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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, novembro 28, 2010

Sérgio Cabral e Beltrame demonstraram que é possível enfrentar o crime organizado. Só não enfrenta quem fez acordo com ele ou dele tem medo.

Vitória arrasadora do Rio no Alemão cria constrangimento

O ordinário blogueiro entrevista Fuzileiros Navais
A retomada do território do Alemão pelas forças da Lei durou das 8h da manhã às 9h30 da manhã deste domingo.
Foram cerca de 1200 homens e carros anfíbios, blindados, e helicópteros numa ação coordenada pelo exemplar policial federal José Mariano Beltrame, Secretário de Segurança do Rio.
Os traficantes tinham fugido da Vila Cruzeiro para o Alemão.
As 44 saídas do Alemão foram fechadas.
Os traficantes ficaram presos lá dentro.
E as forças do delegado Beltrame, aos poucos, identificarão os criminosos e as áreas em que armazenavam drogas e armamento.
Este ordinário blogueiro entrevistou Beltrame para o Domingo Espetacular, e ele informou que tropas federais manterão a ocupação do Alemão e da Vila Cruzeiro até que novos policiais militares sejam formados e possam instalar as UPPs.
Nunca dantes na história deste país houve uma ação tão extensa, maciça e fulminantemente eficaz quanto esta no Rio de Janeiro.
A vitória de Sérgio Cabral e Beltrame cria inevitáveis constrangimentos.
Mostra, de forma escancarada, que nenhum governante pode mais fechar os olhos, sentar em cima das mãos, conciliar, ou fazer acordo secreto com o crime organizado.
O Rio de Janeiro era e é uma área de forte consumo e tráfico de droga.
Mas não é a única.
E um dia e, um dia, a casa cai.
O crime organizado vai para a rua, queima ônibus, atira em postos da polícia, tranca ruas e cospe na cara do governante.
Sérgio Cabral e Beltrame demonstraram que é possível enfrentar o crime organizado.
Só não enfrenta quem fez acordo com ele ou dele tem medo.
Paulo Henrique Amorim



Eduardo Paes afirma que complexos da Penha e do Alemão terão uma “invasão” de serviços sociais

RIO – O prefeito Eduardo Paes afirmou, na manhã deste domingo, que prepara um plano de ação com serviços da prefeitura para os complexos da Penha e do Alemão. Paes, que acompanha pela TV a ocupação do Alemão, acrescentou que a prefeitura já vinha mapeando todos os serviços que faltam na comunidade. Em reportagem publicada na edição deste domingo do GLOBO, Paes afirmara que o complexo de favelas da Penha, onde está localizada a comunidade da Vila Cruzeiro, já tomada pela Estado, será contemplado com um megaprojeto de intervenção urbanística e social da prefeitura .
Segundo o prefeito, haverá reforma de escolas, construção de creches e clínicas da família. Paes elogiou a ação das força de segurança:
- É uma redenção do Rio de Janeiro ter de volta para o Estado essas duas comunidades. Estou muito orgulhoso como prefeito e como carioca. Os meus cumprimentos às forças de segurança de ter demonstrado essa capacidade.
O prefeito explicou que a invasão de serviços sociais começa assim que o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, sinalizar o momento certo para a entrada da prefeitura. Amanhã, Paes deverá dar detalhes dos projetos do município para os dois complexos. A primeira ação será da Comlurb, que fará uma grande limpeza de ruas e vielas:
- Vamos fazer uma invasão de serviços sociais. Vamos transformar essas duas comunidades num exemplo de prestação de serviços da prefeitura. Desde a quinta-feira, estamos mapeando tudo que temos lá dentro. Vamos entrar, inicialmente, com a Comlurb que fará uma grande faxina para deixar as ruas mais limpas que a do Leblon. Além disso, nenhum morador ficará sem o Médico de Família. Estou autorizando a reforma das escolas e a construção emergencial de creches. Vamos instalar também Clínicas da Família nas comunidades.
Desde quinta-feira, a Secretaria municipal de Assistência Social tem oferecido as instalações do GREIP da Penha, na Rua Santa Engracia 440, como um abrigo de emergência para os moradores que ficaram sem poder voltar para casa por conta da guerra no Complexo do Alemão. A Prefeitura está oferecendo, no local, colchonetes, kits com produtos de higiene pessoal e alimentação para todos que estão desabrigados. No abrigo, recentemente reformado pela prefeitura, há uma equipe de 12 profissionais, entre assistentes sociais, educadores e agentes comunitários.
*Luis Favre

Traficante enriquece graças aos usuários de drogas





QI de ostra: Para fugir da polícia tatue o nome do chefe





O consumidor de drogas gera o luxo aos traficantes







*CelsoJardim

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