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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, novembro 24, 2010

'Maior censura é acreditar que mídia não pode ser criticada', diz Lula aos blogueiros





Em entrevista a blogueiros, presidente destacou as transformações no setor de comunicação brasileiro, lembrando a importância da internet na democratização das comunicações e na hora de rebater e desmentir informações incorretas
Lula ao lado de Franklin Martins,
em entrevista na manhã desta quarta-feira
(Foto: Ricardo Stuckert/Pr)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a atuação da mídia e afirmou a necessidade de regulamentação do setor. As declarações foram dadas durante entrevista coletiva concedida na manhã desta quarta-feira (24) no Palácio do Planalto a dez blogueiros. A conversa foi transmitida ao vivo para quase 7 mil pessoas.
Foram postos em pauta temas como a liberdade de imprensa, regulamentação da mídia e direito de resposta e afirmou que a mídia pode e deve ser criticada. "Eu sou o resultado da liberdade de imprensa nesse país. A maior censura que existe é acreditar que a mídia não pode ser criticada. A gente critica até nosso time de futebol, quanto mais a mídia", disse, bem-humorado, Lula, o chefe de Estado de maior aprovação na história do Brasil.
“Quando [o ministro da Secretaria de Comunicação Social] Franklin [Martins] convoca a conferência internacional com Inglaterra, Espanha, França etc., que são utilizados como exemplo pra tudo nesse país, eles dizem que não é crime ter regulação da mídia. Ninguém pode ter medo de debate”, disse o presidente, em referência ao Seminário Internacional das Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias, realizado em Brasília no início do mês.
Lula destacou a importância da realização da Conferência Nacional da Comunicação (Confecom). “Depois da Confecom será inexorável a gente colocar em prática parte das decisões. A sociedade brasileira tem tanta sede de discutir comunicação quanto um nordestino do semi-árido de encontrar uma moringa de água gelada. Está posto o debate. A Dilma é quem vai fazer esse debate, e certamente vai mandar para o Congresso Nacional, e aí vocês entrarão em campo, meus caros”, disse o presidente.
O presidente chamou ainda de “estupidez” as tentativas de controlar a Internet, referindo-se ao polêmico projeto de lei apresentado pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), conhecida como “AI-5 Digital” pelos militantes da liberdade de informação.
"Povo está mais sabido"
O presidente recordou momentos em seu governo em que a mídia ajudou a disseminar o medo na população através de falsas denúncias ou informações incorretas. "Se daqui a 100 anos alguém for fazer uma história do meu mandato e pegar certas revistas vai ter uma imagem horrivel. Vai ter que pegar uma revista estrangeira, ou quem sabe vocês da internet para ver a realidade", disse o presidente. "Eles se assustam com a aprovação de 80% do govenro porque trabalharam o tempo inteiro para isso não acontecer. A eleição da Dilma foi uma vitória do povo brasileiro e acho que vocês têm consciência do papel que desempenharam nisso", elogiou.
"Eles (a mídia) pensam que o povo é massa de manobra como era no passado. O povo está mais inteligente, mais sabido agora. Quando o cidadão conta uma mentira, é desmentido em tempo real, tem de se explicar", avaliou Lula, destacando o papel da internet e dos meios de comunicação alternativos - como os blogs - na representação democrática do país.
Lula comentou acontecimentos como a divulgação da "epidemia" de febre amarela, quando muitas pessoas adoeceram por tomarem a vacina preventina antes da orientação oficial do Ministério da Saúde. O mandatário lembrou também da gripe aviária, quando ocorreram alegações de que havia ocorrências da doença em Marília (interior de São Paulo), o que gerou instabilidade no mercado avícola.
Lula mencionou também o comportamento da imprensa durante a crise econômica de 2008, quando disse que a "crise é tsunami nos EUA e, se chegar ao Brasil, será uma marolinha". À época, essa declaração foi bombardeada pelos grandes meios de comunicação que defendiam que o Brasil deveria se preparar para uma grande turbulência na economia em crescimento. "Os setores da economia exageraram apenas no medo. Ninguém na história, do G20, o que for, tomou medidas tão rápido quanto nós", declarou o presidente, lembrando de ações como a redução do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados). Os blogueiros lembraram que o alarde provocado pelos meios de comunicação provocou demissões precipitadas e massivas no setor automotivo.
Outro caso lembrado foi o da queda do avião da TAM no aeroporto de Congonhas. Lula afirmou que aquele foi o seu dia mais triste no cargo de presidente da República. Ele comentou da forma como as notícias começaram a chegar, primeiro como se tivesse ocorrido um incêncio em um depósito do aeroporto, depois como um incêndio no depósito de cargas da TAM. Só se confirmou a queda da aéronave quando o presidente ligou a televisão. Ele contou sobre como a reportagens acusavam o governo de ser culpado pelo acidente, por negligência com as normas de segurança na pista de Congonhas. "Eu acho que eles pensaram assim, 'agora nós pegamos o Lula e trucidamos ele'. Depois que ficou patente, visível, que não era problema de pista, que foi um erro humano, foi um alívio", explicou.
A imprensa também foi criticada no caso da "bolinha de papel", quando então presidenciável José Serra fora supostamente agredido por militantes do PT durante caminhada no Rio de Janeiro. "No dia do papel, eu não ia me pronunciar, mas aí eu vi a reportagem mostrando toda aquela desfaçatez. Eu perdi três eleições, poderia ter perdido a quarta e a quinta, mas eu jamais faria algo como aquilo", contou o ex-sindicalista, que defendeu que o candidato derrotado deveria se retratar à população. "A violência foi o desrespeito ao povo brasileiro. Eu acho que o Serra tem que pedir desculpa, porque não se brinca com o povo brasileiro da maneira como aconteceu", concluiu.


Lula quer Ley de Medios. Entrevista histórica a blogueiros sujos

Lula elogia Franklin
O premiado site Cloaca News perguntou ao presidente Lula o que achava da regulamentação da mídia, o que, neste ordinário blog, se chama de Ley de Medios.
Lula considerou a regulamentação necessária e deu exemplo de países como França e Estados Unidos que regulamentam a mídia e são exemplos de regimes democráticos.
Lula elogiou o trabalho do ministro Franklin Martins.
Essa foi uma das perguntas feitas por blogueiros sujos, que, nunca dantes na História desse País, tinham sido recebidos por um presidente da República.
Como se sabe, a expressão “blogueiro sujo” é de autoria do Padim Pade Cerra, o herói da luta contra o aborto, que se notabilizou pelo preconceito e a intolerância na campanha presidencial.
O Cloaca News foi considerado o “blog do ano” no 1º Encontro Nacional de Blogueiros do Instituto Barão de Itararé.
*comtextolivre


'imprensa antiga' ainda crê que povo é massa de manobra


O Presidente Lula concedeu entrevista a blogueiros nesta quarta-feira, na qual falou sobre sua relação com as empresas de comunicação ao longo de seus oito anos no governo. Lula chamou a imprensa de "imprensa antiga", por pensar que o povo é massa de manobra. "Eles se enganam, o povo está mais inteligente, sabido", afirmou.

Para Lula, o crescimento da internet como meio de informação dos brasileiros obriga a mídia tradicional a mudar o seu comportamento. "Ela (mídia) é desmentida em tempo real, tem que se explicar. Acho isso extraordinário", disse o presidente, que declarou seu desejo de estender a informação a toda a população. "Acho que vamos trabalhar para democratizar a mídia eletrônica e vamos trabalhar para que o leitor brasileiro fique cada vez mais sabido, inteligente, eu diria. Controlador da sua própria vontade, e isso está acontecendo no Brasil agora", afirmou.

O Presidente disse que, os principais veículos da mídia tradicional não reproduzem a realidade brasileira. "Eu fico com medo que daqui a cem anos, quando (alguém for) pegar um jornal ou uma revista para conhecer a história, a impressão vai ser a pior possível. Vai ter que comprar uma revista americana, inglesa, ou pegar informações da internet. Se você pegar uma parte do noticiário da imprensa brasileira, você não conhece o que acontece no Brasil", criticou.

Lula se disse orgulhoso de nunca ter precisado cortejar a imprensa para manter a estabilidade de seu governo. "Você sabe que eu tenho problema público com a chamada 'mídia antiga'. Eu tenho orgulho de terminar meu mandado sem ter almoçado ou jantado em revista ou jornal", disse. Apesar das críticas, o presidente reafirmou o compromisso de defender a liberdade de imprensa. "Sei que distorceram informações. Mas eu dizia que, para mim, eu sou o resultado da liberdade de imprensa desse País, com todos os defeitos que ela tem", afirmou.

Regulação da mídia
Questionado por blogueiros, Lula voltou a comentar a polêmica envolvendo a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que traçou metas de regulação da mídia e foi boicotado pelas entidades que representam os principais grupos empresariais do setor. Segundo o presidente, a acusação de que o governo pretende censurar a imprensa é infundada.

"O (ministro da Comunicação Social) Franklin Martins, quando convocou a conferência internacional, trouxe Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Espanha, Portugal e França, e todo mundo disse que lá tem regulação, sim, e não é crime. É crime ter censura. Mas ter regulação não é crime", afirmou.

O Presidente Lula disse que, a participação da sociedade nas discussões da Confecom dão respaldo ao governo para levar adiante as propostas debatidas no encontro. "Nós agora temos uma coisa dita pela sociedade brasileira que nos dá garantia de que nós não somos um governo maluco que inventou uma discussão porque quis investir", disse.

Lula disse ainda que pretende apresentar até o fim de seu mandato um esboço do projeto de lei que regula a atuação da imprensa. A responsabilidade de encaminhar o texto ao Congresso, entretanto, será de sua sucessora, a presidente eleita Dilma Rousseff. "Espero ter condições de apresentar um texto antes de terminar meu mandato e passar para Dilma. Ela certamente vai fazer o debate e levar para o Congresso Nacional", afirmou.

Entrevista

Este é o seu primeiro encontro formal com a blogosfera.

Durante entrevista a blogueiros o Presidente destacou os preconceitos que vieram à tona durante a campanha eleitoral. O Presidente afirmou que "o preconceito ainda é uma doença quase incurável no Brasil".

Lula criticou a forma como o tema do aborto foi posto durante a campanha e enfatizou importância do assunto na política de direitos humanos. Ele afirmou que fez o que estava a seu alcance sobre o tema.

"Como cidadão, sou contra o aborto. Mas enquanto chefe de Estado, tenho que tratar como uma questão de saúde pública. Tenho que reconhecer que ele existe e fiz o que eu podia", disse.

O Presidente citou também o caso da estudante de Direito, Mayara Petruso, que publicou em seu Twitter sua revolta pela vitória de Dilma Rousseff na eleição presidencial, atribuindo o resultado aos nordestidos. No Twitter, a estudante afirmou que nordestino não era gente e pediu que as pessoas matassem um nordestino afogadoNesta manhã, durante a transmissão no Blog do Planalto, a entrevista teve grande repercussão no Twitter.Até o momento, a imprensa não repercitiu a entrevista do Presidente Lula aos blogueiros. Apenas oPortal Terra divulgou nota
*amigosdoPresidenteLula



Hoje presidente, amanhã blogueiro e tuiteiro


Presidente Lula durante entrevista coletiva com blogueiros no Palácio do Planalto, ouvindo pergunta feita online diretamente de São Paulo. Foto: Ricardo Stuckert/PR
EntrevistasQuatro meses após transmitir a faixa e o cargo de Presidente da República a Dilma Rousseff -- tempo que avalia como necessário para “desencarnar” -- Lula deverá se dedicar à blogosfera. A promessa foi feita por Lula nesta quarta-feira (24/11) na sua primeira entrevista coletiva a blogueiros, realizada no Palácio do Planalto, em Brasília. O presidente pretende utilizar o espaço na rede mundial de computadores para debater questões como o caso “mensalão” e o trabalho que pretende realizar em países da América Latina, Caribe e África.
*Planalto





A Folha (*) tem
preconceito contra blog sujo


    É disso que a Folha entende

    “Preconceito é uma doença”


    A Folha de São Paulo perguntou à Secretaria de Imprensa da Presidência quando exatamente os blogueiros pediram a entrevista com o Presidente concedida hoje e quando tiveram a resposta positiva. Uma pergunta inédita. O Presidente já concedeu 960 entrevistas à imprensa ao longo dos dois mandatos. A Folha nunca teve a mesma curiosidade em relação a outras entrevistas do Presidente.

    Navalha
    Qual é o problema da Folha (*) com os blogs sujos ?
    É por que os blogueiros da Folha são todos “limpos” ?
    Os blogueiros da Folha são como os blogueiros do Globo e do Estadão (aqui só se fala da Veja para chamá-la de última flor do Fáscio).
    Os blogueiros do PiG são do PiG.
    Ao contrário do Tombini, que disse que vai trabalhar no Banco Central com autonomia – clique aqui para ler na manchete do UOL – os blogueiros da Folha não tem autonomia.
    Sabe por que, amigo navegante, A Folha está tão curiosa ? ?
    Porque foi o Pierre Lucena, bloguista sujo, quem perguntou ao Presidente Lula sobre a Satiagraha e, por extensão, sobre o passador de bola apanhado no ato de passar bola, o Daniel Dantas.
    Clique aqui para ler Lula avisa a Daniel Dantas que tem um encontro marcado com ele, até o fim do mandato”.
    A Folha jamais faria o que o Pierre fez.
    A Folha pergunta ao Daniel Dantas o que ele achou da Satiagraha.
    A Folha tem mais medo de blog sujo do que da Beatriz Kushnir, que escreveu “Os cães de guarda”, sobre o papel importantíssimo da Folha na perseguição aos adversários do regime militar.

    Paulo Henrique Amorim


    (*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
    *PHA 

    Lula promete aos blogueiros
    concluir investigação sobre Dantas


      Lula tem um encontro com ele

      O Conversa Afiada reproduz texto publicado na Teletime:

      Lula diz que investigações da Operação Satiagraha ainda não acabaram


      Na entrevista dada pelo presidente Lula a diversos blogueiros nesta quarta, 24, a última questão foi a que, aparentemente, mais incomodou o presidente. O blogueiro Pierre Lucena, do site Acerto de Contas, de Pernambuco, questionou o presidente sobre a atuação da Polícia Federal em seus dois mandatos, lembrando que no primeiro mandato a PF foi extremamente elogiada por sua atuação, mas que em 2008 o episódio da Operação Satiagraha resultou em uma série de fatos e no afastamento do então diretor-geral da Polícia Federal, delegado Paulo Lacerda. A pergunta relacionava o fato do afastamento ter acontecido depois de uma denúncia da revista Veja sobre um suposto grampo no ministro Gilmar Mendes, cujo áudio nunca foi revelado. O jornalista pediu então ao presidente que fizesse um balanço da Polícia Federal nos seus dois governos e que respondesse por que Paulo Lacerda não retornou, “porque ficou parecendo que ele fez uma coisa errada”.


      O presidente Lula respondeu à pergunta de maneira diplomática, dando a entender que havia no tema um certo constrangimento. Revelou ainda que a Operação Satiagraha ainda não terminou e que há fatos para acontecer. “”rimeiro, sou agradecido a todos que passaram pelo governo e prestaram serviços, entre eles o Paulo Lacerda. A operação que cuidava de investigar as atividades do banco do Daniel Dantas começou no nosso governo com a Polícia Federal e vai terminar no nosso governo, porque ainda não terminou. E tanto o Paulo Lacerda quanto o Luiz Fernando (Correia, atual diretor-geral) receberam orientação da Presidência da República de que era preciso a gente investigar até o fim. Até o final. Acontece que quando você está investigando… Eu vou dizer uma coisa para você, eu tenho coisas que eu não posso dizer como presidente da República, até porque o processo está andando, tem um processo em andamento”, afirmou o presidente.


      Mais adiante, ele voltou a falar da atuação da Polícia Federal, criticou a exposição de investigações na imprensa, mas sem citar o delegado e deputado eleito Protógenes Queiroz, que conduziu a primeira fase da investigação. Também voltou a falar da saída de Paulo Lacerda, o que atribuiu a uma troca natural decorrente da mudança de ministério (Lacerda foi indicado pelo ex-ministro Márcio Tomaz Bastos, sucedido por Tarso Genro, que indicou Luiz Fernando Correia).


      Investigações


      A Operação Satiagraha investigou a atuação do grupo Opportunity e apontou indícios de crimes nas operações do Opportunity Fund, que controlava as empresas de telecomunicações Brasil Telecom e Telemig Celular. A investigação também recaiu sobre a atuação do Opportunity durante o processo de fusão entre Oi e Brasil Telecom, em que o grupo de Daniel Dantas conseguiu vender sua participação por cerca de US$ 1 bilhão e ainda obteve um acordo com os fundos de pensão pelo fim de processos judiciais. Posteriormente ao relatório original do delegado Protógenes Queiroz, um novo relatório foi produzido pelo delegado Ricardo Saadi, reiterando as investigações de Protógenes. Daniel Dantas foi condenado em um dos processos abertos após a Satiagraha, por corrupção ativa, e pegou pena de dez anos de cadeia. Posteriormente, o Opportunity teve recursos substanciais bloqueados no exterior. Este ano, cotistas do Opportunity Fund foram indiciados por crimes de evasão de divisas. Ainda não há denúncia ou ação na Justiça por conta de episódios referentes à fusão Oi/Brasil Telecom.



      Clique aqui para ler “Lula e a bolinha de papel. Serra e a Globo: uma desfaçatez”.

      E aqui para ler “Lula quer Ley de Medios. Entrevista histórica a blogueiros sujos”.  

      Entrevista de Lula a blogueiros de esquerda causa ódio no PiG, seus jagunços e bobos da corte

      Lula deu uma entrevista histórica a alguns blogueiros assumidamente de esquerda que, assim como eu, ajudaram a furar o bloqueio do PiG (Partido da imprensa Golpista) a favor do candidato da extrema-direita, o Zé Aborto, nas últimas eleições.

      Essa atitude do nosso Presidente da República, obviamente, causou profunda irritação nos donos do PiG, seus jagunços amestrados e também nos bobos da corte neoliberal.

      O panfleto tucano Folha de S.Paulo reclamou e causou estranheza na Secretaria de Imprensa da Presidência da República ao questionar sobre quando “exatamente os blogueiros pediram a entrevista com o presidente Lula e quando tiveram a resposta positiva. “Uma pergunta inédita. O Presidente já concedeu 960 entrevistas à imprensa ao longo dos dois mandatos. A Folha nunca teve a mesma curiosidade em relação a outras entrevistas do Presidente”, diz o Blog do Planalto.

      Outro que ficou putinho da vida foi o pseudo-jornalista e dublê de DJ do Senado Ricardo Noblat, o Walter Mercado do panfletarismo anti-esquerda. Em seu blog, ele afirmou de maneira maliciosa que "avesso a entrevistas, presidente abre agenda para blogueiros chapas-brancas no palácio". Sim, Walter, nós somos mesmo chapas-brancas e não temos medo de assumir, coisa que você que também é chapa-branquíssima jamais faria, pois quebraria o "encanto" de que se trata de um profissional isento e imparcial que ainda engana meia dúzia de neonazistas e membros da Opus Dei.


      Também ficou nervosinho com o fato o bobo da corte neoliberal Marcelo Tas, o ET de Varginha, o qual insinuou de maneira grosseira que a entrevista foi "um stand-up de Lula para claque de simpatizantes", sendo que em seguida entrega o ouro e demonstra o motivo de seu veneno: "Uma grande chance perdida, 'cumpanhero'".


      O bobo da corte, sem querer, deixou claro o motivo de tanto ódio e revolta desse pessoal: o candidato deles, o Zé Bolinha de Papel, levou um pé na bunda da maioria da população do Brasil e, por causa disso, eles perderam a chance de serem convidados ao Planalto para entrevistá-lo!

      Ou seja: é inveja pura e simples! Coitados, eu morro de dó! No frigir dos ovos a verdade é uma só. Parciais, chapas-brancas e partidários todos nós somos, à esquerda e à direita. A diferença é que nós ganhamos e eles perderam. E, como todos os mau perdedores, eles ainda estão fazendo biquinho... 
      *tudoemcima 

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