros, os absurdos, as incongruências, a "podridão" do actual sistema económico.

É precisa uma transformação da sociedade, profunda e de enorme alcance.
E talvez já tenha começado.

Onde? Nos antigos Países Comunistas.

Rússia e China são Países que seguiram caminhos diversos e ambos estão no meio dum percurso de transição.

Os observadores ocidentais gostam de referir os passos positivos que Moscovo e Pequim dão em direcção ao Capitalismo, mas esta é uma leitura forçada e incorrecta.
Na verdade, as elites políticas não abriram de forma inconsciente à economia de mercado, como poderiam ter feito. Pelo contrário, tentam solucionar uma difícil equação, na qual o mercado é apenas um dos dados.

Ainda coabitam traços dos antigos regimes com características próprias do assim chamado "livre mercado", mas neste caso não estamos em presença de "fósseis": esta é uma amálgama que foi procurada e que nenhum dos dois Países mostra desejar abandonar.

É cedo para dizer qual será o desfecho destas experiências, ninguém sabe se no fim o Capitalismo acabará com o tomar conta de tudo ou se Moscovo e Pequim poderão encontrar o próprio rumo.
E nem podemos afirmar que este eventual rumo possa constituir o futuro das sociedades, se apenas um vislumbre disso ou se Rússia e China entraram, de forma diferentes, em realidades sem hipóteses de evolução.

No entanto, são duas experiências que merecem atenção.

Afinal são a única alternativa a um sistema defunto e um em coma profundo.


Ipse dixit.
*infincorret

Nos 75 anos do Levante de 35, vídeo polemiza com "intentona"

Nesta quinta-feira, 25 de novembro, completam-se 75 anos do Levante de 1935, também conhecido como Inssurreição de 35. Apesar de ser chamado por alguns de "intentona comunista", que significa "intento louco", o Levante de 35 passou longe de ser uma loucura. Descubra o porquê no vídeo produzido pela TV Vermelho com a Fundação Mauricio Grabois (GMG) e relembre mais desta história.



*comtextolivre

Papa força renúncia de bispo que apoiou Dilma Rousseff






O PapaNaca
O papa Bento XVI aceitou a renúncia de Luiz Carlos Eccel (foto), bispo de Caçador (Santa Catarina, Brasil), que apoiou para a eleição presidencial Dilma Rousseff, criticada pela Igreja Católica por suas posições sobre o aborto, anunciou nesta quarta-feira o Vaticano. Bento XVI aceitou a renúncia do bispo Eccel "em conformidade com o artigo 401 parágrafo 2 do Código de Direito Canônico", indicou o Vaticano em um comunicado. Esse artigo prevê a renúncia "por motivos de saúde ou por outra causa grave".

Do Blog do Rudá Ricci


http://1.bp.blogspot.com/_TZmNHInf-Ks/SdOq43fI5tI/AAAAAAAAAHY/NXfryyD3Xfg/s400/papa+nazista+1.jpg


Bispo que apoiou Dilma é pressionando a renunciar




Por Paulo Cezar

Papa aceita renúncia de bispo brasileiro que apoiou Dilma Rousseff
CIDADE DO VATICANO - O papa Bento XVI aceitou a renúncia de Luiz Carlos Eccel, bispo de Caçador (Santa Catarina, Brasil), que apoiou para a eleição presidencial Dilma Rousseff, criticada pela Igreja Católica por suas posições sobre o aborto, anunciou nesta quarta-feira o Vaticano.
Bento XVI aceitou a renúncia do bispo Eccel "em conformidade com o artigo 401 parágrafo 2 do Código de Direito Canônico", indicou o Vaticano em um comunicado. Esse artigo prevê a renúncia "por motivos de saúde ou por outra causa grave".
Este bispo, de 58 anos, não teria se mantido fiel à Igreja católica ao apoiar abertamente a candidatura de Dilma Rousseff, eleita presidente no dia 31 de outubro.
Alvo da Igreja católica e dos evangélicos por suas posições a favor da legalização do aborto, a candidata do Partido dos Trabalhadores afirmou antes do segundo turno que não iria modificar a lei.
Durante a campanha eleitoral, o bispo de Guarulhos (São Paulo) divulgou um manifesto contra Dilma, a pessoa escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sucedê-lo, apresentando-a como "a candidata da morte".
Três dias antes do segundo turno, no dia 28 de outubro, Bento XVI disse, ao receber os bispos brasileiros, que os sacerdotes tinham "o dever de emitir um julgamento moral, mesmo na política", quando "os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem".
As declarações foram recebidas no Brasil como um apoio implícito ao candidato social-democrata da oposição, José Serra.


Coreia do Sul disparou antes de norte-coreanos, admite militar do sul







As hienas do PIG se apressaram em acusar o regime norte-coreano pela agressão militar de hoje, acionaram suas línguas e penas de aluguel para atacar o eixo do mal e reforçar sua eterna pregação anti-comunista. Agora toma, toma! A grande ameaça ao futuro da humanidade são os EUA e seus países vassalos, essa é que a realidade.

Socialismo ou Barbárie!

Cada vez mais essa máxima se torna urgente.



A Coreia do Sul estava realizando exercícios militares e testes balísticos na ilha de Yeonpyeong antes do bombardeio da Coreia do Norte, fazendo testes de tiro, reconheceu um militar sul-coreano nesta terça-feira (23/11). A ilha atualmente é disputada pelos dois países.

“Estávamos realizando regularmente exercícios militares, mas nossos tiros foram direcionadas para o oeste, nao para o norte", afirmou um oficial militar sul-coreano ao escritório da agência de notícias britânica Reuters em Seul.

Leia mais:



Mais cedo, a Coreia do Norte já havia afirmado que foram os militares da Coreia do Sul que iniciaram os disparos de artilharia, provocando a reação norte-coreana, e não o contrário, como dissera o governo de Seul, que garantiu que o exército sul-coreano apenas "respondeu" aos disparos. "Uma unidade de artilharia norte-coreana disparou tiros de provocação às 14h34 locais e as tropas sul-coreanas replicaram de imediato", disse um porta-voz do Ministério da Defesa em Seul. O exército sul-coreano deu ordem a aviões de combate para sobrevoarem a ilha, noticiou a agência de notícias sul-coreanaYonhap.

EFE
Sul-coreanos assistem a imagens do confronto pela televisão local

A tensão entre os dois países aumentou durante o final de semana quando um cientista nuclear norte-americano afimou que a Coreia do Norte estava produzindo urânio enriquecendo que poderia ser usado na produção de armas nucleares. Durante a troca de tiros desta manhã dois soldados sul-coreanos morreram e ao menos 20 pessoas, entre civis e militares, ficaram feridas.

*cappacete

'Maior censura é acreditar que mídia não pode ser criticada', diz Lula aos blogueiros





Em entrevista a blogueiros, presidente destacou as transformações no setor de comunicação brasileiro, lembrando a importância da internet na democratização das comunicações e na hora de rebater e desmentir informações incorretas
Lula ao lado de Franklin Martins,
em entrevista na manhã desta quarta-feira
(Foto: Ricardo Stuckert/Pr)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a atuação da mídia e afirmou a necessidade de regulamentação do setor. As declarações foram dadas durante entrevista coletiva concedida na manhã desta quarta-feira (24) no Palácio do Planalto a dez blogueiros. A conversa foi transmitida ao vivo para quase 7 mil pessoas.
Foram postos em pauta temas como a liberdade de imprensa, regulamentação da mídia e direito de resposta e afirmou que a mídia pode e deve ser criticada. "Eu sou o resultado da liberdade de imprensa nesse país. A maior censura que existe é acreditar que a mídia não pode ser criticada. A gente critica até nosso time de futebol, quanto mais a mídia", disse, bem-humorado, Lula, o chefe de Estado de maior aprovação na história do Brasil.
“Quando [o ministro da Secretaria de Comunicação Social] Franklin [Martins] convoca a conferência internacional com Inglaterra, Espanha, França etc., que são utilizados como exemplo pra tudo nesse país, eles dizem que não é crime ter regulação da mídia. Ninguém pode ter medo de debate”, disse o presidente, em referência ao Seminário Internacional das Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias, realizado em Brasília no início do mês.
Lula destacou a importância da realização da Conferência Nacional da Comunicação (Confecom). “Depois da Confecom será inexorável a gente colocar em prática parte das decisões. A sociedade brasileira tem tanta sede de discutir comunicação quanto um nordestino do semi-árido de encontrar uma moringa de água gelada. Está posto o debate. A Dilma é quem vai fazer esse debate, e certamente vai mandar para o Congresso Nacional, e aí vocês entrarão em campo, meus caros”, disse o presidente.
O presidente chamou ainda de “estupidez” as tentativas de controlar a Internet, referindo-se ao polêmico projeto de lei apresentado pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), conhecida como “AI-5 Digital” pelos militantes da liberdade de informação.
"Povo está mais sabido"
O presidente recordou momentos em seu governo em que a mídia ajudou a disseminar o medo na população através de falsas denúncias ou informações incorretas. "Se daqui a 100 anos alguém for fazer uma história do meu mandato e pegar certas revistas vai ter uma imagem horrivel. Vai ter que pegar uma revista estrangeira, ou quem sabe vocês da internet para ver a realidade", disse o presidente. "Eles se assustam com a aprovação de 80% do govenro porque trabalharam o tempo inteiro para isso não acontecer. A eleição da Dilma foi uma vitória do povo brasileiro e acho que vocês têm consciência do papel que desempenharam nisso", elogiou.
"Eles (a mídia) pensam que o povo é massa de manobra como era no passado. O povo está mais inteligente, mais sabido agora. Quando o cidadão conta uma mentira, é desmentido em tempo real, tem de se explicar", avaliou Lula, destacando o papel da internet e dos meios de comunicação alternativos - como os blogs - na representação democrática do país.
Lula comentou acontecimentos como a divulgação da "epidemia" de febre amarela, quando muitas pessoas adoeceram por tomarem a vacina preventina antes da orientação oficial do Ministério da Saúde. O mandatário lembrou também da gripe aviária, quando ocorreram alegações de que havia ocorrências da doença em Marília (interior de São Paulo), o que gerou instabilidade no mercado avícola.
Lula mencionou também o comportamento da imprensa durante a crise econômica de 2008, quando disse que a "crise é tsunami nos EUA e, se chegar ao Brasil, será uma marolinha". À época, essa declaração foi bombardeada pelos grandes meios de comunicação que defendiam que o Brasil deveria se preparar para uma grande turbulência na economia em crescimento. "Os setores da economia exageraram apenas no medo. Ninguém na história, do G20, o que for, tomou medidas tão rápido quanto nós", declarou o presidente, lembrando de ações como a redução do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados). Os blogueiros lembraram que o alarde provocado pelos meios de comunicação provocou demissões precipitadas e massivas no setor automotivo.
Outro caso lembrado foi o da queda do avião da TAM no aeroporto de Congonhas. Lula afirmou que aquele foi o seu dia mais triste no cargo de presidente da República. Ele comentou da forma como as notícias começaram a chegar, primeiro como se tivesse ocorrido um incêncio em um depósito do aeroporto, depois como um incêndio no depósito de cargas da TAM. Só se confirmou a queda da aéronave quando o presidente ligou a televisão. Ele contou sobre como a reportagens acusavam o governo de ser culpado pelo acidente, por negligência com as normas de segurança na pista de Congonhas. "Eu acho que eles pensaram assim, 'agora nós pegamos o Lula e trucidamos ele'. Depois que ficou patente, visível, que não era problema de pista, que foi um erro humano, foi um alívio", explicou.
A imprensa também foi criticada no caso da "bolinha de papel", quando então presidenciável José Serra fora supostamente agredido por militantes do PT durante caminhada no Rio de Janeiro. "No dia do papel, eu não ia me pronunciar, mas aí eu vi a reportagem mostrando toda aquela desfaçatez. Eu perdi três eleições, poderia ter perdido a quarta e a quinta, mas eu jamais faria algo como aquilo", contou o ex-sindicalista, que defendeu que o candidato derrotado deveria se retratar à população. "A violência foi o desrespeito ao povo brasileiro. Eu acho que o Serra tem que pedir desculpa, porque não se brinca com o povo brasileiro da maneira como aconteceu", concluiu.


Lula quer Ley de Medios. Entrevista histórica a blogueiros sujos

Lula elogia Franklin
O premiado site Cloaca News perguntou ao presidente Lula o que achava da regulamentação da mídia, o que, neste ordinário blog, se chama de Ley de Medios.
Lula considerou a regulamentação necessária e deu exemplo de países como França e Estados Unidos que regulamentam a mídia e são exemplos de regimes democráticos.
Lula elogiou o trabalho do ministro Franklin Martins.
Essa foi uma das perguntas feitas por blogueiros sujos, que, nunca dantes na História desse País, tinham sido recebidos por um presidente da República.
Como se sabe, a expressão “blogueiro sujo” é de autoria do Padim Pade Cerra, o herói da luta contra o aborto, que se notabilizou pelo preconceito e a intolerância na campanha presidencial.
O Cloaca News foi considerado o “blog do ano” no 1º Encontro Nacional de Blogueiros do Instituto Barão de Itararé.
*comtextolivre


'imprensa antiga' ainda crê que povo é massa de manobra


O Presidente Lula concedeu entrevista a blogueiros nesta quarta-feira, na qual falou sobre sua relação com as empresas de comunicação ao longo de seus oito anos no governo. Lula chamou a imprensa de "imprensa antiga", por pensar que o povo é massa de manobra. "Eles se enganam, o povo está mais inteligente, sabido", afirmou.

Para Lula, o crescimento da internet como meio de informação dos brasileiros obriga a mídia tradicional a mudar o seu comportamento. "Ela (mídia) é desmentida em tempo real, tem que se explicar. Acho isso extraordinário", disse o presidente, que declarou seu desejo de estender a informação a toda a população. "Acho que vamos trabalhar para democratizar a mídia eletrônica e vamos trabalhar para que o leitor brasileiro fique cada vez mais sabido, inteligente, eu diria. Controlador da sua própria vontade, e isso está acontecendo no Brasil agora", afirmou.

O Presidente disse que, os principais veículos da mídia tradicional não reproduzem a realidade brasileira. "Eu fico com medo que daqui a cem anos, quando (alguém for) pegar um jornal ou uma revista para conhecer a história, a impressão vai ser a pior possível. Vai ter que comprar uma revista americana, inglesa, ou pegar informações da internet. Se você pegar uma parte do noticiário da imprensa brasileira, você não conhece o que acontece no Brasil", criticou.

Lula se disse orgulhoso de nunca ter precisado cortejar a imprensa para manter a estabilidade de seu governo. "Você sabe que eu tenho problema público com a chamada 'mídia antiga'. Eu tenho orgulho de terminar meu mandado sem ter almoçado ou jantado em revista ou jornal", disse. Apesar das críticas, o presidente reafirmou o compromisso de defender a liberdade de imprensa. "Sei que distorceram informações. Mas eu dizia que, para mim, eu sou o resultado da liberdade de imprensa desse País, com todos os defeitos que ela tem", afirmou.

Regulação da mídia
Questionado por blogueiros, Lula voltou a comentar a polêmica envolvendo a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que traçou metas de regulação da mídia e foi boicotado pelas entidades que representam os principais grupos empresariais do setor. Segundo o presidente, a acusação de que o governo pretende censurar a imprensa é infundada.

"O (ministro da Comunicação Social) Franklin Martins, quando convocou a conferência internacional, trouxe Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Espanha, Portugal e França, e todo mundo disse que lá tem regulação, sim, e não é crime. É crime ter censura. Mas ter regulação não é crime", afirmou.

O Presidente Lula disse que, a participação da sociedade nas discussões da Confecom dão respaldo ao governo para levar adiante as propostas debatidas no encontro. "Nós agora temos uma coisa dita pela sociedade brasileira que nos dá garantia de que nós não somos um governo maluco que inventou uma discussão porque quis investir", disse.

Lula disse ainda que pretende apresentar até o fim de seu mandato um esboço do projeto de lei que regula a atuação da imprensa. A responsabilidade de encaminhar o texto ao Congresso, entretanto, será de sua sucessora, a presidente eleita Dilma Rousseff. "Espero ter condições de apresentar um texto antes de terminar meu mandato e passar para Dilma. Ela certamente vai fazer o debate e levar para o Congresso Nacional", afirmou.

Entrevista

Este é o seu primeiro encontro formal com a blogosfera.

Durante entrevista a blogueiros o Presidente destacou os preconceitos que vieram à tona durante a campanha eleitoral. O Presidente afirmou que "o preconceito ainda é uma doença quase incurável no Brasil".

Lula criticou a forma como o tema do aborto foi posto durante a campanha e enfatizou importância do assunto na política de direitos humanos. Ele afirmou que fez o que estava a seu alcance sobre o tema.

"Como cidadão, sou contra o aborto. Mas enquanto chefe de Estado, tenho que tratar como uma questão de saúde pública. Tenho que reconhecer que ele existe e fiz o que eu podia", disse.

O Presidente citou também o caso da estudante de Direito, Mayara Petruso, que publicou em seu Twitter sua revolta pela vitória de Dilma Rousseff na eleição presidencial, atribuindo o resultado aos nordestidos. No Twitter, a estudante afirmou que nordestino não era gente e pediu que as pessoas matassem um nordestino afogadoNesta manhã, durante a transmissão no Blog do Planalto, a entrevista teve grande repercussão no Twitter.Até o momento, a imprensa não repercitiu a entrevista do Presidente Lula aos blogueiros. Apenas oPortal Terra divulgou nota
*amigosdoPresidenteLula



Hoje presidente, amanhã blogueiro e tuiteiro


Presidente Lula durante entrevista coletiva com blogueiros no Palácio do Planalto, ouvindo pergunta feita online diretamente de São Paulo. Foto: Ricardo Stuckert/PR
EntrevistasQuatro meses após transmitir a faixa e o cargo de Presidente da República a Dilma Rousseff -- tempo que avalia como necessário para “desencarnar” -- Lula deverá se dedicar à blogosfera. A promessa foi feita por Lula nesta quarta-feira (24/11) na sua primeira entrevista coletiva a blogueiros, realizada no Palácio do Planalto, em Brasília. O presidente pretende utilizar o espaço na rede mundial de computadores para debater questões como o caso “mensalão” e o trabalho que pretende realizar em países da América Latina, Caribe e África.
*Planalto





A Folha (*) tem
preconceito contra blog sujo


    É disso que a Folha entende

    “Preconceito é uma doença”


    A Folha de São Paulo perguntou à Secretaria de Imprensa da Presidência quando exatamente os blogueiros pediram a entrevista com o Presidente concedida hoje e quando tiveram a resposta positiva. Uma pergunta inédita. O Presidente já concedeu 960 entrevistas à imprensa ao longo dos dois mandatos. A Folha nunca teve a mesma curiosidade em relação a outras entrevistas do Presidente.

    Navalha
    Qual é o problema da Folha (*) com os blogs sujos ?
    É por que os blogueiros da Folha são todos “limpos” ?
    Os blogueiros da Folha são como os blogueiros do Globo e do Estadão (aqui só se fala da Veja para chamá-la de última flor do Fáscio).
    Os blogueiros do PiG são do PiG.
    Ao contrário do Tombini, que disse que vai trabalhar no Banco Central com autonomia – clique aqui para ler na manchete do UOL – os blogueiros da Folha não tem autonomia.
    Sabe por que, amigo navegante, A Folha está tão curiosa ? ?
    Porque foi o Pierre Lucena, bloguista sujo, quem perguntou ao Presidente Lula sobre a Satiagraha e, por extensão, sobre o passador de bola apanhado no ato de passar bola, o Daniel Dantas.
    Clique aqui para ler Lula avisa a Daniel Dantas que tem um encontro marcado com ele, até o fim do mandato”.
    A Folha jamais faria o que o Pierre fez.
    A Folha pergunta ao Daniel Dantas o que ele achou da Satiagraha.
    A Folha tem mais medo de blog sujo do que da Beatriz Kushnir, que escreveu “Os cães de guarda”, sobre o papel importantíssimo da Folha na perseguição aos adversários do regime militar.

    Paulo Henrique Amorim


    (*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
    *PHA 

    Lula promete aos blogueiros
    concluir investigação sobre Dantas


      Lula tem um encontro com ele

      O Conversa Afiada reproduz texto publicado na Teletime:

      Lula diz que investigações da Operação Satiagraha ainda não acabaram


      Na entrevista dada pelo presidente Lula a diversos blogueiros nesta quarta, 24, a última questão foi a que, aparentemente, mais incomodou o presidente. O blogueiro Pierre Lucena, do site Acerto de Contas, de Pernambuco, questionou o presidente sobre a atuação da Polícia Federal em seus dois mandatos, lembrando que no primeiro mandato a PF foi extremamente elogiada por sua atuação, mas que em 2008 o episódio da Operação Satiagraha resultou em uma série de fatos e no afastamento do então diretor-geral da Polícia Federal, delegado Paulo Lacerda. A pergunta relacionava o fato do afastamento ter acontecido depois de uma denúncia da revista Veja sobre um suposto grampo no ministro Gilmar Mendes, cujo áudio nunca foi revelado. O jornalista pediu então ao presidente que fizesse um balanço da Polícia Federal nos seus dois governos e que respondesse por que Paulo Lacerda não retornou, “porque ficou parecendo que ele fez uma coisa errada”.


      O presidente Lula respondeu à pergunta de maneira diplomática, dando a entender que havia no tema um certo constrangimento. Revelou ainda que a Operação Satiagraha ainda não terminou e que há fatos para acontecer. “”rimeiro, sou agradecido a todos que passaram pelo governo e prestaram serviços, entre eles o Paulo Lacerda. A operação que cuidava de investigar as atividades do banco do Daniel Dantas começou no nosso governo com a Polícia Federal e vai terminar no nosso governo, porque ainda não terminou. E tanto o Paulo Lacerda quanto o Luiz Fernando (Correia, atual diretor-geral) receberam orientação da Presidência da República de que era preciso a gente investigar até o fim. Até o final. Acontece que quando você está investigando… Eu vou dizer uma coisa para você, eu tenho coisas que eu não posso dizer como presidente da República, até porque o processo está andando, tem um processo em andamento”, afirmou o presidente.


      Mais adiante, ele voltou a falar da atuação da Polícia Federal, criticou a exposição de investigações na imprensa, mas sem citar o delegado e deputado eleito Protógenes Queiroz, que conduziu a primeira fase da investigação. Também voltou a falar da saída de Paulo Lacerda, o que atribuiu a uma troca natural decorrente da mudança de ministério (Lacerda foi indicado pelo ex-ministro Márcio Tomaz Bastos, sucedido por Tarso Genro, que indicou Luiz Fernando Correia).


      Investigações


      A Operação Satiagraha investigou a atuação do grupo Opportunity e apontou indícios de crimes nas operações do Opportunity Fund, que controlava as empresas de telecomunicações Brasil Telecom e Telemig Celular. A investigação também recaiu sobre a atuação do Opportunity durante o processo de fusão entre Oi e Brasil Telecom, em que o grupo de Daniel Dantas conseguiu vender sua participação por cerca de US$ 1 bilhão e ainda obteve um acordo com os fundos de pensão pelo fim de processos judiciais. Posteriormente ao relatório original do delegado Protógenes Queiroz, um novo relatório foi produzido pelo delegado Ricardo Saadi, reiterando as investigações de Protógenes. Daniel Dantas foi condenado em um dos processos abertos após a Satiagraha, por corrupção ativa, e pegou pena de dez anos de cadeia. Posteriormente, o Opportunity teve recursos substanciais bloqueados no exterior. Este ano, cotistas do Opportunity Fund foram indiciados por crimes de evasão de divisas. Ainda não há denúncia ou ação na Justiça por conta de episódios referentes à fusão Oi/Brasil Telecom.



      Clique aqui para ler “Lula e a bolinha de papel. Serra e a Globo: uma desfaçatez”.

      E aqui para ler “Lula quer Ley de Medios. Entrevista histórica a blogueiros sujos”.  

      Entrevista de Lula a blogueiros de esquerda causa ódio no PiG, seus jagunços e bobos da corte

      Lula deu uma entrevista histórica a alguns blogueiros assumidamente de esquerda que, assim como eu, ajudaram a furar o bloqueio do PiG (Partido da imprensa Golpista) a favor do candidato da extrema-direita, o Zé Aborto, nas últimas eleições.

      Essa atitude do nosso Presidente da República, obviamente, causou profunda irritação nos donos do PiG, seus jagunços amestrados e também nos bobos da corte neoliberal.

      O panfleto tucano Folha de S.Paulo reclamou e causou estranheza na Secretaria de Imprensa da Presidência da República ao questionar sobre quando “exatamente os blogueiros pediram a entrevista com o presidente Lula e quando tiveram a resposta positiva. “Uma pergunta inédita. O Presidente já concedeu 960 entrevistas à imprensa ao longo dos dois mandatos. A Folha nunca teve a mesma curiosidade em relação a outras entrevistas do Presidente”, diz o Blog do Planalto.

      Outro que ficou putinho da vida foi o pseudo-jornalista e dublê de DJ do Senado Ricardo Noblat, o Walter Mercado do panfletarismo anti-esquerda. Em seu blog, ele afirmou de maneira maliciosa que "avesso a entrevistas, presidente abre agenda para blogueiros chapas-brancas no palácio". Sim, Walter, nós somos mesmo chapas-brancas e não temos medo de assumir, coisa que você que também é chapa-branquíssima jamais faria, pois quebraria o "encanto" de que se trata de um profissional isento e imparcial que ainda engana meia dúzia de neonazistas e membros da Opus Dei.


      Também ficou nervosinho com o fato o bobo da corte neoliberal Marcelo Tas, o ET de Varginha, o qual insinuou de maneira grosseira que a entrevista foi "um stand-up de Lula para claque de simpatizantes", sendo que em seguida entrega o ouro e demonstra o motivo de seu veneno: "Uma grande chance perdida, 'cumpanhero'".


      O bobo da corte, sem querer, deixou claro o motivo de tanto ódio e revolta desse pessoal: o candidato deles, o Zé Bolinha de Papel, levou um pé na bunda da maioria da população do Brasil e, por causa disso, eles perderam a chance de serem convidados ao Planalto para entrevistá-lo!

      Ou seja: é inveja pura e simples! Coitados, eu morro de dó! No frigir dos ovos a verdade é uma só. Parciais, chapas-brancas e partidários todos nós somos, à esquerda e à direita. A diferença é que nós ganhamos e eles perderam. E, como todos os mau perdedores, eles ainda estão fazendo biquinho... 
      *tudoemcima 

      O profeta do apocalipse norteamericano







      O militarismo engendrado pelo imperialismo é a ruína da própria democracia norteamericana. Os EUA devem abdicar de seu imperialismo caso queiram preservar sua democracia. Estas são algumas teses centrais formuladas pelo especialista em política internacional, Chalmers Johnson, que morreu aos 79 anos, dia 20 de novembro.

      O imperialismo é uma forma de tirania. O militarismo engendrado pelo imperialismo é a ruína da própria democracia norteamericana. Os Estados Unidos devem abdicar de seu imperialismo caso queiram preservar sua democracia.
      Estas são algumas teses centrais formuladas pelo especialista em política internacional, Chalmers Johnson, que morreu aos 79 anos de idade, no último sábado, dia 20 de novembro de 2010.
      Há quem diga que ele rivalizava com Henry Kissinger no que se referia à proposição de macro-objetivos para a política externa dos EUA. Uma espécie de espelho invertido do ex-chanceler de Nixon.
      Conforme Johnson, a lógica da guerra absorvia a tal ponto a dinâmica da política norteamericana que sugava parte significativa de seus recursos, fazia que seu governo passasse a ser movido cada vez mais por segredos de Estado e elevava as ameaças aos direitos dos cidadãos dentro dos próprios Estados Unidos. A escalada militar tinha todos os ingredientes para a criação de um monstro, uma presidência imperial, com poderes demais e controle de menos, o reverso do sistema de pesos e contrapesos que os pais fundadores do constitucionalismo estadunidense haviam propugnado.
      O livro “Blowback: the costs and consequences of American Empire” ("O tiro pela culatra: custos e consequências do Império americano"), de 2000, virou um sucesso de vendas após o 11 de setembro. Os EUA perceberam claramente que seus ataques a locais supostamente remotos os sujeitavam a contra-ataques domésticos ferozes, apocalípticos. Mais que isso, o governo Bush trilhou caminhos que cumpriam rigorosamente o roteiro da profecia de Johnson: restrições a direitos individuais, expansão armamentista, com a necessidade “imperiosa” de guerras como as do Afeganistão e Iraque, tibieza da oposição, multiplicação de operações secretas e explosão do orçamento militar.
      O curioso é que Johnson foi consultor da CIA (Central de Inteligência Americana) durante a Guerra Fria. A amarga experiência da derrota no Vietnã parece ter sido decisiva para sua guinada anti-imperialista e antimilitarista.
      Grande pesquisador dos países asiáticos e do Leste Europeu, disseminou nos EUA conceitos importantes, mais comuns à América Latina e Europa, como os de "Estado desenvolvimentista" e "capitalismo de Estado". Sua análise sobre o dirigismo estatal no capitalismo japonês tem sido resgatada recentemente como referencial para a análise do capitalismo chinês.
      A propósito, com relação à China, ele insistiu na mesma tecla de suas análises tardias sobre a guerra do Vietnã: o pano de fundo capitalismo versus comunismo, na verdade, se movia por algo mais básico às relações internacionais, o nacionalismo. A mesma conclusão, igualmente tardia, que Robert McNamara (ex-secretário de Defesa de Kennedy) expressa melancolicamente no documentário de Errol Morris, “A névoa da guerra” (“The fog of war”, 2004).
      Ilhado por defensores agressivos do neoliberalismo, Chalmers Johnson era um herético com suas teses sobre o desenvolvimento dirigido pelo Estado. Para os adeptos da teoria da escolha racional, cuja pretensão maior é a de reduzir os problemas da humanidade a expressões algébricas que podem ser resolvidas friamente, ele era tido por heterodoxo demais.
      Alguns poderiam pensar que os riscos aventados por Johnson dissiparam-se com o fim da presidência de George W. Bush. Não é o que parece. O avanço de uma direita facista nos Estados Unidos, representada pelo movimento “Tea Party”, já foi considerado uma hipótese remota; hoje é um fato consumado. Se julgava, até pouco tempo, que os políticos tradicionais do Partido Republicano conseguiriam bloquear tal investida e evitariam uma radicalização. Dizia-se também que um descaminho pela ultradireita condenaria o partido à condição de absoluta minoria. Mais uma aposta desfeita. Ao que tudo indica, o profeta fez soar suas trombetas na direção certa, para os que estivessem dispostos a ouvi-lo.
      Antonio Lassance é pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e professor de Ciência Política.

      terça-feira, novembro 23, 2010

      Depois de querer o de César, Bento defende o seu















      Vaticano cobra de Dilma que preserve acordo bilateral sancionado por Lula


      Emissário da eleita, o petista Gilberto Carvalho tem encontro com representante do papa, em Roma, e entrega carta com pedido de ("trégua)" à Igreja após ("tensão)" eleitoral envolvendo a questão do aborto; petista e Bento XVI agendam encontro para 2012




      GENEBRA - O Vaticano cobra do novo governo de Dilma Rousseff um compromisso para que não reabra o acordo que rege as relações bilaterais e que foi alvo de muita polêmica. O assunto foi debatido ontem em uma reunião entre o secretário da Santa Sé para Relações com os Estados, Dominique Mamberti, e Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


      No mesmo encontro, fixou-se que Dilma fará uma viagem ao Vaticano em 2012 para se reunir com o papa Bento XVI. A visita já está sendo organizada pelo Palácio do Planalto e pela Santa Sé e faz parte da tentativa de se estabelecer uma "trégua" entre o Vaticano e Dilma depois das polêmicas entre Dilma e a Igreja durante a campanha eleitoral.


      No contato com o emissário de Dilma, o Vaticano solicitou que o acordo feito com o governo brasileiro, conhecido como "concordata", entre em vigora partir do próximo mandato. O primeiro acordo proposto pela Igreja em 2007 falava na obrigatoriedade do ensino de religião em escolas públicas, acesso às reservas naturais para missionários e isenção de impostos.


      O Itamaraty reduziu o acordo a uma mera declaração de boas relações entre a Santa Sé. A concordata já foi aprovada pelo governo Lula e pelo Congresso, mas esbarrou em um processo e está no Supremo Tribunal Federal. "Não acreditamos que isso ofereça um risco para sua entrada em vigor", garantiu Carvalho.


      Trégua


      Dilma decidiu na última quinta-feira aproveitar a ida de Carvalho a Roma para mandar um recado à Igreja de que seu governo não abrirá guerra contra a Santa Sé. Enviou por meio de Carvalho uma carta ao papa, pedindo que a Igreja "não recue" em relação ao Brasil, estabelecendo uma trégua e insistindo que o futuro governo conta com a Santa Sé para aplicar o seu projeto de erradicação da pobreza.


      A carta, ainda mantida em sigilo até amanhã, quando será lida pelo Papa, pede sua bênção ao governo e assegura que a eleita quer diálogo com o Vaticano.


      "O que nós queríamos e acho que conseguimos era limpar de uma vez por todas o mal estar da campanha eleitoral", admitiu Gilberto Carvalho.


      Aborto


      Nem na carta e nem durante a reunião foi tratada a questão do aborto. Mas, Carvalho admitiu que a campanha de Dilma viveu "momentos de grande tensão" diante dos comentários do Papa sobre o assunto, poucos dias antes do segundo turno.


      Bento XVI, em uma reunião com bispos do Maranhão, condenou a descriminalização do aborto e da eutanásia e recomendou aos bispos brasileiros que emitissem "juízo moral" sobre essas questões, mesmo em "matérias políticas". Embora não tenha feito referência direta à eleição, o papa pediu aos bispos que orientassem os fiéis a usar o voto para a "promoção do bem comum".


      "Não sabíamos que direção esses comentários tomariam", admitiu. Carvalho acusou "forças no Brasil" de terem influenciado o papa a fazer tais declarações e garantiu que para Dilma o assunto é "parte do passado".


      Viagem


      Do lado do Vaticano, Mamberti confirmou que o Brasil é de "importância fundamental" para a Santa Sé e que uma visita de Dilma já em 2011 ao Papa seria relevante para mostrar o compromisso na relação bilateral. Carvalho, porém, explicou que dificilmente a viagem poderia ocorrer em 2011.


      "O primeiro ano é sempre um período para amarrar o governo", explicou o emissário. "A data que se trabalha é 2012 para a visita de Dilma", apontou.


      "Minha principal mensagem e objetivo foi a de tranquilizar o Vaticano em relação ao que será o governo Dilma", disse ao Estado por telefone Carvalho, ao sair da reunião. Na conversa, ele informou que a eleita não tem intenção de rever o acordo com o Vaticano, mas ressaltou a necessidade de manter o caráter laico do Estado. "Não podemos esquecer que 22,5% da população brasileira é composta de evangélicos." Segundo Carvalho, "não haverá diferença qualitativa entre o governo Dilma e o governo de Lula em relação à Igreja".


      Jamil Chade, de O Estado de S.Paulo



      *comtextolivre

      Obama, o conciliador “sórdido”



      UA-Israel: propina que fede a conciliação vergonhosa [1]
      “Conciliador é quem oferece carne de outro ao crocodilo, na esperança de ser devorado por último” (Winston Churchill)[2]
      Em qualquer outro país, a propina que os EUA ofereceram a Israel, e a relutância de Israel para aceitá-la, mesmo que em troca de uma reles suspensão temporária do roubo de propriedade dos árabes, seriam considerados escandalosos. 3 bilhões de dólares em aviões bombardeiros, para ‘comprar’ uma suspensão temporária na colonização da Cisjordânia, e só por 90 dias? Não inclui Jerusalém Leste – portanto, adeus à última chance de capital palestina na cidade santa; – e, se Benjamin Netanyahu assim o desejar, logo depois poderá retomar furiosamente as construções em terra árabe. No mundo comum e são no qual cremos viver, só há um nome para o que Barack Obama ofereceu: ‘arreglo’, conciliação vergonhosa, expressão que nossos senhores e mestres sempre usam com desdém e repulsa.
      Quem cede ante a injustiça que um povo comete contra outro é dito “conciliador” [2]. Quem espere a paz a qualquer preço, mesmo que ao preço de propina de 3 bilhões de dólares para o criminoso, é dito “conciliador”. Quem se acovarda ante o risco de defender a moralidade internacional contra a cobiça territorial de Israel é dito “conciliador”. Quando tantos de nós nos manifestamos contra invadir o Afeganistão, fomos execrados porque seríamos “conciliadores”. E também fomos execrados como “conciliadores”, quando nos opusemos à invasão do Iraque. Pois “conciliar” foi o que Obama tentou, nesse patético, inacreditável esforço, nessa súplica dirigida a Netanyahu, para que respeite a lei internacional só por 90 dias! Obama é conciliador, no sentido sórdido da palavra.
      O fato de o Ocidente e as elites políticas e jornalísticas – e aí incluo o cada dia menos respeitável New York Times – aceitarem esse disparate como coisa normal, como se o disparate pudesse ser realmente apresentado como outro “passo” no “processo de paz”, para repor “nos trilhos” aquele delírio místico, é útil para avaliarmos a que ponto já avançou nossa loucura, em tudo que tenha a ver com o Oriente Médio.
      É indício de o quanto os EUA (e, porque fracassamos na empreitada de condenar essa insanidade, também a Europa) deixaram agigantar-se por lá o medo que têm de Israel – e de o quanto Obama deixou que se agigantasse nele o medo que tem dos apoiadores de Israel no Congresso e no Senado.
      3 bilhões de dólares por três meses é um bilhão por mês, para suspender temporariamente o roubo de terras palestinas. É meio bilhão de dólares por quinzena. 250 milhões por semana. 71.428.571 de dólares por dia, 2.976.190 por hora e 49.603 dólares por minuto. E, como se o pote de ouro não bastasse, Washington continuará a vetar toda e qualquer Resolução da ONU que critique Israel ou que admita a criação de algum estado palestino. Que bom negócio! Já teria valido a pena invadir qualquer país só para por a mão numa bolada dessas! Em seguida, encenava-se a retirada! Imaginem então receber a mesma bolada, só pelo cavalheiresco movimento de não construir novas colônias ilegais e só por 90 dias – com plena autorização para avançar simultaneamente as construções ilegais em Jerusalém!
      A versão de Hillary Clinton para essa palhaçada seria engraçadíssima, não fosse trágica. Na pena afiada de Roger Cohen do NYT, LaClinton persuadiu-se de que a Palestina é “alcançável, inevitável e compatível com a segurança de Israel”. E quem teria persuadido Madame Hillary de tal coisa? Ora… Aconteceu numa viagem a “capital” Ramallah da pseudo-Palestina, ano passado. E ela viu as colônias exclusivas para judeus – “a brutalidade da coisa atingiu-a com violência” – mas ela achava que sua comitiva estivesse sendo escoltada por soldados israelenses “porque são tão profissionais”. E aí, ta-ta-ta-ti-ti-ti, acabou por descobrir que estava sob escolta de militares palestinos, “muito profissionais”. – Isso mudou completamente a visão de mundo de Madame!
      Sem considerar o fato de que o exército israelense é ralé e que os palestinos são massa de miseráveis, esse incidente na “estrada de Ramallah” fez com que os apoiadores de Madame, nas palavras de Cohen, constatassem que já acontecera uma transição: “da psique de autopiedade e autoflagelação dos palestinos, sempre se apresentando como vítimas, para uma nova cultura pragmática de autoafirmação e de construção de instituições”. O ‘primeiro-ministro’ palestino Salam Fayyad, educado nos EUA e, portanto, gente confiável, “pôs o crescimento acima das lamentações, as estradas acima da agitação, e a segurança acima de tudo.”
      Sob brutal ocupação por 43 anos, os palestinos roubados, reduzidos à miséria, com os primos da Cisjordânia que vivem sem casa há 62 anos, afinal pararam de lamentar-se e lamuriar-se e puseram-se repentinamente a cultuar a única coisa que realmente importa no mundo. Não é a justiça. Com certeza não, tampouco, é a democracia. Mas o único Deus que Madame espera que cristãos, judeus e muçulmanos cultuem: a segurança.
      Agora, afinal, Israel está segura. Os palestinos uniram-se à humanidade em geral.
      Com essa narrativa ginasiana, infantilizada, a mulher que, há 11 anos, dizia que Jerusalém seria “a eterna e indivisível capital de Israel” demonstra que o conflito Israel-Palestina atingiu o apogeu, o momento mais traiçoeiro e decisivo.
      Se Netanyahu tiver algum juízo – falo de juízo sionista, expansionista – bastará esperar os 90 dias e passará pelos EUA de nariz erguido. Durante os três meses de “bom comportamento”, claro que os palestinos terão de segurar o rojão e manter-se sentados na cadeira das conversações “de paz” que decidirão as futuras fronteiras de Israel e “Palestina”. Mas, dado que Israel controla 62% da Cisjordânia, Fayyad e a turma dele ainda poderão disputar 10,9% da Palestina do Mandato.
      E, ao preço de 827 dólares por segundo, melhor se forem rápidos. Serão. Deveríamos nos enforcar de vergonha. Mas ninguém se enforcará. Não se trata de gente. Tudo é falso. Não se trata de justiça. Só se trata de “segurança”. E de dinheiro. Muito, muito dinheiro. Adeus, Palestina.
      Notas de Tradução
      [1] No orig. appeasement. O dicionário Cambridge registra para appeasement: “conceder ou ceder a exigências do inimigo (nação, grupo, pessoa etc.) em esforço para conciliar, algumas vezes ao arrepio da justiça ou de outros princípios”.
      [2] No orig. appeaser. A citação mais conhecida, em inglês, é frase atribuída a Churchill: “An appeaser is one who feeds a crocodile, hoping it will eat him last” [Conciliador é quem oferece carne de outro ao crocodilo, na esperança de ser devorado por último].
      Robert Fisk: An American bribe that stinks of appeasement
      Traduzido pelo Coletivo da Vila Vudu